Mbeki renunciou no domingo. A decisão foi tomada depois que um juiz suspendeu as acusações de corrupção contra Zuma, sugerindo que Mbeki teria interferido politicamente para levar ao início do processo. Entretanto, Mbeki negou as acusações e disse, neste domingo, nunca ter feito qualquer esforço para interferir no processo judicial.
Em um pronunciamento transmitido pela televisão, Mbeki disse que já havia entregado sua carta de renúncia ao líder da Assembléia Nacional, mas afirmou que não vai deixar o cargo até que um novo presidente seja escolhido. Thabo Mbeki, que sucedeu Nelson Mandela como presidente sul-africano, assumindo em 1999, agradeceu a nação e seu partido, o CNA, pela oportunidade de servir ao país.
O pedido para deixar o cargo foi feito pelo CNA (Partido do Congresso Nacional African) por reconhecer que Mbeki conspirou para processar o presidente do partido, Jacob Zuma, que obteve, em dezembro, a Presidência do partido e a candidatura às eleições à Chefia do Estado diante de Mbeki, e é favorito nas próximas eleições. O comitê diretor do CNA, no poder desde o fim do Apartheid em 1994, havia anunciado antes que tinha decidido "afastar o presidente da República antes do final de seu mandato".
A renúncia mostra que a Justiça, na África do Sul, é independente e, acima de tudo, funciona, e os dirigentes, de lá, têm vergonha na cara e não estão acima da lei.
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