É um dado adquirido que sem educação não há desenvolvimento. Os estados que optaram pela luta contra o subdesenvolvimento fazem avultados investimentos na melhoria da prestação de serviços ao nívelda educação e ensino.
O caminho para chegar ao desenvolvimento passa também pela existência de boas infra-estruturas escolares, de bons professores e programas nos diferentes níveis. Não interessa só termos uma quantidade razoável de instituições de ensino universitário, públicas ou privadas. É preciso que essas instituições tenham condições para transmitir conhecimentos aos alunos que são os futuros quadros que terão de resolver os múltiplos problemas do país.
A expansão da rede de instituições de ensino superior deve ser acompanhada por um aumento da qualidade do corpo docente que lecciona nas diferentes universidades do país, a fim de que os quadros que nelas são formados possam resolver os complexos problemas da sociedade.
As instituições de ensino superior, públicas ou privadas, devem absorver para o seu quadro docente pessoas que realmente dispõem de conhecimentos que garantam uma boa formação a todos os que a elas recorrem.
Deve haver rigor no recrutamento de professores universitários. Não se deve banalizar o ensino superior, recorrendo-se a pessoas que não têm conhecimentos suficientes para assegurar uma boa formação dos alunos de instituições de ensino superior. Não se pode recrutar por recrutar, só para ter professores a ministrar todas as disciplinas, quando na verdade não há professores com qualidade para ensinarem as materias aos alunos.
Os critérios de selecção e recrutamento de professores universitários para as instituições de ensino público e privado devem dar prioridade à excelência, de modo a que tenhamos bons professores a leccionar. (...)
Jornal de Angola, 24 de Setembro de 2009: Editorial
http://jornaldeangola.sapo.ao/19/42/o_ensino_superior
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