Estão a decorrer desde as primeiras de hoje as eleições gerais em Angola. A cidade de Luanda amanheceu tranquila.
Como cidadão, eu estou feliz porque é a primeira vez que exerço esse sagrado direito de cidadania.
Na assembléia onde votei, as coisas estavão bem organizadas, bem sinalizadas e não se perdia muito tempo. Tudo decorreu em ambiente solene, não sei se é medo mas sem excessos. Vale salientar um pequeno incidente cujas consequências foi a destruição dos vidros da Escola.
Achei que o sistema é vulnerável. Por exemplo, ao chegar lá fui encaminhado até à mesa certa. Alías, antes mesmo de chegar agentes já forneceiam essa informação, além de seviços telefônicos ou da Internet disponibilizados pela Comissão Nacional eleitoral. Os mesários imediatamene encontraram o meu nome. Eu não assinei nada. Eles colocaram um visto ao lado do meu nome e deram-me o boletim que não tinha o visto dos mesários. Votei, depositei na urna, pintei o dedo e saí de lá.
Assim, nada impede que uma outra urna com mesmo número de votos seja susbstituida pelo verdadeiro, ou que sabendo-se do número que não compareceu, alguém de má fé, complete o número depositando os votos correspondentes na urna.
Alguém pode contra-argumentar de que os fiscais de partidos lá estão para evitar tais situações, mas ao acompanhar os serviços noticiosos esta manhã, muitos são os relatos de locais onde os fiscais da oposição foram impedidos de lá estarem.
Ainda durante o tempo que lá estive, duas senhoras que quando se cadastraram indicaram aquela Assembléia descobriram que uma teria votar no Uige e outra no Bié, que dista há mais de 300 km daí. Isso a CNE deve corrigir o mais rápido possível.