Discurso do Presidente da UNITA Isaías Samakuva aos Membros do Comité Permanente durante a Reunião Extraordinária aos 2 de Agosto de 2011
Caros Companheiros!
A necessidade de analisarmos alguns aspectos da vida interna do nosso partido, levou-nos a convocar esta Reunião Extraordinária do nosso órgão executivo, o Comité Permanente da Comissão Política.
Saúdo cordialmente todos os companheiros aqui presentes, sobretudo os que tiveram de percorrer longas distâncias para atender a nossa convocatória.
Num cumprimento do número 1 do artigo 22° dos nossos Estatutos, em Setembro do ano passado dirigi-me à Comissão Política do nosso Partido, solicitando o seu parecer nos termos do referido artigo, sobre a necessidade de convocar o XI Congresso.
Após longo debate, a III Reunião Ordinária da Comissão Politica deliberou, por uma maioria absoluta, a necessidade de se realizar o XI Congresso quando as condições para o efeito fossem criadas.
Não obstante esta decisão, em Maio passado voltei a submeter à consideração da X reunião ordinária do Comité Permanente, a importância de voltarmos a debater a necessidade de realizarmos o congresso antes do fim deste ano, em virtude dos desenvolvimentos que o país e o mundo tinham registado nos últimos meses.
Esta sugestão foi acolhida por unanimidade por este órgão do partido, que recomendou que este assunto fosse agendado para IV reunião comissão política prevista para o mês de Setembro, o mais tardar.
Logo após a realização do X° Congresso, entretanto, isto em 2007, chegou ao nosso conhecimento, a existência de um chamado grupo de reflexão que se transformou numa verdadeira estrutura paralela e oposta à direcção eleita do Partido.
Em reuniões do Comité Permanente e não só, foi denunciada a existência e as actividades desse grupo que viola o número 14 do artigo 7° dos Estatutos do nosso Partido. Mas ao invés de pôr fim as suas actividades de bloqueio aos programas da direcção do Partido, passou a desenvolver acções que, em determinada fase de 2009, pretenderam desdobrar para todos os municípios de Luanda. Paralelamente, desenvolveu teses sobre a mudança de símbolos do Partido e da sua refundação, escondendo-se sempre por de trás dos meios de comunicação social.
No passado dia 20 de Julho, este mesmo grupo de reflexão saiu da clandestinidade e apresentou o memorando, acusando a direcção do Partido de se recusar a realizar o congresso e declarando, por conseguinte, a sua ilegitimação, assim como dos outros órgãos do Partido emanados do último Congresso.
De acordo com os dados em nossa posse, estas acusações são apenas um pretexto. A verdadeira questão de fundo, é o desejo do companheiro Abel Chivukuvuku, que chefia o referido grupo de reflexão, ser presidente da República de Angola, o que, à luz da nova Constituição da República passa por ter de encabeçar a lista de candidatos da UNITA à Assembleia Nacional.
Esta reunião vai, por conseguinte, analisar a situação criada por este grupo de reflexão e as suas consequências para o Partido.
Espero que no debate que se vai seguir, todos os membros do Comité Permanente aqui presentes pautem pelo civismo e por uma conduta democrática.
Precisamos de serenidade e tranquilidade para que com abertura e responsabilidade encontremos soluções que beneficiem a UNITA e os angolanos.
Declaro, assim aberta esta Reunião Extraordinária do Comité Permanente.
Muito Obrigado.
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