No entanto, em seu livro intitulado: “Eles criam em Deus”, de vinte e um capítulos, publicado pela Casa publicadora Brasileira (Tatuí-São Paulo, Brasil, 2002), Rodrigo P. Silva, formado em Filosofia e Doutor em Teologia, com especialização em Arqueologia, apresenta uma extensa biografia de 21 cientistas e sua fé criacionista.
O autor não estabelece nenhuma relação entre o saber à crença em Deus. Porém, a Bíblia mostra que o saber pode ser uma dádiva de Deus. Um exemplo mais conhecido é o do Rei Salomão, considerado como um dos maiores sábios que já passou por esta terra. Tudo porque pediu sabedoria a Deus e foi atendido. Uma de suas aplicações é a conhecida solução salomônica quando, para atender aos apelos das duas mães, sugeriu dividir um único bebê em dois. E ele reforça: “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.” (Prov.1:7). Essa sabedoria é no sentido amplo. E, isso não é um privilégio da burguesia, como pode ser encontrado na seguinte passagem: "e, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente" (Tia 1:5).
Em relação às provas da crença dos referidos cientístas no Deus eterno, onipresente, onipotente, onisciente, abordadas por Rodrigo P. Silva, um resumo de apenas doze cientistas é feito, começando pelo Leonardo da Vinci. Da Vinci foi italiano, nasceu em 1452, no período da renascença. Ele é conhecido por suas obras de arte. Também foi um brilhante arquiteto, engenheiro, matemático, geólogo, biólogo, físico e filósofo. Da Vinci era um aluno muito questionador, o que incomodava os professores e colegas. Recusava-se a aceitar conceitos não bem demonstradas. No campo científico demonstrou excelentes análises de problemas em dinâmica, anatomia, física, aeronáutica, biologia e hidráulica. É na arte que ele revela a sua fé em Deus, com seus quadros sobre a vida de Jesus como, por exemplo, a Santa Ceia de Cristo.
Geórgias Agrícola ou Geórgias Bauer (em alemão quer dizer o fazendeiro, daí o nome de Agrícola), médico alemão, nasceu em 1514. Na sua monumental obra “De re metallica”, composta de 12 volumes, estudou enfermidades como a silicose, que é típica do trabalho nas minas. Apresentou técnicas de ventilação que levam ar puro para os pontos mais subterrâneos de uma exploração mineral. Todas as noites, ele se recolhia cedo para orar e ler a Bíblia, e isso fez com que tivesse um rendimento melhor que muitos de seus colegas que preferiam as noitadas de cerveja e a companhia de prostitutas. Quando morreu, Agrícola teve seu corpo sepultado na catedral de Zeitz. Sobre seu epitáfio estão escritas as palavras que marcaram o caráter de seu cristianismo: “Ele viveu pela paz, verdade e justiça”.
Nicolau Copérnico, nasceu em 1543, foi astrônomo, matemático polaco e padre com idéias revolucionárias. Suas grandes contribuições se deram no campo da astronomia. Graças a ele que hoje possuímos os recursos da astronomia moderna. As teorias dele demoraram muito para ser publicadas. Ele só permitiu que partes soltas de seu trabalho circulassem entre uns poucos astrônomos, porque nessa época, qualquer um que duvidasse da estrutura geocêntrica, significava assinar a própria sentença de morte. Suas pesquisas aumentaram ainda mais sua fé no Criador. Falando das fases não observáveis de alguns planetas, Copérnico declarou: “Eles realmente têm fases. Quando Lhe aprouver, o bom Deus dará ao homem meios de observá-las”.
Galileu Galilei, nasceu em 1564 em Pisa, Itália. Iniciou seus estudos na Universidade de Pisa. Seus colegas puseram-lhe o apelido de “debatedor” ou “encrenqueiro acadêmico” porque vivia questionando e discutindo tudo aquilo que seus professores diziam e que não fosse baseado em provas convincentes. Estudou Matemática e Ciências. Em 1585 foi obrigado a deixar a Universidade por falta de dinheiro. Ele foi apegado muito a Deus e pedia que o Senhor o iluminasse e começou a estudar sozinho e dar aulas particulares para se sustentar em Pisa. Mais tarde ele foi recebido como professor universitário. Ele inventou termômetro, compasso (dois professores inescrupulosos tentaram reclamar que eles eram os verdadeiros inventores do compasso) a balança hidrostática e determinou o centro da gravidade nos sólidos. Enquanto a maioria dos acadêmicos “enclausurava” os estudantes em sala com tediosas exposições orais, ele preferia sair a campo com seus alunos para apresentar em meio à natureza a coerência das leis que enunciava. Foi defensor das idéias de Copérnico contra o sistema geocêntrico. No dia 21 de junho de 1634 compareceu em Roma junto ao Santo ofício para retratar-se, formalmente, do que era considerado o seu “erro”. As acusações de heresias foram retiradas pelo Papa João Paulo II em 12 de setembro de 1982 e em 1992, ele foi “reabilitado” pela Igreja Católica, que passou a reconhecê-lo oficialmente como um “físico genial”.
Johannes Kepler, nome famoso entre os astrônomos, alemão, nascido em 1571. Em 1591 concluiu seu Mestrado. Ensinou Aritmética, geometria, literatura latina e retórica. Foi o primeiro astrônomo a defender abertamente os pontos de vista tão controvertidos de Copérnico, a cerca do Universo e do nosso sistema solar. Ele era um homem de profundas convicções religiosas, mesmo que discordasse aqui ou acolá de algumas idéias vigente entre os cristãos de sua época. Tudo nos escritos e nas cartas de Kepler, aponta para sua crença no Deus verdadeiro. Faleceu com apenas 59 anos, vítima de uma pneumonia.
Francis Bacon, filósofo e cientista, nasceu em 1561, revolucionou o método científico desenvolvendo o “método indutivo de pesquisa”. Nas suas anotações científicas são por diversas vezes misturadas com passagens bíblicas que ele coloca, não para contradizer a Bíblia, mas para enfatizar sua filosofia científica. De tudo que escreveu, destaca-se: “Eu concordo que uma filosofia medíocre pode levar a mente humana ao ateísmo. Porém uma filosofia profunda fará sua mente voltar-se para a religião”. Morreu em 1626 devido a uma pneumonia.
Blaise Pascal, nasceu na França em 1623, humilde e simpático, de mente brilhante. Com apenas 11 anos, ele reconstituiu as provas da geometria euclidiana até à proposição 32 e, aos 16 anos, um outro sobre as divisões cônicas. Aos 18 anos, ele construiu a primeira máquina aritmética da História. Foi em meio às pesquisas que Pascal se sentiu totalmente atraído pelo chamado religioso. Numa noite de 1664, numa experiência espiritual, sentiu de perto a presença de Deus. Segundo nos seus pensamentos, o senhor lhe mostrou em que consistia “a grandeza e a miséria do gênero humano”. E pascal escolheu a grandeza, escolheu ser um servo de Deus. Pascal, num debate com seus colegas, livres pensadores, numa praça de Paris, ele apostou que, matematicamente falando, crer em Deus é mais lucrativo do que descrer dEle. Segundo ele: “se eu aposto por Deus e Deus existe – o meu ganho é infinito; Se eu aposto por Deus e Deus não existe – não perdi nada; Se eu aposto contra Deus e Deus não existe – não perdi nem ganhei; Mas, se eu aposto contra Deus e Deus existe – então minha perda será infinita”.
Robert Boyle, pioneiro nos estudos da química moderna. Nasceu em 1627, na Irlanda. Boyle tinha um interessante hábito, por mais atarefado que fosse o seu dia, jamais iniciava suas atividades laboratoriais sem gastar pelo menos uma hora meditando sobre a Palavra de Deus.
Isaac Newton. Publicou o seu livro “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, onde fala do movimento dos corpos no tempo e no espaço, e fornece a complexa matemática que analisa esses movimentos. Além de muitas outras coisas, divulgou a lei da gravidade. Ele nasceu prematuro e por pouco não morreu durante o parto. A própria parteira considerou um verdadeiro milagre que aquela criança houvesse sobrevivido. Destacado entre os maiores gênios de todos os tempos, Newton realizou pesquisas que trouxeram grandes contribuições para a Matemática, Óptica, Física e Astronomia. Ele foi um homem apaixonado pela Bíblia. Demonstrou a superioridade do Gênesis sobre as Cosmogonias da Mitologia Grega e ainda utilizou-se da Astronomia para estabelecer a data de importantes eventos como a morte de Cristo e as setenta semanas proféticas de Daniel capítulo 9. "Observations upon the Prophecies of Daniel and the Apocalipse of St. John" . Em um dos manuscritos, datado do começo do século XVIII, (Figura ao lado) Newton, chega à conclusão de que o mundo deve acabar por volta do ano de 2060, atavés dos textos bíblicos do livro de Daniel. Ainda escreveu: "Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes”
Gottfried Wilhelm Leibnitz, nasceu na alemanha em 1646, autodidata, aos doze anos aprendeu sozinho a falar Latim e Grego e aos quinze já possuía vasto conhecimento de Filosofia, Moral e Teologia escolástica. Em 1667, um brilhante estudante de Direito e obteve o seu doutorado com apenas 21 anos de idade. Sobre a existência de Deus, Leibnitz concluiu que o Universo, por si só, exige a existência de um ser superior que foi capaz de fazer dele uma realidade. Se não há Deus Criador, então, fica difícil, senão impossível, explicar a existência da vida.
Louis Pasteur, nasceu em 1822, na França. As contribuições de Pasteur são tantas e tão técnicas que fica difícil, para leigos em Biologia, explicar algumas delas. Por exemplo, foi ele quem detectou a existência de faces hemiédricas e a relação dessas com a rotação do plano de luz polaridazada, provocada pelos ácidos correspondentes. De todas as contribuições científicas desse estudioso francês, talvez o processo de pasteurização dos produtos alimentícios seja o mais conhecido. Pasteur descobriu que bastava ferver o produto antes do seu consumo e ele estaria livre dos germes e bactérias. Hoje, todos os leites são fervidos já na indústria. Daí o nome de pasteurização. A maior preocupação de pasteur era ajudar pessoas a terem uma vida mais saudável. Afinal, nosso corpo é o templo de Espírito Santo e desonrá-lo significa desonrar o próprio Deus.
Johann Gregor Mandel, nasceu em 1822 na república Tcheca. Pesquisas de Mendel provam que é possível, com base na lei das probabilidades e no conhecimento genético dos pais, prever quais as chances de determinada criança adquirir essa ou aquela característica. Para Mendel, o Universo era fruto de uma criação divina conforme descrito no livro de Gênesis, e todos nós somos, biologicamente falando, descendentes de um mesmo casal que produziu os genes originais que resultaram nesses bilhões de humanos que hoje povoam o planeta terra.
Mesmo não sendo citados por Rodrigo P. Silva, a lista é enorme. Poderíamos citar muitos, embora alguns panteistas. René Descartes (1596-1650) instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que possa ser provado, sendo o ato de duvidar indubitável, cujo sistema começou perguntando o que se pode ser conhecido, se tudo mais for duvidoso, sugerindo o famoso "Penso, logo existo". Em1637, publicou três pequenos resumos de sua obra científica: a Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria que foram acompanhados por um prefácio que se tornou famoso: "Discurso sobre o Método". Ele faz ver que o seu método, inspirado nas matemáticas, era capaz de provar rigorosamente a existência de Deus. Poderíamos citar Michael Faraday (1791-1867), devoto cristão, Max Planck (1858-1947), que expressou a visão de que Deus está presente em todos os lugares, Kelvin (William Thompson) (1824-1907), um Cristão muito comprometido e Albert Einstein (1879-1955), que dispensa apresentação. Aqui está uma boa dica para o caminho de sucesso, quem sabe você não venha a ser o próximo?
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