No Brasil já ocorreu essa discussão e foi parar no Supremo Tribunal Federa (STF). Os que defendem a manutenção da exigência do diploma argumentam que a profissão é extremamente especializada e que, portanto, requer formação específica.
Na época, o STF caminhava para derrubar a obrigatoriedade de diploma superior de jornalista uma vez que o jornalismo exige "a formação cultural sólida e diversificada que não se adquire apenas com a freqüência a uma faculdade, mas pelo hábito de leitura e pelo próprio exercício da prática profissional".
O comentarista político Nêumanne foi mais além e afirmou que os cursos de jornalismo (no Brasil) não atendiam aos padrões de qualidade necessários para uma boa formação profissional. Os formados em jornalismo precisavam passar por cursos específicos nas redações dos jornais. E, por isso, não havia necessidade de se fazer reserva de mercado para diplomados"
Se o jornalismo não exige formação específica, então isso significa os profissionais de diversas áreas podem exercer a profissão de jornalista?
Essa discussão está chegando em Angola.
Ismael Mateus defende exercício do jornalismo só com curso superior
Luanda - O jornalista Ismael Mateus defendeu, ontem, a obrigatoriedade do curso superior de jornalismo a quem desejar exercer a profissão, durante um debate sobre a “Urgência na formulação e publicação da carreira do profissional na Comunicação Social”. “Qualquer um agora quer ser jornalista, até mesmo aquele que concluiu apenas a quarta classe. Quando vê que não consegue emprego vai ao Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), faz um curso básico e já é jornalista”, disse Ismael Mateus.
No debate organizado pelos finalistas do curso de Comunicação Social da Universidade Privada de Angola (UPRA), Ismael Mateus apontou os pressupostos para a profissionalização do jornalismo angolano: a habilidade especializada, base técnico-científica, formação sistemática e organização profissional, ingresso condicionado ao jornalismo através da avaliação prévia, compromisso de um código de ética e deontologia profissional e responsabilidade pessoal.
O jornalista disse que há no país um ensino superior de jornalismo, onde se assiste a uma descoordenação e ausência de qualquer controlo de qualidade. Por isso, defendeu a existência de um conselho superior técnico para a avaliação dos conteúdos programáticos e das cadeiras técnicas que são ministradas.
Na óptica de Ismael Mateus, o ensino técnico é praticamente inexistente. “O Estado decidiu envolver-se, criando o CEFOJOR que, em nosso entender, devia ser mais um centro de estágio e superação técnica do que um centro de formação”, defendeu. No que diz respeito à formação sistemática e organização profissional, Ismael Mateus defendeu uma articulação entre a formação académica e a permanente necessidade de superação. “As faculdades devem ser complementadas com os centros de superação como o CEFOJOR”, acrescentou.
A questão da carteira profissional foi, igualmente, levantada. Ismael Mateus lamentou o facto do país não conceder ainda aos jornalistas este importante documento e disse que nenhuma empresa devia admitir ou manter no seu seio jornalistas que não possuam uma carteira.
Fonte: Jornal de Angola
O oportunista e exibido chamado Ismael Mateus
Por Filomeno Bunga
Argentina - Ismael Mateus foi director do antigo Departamento de Informação (INFO), na década dos 80 até inícios dos 90. Durante este longo período, Ismael Mateus, não tinha um canudo de jornalismo ou um outro curso superior. Não se sabia ao certo o seu nível de escolaridade: Se tinha básico ou médio completo. E naquela altura já era considerado um jornalista de nome mais sem qualifiques académicas reconhecidas.
Neste período, no (INFO) existia apenas um angolano com formação superior, o vulgo Africano Neto, que não passava de um simples editor. Portanto, em resumo Ismael Mateus, não estava qualificado academicamente para exercer tais funções acrescidas.
É uma aberração sem estômago para se suportar as palavras do Sr. Ismael Mateus, que rumou para Portugal entre 1991/1992, com uma bolsa primariamente do MPLA aonde formou-se em jornalismo, e regressa para Angola inícios de 2000. Matematicamente estaria qualificado a exercer o jornalismo apenas depois da sua formação superior.
Ismael Mateus, e como sempre, faz uma apreciação genérica e sem analisar as causas do problema a fundo. Aí ele teria que mencionar o que não ele pode fazer (rabo preso). Culpar o MPLA pela má gestão do país, que consequentemente é o principal problema do fraco jornalismo que se faz Angola.
Os jornalistas angolanos não estam expostos a pluralidade de ideias. Os jornalistas angolanos não são permitidos fazer um cruzamento de fontes com rigor. Os jornalistas angolanos são proibidos em fazer um jornalismo investigativo e com continuidade. Os jornalistas angolanos só transcrevem aqueles dados providenciados pelos governantes e sem questionar a veracidade dos factos.
Em síntese, tal como em outras áreas os jornalistas são presos de consciência. No mundo contemporâneo os jornalistas são especializados. Um historiador relata factos históricos. Um economista, transcreve as ocorrências económicas e um Financeiro, relata actualidade financeiras, um advogado criminar, resume os factos criminais e um advogado familiar só fala de assuntos familiares. Aqui se obedece a especialidade.
E para terminar, será que todos os escritores angolanos têm formação superior em Literatura contemporânea Romena para serem galardoados como escritores de prosas. Será que todos os analistas políticos angolanos têm especialidades em política, economia e engenharia social títulos que os daria a titularidade para serem analistas? Aqui no ocidente, um analista político e coisa muito seria.
Assim sendo, Ismael Mateus esta uma vez mais a ocupar posições e com títulos que academicamente não esta qualificado, porque e referenciado como analista politico e escritor.
Haver vá e deixe de oportunismo e exibição!!!!!!!!!!
Fonte: Club-k
Orlando Castro também entrou na briga.
Porto - O jornalista angolano Ismael Mateus defende a obrigatoriedade do curso superior de jornalismo a quem desejar exercer a profissão. Mas será o curso condição sine qua non para se ser jornalista? Claro que não.
Há gente com o canudo que deveria ser sapateiro
“Qualquer um agora quer ser jornalista, até mesmo aquele que concluiu apenas a quarta classe. Quando vê que não consegue emprego vai ao Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), faz um curso básico e já é jornalista”, disse Ismael Mateus.
É claro que assim não se vai lá. Mas, como também sabe Ismael Mateus, há muita gente com o canudo que deveria ser sapateiro, e muitos sapateiros que até dariam bons jornalistas.
Isto porque nas Faculdades onde são dados cursos de jornalismo (alguns dos quais até misturam comunicação social com marketing e com publicidade) raramente se ensina o essencial, isto é, a pensar com a própria cabeça.
A maiorio dos diplomados em jornalismo aparece nas Redacções com uma sólida capacidade técnica de pensar como pensam os chefes, como “pensa” a verdade oficial, como “pensa” o dono da empresa.
Estas “qualidades” adquiridas nas Faculdades são vitais para conseguir um emprego, mas são supérfluas para o Jornalismo onde o essencial é dar voz a quem a não tem (coisa que raramente convém aos donos do poder, seja ele qual for), é entender que dizer o que se pensa ser a verdade é o melhor predicado dos Jornalistas.
No debate organizado pelos finalistas do curso de Comunicação Social da Universidade Privada de Angola (UPRA), Ismael Mateus disse que há no país um ensino superior de jornalismo, onde se assiste a uma descoordenação e ausência de qualquer controlo de qualidade. Por isso, defendeu a existência de um conselho superior técnico para a avaliação dos conteúdos programáticos e das cadeiras técnicas que são ministradas.
A ideia é boa. O busílis está no facto de, cada vez mais, o jornalismo ser uma mera actividade comercial, similar à venda de sabonetes, e não uma nobre participação na formação das sociedades.
Cada vez mais o jornalismo não existe para trabalhar para os milhões que têm pouco, ou nada, mas sim para trabalhar para os poucos que têm milhões e que são, reconheça-se, os que fazem com que as empresas jornalísticas se aguentem.
Ismael Mateus lamentou o facto do país não conceder ainda aos jornalistas a Carteira Profissional e disse que nenhuma empresa devia admitir ou manter no seu seio jornalistas que não possuam uma carteira.
Só é pena, como também muito bem sabe Ismael Mateus, que muitos dos que têm Carteira Profissional precisem de se descalçar para contar até 12.
Fonte: http://altohama.blogspot.com/
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