O secretário de Informação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Norberto dos Santos Kuata Kanaua, pediu à organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) para "não interferir nos assuntos internos de Angola".
Norberto dos Santos reagia a um relatório divulgado pela HRW nesta quarta-feira, que considera que "estão ameaçadas" as perspectivas de uma votação livre e justa nas eleições de 5 de setembro em Angola. "O MPLA não corrobora com provocações", resumiu em declarações à Agência Lusa o secretário de Informação do MPLA, partido atualmente no poder.
No documento, a HRW diz que, entre março e junho deste ano, realizou uma pesquisa em Luanda, capital do país, e nas províncias de Huambo, Bié, Cabinda e Benguela, onde concluiu que o governo angolano "não está a cumprir plenamente o seu dever de garantir o direito de eleições livres".
"Menos de um mês antes das eleições está claro que os angolanos não podem fazer campanha eleitoral sem intimidações ou pressões. A não ser que esta situação mude agora, os angolanos não serão capazes de exercer o seu voto de maneira livre", afirma Georgette Gagnon, diretora para a África da "Human Rights Watch".
A HRW salienta que documentou "numerosos incidentes de violência política envolvendo apoiadores do partido no poder", apesar das declarações públicas do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de que as eleições ocorreriam num clima livre de violência.
Sobre a imprensa angolana, a HRW afirma ter detectado "indícios claros de que o ambiente já restritivo para a mídia em Angola tem se deteriorado desde 2007".
A independência da Comissão Nacional Eleitoral também é contestada pela organização internacional, já que "a maioria dos membros é efecivamente nomeada pelo partido no poder".
A HRW apela ainda para que os observadores eleitorais insistam com o governo de Angola para que seja garantido o acesso a todos os locais de votação e a todas as fases do processo eleitoral.
Lusa.
1 comentários:
Gostaria de saber, o qué que estas ONG`s fizeram para melhorar a reconciliaçäo nacional, pacificar os espiritos, practicar a toleráncia, depois dos acordos de paz?? o qué que elas fizeram? dá a impressäo, que estas organizaçöes, säo os nossos juízes...quando muito agradeceriamos, que viessem com programas estructurados para formar gente que ajudasse na educaçäo cívica das pessoas...Talvés devemos cancelar tudo, cancelar as eleiçöes e, esperar que eles digam que já estäo criadas as condiçöes de liberdade e justiça para realizar as eleiçöes...O país é muito grande...as feridas, estäo abertas...näo se pode fazer de um bicho de sete cabeça, cada vez que dois bébados lutam...é preciso queseja um número ´significativo...!
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