Essa situação permite formular as seguintes hipóteses: 1) não prevendo o resultado das eleições legislativas, marcadas para o próximo dia 5 de setembro de 2008, nem as consequências pós-eleitorais, principalmente se considerarmos os últimos acontecimentos no Zimbabwe, Quênia, por exemplo, muitos angolanos preferem fazer ausências estratégicas e o governo pretende minimizar essa evasão.
2) O perfil das pessoas que vêm emigrando faz parte de pessoas da classe média/alta, muitas delas ligadas ao partido do poder (MPLA). Para além de perder esses votos o MPLA perderia pessoas para animarem os comícios.
3) Já que o povo reclamou tanto por estas eleições, o governo pretende contar com a participação de todos eleitores, evitando assim o baixo comparecimento como ocorreu em Moçambique, por exemplo, fazendo desta a maior eleição, em termos de participação, no continente africano (!).
4) Faz parte de uma medida arbitrária.
Para todos efeitos, essa medida prejudica pessoas que precisam assistir, por exemplo, cerimônias de formaturas de seus filhos, viagens de negócios, saúde e por que não de turistas nesta baixa temporada.
Se olharmos de um outro ângulo, essa medida é uma "faca de dois gumes" pois poderá criar uma legião de insatisfeitos que poderão manisfestar isso nas urnas prejudicando o partido no poder.
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