Artigo de opinião assinado por:
Lourenço Bento
No dia 5 de Setembro de 2008, os angolanos com idade igual ou superior a 18 anos vão às urnas exercer o seu direito fundamental de eleger os seus legítimos representantes na Assembleia Nacional. É um exercício pouco habitual na história dos 33 anos de independência. Não foi por deliberada responsabilidade dos angolanos, mas pelas circunstâncias políticas que inviabilizaram a realização daquelas que seriam as primeiras eleições, em Outubro de 1975, para a Assembleia Constituinte da República previstas nos Acordos de Alvor.
Nos dias 29 e 30 de Setembro de 1992, na sequência dos Acordos de Bicesse, celebrados entre o MPLA e a UNITA, foram realizadas as eleições legislativas que determinaram a constituição da Assembleia Nacional que neste mês de Julho cessa o seu mandato que durou 16 anos.
Neste momento tudo ronda em torno das eleições legislativas de 5 de Setembro de 2008. Aguarda-se que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre quais dos 24 partidos políticos e 10 coligações que deram entradas dos seus processos vão participar da disputa.
Enquanto se aguarda, já está em curso o “namoro” dos concorrentes aos eleitores angolanos, na perspectiva daqueles começarem a ser vistos pelos últimos como os seus melhores defensores. Esse “namoro” é feito com base às propostas de programas e nalguns casos envolve esquemas que vão até ao suborno das consciências com avultadas somas de dinheiros e bens materiais.
Este cenário já está em curso um pouco por todo o país. Em Luanda, as obras das estradas marcam o quotidiano da capital, na perspectiva de se chegar ao dia 5 de Setembro de 2008 com uma imagem diferente daquela a que os habitantes da capital estão habituados; de buracos em tudo que é estrada e lagoa das águas das chuvas em todos os cantos.
Não é só em Luanda onde os angolanos se confrontam com essa realidade. Quem vai ao Huambo encontra a antiga cidade de Nova Lisboa com o novo tapete asfáltico, pelo menos nas vias principais da urbe. Não é tão consistente, pelo que se pôde ver, corre o risco de em tão pouco tempo estar outra vez partido. Mas está lá para levar as pessoas a se esquecerem do tempo das nuvens de poeira que erguiam na cidade, fruto do estado degradado das vias de comunicação.
Pelas terras do Huambo começa a ser do domínio mais ou menos público que a reabilitação das estradas foi feita com o dinheiro emprestado por Portugal. Se para reabilitar as estradas de uma cidade como Huambo o governo de Angola suportado pelo MPLA recorre a empréstimos, os angolanos têm razão de sobra para questionar o destino dado ao dinheiro resultante do negócio do petróleo.
Há quem tivesse afirmado que todas as obras que vêem hoje em Angola e com as quais o governo quer impressionar, estão a ser feitas com o dinheiro emprestado pela China, Brasil, Espanha, Portugal, do Japão e demais países. No caso vertente do Huambo, só beneficiaram de reabilitação e com renovação do tapete asfáltico as vias principais, deixando os bairros na mesma ou seja com estradas antigas e esburacadas, dificultando o acesso aos mesmos.
Referimo-nos ao “namoro” que está a ser feito pelos partidos, para convencer os eleitores a votarem neles. As estradas em reabilitação fazem parte desse exercício do governo do MPLA aos eleitores. Algumas infra-estruturas sociais que estão a ser reconstruídas, designadamente, hospitais, escolas, fontenários nalgumas sedes provinciais, municipais, comunais e bairros de conveniência, integram o pacote de “ofertas” ao povo em vésperas de eleições, como a finalidade de atrair o seu voto. Quer dizer que pelas eleições o governo do MPLA vai parecer como que mais interessado na resolução dos nossos problemas do dia-a-dia. Pode, até, oferecer carros, casas, dinheiro e emprego.
Na cidade do Huambo, a emissora local noticiou, no dia 8 de Julho de 2008, que a administração municipal começou a atender milhares de pessoas que durante muito tempo dirigiram àquela instância requerimentos para a obtenção de terrenos para construção. Só agora porquê?
Não será para fins eleitoralistas?
É só para impressionar!
Dizíamos a instantes que o “namoro” dos partidos também pode ser feito com base em programas eleitorais. Falando nisso, a UNITA apresentou o seu Programa Eleitoral, igualmente chamado Programa de Mudança, em Maio passado. O programa da UNITA é o que se ajusta às expectativas dos angolanos depois de longos anos de governação desgastante do MPLA e de muito sofrimento. Certamente, cada formação política que se inscreveu terá o seu programa com base no qual pensa atrair o interesse dos angolanos.
O MPLA só a semana passada apresentou o seu programa de governo. Será que depois de 33 anos de desgovernação, má gestão e desvio do erário público, o MPLA ainda tem proposta digna de confiança dos eleitores angolanos?
Os angolanos estão conscientes de que a satisfação das suas expectativas e do país em geral passa pela mudança e com a UNITA.
Fonte: Unitaangola.org
Lourenço Bento
No dia 5 de Setembro de 2008, os angolanos com idade igual ou superior a 18 anos vão às urnas exercer o seu direito fundamental de eleger os seus legítimos representantes na Assembleia Nacional. É um exercício pouco habitual na história dos 33 anos de independência. Não foi por deliberada responsabilidade dos angolanos, mas pelas circunstâncias políticas que inviabilizaram a realização daquelas que seriam as primeiras eleições, em Outubro de 1975, para a Assembleia Constituinte da República previstas nos Acordos de Alvor.
Nos dias 29 e 30 de Setembro de 1992, na sequência dos Acordos de Bicesse, celebrados entre o MPLA e a UNITA, foram realizadas as eleições legislativas que determinaram a constituição da Assembleia Nacional que neste mês de Julho cessa o seu mandato que durou 16 anos.
Neste momento tudo ronda em torno das eleições legislativas de 5 de Setembro de 2008. Aguarda-se que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre quais dos 24 partidos políticos e 10 coligações que deram entradas dos seus processos vão participar da disputa.
Enquanto se aguarda, já está em curso o “namoro” dos concorrentes aos eleitores angolanos, na perspectiva daqueles começarem a ser vistos pelos últimos como os seus melhores defensores. Esse “namoro” é feito com base às propostas de programas e nalguns casos envolve esquemas que vão até ao suborno das consciências com avultadas somas de dinheiros e bens materiais.
Este cenário já está em curso um pouco por todo o país. Em Luanda, as obras das estradas marcam o quotidiano da capital, na perspectiva de se chegar ao dia 5 de Setembro de 2008 com uma imagem diferente daquela a que os habitantes da capital estão habituados; de buracos em tudo que é estrada e lagoa das águas das chuvas em todos os cantos.
Não é só em Luanda onde os angolanos se confrontam com essa realidade. Quem vai ao Huambo encontra a antiga cidade de Nova Lisboa com o novo tapete asfáltico, pelo menos nas vias principais da urbe. Não é tão consistente, pelo que se pôde ver, corre o risco de em tão pouco tempo estar outra vez partido. Mas está lá para levar as pessoas a se esquecerem do tempo das nuvens de poeira que erguiam na cidade, fruto do estado degradado das vias de comunicação.
Pelas terras do Huambo começa a ser do domínio mais ou menos público que a reabilitação das estradas foi feita com o dinheiro emprestado por Portugal. Se para reabilitar as estradas de uma cidade como Huambo o governo de Angola suportado pelo MPLA recorre a empréstimos, os angolanos têm razão de sobra para questionar o destino dado ao dinheiro resultante do negócio do petróleo.
Há quem tivesse afirmado que todas as obras que vêem hoje em Angola e com as quais o governo quer impressionar, estão a ser feitas com o dinheiro emprestado pela China, Brasil, Espanha, Portugal, do Japão e demais países. No caso vertente do Huambo, só beneficiaram de reabilitação e com renovação do tapete asfáltico as vias principais, deixando os bairros na mesma ou seja com estradas antigas e esburacadas, dificultando o acesso aos mesmos.
Referimo-nos ao “namoro” que está a ser feito pelos partidos, para convencer os eleitores a votarem neles. As estradas em reabilitação fazem parte desse exercício do governo do MPLA aos eleitores. Algumas infra-estruturas sociais que estão a ser reconstruídas, designadamente, hospitais, escolas, fontenários nalgumas sedes provinciais, municipais, comunais e bairros de conveniência, integram o pacote de “ofertas” ao povo em vésperas de eleições, como a finalidade de atrair o seu voto. Quer dizer que pelas eleições o governo do MPLA vai parecer como que mais interessado na resolução dos nossos problemas do dia-a-dia. Pode, até, oferecer carros, casas, dinheiro e emprego.
Na cidade do Huambo, a emissora local noticiou, no dia 8 de Julho de 2008, que a administração municipal começou a atender milhares de pessoas que durante muito tempo dirigiram àquela instância requerimentos para a obtenção de terrenos para construção. Só agora porquê?
Não será para fins eleitoralistas?
É só para impressionar!
Dizíamos a instantes que o “namoro” dos partidos também pode ser feito com base em programas eleitorais. Falando nisso, a UNITA apresentou o seu Programa Eleitoral, igualmente chamado Programa de Mudança, em Maio passado. O programa da UNITA é o que se ajusta às expectativas dos angolanos depois de longos anos de governação desgastante do MPLA e de muito sofrimento. Certamente, cada formação política que se inscreveu terá o seu programa com base no qual pensa atrair o interesse dos angolanos.
O MPLA só a semana passada apresentou o seu programa de governo. Será que depois de 33 anos de desgovernação, má gestão e desvio do erário público, o MPLA ainda tem proposta digna de confiança dos eleitores angolanos?
Os angolanos estão conscientes de que a satisfação das suas expectativas e do país em geral passa pela mudança e com a UNITA.
Fonte: Unitaangola.org
Um angolano nunca esquece...
ResponderExcluirAlguns esqueceram voltar a Angola para dar sua contribuição nas tarefas da reconstrução nacional.
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