Como sabem, as leis de Newton têm a ver com o comportamento dos corpos em movimento. Porém eu iria mais longe, e diria que o que Newton afirmou em sua terceira lei também é aplicável de uma forma figurada nas nossas reacções emocionais, nossas relações humanas, ao ouvirmos uma música, enfim: o que Newton disse, pode de forma imaginária também ser usado no nosso dia-a-dia fora da ciência chamada Física.
Fulano grita com ciclano, ciclano reage também em tom alto. Fulano apaixonou-se por fulana e esta por sua vez correspondeu ou ignorou (reacção). Enfim: J. K. Ticonenco escreveu a Cangüe e este fez o esforço de responde-lo. Por esta razão, o meu muito obrigado, senhor F. Cangüe.
“Não acredito que o Kota Cangüe teria paciência para responder a textos apócrifos. No mínimo isso lhe vai sacar umas boas gargalhadas”, Osvaldo S. Rodrigues em um comentário a minha carta aberta ao Sr Cangüe. Amigo Rodrigues, posso garantir-lhe com toda a certeza que o senhor enganou-se em cheio. As provas do que digo são mais do que evidentes.
“Eu sempre que leio esta ‘carta aberta’ não consigo parar de rir. Só me interrogo qual terá sido a reacção do amigo Cangüe quando se deparou pela primeira vez com esta ‘carta’. Acredito que ficou ainda mais surpreso do que eu! Pois é, a democracia as vezes tem destas coisas. Eu ainda acho que o Ticonenco passou das marcas com esta atitude”, Osvaldo Rodrigues no blog do senhor Cangüe. Irmão, mais uma vez, a sua previsão foi infeliz e até agora ainda não consegui perceber onde é que eu passei das marcas.
Devo dizer com toda a sinceridade que eu nem sequer estava preocupado se eu teria uma resposta ou não, pois a minha impressão me dizia que o senhor Cangüe cumpriria a etiqueta de sempre se responder ou dizer algo quando se nos escreve, pois trata-se de uma pessoa (Cangüe) comedida. O senhor Cangüe é daqueles que por princípio acha que até o maluco, o assassino, etc., merecem uma resposta sempre que se manifestam, pois nunca as pessoas se manifestam por nada.
Eu gostaria de lembrar que justamente pelo facto de as pessoas ignorarem-se umas às outras, surgem muitos atritos ou até mesmo guerras. Um exemplo evidente é o nosso país, que só veio a conhecer a primeira “paz” (de curtíssima duração) em 1989 a quando dos acordos de Gabadolite. Este feito, assim como Bicesse e Lusaca alcançaram-se porque houve conversa. Enquanto se discriminava o das matas, o nosso sofrimento só aumentava (guerra). Isso também é aplicável aos americanos que chamam quase todos os árabes ou muçulmanos de terroristas, e nunca querem negociar com a outra parte. Como resultado, América nunca tem paz.
SER PRÁTICO / ANGOLANO PERDIDO NO R. DE JANEIRO
Portanto, comunicar, debater, escrever, confrontar, desafiar, trazer novos temas e idéias; tentar conhecer os nossos limites e os limites dos outros, etc., é sempre importante, pois só assim podemos trazer coisas novas, podemos contribuir, podemos falar e também ser práticos, ainda que só por palavras. Sim, apenas falando ou escrevendo também pode-se ser prático, pois prático também se é quando, por exemplo, podemos influenciar ou convencer outras pessoas positiva ou negativamente. Nesse sentido, criticar (observar) é uma base indispensável. Um exemplo que dou aqui é o seguinte:
- “Por último, que tal se o excelentíssimo mestre -professor-engenheiro-activista-colunista-pensador Feliciano Cangüe dá uma telefonada para o aeroporto Tom Jobim, como forma de tentar localizar este irmão ingénuo e distraído, de forma a que o cota dos textos do Hakalilile (Cangüe) possa significar algo para o Agostingo, ainda que a distância, pois Minas Gerais, estado onde o Sr. Cangüe vive, é longe da cidade do Rio? Isso é mais um desafio que faço ao todo generoso”, J. K. Ticonenco.
Fiz esse apelo a minha maneira característica, não ofendi. Repito, usei a minha maneira característica para, indirectamente, tentar significar algo para um compatriota em sofrimento. Para tal desafiei, sentido positivo da palavra, um outro compatriota (Sr Cangüe), residente no mesmo país do compatriota problemático, a ver se ele (F. Cangüe) algo podia fazer pelo nosso amigo perdido em pleno Rio de Janeiro. Senhor Cangüe, que por acaso encontrava-se no Rio, acedeu ao meu pedido e prometeu deslocar-se ao aeroporto Tom Jobim. Tratou-se de uma coisa única. Isso não é ser prático, ainda que só por palavras? Isso só é um exemplo de muitos outros que eu aqui poderia descrever. Respondi a sua pergunta, amiga “Paulinha”? Também recebi a sua pergunta, amigo (a) “Nundas”?
RAZÃO DE ESCREVER AO SR CANGÜE
Mais uma vez, sou de opinião que é conversando sem medo; é comunicando bi ou multilateralmente que as pessoas se conhecem. Por isso, mais uma vez, insisto na palavra debate. Isso deve ou deveria ser crescente entre nós jovens angolanos, futuros da nação, a médio ou até mesmo curto prazo. Foi desta forma que surgiu a minha idéia em escrever algo ao moderado Cangüe.
IMAGENS OBSCENAS
O conversar, criticar, elogiar, etc., ajuda a que aprendamos a medir melhor as nossas palavras antes de sacá-las para fora. Exemplo: fruto de críticas e elogios constantes a minha pessoa, começo a chegar a um certo equilíbrio nalgumas das minhas saídas radicais dentro deste espaço digital. Não sei se me faço entender? Na verdade eu quero dizer que, por exemplo, aprendi e continuo a aprender a saber falar dos irmãos bakongos, que não devo usar certas palavras pesadas e chocantes, que não devo publicar imagens obscenas só porque não estou de acordo com quem indirectamente me ofendeu, etc. Tudo isso alcancei muito também porque houve, há e haverá sempre crítica e elogio a minha pessoa.
ERRERARE HUMANUM EST
“Errare humanum est”. É verdade. Também temos o direito de errar, mas quando repreendidos, não devemos insistir no mesmo erro. Repito, há que haver sempre observações, pois é difícil nós nos observarmos a nós próprios. Desta forma, quero dizer que permanecerei o mesmo crítico de sempre para com qualquer pessoa (caso aja razão para tal), mas tudo na base do respeito e sem envolver questões pessoais. Como errar é também meu direito, agradecia que me indicassem sempre o erro que eu possa vir a cometer. Se o reparo for justo, baixarei a cabeça. Se o reparo não for justo, entrarei com o meu argumento como forma de defender-me. Só isso, e muito obrigado a todos pelos elogios e críticas, inclusive as mais radicais.
ALGUMAS REACÇÕES
“Caro Ticonenco, não sou filiado a nenhum partido político. Mesmo que eu quisesse, nenhum me agüentaria por dois meses. Prefiro seguir minha carreira independente”, F. Cangüe.
“Ah, tem mais. Se o governante não quer ser criticado só lhe resta dois caminhos: trabalhar e mostrar resultados ou vai plantar batatas. Vou ao Aeroporto do Galeão visitar o jovem angolano detido lá há 14 dias. Acabou o meu tempo. Fui claro, caro Ticonenco?” F. Cangüe.
CONCLUSÃO
As duas reacções aqui acima por parte do senhor Cangüe dizem-me que indirecta (primeira reac.) ou directamente (segunda reac.) a crítica deve sempre estar presente nas nossas vidas. (1)Por ele, Sr Cangüe, também ser crítco, deduzo que teria problemas em qualquer partido político angolano, pois todos eles ainda carecem de democracia. (2)E por o mesmo Sr Cangüe ser um democrata nato (falo de coração), age com humildade e é capaz de dar ouvidos até ao mais desprezado da sociedade.
A todos desejo um óptimo dia 11 de Novembro no próximo domingo.
NB: Com este testo, considero, de minha parte, o fim do debate positivo com o senhor Cangüe. Estou feliz, sobretudo porque aprendi muito com todos num intervalo de menos de uma semana.
Viva Angola!
Viva a democracia!
Viva o debate!
Viva a paz!
Viva o (a) angolano (a).
J. K. Ticonenco:TiconencoJose_ticonenco@yahoo.com.br
Dois desfios a sí, ‘mestre’ Cangüe (José Kosciureski Ticonenco)
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