quinta-feira, 31 de julho de 2008

Empresas petrolíferas devem priorizar angolanos nas contratações

O governo angolano, por intermédio de um decreto-lei, definiu regras que deverão ser obedecidas pelas empresas petrolíferas que operam em Angola.

Nos atos de contratação, essas empresas deverão dar preferência à mão-de-obra angolana. A contratação de mão-de-obra estrangeira será feita desde que as empresas comprovem que não existe, no mercado nacional de trabalho, cidadãos com qualificação e experiência exigida. Mesmo assim, essa contratação deverá contar com aprovação do Ministério dos Petróleos.

Deu-se um passo, mas ainda há muitas dúvidas: num país como o nosso, que não possui banco de dados, como uma empresa dessas poderá provar a inexistência de mão-de-obra qualificada? Essas empresas poderão contornar essa restrição aumentando o grau de qualificação e experiência e ai...? Esse decreto-lei deveria também disciplinar questões relacionadas com salários que, como se sabe, são muito discrepantes entre os estrangeiros e nacionais. Outro problema que também se levanta: por que não se disciplina também a ascensão de angolanos aos cargos de chefia? Para terminar, quando Angola passará a investir na pesquisa para que tenhamos uma SONANGOL capaz de desenvolver tecnologia nacional?

Foto: club-k-com-angola.com

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O dedo na ferida


Petróleo, miséria e sonhos em Luanda

Alimentada pela renda do "ouro negro" e por recursos chineses e brasileiros, Angola transforma-se num imenso canteiro de obras. Além de condomínios de luxo, investe-se em serviços públicos. Mas, num país onde a sociedade civil engatinha, será possível construir democracia e distribuir a riqueza?

Artigo assinado por:
Augusta Conchiglia

“O maior símbolo da modernidade angolana está em construção”. É assim que as incorporadoras do país se referem à Torre Angola, que em breve dominará o horizonte de Luanda. Lançada em janeiro passado, terá a forma da letra “A” e será a mais alta do continente africano, com 380 metros. São 70 andares, que abrigarão um hotel de luxo de 1400 quartos, um centro comercial, uma clínica, cinemas e apartamentos, vendidos por R$ 10,7 mil o metro quadrado. Custo previsto: R$ 1,315 bilhão.

O grandioso empreendimento não é o único. Após a guerra civil, Angola tornou-se um vasto canteiro de obras e os arranha-céus brotaram como mato. O país reencontrou a paz em 2001, com o acordo de Luanda, firmado entre o governo do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional pela Independência Total de Angola (Unita) [
1]. Os novos edifícios que apareceram desde então pertencem a empresas petrolíferas, bancos ou seguradoras.

Um exemplo é a sede da Sonangol, a toda-poderosa companhia nacional do petróleo, que se ergue diante da esplêndida baía natural de Luanda. O ouro negro representa 60% do Produto Interno Bruto, 90% das receitas de exportação e 83% das rendas estatais. E a prosperidade, ao menos por enquanto, deve continuar: em breve, Angola atingirá a marca de 2 milhões de barris de petróleo por dia! No topo do prédio, o heliporto é uma ferramenta indispensável para escapar dos congestionamentos da capital, invadida por milhares de ruidosos veículos 4x4 de grande porte. Como os incorporadores iniciaram essas construções sem se preocupar com o entorno imediato, a paisagem contemporânea congrega ruas enlameadas, cheias de buracos e com trânsito caótico. Andar a pé tampouco é aconselhável: além de diversos obstáculos, tais como lixo e poças d’água, as obras públicas de saneamento urbano tornaram as calçadas impraticáveis.

Assim, a cidade parece não acompanhar o ritmo do próprio crescimento. Outra prova disso é a escassez de espaços para a edificação de mais prédios. A situação é tão grave que provocou a volta do antigo plano de criar uma nova capital administrativa. O lugar já foi escolhido: é o estuário do rio Dande, cerca de 60 quilômetros ao norte de Luanda. O governo está tão empenhado no sucesso da iniciativa que confiou o projeto a um renomado escritório do outro lado do oceano: o do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

Mas os empreendedores angolanos bem colocados nos círculos de poder ainda insistem em recuperar Luanda. Eles acreditam ser possível transformá-la em uma capital futurista, inspirada nas cidades do Golfo Arábico. A famosa avenida que margeia a baía desde o porto, e chega até a fortaleza portuguesa do século 16 será alargada, avançando sobre o mar. Obras estimadas em cerca de 340 milhões de reais devem ser realizadas por empreiteiras privadas que, em troca, receberão gratuitamente áreas para construir edifícios pomposos, avaliados em 3,3 bilhões de reais e bem em frente às águas do Atlântico! “Pelo menos o pior foi evitado. O projeto de construir um arranha-céu bem no meio dessa baía, seguindo o modelo de Dubai, parece ter sido abandonado”, analisa um morador.

O que se faz, além de condomínios de luxo? Inúmeros projetos visam melhorar o destino das favelas superpovoados, mas sua implementação é lenta. Um dos "musseques" avança sobre montanha de lixo

E o que está sendo feito além de condomínios de luxo? Bem, nos corredores do poder existem inúmeros projetos que visam melhorar o destino dos musseques (favelas) superpovoados, mas sua implementação é lenta. Tanto que, atrás do porto, perto de um grande mercado popular e do bairro das embaixadas, um dos musseques mais miseráveis continua avançando sobre uma montanha de lixo.

Classificada entre as capitais mais caras do mundo, Luanda viu afluir em sua direção uma parte considerável da população camponesa, deslocada pela guerra. Em decorrência, a cidade vive uma penúria de habitação. Dois terços de seus cinco milhões de habitantes estão espremidos em periferias desassistidas, por onde se espalham imensos barracos, construídos rapidamente para atender à demanda. Para percorrer os quilômetros que os separam do centro da cidade, os trabalhadores dos bairros periféricos gastam até 400 kwanzas por dia em transportes, aproximadamente R$ 7,80.

A água vendida por caminhões-pipa privados custa o equivalente a R$ 16,40 o metro cúbico, treze vezes mais que o preço praticado pela empresa pública, que só atende a um milhão de pessoas, não ultrapassa R$ 1,30. A eletricidade é outro pesadelo. Os luandenses sofrem cortes de luz regulares, em função do péssimo estado das linhas de alta tensão que ligam a capital às barragens do rio Kwanza. Um exemplo é a hidrelétrica de Capanda, a maior do país: recentemente concluída, ela tem uma capacidade de produção de 520 MW, mas consegue abastecer apenas 170 mil casas. A companhia provincial coloca a culpa da falta de investimentos nos preços extremamente baixos cobrados pela energia, herança dos anos de economia centralizada que se seguiram à independência. Depois da guerra, o governo negligenciou a reconstrução das linhas danificadas por sabotagens da Unita. Os trabalhos de religação começaram graças a financiamentos chineses e, quando concluídos, podem aumentar o fornecimento de eletricidade em 42%.

A verdade é que, em Angola, as desigualdades são gritantes por toda parte, nas regiões urbanas e rurais, no litoral e interior. O cenário é um dos mais perversos do mundo, pois 62% da renda nacional estão concentrados nas mãos de 20% da população. A degradação sanitária é explicitada pelas recorrentes epidemias de cólera. Em 2006, foram mais de 70 mil casos, que deixaram 2.800 mortos. Além disso, apesar de uma taxa de crescimento de 23% em 2007, o país está em 162º lugar (de 177) na escala de desenvolvimento humano [
2] e certamente não conseguirá atingir nenhum dos objetivos do milênio até 2015

Rodovias, ferrovias, pontes e barragens, além de hospitais e escolas estão em construção. A parte do orçamento dedicada ao setor social cresceu 31% este ano. O exécito, teve os gastos reduzidos

Contudo, a renda do petróleo [
3] e os empréstimos com taxas preferenciais cedidos pela China desde 2004, somados aos créditos oferecidos pelo Brasil, Espanha e Alemanha, fizeram Angola sair da letargia. O governo pôde desenvolver obras caras nos quatro cantos do país e ainda há muito para ser feito. A última fase do conflito, que se seguiu às primeiras eleições democráticas vencidas pelo MPLA em 1992, foi particularmente destrutiva para as infra-estruturas já atingidas nos bombardeios do exército sul-africano.

O orçamento 2008 é de R$ 65 bilhões e prevê investir R$ 19,8 bilhões [
4] na reconstrução do país. Milhares de quilômetros de rodovias, estradas de ferro, pontes e barragens, além de hospitais, escolas e edifícios que permitam a reinstalação da administração estatal, em todos os escalões, foram projetados ou já estão em fase de implementação. Desde o fim da guerra, a parte do orçamento dedicada ao setor social está em franco crescimento: 31% este ano, contra apenas 4% em 2005. O ministério de Defesa, por sua vez, teve os custos reduzidos.

É difícil avaliar o impacto dessas políticas, já que as necessidades são enormes em um país onde quase a metade da população não tem acesso aos tratamentos médicos básicos, à água potável ou à eletricidade. Um plano ambicioso em favor da saúde, que envolve formação de pessoal e compra de equipamentos, foi lançado em 2007 e prevê um investimento de R$ 1,15 bilhão em dois anos. As empresas de construção chinesas já entregaram os hospitais regionais e distritais, que agora devem receber aparelhos modernos. Seria o começo da tão esperada distribuição de renda no país? “Não é o caso”, avalia o sociólogo Paulo de Carvalho. Para ele, “as políticas públicas não privilegiarão a inclusão social da maioria dos angolanos”.

João Melo, escritor, deputado do MPLA e diretor da revista Africa 21, concorda com a afirmação do sociólogo. Ele acredita que “o núcleo detentor do poder tende a satisfazer, prioritariamente, os interesses das camadas mais abastadas, prestando mais atenção à privatização de setores estratégicos, quase sempre favorável aos mesmos membros da elite, que às questões sociais ou à reabilitação dos bairros populares”. De acordo com Melo, o individualismo e o egoísmo social das classes privilegiadas não são fenômenos novos. “Na falta de políticas de relançamento do setor produtivo, principalmente da agricultura e da indústria manufatureira, o país está condenado a taxas de desemprego extremamente altas [
5]. Deve permanecer uma ‘economia de importações’ [com exceção do petróleo]”.

Denunciada pelas instituições financeiras internacionais no final dos anos 1990 por corrupção qualificada [
6], Angola recebe hoje os cumprimentos do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). O excedente da balança de pagamentos e as reduções da dívida e da inflação (de 1400% em 1998 a 13% este ano) são especialmente valorizados. Luanda conseguiu até reconstituir suas reservas em divisas: elas passaram de R$ 327,6 milhões, em 2002, a R$ 15,6 bilhões, em 2008! E tudo sem ajuda internacional já que, ao final da guerra, o governo recusou-se a assinar acordos de ajuste estrutural com o FMI [7] por divergir sobre as formas de estabilizar a economia e optou por privilegiar setores que lucravam com a opacidade do sistema.

Preocupado com a insuficiência da redistribuição da renda, o MPLA preconizou o abandono de políticas neoliberais. Mas não será simples artimanha, destinada a mobilizar militantes para as eleições?

Por isso, a crítica mais freqüente dos intelectuais e da mídia, incluindo os meios de comunicação próximos ao MPLA, que dirige o Governo de União e Reconciliação Nacional (GURN) é a falta de visão estatal [
8]. Regularmente surgem vozes na sociedade civil repreendendo as autoridades pelos negócios especulativos, cujos exemplos são muitas vezes mostrados no noticiário, particularmente no caso de conflito de interesses onde personalidades que ocupam cargos no governo criam empresas em setores de sua competência. É preciso ampliar os horizontes do governo: se trabalharmos com a possibilidade realista de não haver descobertas de novos reservatórios, o petróleo renderá no máximo R$ 18,2 bilhões em 2025, contra pelo menos R$ 242 bilhões no momento do pico da produção, previsto entre 2010 e 2014 [9]. Nesse período, a população terá quase dobrado, o que demonstra a necessidade de repensar a atual estratégia de desenvolvimento do país.

É verdade que, preocupado com a insuficiência da redistribuição da renda, o MPLA preconizou o abandono de políticas neoliberais durante a elaboração de sua Agenda Nacional de Consenso até 2025. Mas não será essa uma simples artimanha destinada a mobilizar os militantes alguns meses antes das eleições legislativas, previstas para 5 e 6 de setembro de 2008? Talvez. De qualquer forma, é inegável que a população se sente ofuscada por tantas riquezas ostentadoras e exige mais justiça social.

Ao mesmo tempo, a oposição está fraca e desprovida de projeto crível. Prisioneira de seu passado “savimbista”, a Unita se recusou a fazer um balanço ou uma autocrítica, como alguns de seus dirigentes desejavam. A continuidade cega da guerra e a depuração de seus próprios militantes [
10] foram os principais danos deste processo em que a Unita parece ter perdido a ocasião de se abrir a outros setores da contestação, inclusive a balbuciante sociedade civil. A vontade de permanecer no GURN até as eleições só reduziu sua margem de manobra [11].

As demais forças oposicionistas permanecem desconhecidas fora dos grandes centros urbanos. Para o historiador Arlindo Barbeitos, “a classe política angolana, salvo raras exceções, parece profundamente ignorante das realidades do país, para não dizer de suas culturas e de sua história. São as igrejas tradicionais, assim como certas associações que, por sua proximidade com a população, sentem o pulso da situação, os sofrimentos e traumas pelos quais o povo passou. Com o fim da guerra, o espírito crítico se desenvolveu e a Igreja Católica tomou a liderança da contestação social”.

Surpreendentemente, para Barbeitos o conflito não dividiu o país em dois grupos ou regiões. “A rejeição unânime da guerra engendrou de forma perceptível um sentimento de pertencimento a uma mesma nação”, explica. “Isso uniu as pessoas em torno da idéia de que elas são, antes de tudo, angolanas. Um sentimento reforçado pela difusão fulgurante do português – infelizmente em detrimento das línguas autóctones – em todo o país, inclusive nas regiões onde apenas uma ínfima minoria de pessoas pode se expressar na língua oficial”. A tentação de explicar as divergências políticas através de etnias existe, mas é mantida apenas por determinadas mídias. Trata-se da insistente contraposição entre um lado “ocidentalizado” e arrogante, e um interior “autenticamente africano”, apresentado às vezes de forma caricatural.

Em 1996, a iniciativa do parlamento de mencionar a raça nas carteiras de identidade, como no tempo da colonização, não contribuiu para a superação dessas divisões. A afirmação da consciência nacional angolana, favorecida pelos movimentos culturais e a política anti-colonial, dependerá, acima de tudo, da vontade do Estado de se esforçar na “eliminação das desigualdades e das assimetrias regionais e locais”, como afirma André Nsingui, professor da universidade Agostinho Neto. Mas, para isso, será necessário mais que declarações de boas intenções ou mesmo ambiciosos programas de reconstrução. Será preciso um verdadeiro esforço nacional, uma profunda moralização dos costumes da classe dirigente, ou até sua renovação e, acima de tudo, oposições mais fortes e eficazes.

[
1] Líder da Unita, Jonas Savimbi foi morto pelo exército angolano meses depois, em 22 de fevereiro de 2002. Esse acordo foi um adendo aos acordos de paz de Lusaka de 1994.
[
2] Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD), Relatório sobre o desenvolvimento humano 2007, Nova York, 2007.
[
3] A renda nominal do petróleo deve ser relativizada pelo custo extremamente elevado dos investimentos necessários para sua exploração em águas profundas e, em breve, em águas ultraprofundas. Angola participa dos lucros através de contratos de “divisão de produção”, assinados com as companhias petrolíferas.
[
4] Segundo o Economist Intelligence Unit (EIU, Londres, dezembro de 2007), a capacidade de realização de projetos permanece modesta. Em 2007, apenas 21% dos 106 projetos financiados pela China tinham sido realizados e 41% estavam em fase de implementação. Os outros ainda iriam começar.
[
5] Estima-se que 70% da população ativa estaria desempregada ou sub-empregada.
[
6] O julgamento de 41 franceses acusados no caso da “Angolagate” (venda de armas da ex-URSS a Angola, em que estão envolvidos várias personalidades políticas francesas) será realizado em setembro de 2008 em Paris. Ler Nicholas Shaxson, Poisoned wells, the dirty politics of African oil, Nova York, Palgrave Macmillan, 2007.
[
7] Depois de anos de relações conflituosas, as negociações para um “Staff monitoring programme” foram rompidas em fevereiro de 2007. Apesar disso, o FMI continua suas consultas regulares.
[
8] O GURN reúne todos os partidos angolanos representados no Parlamento. Resultado dos acordos de paz de 1994, foi constituído três anos depois e é dirigido por pelo chefe de Estado José Eduardo dos Santos, do MPLA, vitorioso nas últimas eleições legislativas.
[
9] Banco Mundial, Oil Broad-based Growth and Equity, Nova York, 2007.
[
10] A decisão de Jonas Savimbi de continuar a guerra provocou uma cisão em seu partido. Vários ministros da Unita já participavam do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), formado em 1997. Ler Fred Brigland, “Savimbi et l’exercice du pouvoir, un témoignage” [Savimbi e o exercício do poder, um testemunho], Politique africaine, n° 57, Paris, 2007.
[
11] Ler “Cuisant échec des Nations unies en Angola” [O mordaz fracasso das Nações Unidas em Angola], Le Monde diplomatique, junho de 1999.

Fonte:
http://diplo.uol.com.br/2008-05,a2394

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Setembro nem chegou e a porrada já começou

De acordo com o conselho nacional de Direitos Humanos da sociedade civil, um grupo de militares fortemente armado iniciou a demolição de casas que se encontram na escola comandante Gika no final desta manhã.

O espaço há muito foi ocupado por desalojados de guerra que, através da sua Comissão de moradores, tem tentado dialogar com o governo provincial para terem uma contrapartida mínima de habitação.

As residências estão a ser destruídas juntamente com os haveres dos cidadãos. Sabe-se que algumas casas cedidas pelo governo para alojar os moradores estão a ser distribuídas a pessoas não residentes no local, o que faz com que hajam moradores que se mantêm no “Jika”, local que será transformado no maior empreendimento Hoteleriro de Angola e quiçá um dos maiores de Africa, através dum grupo financeiro liderado por José Leitão, ex-chefe da casa civil do presidente da República.

O responsável da comissão de moradores do Jika foi levado pelos militares e as 14horas de hoje encontrava-se na polícia militar. Ramos Pinto (244912068995) não é militar.

O conselho nacional dos direitos humanos da sociedade civil na pessoa do seu presidente (David Mendes – 244 923563373 ) e do seu secretário geral (Tunga Alberto – 244 923232769) encontram-se no terreno com os moradores.

Em contacto que mantido com Ramos Pinto o mesmo mostrava-se surpreso com o facto de estar na polícia militar, mas não pode dar mais pormenores porque lhe foi então retirado o telefone, após ser interpelado por alguém que se encontrava ao seu lado.

Veja as fotos da obras

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Matateu jogou para quebrar

Presidente da FESA em maus lençóis

Luanda
- Em silêncio, como é seu timbre, José Eduardo dos Santos afastou Ismael Diogo da Silva do seu círculo mais restrito. Nem a circunstância de ser o presidente da Fesa evitou que Ismael Diogo fosse posto para lá da cerca e visse recusados todos os pedidos de audiências.

Transformou a Fesa num superministério

Fontes que o Semanário Angolense consultou no processo de investigação à volta do estranho sumiço de uma das figuras mais propensas ao exercício e exibição de poder disseram que o patrono da Fesa não tinha alternativa. Ismael Diogo da Silva , vulgo «Matateu», tinha pisado na bola e se não fosse travado a tempo arrastaria a Fesa para uma goleada. O antigo cônsul-geral de Angola no Rio de Janeiro é apontado como sendo o responsável pelos elevados encargos financeiros em que caiu a fundação, criada a 26 de Março de 1996 por José Eduardo dos Santos.

O desconforto financeiro teria partido do processo de concepção de uma série de actividades em que a Fundação se engajou, algumas das quais extravasavam o rigoroso orçamento defendido por correntes que sempre se opuseram à gestão musculada e destravada de Ismael Diogo. Embora ninguém conteste o mérito das jornadas científicas anuais da Fesa, a verdade é que elas acabaram por se traduzir num tremendo endividamento junto de hotéis, locadoras de automóveis e companhias aéreas, em Angola e no estrangeiro.

A maior parte das despesas teriam sido sancionadas exclusivamente por Ismael Diogo da Silva. Fontes geralmente bem informadas disseram ao Semanário Angolense que durante algum tempo Ismael Diogo da Silva transformou a Fesa num superministério. Possuído por alguma arrogância, o antigo estud
ante de medicina na antiga Jugoslávia viu cair-lhe em cima também a ira de membros do governo, a quem, apesar da natureza do seu mandato no Rio de Janeiro, onde era cônsul, não passava cartão quando estes passassem pela cidade maravilhosa e solicitassem assistência do consulado que lhe tinha sido confiado. «Nem o próprio João Miranda, ministro das Relações Exteriores, tinha esta honra».

Entre os que mais de uma ocasião se queixaram junto do Presidente da República constam vários funcionários do consulado que o acusam de ser rude. Ismael Diogo a quem o Semanário Angolense tentou contactar, sem sucesso para confrontar com estas alegações, apenas em uma ocasião, nos últimos 12 meses, foi recebido pelo Presidente José Eduardo dos Santos. Na altura recebeu a instrução para que passasse a tratar das questões inerentes à Fesa com Manuel Vicente, o vice-presidente da instituição.

O corte então imposto nasceu da constatação de que o título honoris causa entregue no palácio da Cidade Alta pela Universidade de Nova Iguaçu, do Brasil, prestigiava a universidade, mas em nada ajudava a figura do Presidente. «Trata-se de uma universidade michuruca», o mesmo que é dizer que é de quinta categoria no ranking das universidades brasileiras. Esta foi a segunda tentativa do género. Em Maio de 2004, José Eduardo dos Santos esteve à beira de receber um título honoris causa pelo Drew College da Califórnia, Eua, outra instituição de créditos baixos.

A morte de um irmão na altura forçou o Presidente a cancelar a viagem, com o que evitou o que viria a ser um embaraço igual ao que se registou o ano passado com a Universidade de Nova Iguaçu.

Com o afastamento, de facto, de Ismael Diogo, e com a reestruturação agora em curso, as celebrações este ano do aniversário do patrono da Fesa serão mais modestas no aparato. Para já foi cancelado, pela segunda vez consecutiva, o habitual torneio de sub-23 em futebol e as jornadas científicas parecem seguir o mesmo caminho. «O próximo grande evento deverá ser a assembléia-geral, que se tudo correr bem terá lugar em Outubro, e na qual ao que tudo indica Ismael Diogo da Silva será destituído», disseram as nossas fontes.

Fonte: Semanário Angolense /
Club-k.net.com

Oportunidade de empregos para angolanos residentes no Brasil

Existe uma lei angolana que determina um certo percentual obrigatório (acho que 70%) de quadros angolanos nas empresas multinacionais que operam no país. Um dos problemas que essas multinacionais vêm se debatendo é a dificuldade de recrutarem os nacionais, no país. Hoje, registra-se um elevado número de postos não preenchidos por falta de profissionais nacionais com formação técnica desejável para esses postos.

Até pouco tempo, muitas delas colocavam anúncios em jornais de muitos países, convidando angolanos aos processos seletivos. A fórmula parece que não deu muito certo. Mas também as fichas de inscrição começavam perguntando se o candidato é familiar de um membro do governo. Em caso afirmativo, informar o nome e o cargo que ocupa! Isso, em muitos casos começou a gerar um certo grau de desconfiança: afinal contra-se familiares ou profissionais capazes?

Para superar isso, uma empresa de consultoria internacional, sediada em Londres, vem organizando salões de recrutamento destiando aos mercados emergentes como é o caso de Angola. Essa iniciativa pioneira vem rendendo bons frutos.

Assim, essa empresa de consultoria decidiu realizar um desses eventos no Brasil, na cidade de São Paulo entre os dias 3-4 de outubro deste ano, para pôr os estudantes e profissionais angolanos residentes no Brasil em contato com multinacionais. Já confirmaram a presença, entre outras, as seguintes empresas: Coca-Cola, Chevron, Escom, Movicel, ODEBRESCHT, Petrobrás, TOTAL e UNITEL. Com tantas importantes empresas empregadoras reunidas num só Fórum de Recrutamento Internacional não há como o indivíduo sair de lá desempregado.

Para que isso se concretize, os interessandos devem entrar no site
http://www.careersinafrica.com/ e acessar em APPLY NOW e efetuar o registro. É através desse registro que os candidatos serão convidados para as entrevistas e participar de sessões de networking.

Entre os cursos mais procurados destacam-se: Engenharia, Logística, Finanças, Recursos Humanos, Marketing, Geologia, Contabilidade, Serviços Sociais e profissionais de várias funções.

Informações omissas podem esclarecidas através do e-mail: cristina.pimentel@globalcc.net

Qual é o problema com as monografias?

Não sei como funciona a orientação de trabalhos de conclusão de cursos de graduação em universidades do nosso país. Não freqüentei nenhuma delas e ainda não sou professor de nenhuma delas. Procurei me informar e não encontrei nada, como sempre. Mas, uma coisa chamou-me atenção: cinco estudantes consultaram-se, por “e-mail” é claro, se podia orientar suas monografias. A minha dúvida é se o estudante pode ser orientado por um professor de outra instituição de ensino!. Acho que não.

O motivo alegado por esses estudantes foi a falta de dinheiro para pagarem aos professores orientadores, quando encontram. Normalmente, não conseguem arrumá-los porque andam sobrecarregados (ou fogem dessa responsabilidade). Um deles afirmou que foi aprovado nas demais matérias do curso, há cinco anos, e até hoje não possui o Diploma porque não “defendeu a tese”. Por isso ele opera no mercado informal.

É verdade que a monografia é interessante porque permite ao aluno, no fim do curso, a oportunidade ímpar de comprovar a maturidade intelectual, teórica e social que adquiriu ao longo de alguns anos de estudo na universidade. Isso se processa através de um documento, por escrito, que faz sobre um determinado tema, resultante de rigorosa pesquisa científica individual (que pode ser pura ou aplicada), orientada por um docente. Nesse trabalho predomina, essencialmente, a reflexão, contribuindo, dessa forma, para uma área específica de conhecimento.

No entanto, isso não pode servir de pedra de tropeço a ninguém. É muito difícil que, neste início do Século XXI, ainda tenhamos que abordar um problema como esse, algo que deveria ser superado, num Estado dito democrático e de direito, que diz ter a educação como uma de suas prioridades.

Para começar, nas grandes universidades, nenhum professor recebe adicional no seu ordenado por cada “cabeça” que orienta e nem por isso cobra do aluno. Ele já está enriquecendo o seu currículo como orientador, isso sem contar com as publicações que podem surgir desses trabalhos. E, segundo, nenhum estudante deixa de se formar por falta de orientador.

Assim, torna-se imperativo uma posição das magníficas autoridades da área da educação um melhor planejamento contra esse mar de injustiças. Caso contrário, para além de retardar o ingresso no mercado de profissionais, com prejuízos para o próprio país e entrave o real do progresso do estudante/profissional, coloca em xeque o próprio sistema de ensino superior.

É bom lembrar que o país deposita grande expectativa aos graduados que são pessoas, a princípio, com melhores condições intelectuais e técnicas para resolverem os problemas do nosso povo. Quanto maior for o número deles no mercado, isso ajuda a acelerar a conquista da tão sonhada autonomia. Só dessa forma poderemos desenvolver uma identidade sólida e socialmente autêntica.

Se, por ventura, não há professores, com dedicação exclusiva, em número suficiente, que a monografia passe a ser opcional, uma vez que a própria universidade prepara diferentes perfis de profissionais. Não custa nada lembrar que a missão universitária é algo que se reconceitua a cada época. O papel da Universidade deve ser discutido dentro da própria universidade. Ninguém deixará de ser bom profissional por não ter feito e defendido a monografia, principalmente num país que não faz pesquisa nem extensão universitária, apenas o ensino, embora entenda que, a monografia, temperaria melhor a refeição.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Cidadão angolano, Martinho da Vila será homenageado no carnaval de São Paulo

“Uma Nova Angola se Abre para o Mundo! Em Nome da Paz, Martinho da Vila Canta a Liberdade!”. Esse será o tema que a Escola de Samba Tom Maior levará para avenida no carvanal de 2009 que será estrelado pelo sambista angolano-brasileiro Martinho da Vila, naturalmente.

A escolha por Martinho, que desfilará pela primeira vez em São Paulo, segundo a escola, tem motivo nobre: ele foi o pioneiro na aproximação e intercâmbio cultural Brasil/Angola e tem o título de Cidadão Angolano.

Além do mais, o nome da escola de samba foi inspirado nos versos da música “Tom Maior”, composta em homenagem ao filho do cantor e gravada em seu primeiro LP.

Fonte: Globo.com

Prêmio Dardos

O blog "Hukalilile" acaba de receber o "Prémio Dardos" do blog Kitanda.


“Con el Premio Dardos se reconocen los valores que cada blogger muestra cada día en su empeño por transmitir valores culturales, éticos, literarios, personalesl, etc.., que en suma, demuestran su creatividad a través del pensamiento vivo que está y permanece intacto entre sus letras, entre sus palabras rotas.”



O “Premio Dardos” tem regras a seguir:
1. Ao aceitá-lo passa a ter-se direito a exibir o selo de distinção;
2. Indicar com ligação o blog de que se recebeu o galardão.
3. Eleger quinze blogs a quem se outorga o "Prémio Dardos" (talvez seja esta a parte mais difícil).

Eu outorgo o referido prêmios aos seguintes blogs:
Agradeço ao blog Kitanda por este prêmio. ( Texto pode ser retirado neste blog)

domingo, 20 de julho de 2008

CPLP começa a brilhar

A CPLP, Comunidade de países de Língua Portuguesa, foi constituída em 17 julho de 1996, com o objetivo de reunir os países lusófonos, nomeadamente: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e agora Timor Leste em torno da concertação político-diplomática, a cooperação econômica, social, cultural, jurídica e técnico-científica, e a promoção e difusão da Língua Portuguesa.

No entanto, a CPLP desperta a atenção de muitos países que vêm procurando estreitar as relações com a nossa comunidade. Por exemplo, Guiné Equatorial e o Maurício (que possui uma significativa comunidade originária de Moçambique) já foram admitidos como países associados. O Senegal é o próximo da lista dos aspirantes. Guiné Equatorial, para além de observador, deve adotar o português como língua oficial, ao lado do Espanhol (Castelhano) e Francês.

Países como Ucrânia, Croácia e Venezuela já estão se movimentando no sentido de obterem estatudo de observador. Na América latina os países como Argentina, Uruguai Bolívia, Paraguay, Colômbia, Peru, Guiana Francesa, Guyana, Suriname, essencialmente por fazerem fronteira com o Brasil, vêm também atraído pela gravidade da CPLP.

Todo esse interesse pode ser explicado pelo fato da comunidade abrigar uma população superior a 230 milhões de habitantes, com países estrategicamente situados em termos geográficos em quatros continentes, com PIB que somado supera U$ 1.750 trilhões de dólares e com força política que já se mostrou capaz de intervir e controlar situações de conflitos. Soma-se a isso ao fato de países como Angola e Brasil estarem com suas economias em crescimento e possuíram um bom potencial energético, mais especificamente o petróleo (Brasil, Angola, Timor e São Tomé).

Além disso, vale aqui chamar atenção à unificação ortográfica que está em curso e, principalmente, pelo fato do sol iluminar, a qualquer hora do dia, pelo menos um país lusôfonos, ou seja, há sempre um "lusôfono" na posição de sentinela, neste mundo globalizado.

New York transferir-se-á para Luanda

Já que o angolano não vai a Nova Iorque, agora é Nova Yorque que vai para Angola. Todos que passam pela Rua Comandante Gika, número 3, no Alvalade (Luanda) já se deparam com obras daquilo que será, conforme seus empreendendores, "o maior projeto imobiliário da África". Batizado de empreendimento Comandante Gika, tocada pela "Edifer Construções" terá uma área construída de 345.000 metros quadrados, que envolve um shopping (145.00 m2 de construção) com 215 lojas, hipermercado, 6 cinemas e 2.000 lugares para estacionamento, 136 apartamentos com áreas de 260 a 298 m2, 67.600 m2 modernos escritórios, Hotel cinco estrelas, entre outros.

Não foi fornecido o orçamento nem o prazo do término da obra, mas é muito provável que fique pronto em agosto, um mês antes das eleições presidenciais que deverão correr em 11 de setembo de 2009 (sexta-feira, portanto). E se for verificado o atraso no cronograma das obras, é muito provável que as presidenciais só corram em setembro de 2010. A Inauguração deste empreendimento deverá ser o maior acontecimento do país e muitos vão querer uma carona na tentativa de "voarem mais alto", como uma águia!

Veja as fotos iniciais e maquete do empreendimento.



















Fonte: http://comandantegika.net/

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Madiba completa 90 anos

Nelson Rolihlahla Madela (Madiba), que lutou pela libertação da África do Sul do regime do "Apartheid" e graças a essa luta devolveu o poder à maioria negra, completa hoje, 18 de Julho de 2008, 90 anos de idade.

Mandela, do povo Xhosa, que ingressou no curso de Direito, passou grande parte de sua vida na prisão de Rhode Island, entre Junho de 1964 ao início do 1990, ou seja, 27 anos, aproximadamente.

Entre julho de 1991 a dezembro de 1997 ocupou a presidência da África do Sul, tendo sido o primeiro negro a ocupar aquele cargo.

Mandela ganhou respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Ele perdoou, publicamente, os próprios carrascos e criou uma comissão para investigar os crimes cometidos tanto pela oposição negra como pelos dirigentes brancos. Se isso não bastasse, ele assombrou a humanidade por ter abandonado voluntariamente o poder, coisa rara entre os presidentes africanos.

Após o fim do mandato de presidente, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Em 1993 Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz.

Parabéns mais velho, grande líder que deveria ter nascido em Angola, mas nos orgulhamos por ser africano. Se a África tivesse que ter um pai esse seria Nelson Mandela.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Os corruptos insubstituíveis

JES entre os chefes de Estados africanos acusados de corrupção e desvios de fundos públicos

França - Duas organizações não governamentais apresentaram uma queixa nesta quarta-feira, ao ministério público de París, contra os vários chefes de Estado africanos acusados de corrupção e desvios de fundos públicos, dos quais uma boa parte “é reciclada” na França. Os patrimônios destes líderes não podem justificar com o seu único salário, ascende hoje a várias dezenas de mil milhões de dólares.

Omar Bongo do Gabão, Denis Sassou-Nguesso do Congo, José Eduardo dos Santos de Angola, Blaise Compaoré de Burkina F
asso ou ainda Teodoro Obiang Nguema da Guiné Equatorial estão na berlinda.

Restituir o dinheiro desviado às populações

Uma queixa foi apresentada nesta quarta-feira, ao ministério público de Paris, contra estes cinco chefes de Estado africanos e as suas famílias para “dissimulação e desvio de bens públicos”. Por iniciativa deste recurso jurídico, a ONG Transparency Internacional (TI), que luta contra a corrupção no mundo, e cidadãos gaboneses e congoleses, representados por William Zângão, advogado e presidente de Sherpa, uma associação de juristas especializada nos negócios econômicos financeiros.

Propriedades e automóveis de luxos

Os chefes de Estado africanos visados pela queixa contam entre mais pobre do planeta. Ao poder desde dezenas de anos, detêm, no entanto “um patrimônio móvel e imobiliário considerável que os seus salários não podem explicar”, indico Julien Coll. Contacto do por Afrik.com, o delegado geral acrescenta que, “para quatro entre eles, o seu patrimônio foi confirmado graças a um relatório preliminar” estabelecido no ano passado pela polícia francesa. “É muito importante que tinha sido estimado”, acrescenta.

O relatório de polícia posiciona assim menos de 50 propriedades de luxo para a grande família Bongo/Sassou-Nguesso (o presidente congolês é o sogro de Omar Bongo), cujas algumas são situadas nas ruas com crista da capital parisiense. Entre elas, Omar Bongo possui um hotel específico perto Champs-Elysées adquiridos em Junho de 2007 para quase 19 milhões de euros. Em 41 anos de poder absoluto, soube fazer frutificar o seu capital.

O mesmo para os outros chefes de Estado. Com algumas propriedades e, sobretudo uma vintena de automóveis de luxo na sua possessão - que vale, para algumas, até um milhão de euros por peça -, a família Obiang Nguema não é esquecido. Em contrapartida, a polícia descobriu nada convincente que pertencesse ao Sr. José Eduardo dos Santos e o Sr. Compaoré, excepto as duas propriedades parisienses da esposa do líder burkinabé.

Contas em bancários bem preenchidas.


Entre 100 e 180 mil milhões de dólares: são fundos estimativa e colocados no estrangeiro por líderes africanos durante as últimas décadas, de acordo com o relatório “Bens mal adquiridos… aproveitam sempre”, publicados Março em 2007 para o Comitê Católico contra a Fome e para o Desenvolvimento (CCFD). Pior: de acordo com estimativa de Michel Camdessus, antigo Director Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), os números excederiam os 1.000 mil milhões de dólares se se inclui os parentes dos ditadores!

Uma precedente queixa foi apresentada para os mesmos factos e contra os mesmos líderes no ano passado. Foi classificada sem efeitos pelo ministério público de Paris, julgando as infrações “insuficientemente caracterizadas”. “É muito possível que os interesses econômicos e diplomáticos foram tidos em conta, ainda que estas alegações não sejam provadas”, declara o Sr. Coll. Explica, contudo que “as presunções de desvios de dinheiro público são fortes à sua oposição”, o que justificaria os mil milhões de dólares que os líderes possuem actualmente.

Para combater o desvio dos fundos

Para evitar que a queixa fosse classificada sem efeitos pela segunda vez, “adoptou-se uma estratégia jurídica”, explica-se Maud Perdriel, jurista para Sherpa. “Apresentou-se uma queixa simples que necessariamente será classificado sem seqüência. Mas é uma etapa prévia para apresentar uma queixa com constituição de parte civil. Quando julgar admissível, a instrução será aberta”, afirma.

Estes lideres pilhar demasiadamente o seu país, numerosos líderes dos países do Sul terminaram por aumentar as desigualdades nos seus países . E a crise alimentar em curso não arranja nada. “É, por conseguinte necessário restituir o dinheiro desviado às populações. Se a justiça determina que a origem dos activos seja ilícita, não devem ser reciclados sobre um território estrangeiro ao país de origem, e o país que detém deve assegurar-se da sua boa restituição”, declara o Sr.
Coll.

“É difícil antecipar o que vai passar-se. Mas Sarkozy (o presidente francês, anota-se) comprometeu-se a alterar as relações franco-africano quando da sua campanha presidencial”, prossegue, recordando apesar de todo o episódio “Jean-Marie Bockel”, ex-secretário de Estado francês da Cooperação desembarcado após ter anunciado “a falência da França-africa”.

O estatuto de imunidade dos chefes de Estado corre o risco de elaborar-se contra os queixosos. Contudo, o delegado geral considera que o seu “recurso jurídico [é] sólido e justo”. “Conta-se com os meios de comunicação social para retransmitir a informação e assim mobilizar mais a sociedade civil”, conclui a Sra. Perdriel.

*Tradução/Paulo kapali

Fonte: Afrik.com - (
club-k-com.angola.com)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O povo carboverdeano é mais feliz

Crônica sobre Angola do cantor brasileiro Netinho, que se popularizou com canções como "Menina" e "Mila". Há poucos dias o cantor Bob Geldof afirmou que Angola era governada por criminosos.


De Angola a Cabo verde

Ernesto de Souza Andrade Jr. (Cantor brasileiro Netinho)


Estive na África alguns anos atrás para fazer dois shows em Angola. Fomos contratados pelo governo angolano. Dessa vez voltei ao continente para um show na Ilha de São Vicente, no arquipélago de Cabo Verde. Fomos contratados pela Câmara Municipal de São Vicente.

Muitas diferenças eu vi nessas duas viagens. Ambos os países são ex-colônias portuguesas e tornaram-se independentes em 1975.

Quando estive em Angola fui surpreendido pela imagem cruel de um país récem-saído de uma guerra civil que durara 26 anos (de 1961 até 2002). Luanda, onde fiquei hospedado, se revelou uma cidade destruída, falida e miserável. Havia o centro, um pouco mais arrumado, mas só isso. Do 7º andar do hotel eu via uma cidade em ruínas. Era quase uma paisagem em preto e branco.

Caminhando pelas ruas eu via a pobreza ímpar. Muitos pedintes, a maioria amputada devido o contato com minas enterradas no solo angolano durante a guerra. Uma tristeza. Não se via sinal de alegria, não vi sorriso nos rostos. Ainda lá, me informei sobre o país.

Angola, país rico em petróleo e diamantes, tinha também um dos maiores índices de corrupção do mundo. Era o segundo ou terceiro país mais corrupto do mundo na época.

Agora some isso a um país vítima de uma guerra civil de quase três décadas com infra-estrutura administrativa e social zero... O caos!


No segundo dia lá em Luanda eu saí de carro e fui até uma zona distante do centro em busca de esculturas de madeira para comprar. Meio perdido, encontrei algo em que foi difícil acreditar. Parecia um oásis em meio a um deserto. No alto de uma colina eu dei de cara com uns condomínios fechados semelhantes àqueles condomínios tops de Miami. Tudo muito colorido, mansões de luxo cercadas por um rico e vistoso paisagismo. Só fui entender quando retornei ao hotel e me informei. Ali moravam os caras do governo, do petróleo e dos diamantes.

“Em Angola, desaparece um em cada quatro dólares” ganho com o petróleo, segundo a organização não-governamental Global Witness. “Ao mesmo tempo, uma em cada quatro crianças angolanas morre antes dos 5 anos, devido a doenças que podem ser prevenidas”.A GW considera que “não há exemplo mais severo dos efeitos devastadores do desvio de receitas e da corrupção estatal do que o de Angola”. A Global Witness é uma ONG, com sede em Londres e Washington, que há quase 15 anos luta pela transparência na gestão dos recursos naturais, para a campanha internacional "Publique o que se Paga", e tem mantido contactos com o Governo de Luanda com vista à integração de Angola nos mecanismos de controlo previstos pela Iniciativa para a Transparência nas Indústrias Extractivas.

Num dos shows que fiz em Luanda, notei que a violência e a opressão policial imperavam por lá. Houve um momento em que vi um policial espancar com um cacetete um angolano que tentava se aproximar do palco. O cara estava sangrando na cabeça devido aos golpes. Parei o show e pedi ao policial que parasse. Na mesma hora um dos contratantes me chamou no fundo do palco e me disse que era para eu continuar o show, que eu não sabia como as coisas funcionavam ali e que seria bem pior se eu parasse. No calor e na incompreensão da situação, continuei o show.

Saí de Angola com essa triste impressão que se evidenciou até na nossa entrada no país quando os fiscais do aeroporto de Luanda nos pediram dinheiro para liberar as nossas malas. Não sei como Luanda está hoje.

Já nesta recente viagem a Cabo Verde, outra idéia da África se formou em minha cabeça. Conheço um pouco da história africana; dos efeitos da colonização européia; do Apartheid e da luta de Mandela; e da influência dos africanos vindos como escravos para o Brasil Colônia. Entretanto, gosto de tirar a minha idéia pessoal sobre o que vivo e vejo. E o que vi pessoalmente até então da África foi Angola e Cabo Verde. Sei que o continente africano é muito mais que isso mas traço aqui o meu paralelo entre esses dois países.

A minha experiência em Cabo Verde foi bem diferente da que vivi em Angola. Havia sorriso nos rostos e não era a miséria que dava o tom da paisagem. Havia pobreza sim, mas em um grau bastante inferior ao angolano. Havia segurança nas ruas e à primeira vista o abismo entre ricos e pobres era também bem menor. Por ser destino turístico, havia muitos caboverdeanos trabalhando em setores ligados ao turismo. Há lá muitos hotéis, restaurantes, cyber cafés, táxis, festivais e eventos de arte e música, etc. Numa boa conversa com a presidente da Câmara Municipal da Ilha São Vicente, Isaura Gomes, descobri que o povo do país ama a música e gosta de festa (...).

Fonte:
Netinho Blog (08/08/07)

Angola possui o “know-how” em corrupção ativa.

Apresento recortes de uma matéria de Alexandre Costa Nascimento intitulada: O Brasil vê "continente de oportunidades " na África, publicada no Jornal Gazeta do Povo, em 13 de Julho de 2008.

"Empresas enfrentam o desafio de participar da “globalização africana” em regiões onde o forte crescimento econômico contrasta com a miséria e a corrupção"

Um grupo de investidores de Israel contrata mão-de-obra na China para construir, em Angola, um empreendimento imobiliário destinado a uma companhia de petróleo francesa. O projeto foi desenhado por um arquiteto brasileiro, nascido no Paraná.

A cena é o símbolo da escalada do fluxo de investimentos que está fazendo surgir uma África globalizada. Países como Rússia, China e Índia investem como nunca nos países do continente, percebendo ali uma classe média emergente com poder de compra cada vez mais alto para consumir produtos industrializados, bens e serviços.

Mesmo em ritmo mais lento, brasileiros também avançam neste mercado promissor e colhem os frutos dos negócios com o continente-irmão. O arquiteto Manoel Dória, do escritório de arquitetura Dória Lopes Fiúza Arquitetos ciados, com sede em Curitiba, é quem assina o projeto de um complexo multiuso com shopping center, hotel e torre residencial em Luanda, capital de Angola, a ser inaugurado em 2010. Depois de sofrer mais de 25 anos com uma guerra civil sangrenta, Angola atravessa desde 2002 uma explosão de investimento na área de infra-estrutura, reconstrução e mercado imobiliário.

O primeiro empreendimento abriu as portas para novos negócios. O escritório já trabalha em outro projeto para condomínios horizontais de alto padrão na periferia da capital, e também faz estudos para condomínios de uso comercial e residencial no centro da cidade – uma tentativa de valorizar a região, que está degradada.

Atuar lá assusta um pouco. Os contrastes africanos são muito grandes: de um lado a cidade sendo reconstruída com grandes empreendimentos, do outro a miséria que é grande e ainda existe, com pessoas passando fome e sem ter onde morar”, conta Dória.

Corrupção é freqüente do lado de lá do Atlântico

Além dos laços culturais e da alta competitividade empresarial, uma outra “vantagem competitiva” nada abonadora pode ser decisiva para o sucesso do brasileiro no mercado africano: o “know-how” em corrupção ativa. É o que diz a coordenadora do curso de Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná, Vanessa Tagliari.

Para ela, a triste realidade nacional, em que ainda perduram as vantagens políticas e a falta de cumprimento das leis, é mais próxima do funcionamento da economia africana do que o ambiente empresarial dos países desenvolvidos. “Os concorrentes brasileiros do primeiro mundo têm atuando sobre eles leis severas contra corrupção ativa”, afirma Vanessa, que também aponta a inexistência de barreiras diplomáticas, sanitárias e comerciais como fator de estímulo para o comércio entre o Brasil e os países africanos.

Um empresário brasileiro que atua no continente afirma que o ambiente de negócios africano é um assunto delicado. “É preciso saber trilhar os caminhos. Os órgãos públicos criam entraves e dificuldades para obter vantagens. Aí, a experiência no mercado brasileiro ajuda”, avalia. “Quem tem competitividade tem facilidade de desenvolver novos projetos, mas é preciso ter os ‘canais’ e parceiros que dão suporte na legislação local para superar os entraves burocráticos”, completa. (ACN)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Os angolanos não têm memória curta

Artigo de opinião assinado por:
Lourenço Bento

No dia 5 de Setembro de 2008, os angolanos com idade igual ou superior a 18 anos vão às urnas exercer o seu direito fundamental de eleger os seus legítimos representantes na Assembleia Nacional. É um exercício pouco habitual na história dos 33 anos de independência. Não foi por deliberada responsabilidade dos angolanos, mas pelas circunstâncias políticas que inviabilizaram a realização daquelas que seriam as primeiras eleições, em Outubro de 1975, para a Assembleia Constituinte da República previstas nos Acordos de Alvor.

Nos dias 29 e 30 de Setembro de 1992, na sequência dos Acordos de Bicesse, celebrados entre o MPLA e a UNITA, foram realizadas as eleições legislativas que determinaram a constituição da Assembleia Nacional que neste mês de Julho cessa o seu mandato que durou 16 anos.

Neste momento tudo ronda em torno das eleições legislativas de 5 de Setembro de 2008. Aguarda-se que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre quais dos 24 partidos políticos e 10 coligações que deram entradas dos seus processos vão participar da disputa.

Enquanto se aguarda, já está em curso o “namoro” dos concorrentes aos eleitores angolanos, na perspectiva daqueles começarem a ser vistos pelos últimos como os seus melhores defensores. Esse “namoro” é feito com base às propostas de programas e nalguns casos envolve esquemas que vão até ao suborno das consciências com avultadas somas de dinheiros e bens materiais.

Este cenário já está em curso um pouco por todo o país. Em Luanda, as obras das estradas marcam o quotidiano da capital, na perspectiva de se chegar ao dia 5 de Setembro de 2008 com uma imagem diferente daquela a que os habitantes da capital estão habituados; de buracos em tudo que é estrada e lagoa das águas das chuvas em todos os cantos.

Não é só em Luanda onde os angolanos se confrontam com essa realidade. Quem vai ao Huambo encontra a antiga cidade de Nova Lisboa com o novo tapete asfáltico, pelo menos nas vias principais da urbe. Não é tão consistente, pelo que se pôde ver, corre o risco de em tão pouco tempo estar outra vez partido. Mas está lá para levar as pessoas a se esquecerem do tempo das nuvens de poeira que erguiam na cidade, fruto do estado degradado das vias de comunicação.

Pelas terras do Huambo começa a ser do domínio mais ou menos público que a reabilitação das estradas foi feita com o dinheiro emprestado por Portugal. Se para reabilitar as estradas de uma cidade como Huambo o governo de Angola suportado pelo MPLA recorre a empréstimos, os angolanos têm razão de sobra para questionar o destino dado ao dinheiro resultante do negócio do petróleo.

Há quem tivesse afirmado que todas as obras que vêem hoje em Angola e com as quais o governo quer impressionar, estão a ser feitas com o dinheiro emprestado pela China, Brasil, Espanha, Portugal, do Japão e demais países. No caso vertente do Huambo, só beneficiaram de reabilitação e com renovação do tapete asfáltico as vias principais, deixando os bairros na mesma ou seja com estradas antigas e esburacadas, dificultando o acesso aos mesmos.

Referimo-nos ao “namoro” que está a ser feito pelos partidos, para convencer os eleitores a votarem neles. As estradas em reabilitação fazem parte desse exercício do governo do MPLA aos eleitores. Algumas infra-estruturas sociais que estão a ser reconstruídas, designadamente, hospitais, escolas, fontenários nalgumas sedes provinciais, municipais, comunais e bairros de conveniência, integram o pacote de “ofertas” ao povo em vésperas de eleições, como a finalidade de atrair o seu voto. Quer dizer que pelas eleições o governo do MPLA vai parecer como que mais interessado na resolução dos nossos problemas do dia-a-dia. Pode, até, oferecer carros, casas, dinheiro e emprego.

Na cidade do Huambo, a emissora local noticiou, no dia 8 de Julho de 2008, que a administração municipal começou a atender milhares de pessoas que durante muito tempo dirigiram àquela instância requerimentos para a obtenção de terrenos para construção. Só agora porquê?
Não será para fins eleitoralistas?
É só para impressionar!


Dizíamos a instantes que o “namoro” dos partidos também pode ser feito com base em programas eleitorais. Falando nisso, a UNITA apresentou o seu Programa Eleitoral, igualmente chamado Programa de Mudança, em Maio passado. O programa da UNITA é o que se ajusta às expectativas dos angolanos depois de longos anos de governação desgastante do MPLA e de muito sofrimento. Certamente, cada formação política que se inscreveu terá o seu programa com base no qual pensa atrair o interesse dos angolanos.

O MPLA só a semana passada apresentou o seu programa de governo. Será que depois de 33 anos de desgovernação, má gestão e desvio do erário público, o MPLA ainda tem proposta digna de confiança dos eleitores angolanos?

Os angolanos estão conscientes de que a satisfação das suas expectativas e do país em geral passa pela mudança e com a UNITA.

Fonte: Unitaangola.org

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O professor Adriano Parreira associa-se à UNITA

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Depois de ter estado, de alguma maneira, ligado ao MPLA nas eleições de 1992, o que lhe valeu um cargo no Governo, o líder do Partido Angolano Independente (PAI) associou-se à UNITA para a corrida eleitoral de 5 de Setembro.

Em declarações à Voz da América, o também docente universitário, disse ter sido uma escolha acertada porque «só a UNITA garante uma mudança genuína e verdadeira

«Está consumada esta decisão para a qual contribuíram todos os militantes e membros do partido. Eu posso dizer que fizemos neste últimos 17 dias cerca de nove mil quilómetros para chegarmos aos nossos representantes nos municípios e comunas. Falamos com eles e partilhamos a sua vibração e o seu sentimento mais profundo de que o melhor caminho seria estarmos nesta lista da UNITA para uma vitória que estamos absolutamente certos que irá acontecer.»

Adriano Parreira, que aparece como candidato efectivo a deputado pela UNITA com o número 86, disse que a sua associação com a segunda força política mais votada nas eleições de há 16 anos foi uma opção que serve os interesses do país.

«É necessário mudarmos Angola que é isso que nós queremos. É necessário estarmos juntos não só o PAI, a UNITA mas todos os partidos na oposição. Nós estamos associados com a UNITA e iremos contra todas as marés estar juntos.»

O líder do PAI disse ter tido o apoio de todos os militantes para esta escolha, deixando implícito o voto deste partido para UNITA nas legislativas.

11 Jul 2008
Fonte:VOA/angonotícias

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Rabelais não quer saber da liberdade de imprensa

Continua a luta entre a burrice e a razão, entre o autoritarismo e a tolerância, entre a arrogância e o bom senso. Olhem só: o ex-locutor da Rádio Nacional e agora Ministro o ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais, formado em Direito pela Universidade angolana Agostinho Neto, anda com saudades de velhos tempos de partido único.

Segundo divulgado pela
imprensa, o Dr. Manuel Rabelais, que é também jornalista, reuniu a imprensa privada e estatal da província de Benguela e correspondestes de órgãos sediados, em Luanda, como a Rádio Ecclesia e jornal Angolense, não para entrevistá-lo, mas para avisar que estes não devem dar espaço aos membros de partidos da oposição caso esses "malhem" aquelas obras, o maior cabo eleitoral do MPLA, que são tocadas pelo governo. (Só espero que não se reúna os blogueiros). No mínimo, o ministro anda envergonhado com o andamento e a magnitude das obras.

A Oposição já se manifestou. "Segundo o secretário provincial da Frente para Democracia ( FpD ), Francisco Viena, a orientação expressa pela ministro da Comunicação Social revela exactamente a tentativa duma eventual fraude, fruto da insegurança do MPLA em relação aos resultados das próximas eleições". Já segundo o Secretário da UNITA « Isto vem exactamente clarear aquilo que, temos dito de como a intolerância política parte de Luanda. Um ministro da Comunicação Social a dar orientações claras sobre a linha editorial que, deve ser seguida naturalmente, a questão da intolerância política está completamente caucionada» .

Devido a isso, a Rádio Benguela do grupo Rádio Nacional de Angola anunciou publicamente (notem que eles foram corajosos) a retirada do programa Roteiro da Manhã, um espaço em que os cidadãos opinavam sobre as diversas matérias locais e que, voltará ao ar depois de Setembro deste ano (por que mais voltar?).

Dizem ainda as más línguas de que o Ministro está trabalhando duro para ver se na próxima lista do MPLA ele seja colocado na posição 99, hoje ocupada nada mais que pelo jogador "Akwá" de quem cansou de narrar os golos. O munda dá voltas. Vale aqui lembrar que Akwá quando fez o golo que classificou Angola para a copa do mundo da Alemanhã, em vez de dedicar a vitória à família, esposa, filhos etc, a dedicou ao presidente da república em exercício. Na época deu muito que falar.

Lista dos candidatos à Assembléia Nacional pela UNITA









Eleições legislativas Angola-2008

Lista dos candidatos efetivos e suplentes da UNITA

Nº de ordem Nome Completo

1 Isaías Henrique Gola Samakuva
2 Ernesto Joaquim Mulato
3 Abílio José Augusto Kamalata Numa
4 Miraldina Olga Marcos Jamba
5 Lukamba Paulo “Gato”
6 Mártires Correia Victor
7 Silvestre Gabriel Samy
8 Clarisse Matilde Munga Kaputu
9 Regina Eduardo Txipoia
10 Demóstenes Amós Chilingutila
11 Carlos de Oliveira Fontoura
12 Alda Juliana Paulo Sachiambo
13 José Samuel Chiwale
14 Almerindo Jaka Jamba
15 Antonino Filipe Tchiyulo Jeremias
16 Augusto Pedro Makuta Nkondo
17 Isaías Celestino Chitombe
18 Anita Raquel Bela
19 Daniel José Domingos "Maluka"
20 Abel Epalanga Chivukuvuku
21 Francisco Fernandes "Falua"
22 Domingos Jardo Muekalia
23 Alcides Sacala Simões
24 Arlete Leona Chimbinda
25 Teresa Chipia
26 Kinsuculu Landu Kama
27 Piedoso Chipindo Bonga
28 Rafael Massanga Sakaita Savimbi
29 Liberty Marlin Dirceu Samuel Chiaka
30 Franco Meneses Marcolino Nhani
31 Eunice Nangueve
32 Júlia Napalonga
33 Virgílio Kanjimbi Samakuva
34 Azevedo de Oliveira Kanganje
35 Carlos Jorge Veiga Morgado
36 Dina Mário Kausso
37 Odeth Ludovina Baca Joaquim
38 José Adão Fragoso
39 Casimiro Calei
40 Francisca Bimbe Marcolino Prata
41 Amélia Judith Ernesto
42 André Pindi
43 Júnior João
44 Cândido Tchilembo
45 Rafael Daniel Aguiar
46 Orlando Crescenciano Luis Nguvulo
47 Sofia Porfírio Kasungu
48 Faustino Morais António Manuel "Mumbika"
49 Araújo Macyke Pena "Cacique"
50 Emiliano Afonso Sikonekeni
51 Henrique Vicente Tembu Nzuanga
52 António Matias Chavala Liahuka
53 Eugénio Antonino Ngolo
54 Firmino Silipuleno
55 Evaristo Chicolomuenho
56 Anastácio Artur Ruben Sicato
57 Altino Jamba Eugénio Kapango
58 Albertina Navemba Ngolo
59 Américo Kolonha Chivucuvucu
60 Ernesto Mines Tadeu
61 Jorge Manuel Mussonguela
62 Carlos Tiago Kandanda
63 Florence Chipungu Henrique Samakuva
64 Alfredo Comigo Monteiro Cacunda
65 Elisa de Fátima Lemos Pinto
66 Edith Maúde Cassicote
67 Nbunga Nzau Franklim
68 Mário Chilulu Cheya
69 Helena Bonguela Abel
70 António Bento Kangulo
71 José Manuel Amaral Costa
72 Menezes Sahepo
73 Emanuel Kapanda Samakuva Bianco
74 Manuel Alberto Monteiro Ribeiro
75 Maria Odélia Chimambo Barros
76 Beatriz Kokelo Kakunda
77 Armindo Moisés Cassessa
78 Ernesto Pongolola
79 Adérito Alfredo Capacala
80 Gladys Dinis
81 Antunes Bunge Malanga Chiuca Bianco
82 Eufrazia Lúcia Afonso
83 Hamilton Celso Chivemba
84 Jorge Elias Makanga
85 Perseverança Maria Econgo
86 Adriano Alfredo Teixeira Parreira
87 Beatriz Aida Socola
88 Dionísia Domingos Soma Figueira
89 Moreira Muhamba
90 Catarina Ululi
91 Maurílio Luiele
92 Fernando Dito
93 Maria Alice Nangolo Sapalalo
94 Luís Carlos Fortunato
95 Valdemar Essuvi de Freitas Tadeu
96 António dos Prazeres Domingos Vigário
97 Blanche Vilongo Gomes
98 Etna Virgínia Chindondo
99 Claudeth Emília Junjo Junjuvili Liahuka
100 Adolfo Lopes Esteves
101 Isaac Evaristo Afonso Hungulo "Suba Suba"
102 Joel Bento Hepo
103 José Martins Chipupa Malanga Kabina
104 Lourenço Bento António
105 Clarice Mukinda
106 Alexandre Neto Solombe
107 Carlos António Tavares Lopes
108 Amílcar Campos Colela
109 Alexandrina M.C.O. Domingos
110 Domingos Eduardo Catoquessa
111 Sandra Teresa Numanawa Kakunda
112 Joaquim Alberto da Cruz Lima
113 Domingos Francisco António
114 Mfuca António Fuacaca Muzemba
115 João Adriano Nunes Chitunda
116 Lázaro Xixima
117 Dorina Epandi Kanguaia
118 João Vicente Viemba
119 Maria Elisa Susana Paulo Bungo
120 Nkossi Ngo Eduardo
121 Manuela dos Prazeres de Kazoto
122 Xavier Jaime Manuel
123 Helda Eduarda Santos da Conceição
124 Cacilda Sachiambo
125 Deodeth Henriqueta Kokelo Kakinda
126 Eunice Ester Campo
127 Madalena Victória Pequenino
128 Beatriz Loti Naquemba Samuel
129 Luís Francisco Quissanga
130 Aldina Bossa

SUPLENTES

1 António de Brito
2 Helena Husso de Fátima Sapassa
3 Ana Maria Chitula Sopingi
4 Horácio Sicola
5 Adelino José Ricardo
6 Faustino Ângelo Patrão
7 Rita Clara de Figueiredo Livulo
8 Faria Roberto Chipalavela
9 Mário Makuwa
10 Felisberto Fernandes Silo Mártir
11 Emília Febe Nana E. Nongando
12 João António Tonga
13 Oseias Pedro Malaka Chilemba
14 Fernando de Assunção Morais Fineza
15 Isabel Helena Gomes
16 António Pedro Naweji
17 Rosa José Simões
18 Eduardo Chinhundo Paulo
19 Avelino Camaquiela Massango Mete
20 Antero de Mateus Zimbo
21 Lucas Kanangue Soares
22 Manuel Domingos da Fonseca
23 Cândida Tchanga
24 Salomé Epolua
25 António Almeida Miguel
26 Ilídio Chissanga Eurico
27 Kutesa Ghadt
28 José da Silva
29 Fernando Uliengue Canjulu
30 Ana Filomena Junqueira da Cruz
31 Sócrates Yava Kabeya
32 Guilhermina Mandele Chitekulu
33 António Nogueira Leite
34 Henrique Chilembo
35 Albino Belchior
36 Sebastião Tualungo
37 Henriqueta Jando
38 Osvaldo Lourenço Júlio
39 Marcial Eugénio Epalanga
40 Armando Pilartes da Silva
41 Eunice Vitória
42 Clarindo Kaputu
43 Silva Aleluia
44 Ndongosi Komanda Fernando
45 Arlete Rosalina Gomes Isaac


LISTA DE CANDIDATOS

Partido: UNITA Circulo Eleitoral: Bengo
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

1 1 Simão Albino António Dembo
2 2 Daniel António Nguele
3 3 Moises Afonso
4 4 Valentim Mendes de Carvalho Mississipe
5 5 Francisco Augusto

Suplentes

6 6 Adolfo António
7 7 João Domingos Martins 8 8 Odeth Manuel
9 9 Celina Manuel Lumbo
10 10 José Domingos da Silva


Circulo Eleitoral: Benguela
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos


11 1 Vitorino Nhani
12 2 Maria Matilde Lucamba
13 3 Duarte Ramires Zenito Colino Calupeteca
14 4 Rodrino João Lusitano Elias Kapusu
15 5 Job Sassando
Suplentes
16 6 Maria Marcelina Lucanda Pascoal
17 7 Cacilda Cardoso Luis
18 8 Carvalho Mateus Njongolo Manuel Tchiland
19 9 Augusto Neleho
20 10 Jeremias Kaunda Abilio

Circulo Eleitoral: Bié
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

21 1 Manuel Savihemba
22 2 Sabino Sakutala Kalusase
23 3 Aderito Jaime Fernandes Candambu
24 4 Eduardo Songuile Endome Faustino
25 5 Judith Eunice Chakussola Sapato

Suplentes

26 6 Eduardo André Kayelo
27 7 António Chivemba
28 8 Américo dos Santos Chipeta
29 9 Salomão Geremias Chiengo Kuvala
30 10 Israel Antonio Vida

Circulo Eleitoral: Cabinda
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

31 1 Raul Manuel Danda
32 2 Maria Agostinha Nhangi
33 3 Virgínia da Conceição Lembe Melo
34 4 Alexandre Sambo
35 5 Abel Xavier Nzuzi Lubota

Suplentes

36 6 Bonifácio Zenga Mambo
37 7 José do Gringo Júnior
38 8 Simão Paulo Lembe
39 9 Félix Nsumbo
40 10 Cornélio Mabiala

Circulo Eleitoral: Cunene
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos
41 1 Lazaro de Oliveira Guelson Kakunha
42 2 João Miguel Vahekeny
43 3 Pinto Manuel Ngulonda
44 4 Fernando Nande Naluwe
45 5 Evaristo Ndemupapeke David

Suplentes

46 6 Maria de Fátima Vestile
47 7 Esperança Noémia Kuvalela
48 8 Paulo Canumbala
49 9 Torga Pangeiko
50 10 António Modila

Circulo Eleitoral: Huambo
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

51 1 Anastásio Vianeke
52 2 Marcial Adriano Dachala
53 3 Mateus Forma Frederico
54 4 Margarida Nalembe
55 5 Janete Culembe Satuala Chiaca

Suplentes

56 6 Armando Manuel Caquepa
57 7 Américo Carlos Wongo Samoma
58 8 Manuel Ngando
59 9 Raquel Kapumo Santos Chiquengue
60 10 Jocobeth Inocência Longue

Circulo Eleitoral: Huila
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

61 1 Vítor Fernandes Lopes
62 2 Maria Alberto Catimba
63 3 Benjamim Zacarias Kanuku
64 4 Clarinda Mayer Alkaim
65 5 Palmira da Costa

Suplentes

66 6 Félix Kuenda Uba Maile
67 7 Regina Mbimbi
68 8 Rosalia Nené
69 9 Celestino Camuenho
70 10 Jonatão Gaspar Manhonga Yotane

Circulo Eleitoral: K. Kubango
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

71 1 João Baptista Chindandi
72 2 Herculano Eduardo
73 3 Daniel Kassela Nhama Tchikuve
74 4 Domingos Paulo Muleleno Uzono
75 5 Augusto Ladeira Cameia

Suplentes

76 6 Bernardo Bento Chameia
77 7 Malheiro Londaka
78 8 Ângelo Miguel Ndala
79 9 Marieta Cecilia
80 10 Augusta Mutango

Circulo Eleitoral: Kwanza Norte
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

81 1 Adolfo Aparício José Manuel
82 2 António Francisco Hebo
83 3 Gertrudes Solange Evangelista Baptista
84 4 Florinda Domingos C. Izequias
85 5 Adão Imã Panzo

Suplentes

86 6 Rodrigo Carlos Escórcio Lucas
87 7 Joaquim Arcanjo Sutila
88 8 Ndomba Meyi António
89 9 Domingos João Vita Mitendo
90 10 João Júnior Malanda

Circulo Eleitoral: Kwanza Sul
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

91 1 Amaro Cambiete Sebastião Caimama
92 2 Maria do Carmo dos Santos
93 3 Rodrigues Soares José Kitekulo
94 4 Mário Artur Cahango
95 5 Celestino Samahina Bartolomeu

Suplentes

96 6 Domingos Francisco Sobral
97 7 Ferreira Mateus
98 8 Domingos Carlos
99 9 Joaquim Sometunda
100 10 Avelina Natiavala

Circulo Eleitoral: Luanda
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

101 1 Adalberto Costa Júnior
102 2 Fernando Domingos Heitor da Costa Francisco
103 3 José Lopes Leite Van-Dúnem
104 4 Ana Maria da Silva Manzaila
105 5 João Baptista Rodrigues Vindes

Suplentes

106 6 David Daniel Sassoma de Kokelo
107 7 João Narciso Teca
108 8 Essanju Rosa Prescinda Gomes Jorge
109 9 Vasco Dias dos Santos
110 10 Fernando Monteiro Kawewe

Circulo Eleitoral: Lunda Norte
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

111 1 Domingos Oliveira
112 2 Armando Xiri João
113 3 Zita Domingas Lourenço
114 4 Domingos António Muamufia
115 5 Henrique Txitxi

Suplentes

116 6 Henrique Martins Uanguanza
117 7 Neves Joaquim Hélio Txabuacadi
118 8 Manuel Massanzo
119 9 Mateus Carlos
120 10 Filomena Madalena Jorge

Circulo Eleitoral: Lunda Sul
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

121 1 Virgílio Pedro Samussongo
122 2 Marcial Midji Satambi Kalunhi Itembo
123 3 Rebeca Muaka
124 4 Txamuene Silvano Muque
125 5 Artur Sapalo Muassenha

Suplentes

126 6 Alberto Mungai Samakela
127 7 Alexandre Txitxi Ihaza
128 8 João Ribeiro Munbumdo
129 9 Alberto Mungai Samakela
130 10 Isaías Mutaila


Circulo Eleitoral: Malange
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

131 1 Antonio Pedro Magalhães
132 2 Francisco Teca
133 3 Januário Alfredo Mussambo
134 4 Lurdes Bernardo Miranda
135 5 João Pacheco Manuel

Suplentes

136 6 Ana Bela Carolina das Dores Nginga
137 7 Esmeralda Urraca Cristovão de Sousa
138 8 Paulina Chilombo Chipati
139 9 Emílio Segunda Freitas
140 10 Antonio Paposseco Francisco Quinguri


Circulo Eleitoral: Moxico
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

141 1 João Muzaza Caweza
142 2 Albino Miguel José
143 3 José Sozinho
144 4 Joaquim Samba Constantino
145 5 Alice da Conceição Mucumbi Chifunga

Suplentes

146 6 Palmira Carlota Campos
147 7 Fernando Domingos Zangada
148 8 Gomes Pereira
149 9 Leon Barbosa Mukanda
150 10 Yavua Francisco Cangolo

Circulo Eleitoral: Namibe
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

151 1 Almeida Chilunga Daniel
152 2 José Ndala
153 3 Odília Idalina Femandes
154 4 Luis Muyeye Contente
155 5 Cristofana Cuayela Sanjovo

Suplentes

156 6 Arlindo Baltazar
157 7 Ilda Songuile Miguel
158 8 Amadeu João Missi
159 9 Jorge Yoñuma Hotel Bonga
160 10 Francisco Roque Chimbeia


Circulo Eleitoral: Uige
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

161 1 Ernesto Miguel
162 2 António Francisco Fernandes
163 3 Afonso Ntetani Paulo
164 4 Emilia Ginga Pindi
165 5 Mambote João Pedro

Suplentes

166 6 Campos Tomas
167 7 Joana Beatriz Miguel Tchiliva
168 8 Manuel Virgilio
169 9 Gloria Antunes Kahali Fidel
170 10 Olavo Feitera Lourenço Castigo


Circulo Eleitoral: Zaire
Nº ordem / de Nº / ordem de Nome completo
Efectivos

171 1 João Marques Ntiama
172 2 Isabel Florita Barros
173 3 João Sebastião
174 4 Ana Aurora Morena dos Anjos Neves
175 5 Nunes Nkunku Ankosi

Suplentes

176 6 João Honesto Makiadi
177 7 Afonso Pecado Neves
178 8 João André Lina
179 9 Kutantua Kiaku Mbebo
180 10 Miguel Comba José Delfina

Fonte: Unitaureo.com

Para ver a Lista dos candidatos do MPLA
Veja a lista nominal de todos os DEPUTADOS eleitos, clique no link abaixo:
http://cangue.blogspot.com/2008/09/lista-dos-deputados-eleitos-nas-eleies.html