segunda-feira, 30 de junho de 2008

Quando teremos assistência ao desempregado?


O caso é muito sério. É muito difícil obter dados estatísticos sobre o desemprego em Angola. Mas, segundo uma matéria publicada no Jornal de Angola, com base nos dados do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social (MAPESS), estima que a taxa de desemprego, no nosso país, oscila entre os 35 a 40% de pessoas em idade produtiva. Há, inclusive, fontes que estimam taxas de desemprego superiores a essa. O que se esconde atrás desse desencontro de números é a velha confusão nacional de definir o que é emprego, subemprego e desemprego. Para todos os efeitos, embora sejam estimativas de 2006, posso assegurar que, dois anos depois, essa triste realidade mantém-se inalterada. O motivo é simples: não possuímos ainda programas de redução de desemprego. Tudo que existe até agora são paliativos. A cada dia, há mais procura que oferta de empregos (postos de trabalho). Por isso, que num país que não existe pena de morte, muitos ainda morrem sem pena.

De fato, se analisarmos do ponto de vista racional, a existência do desemprego em Angola, país que durante décadas acalentou uma guerra, nada de anormal. O desemprego é uma realidade constante na vida das pessoas. Infelizmente, está presente em todos os países, embora, na maioria dos casos, com taxas não tão elevadas assim. O problema maior é a ausência de políticas de subsídios de desemprego no nosso país.

Falar em assistência ao desempregado, normalmente, gera desconforto em alguma pessoas. Foi assim que ocorreu na Inglaterra onde a industrialização levou muitas pessoas para informalidade. Aumentou, grandemente, o número de “kinguilas”, “candongueiros”, “zungueiras”, vendedores ambulantes, muitos pobres, uma legião de famintos e de doentes manifestando-se em tensões sociais no reinado. Quando foi promulgada a “Poor Law” que previa a assistência aos mais pobres, as pessoas insensíveis, aquelas que Dog Murras classificaria de “detratores, visão limitada e com muitos empregos” se opuseram com argumentos de que isso criaria “parasitas”, mendigos, vagabundos e viciava.

Entretanto, os deputados angolanos, que fazem as leis do nosso país, pelo menos não concordam com esses argumentos. Eles, perceberam que o desemprego poderá abraçar a alguns deles, agora que estamos a três meses das eleições. Isso poderá comprometer a sobrevivência de suas famílias. Como blindagem vão aprovar (ou já aprovaram) um pacote “chorudo” de compensações financeiras composto por um subsídio de assistência ao “desemprego” deles, no valor de até 200 mil dólares. Eles fizeram o certo, porque se deram conta de que não poderão ter nenhuma assistência depois. Por outras palavras, estão admitindo que essa assistência é indispensável e não existe e deve existir.

Se vivêssemos no sistema feudal, onde o indivíduo era propriedade do patrão ou artesão, mesmo subempregado, nunca desprovido da possibilidade de ganhar sustento com seu trabalho, seria até absurdo essa atitude. Na sociedade moderna, com a industrialização e mais recentemente com a globalização e internacionalização dos mercados o indivíduo pode ser apto ao trabalho, mas incapaz de ter assegurado o emprego.

Muitos países como a França, Noruega, Dinamarca, Finlândia, por exemplo, já no início do século passado, tomaram consciência de que o desemprego está intimamente ligado ao progresso econômico. Hoje, no entanto, estudiosos acreditam que os efeitos vão muito mais além que um mero problema econômico. Traz também profundas conseqüências sociais, psicológicas, culturais .
O impacto do desemprego, principalmente o urbano, possui um enorme poder irradiador de tensões. Por isso que é necessário a existência de mecanismos de proteção ao desempregado e isso não se resolve com atos de solidariedade, filantropia da atividade privada. As soluções devem ser procuradas na esfera pública, para minimizar estes efeitos de pressões e tensões sociais. Ou seja, o Estado tem a obrigação de atender aos pobres em seus estados de necessidade para o restabelecimento do equilíbrio social e econômico. O Estado precisa dar peixe, ensinar a pescar e, principalmente, garantir que haverá rios, com peixes, onde se poderá pescar.

Isso possibilita a eliminação das barreiras geográficas pela descentralização, das barreiras financeiras pela transferência e das barreiras técnicas pela racionalização. Essa consciência foi despertada pelos cientistas, que tinham numa extremidade Adam Smith (Estado-protetor) e na outra o caos social de Malthus (Estado-providência). O aperfeiçoamento dessas idéias levou, por exemplo, à criação de sistema de pensões, aposentadoria, auxílio-maternidade etc. Diferentemente das pensões e aposentadorias, que procuram assegurar certa estabilidade, a assistência ao desempregado (não se trata de ajuda) permite uma reabilitação e mobilidade de mão-de-obra.

Na Suécia, por exemplo, a proteção aos desempregados cobre 100% da força de trabalho. Alguns paises adotam sistemas de cobertura parcial, como, por exemplo aos autônomos sob certas restrições, trabalhadores da construção civil quando o mau tempo impede a construção das obras, trabalhadores domésticos, empréstimos a baixas taxas de juros. Países como Canadá possuem formas diferentes de socorrer os desempregados: seguro desemprego, extensão dos benefício, planos de assistência Canadá, Assistência pública, recursos suplementares de origem privada, recursos para treinamento dos desempregados, programa de criação de empregos etc. A França, possui, ainda, o programa especial de pagamento de benefícios a desempregados acima de 60 anos etc. No Brasil muitos programas vêm sendo implementados, e os resultados já são visíveis.

A grande maioria de países que conseguiu instituiu sistema consistente de segurança social não possui nem a terça parte de recursos que Angola possui, nem por isso foram para bancarrota, antes pelo contrário. É de lamentar a ausência de uma legislação como ocorre nesses países. O Estado não pode fazer vista grossa à essa realidade.


Publicado no portal club-k-angola.com

Angola Xyami - Angola Minha Terra - Quando teremos assistência ao desempregado angolano?

Estudante malha "Lusíada" angolana

Nós angolanos já desenvolvemos o nosso "jeitinho" heroíco que poderia ser batizado de "angolíada", que já atacou algumas instituições. Como funciona?


A «Lusíadas» é como a «Malhação»

Caro Director

É com grande estima que vos escrevo! Sou estudante da Universidade Lusíada de Angola e quero por meio deste e-mail divulgar as péssimas condições de estudo a que os alunos dessa instituição estão sujeitos.

No passado mês de Maio, a direcção da Universidade reuniu-se com os estudantes de todos os cursos para ouvi-los, mas as reclamações eram tantas que ela resolveu silenciá-los e dar por finda a reunião sem mais conversa.

Os estudantes chegam a pagar até 360 USD, tornando a Lusíada na Universidade mais cara de Angola, sem contar com as multas, que crescem avultadamente. E no fim do ano são surpreendidos com multas e propinas em atraso que não se sabe de onde saíram e também obrigados a repetir cadeiras porque as suas notas simplesmente «desapareceram», por incrível que pareça!

Numa Universidade que deveria ser a melhor das privadas, na qual estudam maioritariamente filhos e filhas de figuras públicas no país, os estudantes são obrigados a dividir os computadores, por o seu número ser inferior ao de cada turma e também porque a maioria deles não funciona, dividindo-se nesse caso um computador por 4 a 5 estudantes.

As aulas de informática e de autocad têm sido um verdadeiro inferno, não só pela rarefacção dos computadores, mas também pela falta de condições técnicas para que os professores possam explicar de modo que todos os alunos possam usufruir dos seus ensinamentos, sendo portanto uma turma de 30 alunos obrigada a visualisar a tal explicação no monitor do computador portátil do professor, o que, como é óbvio, nem todos os alunos conseguem visualizar. O pior é que o professor aconselha aos alunos a levarem as aulas os seus computadores, mas, como sabem, nem todos têm a possibilidade de adquirir um portátil e ainda querem que tenhamos boas notas enquanto temos um ensino retardado e deficiente.

Também é visível a falta de turmas para albergar o grande número de estudantes e somos obrigados a passar dias e semanas a fio sem aulas, além de que o desaparecimento inexplicável de alguns professores sem reposição leva-nos a passar o dia sem aulas.

É inconcebível para um estudante que vive a quilómetros de distância da Universidade e que para nela chegar tenha que enfrentar o engarrafamento, acordar muito cedo, apanhar o táxi e chegar à Universidade para passar o dia nos corredores, por não ter aulas, devido à falta de professores.

Há ainda uma estória muito curiosa de uma professora que diz que não nos pode dar aulas à segunda-feira às 7 e 30 porque vive distante e tem preguiça de acordar cedo. Desde que arrancou o ano lectivo 2008/2009 no mês de Março, ainda só tivemos três aulas com a referida professora, sem contar que a última aula foi dada num sábado.

Existem cursos não reconhecidos que estão a ser leccionados na Universidade Lusíadas, como é o caso do curso de Arquitectura, do qual ao fim do presente ano lectivo sairá a primeira leva de licenciados «SEM DIPLOMAS», o que fez com que 80% dos alunos do referido curso desistissem e rumassem para outras Universidades. A associação dos estudantes da referida Universidade não se faz sentir, ninguém sabe dela, nem onde localizá-la.

A Universidade já tem fama de «relaxada», «preferida dos riquinhos», «malhação» outros nomes feios, mas a sua direcção nada faz para que as pessoas tenham uma outra imagem dela e dos seus estudantes.

Houve ainda uma tentativa de greve mas que fora frustrada porque os chamados «filhos de papai» ou de «bossangas» não estão interessados em mudar a situação na Universidade, por gostarem da «boa vida» que a universidade, na sua óptica, oferece. «Greve?! Abaixo-assinado?! Para quê?! Eu sou filho do fulano e gosto dessa vida. Não me interessa se há aulas ou não», teve a coragem de assim dizer um desses filhinhos de papai.

Mas, existe um bom número de estudantes sacrificados, que valorizam o suado dinheiro dos pais ou parentes com que pagam as propinas e compram o material didáctico que estão dispostos a mudar a situação que se vive na Universidade Lusíadas, para que consigam terminar com êxito os seus cursos. É para isso que lá estão. E não para brincadeiras.

Para terminar, conto-vos uma cena bastante caricata que ocorreu no dia 13 de Junho no parque de estacionamento da Universidade, onde cinco viaturas iam a sair e no mesmo instante uma outra entrava. A entrada do parque não possui sequer dimensões suficientes para que entrem e saiam duas viaturas ao mesmo tempo. Imaginem cinco. Os seis carros permaneceram parados aproximadamente uma hora, porque o sexto individuo - professor do 2.º ano do curso de Arquitectura - que por não ter mais carros atrás de si deveria recuar para possibilitar a passagem das outras cinco viaturas e posteriormente da sua, recusou-se a tal. Desceu do seu carro no momento em que o Sr. Rui Mingas entrava para a Universidade e deparou-se com tal situação. Ambos foram-se embora, deixando os outros motoristas, que eram alunos, a xixilar, até que o tal professor regressou e resolveu retirar o seu carro, pondo-se assim fim a um caso simples, mas por arrogância demorou mais de uma hora para ser solucionado.

No fundo, a Lusíada é uma universidade de «pequeno porte», pois de «grande» só tem o «nome». Cumprimos com as nossas obrigações, pelo que o mínimo que a universidade tem de fazer é oferecer aos seus alunos condições de ensino dignas de «ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS»!

Extraído do Semanário Angolense

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Imagens de Angola antes de 23 de ABRIL de 1974





















Como era Angola em 1974? É muito provável que muitos tenham se feito essa pergunta. Seguem-se imagens, que valem apenas ser vistas. Gasta-se um pouco de tempo, mas que valerão apenas. Quero parabenizar aos autores.

Assista aos vídeos (Não são longos)

1. Angola II


Os caminhos da fraude nas eleições legislativas


Não fica bem um partido do tamanho do MPLA pensar ou trabalhar numa possibilidade de fraude. Envergonharia muitos militantes honestos. Isso seria um reconhecimento de extrema incompetência, malandragem e dar razão a Jonas Savimbi que sempre acreditou que o MPLA é astuto. Seria muito deprimente se numa reunião para montar a estratégia para vencer as eleições pintasse um conversa como essa:
– e aí camaradas, como faremos para vencer essas eleições.
– Essa já é nossa!
– Como?
– É simples. Vamos propor dois dias. Para que não assumamos essa responsabilidade vamos enviar essa proposta à Asembléia e como lá temos uma maioria, o projeto será votado. Dessa maneira se alguém questionar diremos que foi votado pela Assembléia.
– Muito bem...
– Mas por que dois dias?
– É que assim teremos condições de.... sabe.... analisar quais as tendências e quem sabe dar algumas corrigidas. Asim poderemos evitar surpresas como as que ocorreram no Zimbábue, no Quênia. Se precisar levaremos as urnas ao Dombe Grande. Lá o pessoal faz um bom serviço.
– Quem vai coordenar isso?
– Nós estamos aqui à disposição.
– Como justificar isso?
– É simples. É afirmar que essa é a única maneira para que todos angolanos votem...
– Muito bem.

UNITA aponta os caminhos de uma fraude eleitoral antecipada
Luanda - Fonte da Voz da América garantiu que os presidentes dos grupos parlamentares mantiveram uma reunião, esta tarde, com o Presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida, para entre outros assuntos agendados, serem informados da necessidade de rever a Lei Eleitoral no sentido de permitir a votação em dois dias.

Afraude processual começou

Estando prevista a realização de uma plenária na próxima terça-feira para aprovar as Leis referentes ao Conselho Nacional de Comunicação Social e do Direito de Antena e de Resposta que completa o pacote eleitoral, a fonte disse crer que, usando da maioria que detém no parlamento, o MPLA vai fazer passar a revisão da Lei eleitoral.

A UNITA, em reacção, considera num comunicado da sua Comissão Permanente que a iniciativa tornada pública pelo MPLA de alterar a Lei Eleitoral, para realizar a eleição em dois dias, é um factor perturbador à estabilidade do processo e revela a intenção de concretizar a fraude.

A UNITA denuncia e repudia esta iniciativa do MPLA, porque «considera que qualquer alteração à Lei Eleitoral depois de convocadas as eleições e aprovados os planos para a sua realização constitui um sério atentado à integridade do processo eleitoral e à paz política».

De acordo com o documento, a fraude processual começou com a violação constitucional, por omissão, da não fixação atempada de uma data para a normalização institucional.
Criticas não foram poupadas ao figurino da administração do processo eleitoral, que conforma uma fraude à partida, pelo facto de ter nomeadamente negado o direito ao voto aos angolanos na diáspora, criticando igualmente «os actos de intimidação dos eleitores, por via da intolerância política que nunca cessou, cujos autores continuam impunes e induzidos à continuidade pelo conluio de instituições que deveriam ser garantes da ordem e da justiça».

A continuação desta fraude, lê-se no documento, «prossegue com a partidarização das autoridades tradicionais, com atentados à liberdade de imprensa e a ostensiva falta de pluralismo nos órgãos de comunicação social do Estado, cujas chefias censuram o trabalho dos jornalistas, colocando-se ao serviço da propaganda política a favor do Partido da situação».

A UNITA lembra que nos últimos dias têm-se multiplicado as tentativas por parte do regime de silenciar rádios privadas, porque plurais, bem como a estranha coincidência de haver uma boa parte dos directores de órgãos de comunicação privados sob processos judiciais.

O paralelismo com a situação prevalecente no Zimbabwe foi igualmente realçado pelo Comité Permanente nos termos de que naquele país perdeu-se o controlo da situação que, entretanto, «está a ser bem aproveitado pelas autoridades angolanas para proceder do mesmo modo».

A diferença no entender da UNITA é que «as autoridades angolanas procuram viciar, de modo subtil, um processo do qual pretendem possuir o absoluto controlo, a todo o tempo», não se satisfazendo já com a manipulação da imprensa, mas pretende também ter a custódia dos votos depois de expressos e antes do apuramento.

Sustenta esta apreciação afirmando que «sómente a realização da votação em dois dias permitirá tal custódia para, durante a longa noite do dia 5, cortar a luz e as comunicações em zonas sensíveis, introduzir votos e assembleias de voto fantasmas, desviar cadernos eleitorais e substituir actas ou urnas», lê-se no comunicado.

De comparação em comparação, à demência e falta de lucidez de Mugabe é contraposta uma constatação de um José Eduardo dos Santos que utiliza, de modo lúcido e subtil, as instituições do Estado para turvar as águas de um processo cujos vícios somente poderão ser anulados pela determinação dos angolanos, nas urnas, de rejeitar 30 anos de corrupção política e económica.

É convicção dos angolanos e da comunidade das nações, no entender do maior partido na oposição, que «Angola, tal como o Zimbabwe, possui um déficit democrático elevado, pratica a corrupção a todos os níveis do Estado e adquiriu perícia e experiência em subverter as instituições do Estado para violar os direitos fundamentais dos cidadãos, delapidar o erário público e manipular as regras eleitorais. Os eleitores angolanos não confiam no Governo para garantir a integridade dos seus votos. Eles sabem que quem rouba dinheiro do povo, também rouba o voto do povo».

Lembra que desde Dezembro de 2007 que o Presidente Eduardo dos Santos, de forma subtil, manifestou a intenção do regime de subverter a lei e a escolha dos angolanos, ao ter anunciado na sua comunicação ao País, a realização das eleições «nos dias 5 e 6 de Setembro».

Não tendo obtido o consenso da sociedade e do Conselho da República para realizar a eleição em dois dias, diz a UNITA, ao arrepio da Lei, o Presidente da República foi forçado a respeitar a Lei e convocar as eleições para um só dia.

Como nem o Conselho da República nem o Presidente da República têm iniciativa legislativa, o regime não teve outra alternativa senão deixar cair a máscara da integridade e anunciar a sua intenção de fazer rolar o rolo compressor da maioria que ainda possui no Parlamento para realizar os seus intentos. Mas fê-lo encomendando primeiro um parecer à sua instrumentalidade, a Comissão Nacional Eleitoral.

É assim que surge a Comissão Nacional Eleitoral a aprovar, no dia 24 de Junho, um Memorando não solicitado, sobre um estudo que os conselheiros do Presidente da República teriam recomendado à Assembleia Nacional.

«Se é verdade, como implicou o ex-Bastonário da Ordem dos Advogados, que a Justiça está em crise e há juizes que emitem sentenças por encomenda, também é verdade que o Memorando da CNE é um parecer por encomenda, que apenas serve os interesses anunciados do regime, e não dos eleitores», ressalta o documento.

Neste parecer por encomenda, a CNE distorce o sentido da recomendação do Conselho da República por inseri-lo no quadro da «continuidade das operações eleitorais», prevista no artigo 120º da Lei eleitoral, quando os conselheiros do Presidente da República solicitaram o estudo no quadro do Artigo 121º que dispõe sobre as «causas da não realização da votação.» Além disso, agride o princípio da ininterruptibilidade da votação, consagrado na lei, e ignora o facto de que a lei já estabelece como a CNE deve lidar com situações excepcionais e localizadas.

«Devemos recordar, que em Dezembro de 2007 e em 30 de Maio de 2008, a CNE remeteu a Sua Exa. o Presidente da República o seu parecer favorável para a convocação das eleições. Nesses documentos, a CNE identifica todos os preparativos em curso, incluindo a compra de material logístico, o treinamento dos agentes eleitorais e o seu Plano para a votação num só dia. Haverá cerca de 52,000 mesas de voto, onde deverão votar apenas 250 pessoas por mesa. Para cada mesa haverá quatro cabides de votação disponíveis. A CNE não fez qualquer referência à necessidade de se alterar o período da votação, nem em Dezembro de 2007, nem em Maio de 2008, exactamente porque ela já fez os estudos necessários, e sabe que a lei já estabelece como lidar com situações excepcionais que eventualmente surjam», precisa o documento.

A UNITA declara que, pela sua conduta, as instituições do Estado têm vindo a desqualificar-se para actuar como garantes da integridade do processo eleitoral angolano. Assim, através da participação maciça na votação, nos actos de fiscalização do voto e tutela das urnas, o único garante da integridade do processo eleitoral é o povo soberano de Angola.

A UNITA considera que o Governo de Angola não deve dar cobertura a um processo anti-democrático e violento de subversão, pelo que deve fazer regressar a Angola a sua delegação de observação eleitoral, sob pena de ser considerado co-responsável pela violação dos direitos fundamentais do povo do Zimbabwe e das normas universalmente estabelecidas.

Fonte: VOA

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Eleições: Debates directos durante a campanha eleitoral

Estamos a poucos dias das eleições legislativas. Há 16 anos que o angolano sonha com essa oportunidade. No entanto, está tudo tranquilo. Os partidos andam tão tranquilos que chega a preocupar. Que mensagem que esses partidos tentarão passar para a população? Que meios que utilizarão? Pensam em ganhar as eleições? O que ganha eleição é marketing político e elitoral. O MPLA já conta com a Propeg para vender o seu peixe. O observador atento traz uma mensagem para refletirmos.

"Eleições: Debates directos durante a campanha eleitoral "
Artigo de opinião assinado por “J&J

Toronto – “A mensagem de campanha não pode ser igual a uma mensagem publicitária. Os segmentos do eleitorado não são os famosos A, B, C, D, E, do marketing comercial. Os meios utilizados numa campanha também são empregues de uma maneira muito específica, correspondendo com as qualidades muito próprias deste público muito especial a que chamamos eleitores”.

Conquistar os indecisos

É oportuno reafirmar que em sociedades democráticas, o processo eleitoral não é regulado ou coadjuvado (algo semelhante) pelo ministério atinente a comunicação social e tão pouco fiscalizado pelos Parlamentares (Assembleia Nacional). O departamento ou ministério da comunicação social, tem como função primária, defender os interesses acrescidos do governo no poder como porta-voz desse órgão executivo. Por outro lado, os Membros Parlamentares são chamados a intervir em assuntos eleitorais em momentos críticos. Estas deturpações (...) não se fazem sentir nas metrópoles contemporâneas pelo facto de existir uma descentralização risonha, clara e total dos poderes "legais".

Em Angola, o critério é (ainda) completamente diferente -centralização de poderes- em todos os níveis governamentais. O ministério da comunicação Social em Angola exercerá um papel “directo” no processo da campanha eleitoral, partindo do princípio que este ministério estipulará (vias legais) o “tempo de antena”, nos médias estatais, para os partidos políticos a concorrerem para os assentos no Parlamento em Setembro próximo. Quanto aos critérios estipulados para a divisão do tempo reservado para os partidos, acredita-se que gerará “mudas aberrações”.

Independentemente destas fricções, primariamente “politizadas” e não de processo eleitoral no real sentido democrático, os partidos políticos na oposição, pouco têm feito para “crescer quantitativamente e ganhar as eleições”. O partido maioritário no poder -MPLA- tem gerido satisfatoriamente, até ao presente momento, todas as empreitadas eleitorais. “A rádio não nos agride com imagens e por isso os argumentos que se escutam, recordam-se. Geralmente a formação dos políticos, especialmente os de maior qualidade, é mais radiofónica do que televisiva” ou a imprensa. O sinal de emissão da RNA abrange em quase todo o país e a mensagem captada em primeira e segunda instância é a do MPLA.

Os consumidores “chamados eleitores”, não estão um tanto associados com o seu nível socioeconómico, mas com o seu interesse pela política e com o seu nível de informação. Neste contexto, os indecisos e desinteressados em política são moldados as suas formas de pensar durante o processo eleitoral. Especialistas em campanhas eleitorais defendem que “durante uma campanha há que introduzir-se modificações ou simples nuances semana após semana. É necessário passar de um pólo de argumentação e de persuasão política apropriado para o arranque da campanha para um outro pólo de imagens e de emoções mais adequados para os últimos dias.

Outros peritos neste ramo -de campanha eleitoral- concluem firmemente que “um bom manejo da televisão é uma das chaves principais para ganhar eleições. No final a televisão serve para ganhar quase a quarta parte do eleitorado, aquela parte que não se interessa por política. Televisão é decisiva e é aí que há que investir o grosso dos recursos.”

Debates directos

Dadas as circunstâncias “politizadas” em Angola, os partidos da oposição só romperão as barreiras ideológicas (média estatal) com neutralidade pelo jurado “chamados eleitores” nos debates directos perante o partido maioritário no poder. Nestes fóruns de campanha -debates-, segmentados por sessões, todos os partidos deverão apresentar os seus programas de governo, confrontar os diversos projectos e colocar interrogações directas entre os candidatos.

O ministério da comunicação Social, os órgãos de comunicação estatal (Angop, TPA, RNA, JA) ou os órgãos partidários (Rádio Despertar) não deveriam moderar os referidos debates para que tais contendas não tenham orientações do grupo A ou Z.

Em situações normais (democráticas) os partidos participantes ao debate firmam (verbal ou escrito) um míni contracto, aonde estipulam os diferentes critérios. Local do debate, temas a discutir e o moderador do fórum, são entre os vários aspectos previamente acertados. Desde que todos os participantes firmem positivamente as cláusulas acima citadas nenhum outro órgão tem poderes para chumbar tais acordos.

O povo angolano nunca teve a nobre oportunidade de colocar questões directas ou fazer chegar as suas inquietudes aos seus governantes frontalmente. Nestes fóruns de debates, o povo é chamado também a participar e apresentar os problemas que o afecta diariamente.

A concretizarem-se estas "hipóteses" - debates directos - romper-se-ia o estigma de que os governantes angolanos conectam-se com as massas simplesmente por intermédios dos "recados" publicados na imprensa estatal. Seria um marco histórico em termos de democracia se os fóruns fossem incluídos entre as linhas mestras durante as campanhas eleitorais (Legislativas e Presidenciais).

Seria uma confrontação directa dos (Planos de Governo) entre os presidentes dos partidos políticos na corrida para liderar o Parlamento e Presidir Angola. Em outras palavras, justificar directamente ao povo as razões que o/a motiva em concorrer para ocupar o emprego mais suprime da nação.

Como se pode constatar, a realização destes debates abertos e directos (Rádio & TV) beneficiaria mais em parte os partidos da oposição. Assim sendo, é de inteira responsabilidade e interesse da oposição clamarem que se realize estes confrontos de ideias.

Em síntese, “conquistar os indecisos” será a premissa principal destes debates para todos os concorrentes. Será que a actual lei eleitoral contempla este direito democrático?

* “J&J”
Fonte: Club-k-angola.com

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Os negros na imprensa brasileira

(Não vou comentar esta matéria. É simples: quando apontamos um dedo ao outro, três nos pontam).

Em função dos que nos tem sido dado a ver nos noticiários das televisões brasileiras (Globo e Record) que emitem também para Angola, deixamos Luanda já com uma idéia mais ou menos formada em relação à sua inclusão nos principais órgãos da comunicação social do «país irmão»: há um número insignificante de negros no sector, pois é raro ver-se, por exemplo, um deles como pivot dos telejornais, sem falar das telenovelas, em que, na maior parte dos casos, os «mbumbos» desempenham apenas papéis subalternos, sendo que as poucas excepções acabam por confirmar a regra.

O Brasil é um país multirracial, mas os negros (incluindo já os mestiços) não têm as mesmas oportunidades que os brancos, o que não decorrerá somente das assimetrias económico-sociais. Isto é insofismável. E a idéia ganhou mais consistência à medida que fomos passando por algumas redacções de jornais e televisões, uns de grande circulação ou audiência, como foi o caso do jornal «O Globo» - não estive no «Estadão», mas a situação não terá sido diferente -, no quadro das visitas a órgãos da imprensa brasileira que nos foram proporcionadas pela promotora da nossa viagem ao Brasil, a Organização Odebrecht, sendo estas, de resto, a sua tónica, se calhar para estimular alguma espécie de intercâmbio ou troca de idéias entre jornalistas dos dois países.

Na redacção do «O Globo», na qual trabalham mais de 300 jornalistas, durante a nossa estada por lá, descortinamos apenas três ou quatro negros, numa altura de grande movimentação, que foi inevitável uma pergunta a propósito editora internacional do jornal, Sandra Cohen, a quem fora dada a responsabilidade de nos guiar. «Quase não há negros por aqui. É verdade que vocês, basicamente, não os empregam?», atirou de chofre o António Freitas, do «Novo Jornal», quando já íamos a sair. Apanhada de surpresa, Sandra Cohen ainda titubeou, mas acabou por negar decididamente que houvesse alguma espécie de discriminação racial a determinar o recrutamento de pessoal para o seu jornal, em desfavor dos negros, sem, no entanto, dar uma explicação suficientemente consistente sobre o fenómeno. Dias depois, igual pergunta foi feita a Marcelo Ambrósio, editor internacional do «Jornal do Brasil», outra publicação de grande circulação, durante um «almoço-conversa», entre jornalistas angolanos e brasileiros, no qual também se fez presente o editor do «O Globo» on-line.

Na resposta, Marcelo Ambrósio deu uma explicação mais consistente, referindo que as causas desse fenómeno tinham de ser buscadas já a partir das universidades, uma vez que é desde lá onde as diferenças começam, sendo que, por razões essencialmente económicas, pouquíssimos negros acabam por conseguir qualificações suficientes para lutarem em igualdade de circunstâncias no mercado do emprego com os muitos brancos que também se formam a cada ano. Daí as diferenças registadas nas redacções.

No Brasil, é de lei que só pode exercer jornalismo quem for licenciado em comunicação social, embora haja um ou outro órgão de imprensa que faça tábua rasa aos ditames legais nestes particulares. (Com isso, a imprensa marron, puxa-saco de governantes, que teme entrevistar um governante sem perguntas previamente combinadas, que não aborda os reais problemas do país não existe, e se existir um ou outro é resquício de regimes anteriores. Nesse ponto eles são mais felizes).

Fonte: Semanário angolense.
Ano V, edição 269, 14-21 de Junho 2008
Na foto: a jornalista Glória Maria, da Rede Globo

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Os lundas querem autonomia

O problema angolano é a má administração e a excelência da corrupção. Há 32 anos que o mesmo grupo está no poder, com extremas dificuldades de prepar sucessores. O grupo que está aí não tem mais idéias para fazer face à aos desafios nova realidade que o país vive. Se isso não bastasse, o que preocupada os angolanos de bem, é a corrida ao enriquecimento das pessoas que dirigem os destinos do país o que vem levando à insatisfação de pessoas de bem.

No entanto, a insatisfação de pessoas de determinadas regiões do país, principalmente as mais ricas, vem se traduzindo num sentimento ora de autonomia ora de independência. Mesmo assim o governo não toma providência e a tragédia vai se formando, vai se desenhando, como se isso não tivesse nada a ver com o governo central. Depois da província petrolífera e madereira de Cabinda, agora é a vez da região diamantífera das lundas. Se não se colocar um basta fazendo investimentos em áreas como educação, saúde e infra-estrutura não vai demorar para que Luanda, a capital, também reivindique sua autonomia. O dia que se chegar nesse ponto talvez resolvam federalizar Angola. Agora leia o texto que se segue:



A atribuição do estatuto especial à província de Cabinda parece ter despertado outras sensibilidades do país, cujas regiões se julgam marginalizadas pelo poder instituído em Angola desde l975.

Os signatários do manifesto que reivindica a autonomia administrativa e financeira da região das Lundas voltam à carga, reiterando as exigências apresentadas ao Presidente da República e ao Governo de Angola no princípio de 2007.

O líder da denominada comissão de negociações sobre o protectorado da Lunda, Jota Filipe Malaquito, disse, hoje, serem falsas as insinuações que atribuem aos responsáveis do manifesto intenções divisionistas.

Em declarações à Voz da América, Filipe Malakito disse que as exigências de há um ano continuam actuais e que passam agora para o «Plano B».

«O plano B vem dar continuidade à divulgação de provas da existência do nosso protectorado. Nós produzimos o manifesto com base em provas da sua existência em 1885 tal como o de Cabinda.»

No manifesto apresentado no ano passado, os signatários esclareceram não se tratar de «um acto subversivo ou político» tendente a perturbar a ordem pública e a paz.

Para eles, a autonomia exigida para as Lundas é « uma reivindicação civilizada visando um estatuto especial para a região Lunda».

Os manifestantes advertem que caso não venham a ser atendidas as suas reivindicações «o povo do Leste ver-se-á obrigado a recorrer ao Tribunal de Haia para intentar uma acção contra o poder instituído no país».

O cerne das reivindicações repousa no facto de as políticas governamentais terem preterido as Lundas, ricas em diamantes, nos programa de desenvolvimento económico e social.

No manifesto, o Governo é confrontado com um rol de questionamentos sobre as razões que sustentaram determinadas opções políticas do Governo do MPLA em relação à região.

Entre outros, os signatários questionam a exclusão de naturais da região dos cursos de formação técnica e científica «que lhes permitisse ocupar cargos ministeriais, nas Forças Armadas e na Polícia».

Interrogam também o porquê de «o diamante, como recurso natural, não beneficia adequadamente o povo do Leste, bem como a transferência para o Kuanza-Sul do Instituto de Geologia e Minas e construção, em Luanda, da Clínica Sagrada Esperança.

«Porquê da fábrica de lapidação de diamantes em Luanda, se estava planificada para ser adstrita ao módulo nº2 de Catoca?», questionam os signatários do manifesto.

Fonte: Multipress Angola

Publicado no portal Club-k-angola.com

terça-feira, 17 de junho de 2008

As prostitutas da minha terra

Os órgãos sexuais existem, basicamente, para duas funções essenciais: procriação e proporcionar prazer ao casal. Se é ao casal, isso quer dizer que existe hora certa, momento certo e pessoa certa para o seu uso, principalmente pelo fato do ser humano se apaixonar e sofrer por isso, diferentemente de animais irracionais.

No entanto, a pós-modernidade deturpou essas finalidades. Hoje, muitas pessoas fazem do sexo o único objeto possível para obtenção da felicidade, de subsistência ou uma forma de obter recursos para estar em dia com o consumo. Por isso, muitas pessoas vêm perdendo sua essência o que promove, a cada dia, a crise de valores. Infelizemente, isso vem afetando também crianças que se relacionam sexualmente cada vez mais cedo. O resultado disso é a propagação de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce e banalização do casamento. A preocupação desses e de outros assuntos que transcrevo o artigo assinado por Fefe Varanda que trata desse tema.


As prostitutas da minha terra
Artigo de opinião assinado por
Fefe Varanda

Bélgica - Certamente, os leitores já ouviram falar ou até mesmo conhecer alguém que ganha a vida exercendo a prostituição. Muitos a consideram, a profissão mais antiga do mundo, outros ainda, como vida fácil.

Porém, o critério de a considerá-la," Vida Fácil", não pode ser absoluto, mas sim relativo. Analisando as enumeras causas que arrastam muitas jovens a dedicaram-se a prostituição. Defino resumidamente a prostituição como; a troca de favores sexuais por dinheiro, bens matérias ou outros serviços.

"Governantes criminosos e amantes as meras prostitutas"

Bens matérias? Sim, porque as prostitutas da minha terra também são pagas por bens matérias, pois para muitas, desta forma o negócio prospera melhor.

Importa no entanto distinguir as que prestam o serviço em troca de pagamento na hora "cash", por aquelas que exercem a prostituição por pagamento de bens matérias ou outros serviços; (viagens, empregos, bolsa de estudo, patrocínios, etc), a que chamaria, prostitutas de luxo.

Contrariamente daquelas prostitutas da minha terra que ficam a beira das estradas ou nas esquinas, a espera de clientes que passam e repassam, as supostas prostitutas de luxo da minha terra, algumas aparecem já acompanhadas ou <> pelos poderosos, ou seja, aqueles que muito recentemente, Bob Geldof os apelidou de; "governantes criminosos" . Sim, porque somente estes, fruto dos seus crimes têm a possibilidade de oferecer os tais serviços especiais, as prostitutas de luxo da minha terra.

Ouve-se diariamente no jornal " muximbo " que o chefe, (presidentes, ministros, generais, directores) ofereceu vivenda, apartamento, carro, viagem, bolsa de estudo, patrocínios, a sua amante.

Que amante que...? Estas supostas amantes não passam de meras prostitutas. Muitas delas como referia acima, têm o privilégio de aparecem acompanhadas com o tal, em locais publicamente restrito. Outras as <> são encontradas pura e simplesmente no local sigilosamente combinado, (hotéis, pensões, apartamentos e por ai a fora...), para não comprometer a vida social e profissional do tal apelidou, "governante criminoso".

Muitas das prostitutas de luxo da minha terra até fazem parte de famílias íntegras, educadas, assimiladas, mas sem grandes recursos financeiros e matérias para satisfazer seus caprichos. Algumas, são estudantes do nível médio, pré e universitário, miss, funcionarias do estado ou privado, artistas, comerciantes, (...).

As prostitutas de luxo da minha terra, têm vida e dão vida as suas famílias, ou mesmo aos seus maridos ou namorados. Porque muitas delas, além de serem prostitutas dos tais apelidados "governantes criminosos", são casadas ou compartilham uma vida sentimental com outro/os, o " chulo passivo ou activo ", ou como muitos preferem, "o gostoso e o gostoso".

Outras, porém, têm a sorte de se tornarem esposas dos tais, uma vez que têm mais atenção, procurando ser mais carinhosas sexualmente, brindada com uma beleza física excepcional.

A prostituição, não é nada vida fácil, uma vez que muitas mulheres encontram nela, a única ou ultima chance para sobreviver, principalmente na minha terra, onde há escassez de emprego. E os poucos que aparecem são canalizados pelos apelidados "governantes criminosos", que para favorecere-las, impõem as suas regras indecentes, invadindo desta forma a integridade física e moral das mulheres da minha terra.

A sociedade da minha terra, deve estar em alerta, quanto ao presente e ao futuro da nação. Este e outros mal, devem ser, primeiramente assumidos e posteriormente abordados, discutidos e encontrar fortes mecanismos para o combater.

* Fefe Varanda

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A Juventude angolana é incompreendida, e agora?


Luanda - A conclusão é de um dos membros da diáspora africana José Gama expressa numa entrevista conduzida pelo director do Semanário “A Capital” Francisco Tandala propositada a avaliar a visão da juventude face a pouca atenção por parte de quem tem responsabilidades políticas no país .

Tem filiação partidária?

José Gama – Não tenho. O momento exige nos sensibilidade patriótica e não partidária.

Acredita nos políticos angolanos?

José Gama – Acreditamos mais nas acções que nas palavras.

Qual a sua opinião sobre o momento político e social do país? E como descreve esse mesmo momento?

José Gama – Este é o momento que ninguém poderá dormir os nossos sonhos. O pais vive aquela fase em que a geração que nos libertou, que fez a guerra e que brindou-nos com a paz é a mesma que faz gestão da nação. Quando assim acontece há questões que só poderão ser resolvidas por uma outra geração. Não podemos esperar pelos que ainda não nasceram para resolver os nossos problemas. A geração da independência esta diante de uma nova geração. Da geração da democracia.

Tem se prestado a devida atenção à juventude?

José Gama - Deveriam prestar. Certa vez recebemos de uma missão diplomática no exterior um anuncio dizendo que as autoridades estão a dar oportunidades aos jovens para se lançarem no campo empresarial. O anuncio dizia que um dos requisitos é que os jovens deveriam entrar com um valor inicial de 5 milhões de dólares. Perguntamos-nos, onde encontrar este valor tão agressivo? Concluímos que faltou atenção.

O que falta fazer neste domínio (apoio a juventude)?

José Gama – Aos jovens sem emprego o Estado deveria dar subsidio de desemprego. O Governo deveria lançar como desafio políticas para habitação. Habitação para todos os jovens. A Secretaria de Estado da educação tem tido algumas idéias. O MAPESS igualmente. Terão o nosso apoio.

Estamos perante uma juventude frustrada?

José Gama - Estamos perante uma juventude que quer formar família. Para isso tem que haver habitação. Os preços das casas estão a cima dos 200 000 USD. Por isso vemos uma juventude incompreendida que não quer enganar ninguém mostrando o seu claro desconforto.

Como vê o futuro do país?

José Gama – O Futuro esta nos nossos corações. Só teremos o futuro que merecemos quando governantes e governados mudarem de consciência. Podemos movimentar governos mas se não mudarmos de consciência não haverá futuro.

Que conselho deixa para as autoridades do país?

José Gama – Para que não encarem a posição da juventude como afronta. Só serão capazes de resolver os nossos problemas se nos escutarem. O valor de um governo mede-se no poder que tem em escutar o seu povo.

Fonte: Club-k.net

Angola deve repudiar publicamente os atos de violência no Zimbabwe



TOMADA DE POSIÇÃO DE ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL ANGOLANA SOBRE A SITUAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO ZIMBABWE

Preocupadas com a situação dos Direitos Humanos e o Processo Eleitoral no Zimbabué, as Organizações da Sociedade Civil Angolana, subscritoras desta Tomada de Posição, realizaram a « 2.ª Conferência sobre a Democracia e o respeito pelos Direitos Humanos no Zimbabwe », no dia 10 de Junho de 2008, na sala Diamante do Hotel Alvalade, Luanda-Angola.

Participaram do evento membros e funcionários de Organizações da Sociedade Civil, representantes de algumas Embaixadas acreditadas em Angola, representantes de Organizações Internacionais em Angola, representantes de partidos políticos, um membro do governo angolano, jornalistas, estudantes universitários e activistas dos Direitos Humanos e uma Consultora de nacionalidade zimbabueana.

Depois da reflexão e discussão sobre os temas «O papel da diplomacia angolana no processo eleitoral e democratização do Zimbabwe», e «Uma perspectiva comparativa dos processos de democratização do Zimbabwe e de Angola», as Organizações da Sociedade Civil Angolanas participantes do evento chegaram as seguintes

CONSTATAÇÕES E RECOMENDAÇÕES:

1. Que há um agravamento de casos de violações de Direitos Humanos no Zimbabwé que se consubstanciam em assassinatos, detenções e prisões arbitrárias de todo o género, proibição do exercício do direito de reunião, opinião e associação, direito de circulação, privação de assistência médica e medicamentosa aos seropositivos e constantes intimidações de cidadãos que queiram exercer os seus direitos civis e políticos;

2. Que o processo eleitoral no Zimbabwe não está a respeitar as regras democráticas consagradas nas normas internacionais e da SADC;

3. Que há falta de espaço político para o exercício das liberdades fundamentais consagradas na Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos e nos Princípios e Objectivos da SADC e da União Africana;

4. Que há pouca eficácia das instituições Regionais Africanas na defesa e promoção dos direitos humanos no Zimbabwe.

5. Que existe um silêncio do Governo e do Chefe de Estado angolano no que concerne à situação dos direitos humanos e democratização no Zimbabwe.

6. Que existe uma inoperância dos deputados à Assembleia Nacional de Angola em relação ao questionamento ao Governo sobre o papel de Angola no processo eleitoral no Zimbabwe.


7. Que as experiências do processo eleitoral no Zimbabwe são diferentes do processo angolano, mas que é necessário aprender com os erros dos outros;

8.Que as soluções apresentadas para resolução dos problemas sociais e políticos sejam encontradas e efeitos da crise;

E RECOMENDA-SE:

1. AO GOVERNO DE ANGOLA

i) Que o Governo angolano na qualidade de líder da Comissão de Defesa e Segurança da SADC repudie publicamente os actos de violações dos Direitos Humanos no Zimbabwe de acordo com os princípios consagrados no acto constitutivo da SADC.

ii) Que o Governo angolano esclareça os cidadãos angolanos acerca da natureza do Acordo de Cooperação sobre Ordem Interna e Segurança entre Angola e o Zimbabwe e sobre a entrada em Angola do navio chinês que carregava armas para o Zimbabwe.

iii) Que o Governo angolano ponha termo à diplomacia do silêncio em relação à situação de crise reinante no Zimbabwe.

iv) Que sejam respeitadas as garantias materiais do livre exercício dos direito civis e políticos consagrados na Constituição e nas Convenções Internacionais dos Direitos Humanos antes, durante e depois das eleições em Angola.

2. ÀS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL ANGOLANA

i) Que continuem a denunciar todos os actos de violações dos Direitos Humanos no Zimbabwé, bem como a acompanhar o processo eleitoral zimbabueano in situ.

ii) Que continuem a manifestar a sua solidariedade para com o povo do Zimbabwé, para com a Sociedade Civil e para com os defensores dos direitos humanos zimbabueanos.

3. AO GOVERNO DO ZIMBABWE

i) Que respeite os Direitos Humanos consagrados na Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, os princípios do Estado de Direito Democrático, os princípios e objectivos da União Africana e da SADC de acordo com os valores culturais, filosóficos e éticos de África..

4. AOS CHEFES DE ESTADO DOS PAISES DA SADC

i) Encorajam os chefes de Estado da SADC a denunciar as constantes violações dos direitos humanos, a restrição do exercício dos direitos civis e políticos e apelam para o respeito pelas regras democráticas e da boa governação antes, durante e depois das eleições;

ii) Denunciam a "diplomacia do silêncio" dos Chefes de Estado da maioria dos Estados da SADC.

5. À UNIÃO AFRICANA

i) Que tome todas as medidas com vista a acabar com as constantes violações dos direitos humanos e preste todo o apoio ao processo democrático no Zimbabwé.

ii) Que envide todos os esforços para que se ponha fim às sanções aplicadas ao Zimbabwe.

As organizações Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos Associação Justiça, Paz e Democracia

Luanda, 10 de Junho de 2008

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Queremos fazer de Angola uma terra do sexo?

Li e gostei o artigo intitulado "Queremos fazer de Angola uma terra do sexo?" que reproduzo a seguir.

Há uma necessidade de formação de "corrente" de pessoas que comungam mesmas idéias. O texto chegou-me completamente desconfigurado. Para facilitar a leitura, dividi-o em parágrafos que, provavelmente, não seguiu a mesma divisão feita pelo autor do artigo, a quem parabenizo desde já.


Artigo de opinião assinado por

Frederico Batalha (Jurista)

Podem, por um lado, me chamar de demodè, retrógrado, quadrado, puritano, atrasado ou, por outro lado, podem me considerar anti novas tendências, opositor da evolução, adepto do conservadorismo bacoco e avesso à explicitação desenfreada da libido Prefiro arcar com todos estes apodos a permanecer silente, sereno e impávido ante à «sexualização» do meu-nosso país. Rios de tinta já verteram pelos nossos jornais, bem como muitas vozes, feitas ondas hertzianas, foram ouvidas um pouco por todo o país a propósito do assunto em reflexão.

Entretanto, é bom lembrar quais foram os factos que deram prólogo a este desfiar de palavras. É claro que foram as cenas, tristemente célebres, de pura prostituição dadas a assistir ao mundo por uma nossa concidadã no recente evento de reality show africano. Ela que, não obstante, todo o destaque «por baixo», que teve, e todo o show degradante, que deu, recebeu como prémios apologéticas e elogios arrojados e, por acréscimo, foi guindada à apresentadora de um programa televisionado. E é com este programa que ela e os mentores do mesmo pretendem fazer de Angola «a Terra do Sexo».

Felicitemos, então, esta iniciativa de tamanho brilho! Para vosso desalento não o faremos, é evidente! Convoco várias ordens de razão para sustentar esta posição de equilíbrio.

Desde logo, e para fim de conversa, não me parece que um programa com aquele formato seja corolário de uma política de Estado ou dimane de uma directriz institucional voltadas para a nacional perversão mental, por via da televisão, ainda que de privada se tratasse. Sendo assim, meus estimados, ainda vai-se a tempo de repensar o projecto, a partir do próprio título.

Outrossim, é mister a reorientação do tiro, porque as suas principais vítimas estão a ser as crianças e adolescentes, eles já de si atingidos por factores de educação deformadores. Estes petizes que, na mais tenra idade, estão a confrontar-se com experiências paranóicas sobre o que de melhor há no prazer lascivo e sobre «uma boa camada».

Insisto, isto não pode fazer e, seguramente, não faz parte do ideal de um povo, heróico e generoso, que conseguiu a sua emancipação à custa de sangue, choro e conspirações. A manter-se o actual quadro, não só perdemos com a desorientação da geração mais nova do país, por ouvir histórias como as do «capôt» e outras, que de certeza surgirão, do tipo «a minha melhor foi por cima de um muro» ou, sei lá, «pra mim aquela por baixo de uma bancada de um mercado, valeu!». Era só o que faltava! Dizia que, além desta perda irreversível, a única coisa que resultará de ganho será dar asas à imaginação de alguém vocacionada na arte de «kama sutra», sempre que emergir no seu, repito no seu «sexolândia», para difundir e infundir apelos veementes à devassidão generalizada e à promiscuidade totalizante. Será, mesmo, «uma terra como esta» que preconizamos?!

Semanario Angolense (07/06/08)‏

Só por causa da mulher!

Vamos falar de mulheres, não que seja o dia das mulheres. Na verdade todo dia deveria ser dia da mulher. Nós os homens andamos com nossas loucuras que nem "Freud" explicaria. Tem mais: falar de mulheres é mais interessante que falar de política. A política só nos faz ficar cada vez mais frustados e desanimados. Não conseguimos ver a luz no fundo do túnel, enquanto esses homens, que nos governam, apoiarem as suas ações na ignorância da população manobrando, a todo custo, a permanência deles no poder. Acho que o poder deve proporcionar um gozo inesplicável!. Parece que só o poder faz as pessoas atingirem o famoso ponto "G".

Hoje é sexta-feira 13. Eu não sou supersticioso, mas uma coisa é certa: estou sem nenhuma inspiração. Nada ilumina a minha mente.

Recebi de um amigo, que não vejo há muito tempo, por e-mail, um arquivo (anônimo), mas que é interessante, que quero compartilhar com meus leitores. Ele afirmou que esta é a cartilha obrigatória que os políticos leram e não a interpretaram bem. Aproveitei a oportunidade para inserir também minhas idéias.

O mundo sem as mulheres

O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra que? O sujeito quer ficar famoso pra que? O indivíduo malha, faz exercícios pra que? A verdade é que é a mulher o objetivo do homem. Tudo que eu quis dizer é que o homem vive em função de você. Vivem e pensam em você o dia inteiro, a vida inteira...

Se você, mulher, não existisse, o mundo não teria ido pra frente. Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem, para conquistar um sujeito igual a ele, de bigode e tudo.

Um mundo só de homens seria o grande erro da criação. Já dizia a velha frase que "atrás de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher". O dito está envelhecido.

Hoje eu diria que "na frente de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher".
Prezada mulher: É você, mulher, quem impulsiona o mundo. É você quem tem o poder, e não o homem. É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro, o filme a ser visto, o local das férias.

Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida ficou na frente de todos os homens. E, se você que está lendo isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher. Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens. Já pensou? Um casamento sem noiva? Um mundo sem sogras? Enfim, um mundo sem metas.

ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE MULHERES:

1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2 - O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.
3 - A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4 - O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito
5 - Como são encantadoras quando comem. 6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- Como ficam lindas quando discutem.
11- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
12- O brilho nos olhos quando sorriem.
13 - Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.
14 - O jeito que tem de dizer 'Não vamos brigar mais, não..'
15 - A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
16 - O modo de nos beijarem quando dizemos 'eu te amo'.
17 - Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
18 - O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
19 - O jeito de pedir desculpa por terem chorado por alguma bobagem.
20 - O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
21 - O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo (embora jamais admitamos que doeu).
22 - O jeitinho de dizerem 'estou com saudades'...
23 - As saudades que sentimos delas.
24 - A maneira que suas lágrimas tem de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor. Isso não é uma corrente, apenas mande para todas as mulheres de sua lista para elas perceberem o quanto são importantes, e para os homens, para que eles lembrem o quanto vocês são essenciais!!!


Matemática do amor (o outro lado)

Homem esperto + Mulher esperta = Romance
Homem esperto + Mulher burra = Caso
Homem burro + Mulher esperta = Casamento
Homem burro + Mulher burra = Gravidez


Aritmética de Escritório
Chefe esperto + Empregado esperto = Lucro
Chefe esperto + Empregado burro = Produção
Chefe burro + Empregado esperto = Promoção
Chefe burro + Empregado burro = Hora Extra

Sucesso & Fracasso
Atrás de um homem de sucesso tem sempre uma mulher.
Atrás de um homem fracassado tem no mínimo duas mulheres...

Matemática do Shopping
Um homem pagará R$ 2,00 por um item de R$ 1,00 que ele precisa.
Uma mulher pagará R$ 1,00 por um item de R$ 2,00 que ela não precisa!.

Equações gerais & Estatística
Uma mulher se preocupa com o futuro até ela conseguir um marido. Um homem nunca se preocupa com o futuro até ele conseguir uma esposa.
Um homem de sucesso é aquele que consegue ganhar mais dinheiro do que sua esposa consegue gastar. Uma mulher de sucesso é aquela que consegue encontrar este homem.

Felicidade
Para ser feliz com um homem, você deve entendê-lo bastante e amá-lo um pouco.
Para ser feliz com uma mulher, você deve amá-la bastante e jamais tentar entendê-la.


Longevidade
Homens casados vivem mais do que homens solteiros.
No entanto, os homens casados são os que têm mais vontade de morrer.

Propensão à mudança
Uma mulher casa com um homem esperando que um dia ele mude, mas ele não muda.
Um homem casa com uma mulher esperando que ela não mude nunca, mas ela muda.

Discussão técnica
Uma mulher sempre tem a última palavra em qualquer discussão.
Qualquer coisa que um homem diga depois disso é o começo de uma nova discussão.

Como impedir as pessoas de ficarem te chateando sobre casamento
Durante os casamentos, tias velhas costumavam vir até mim, me cutucar nas costelas e dizer: "Você será o próximo!". Elas pararam depois que eu comecei a fazer a mesma coisa com elas nos funerais.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Eleições presidenciais em Angola só em 2010 !

Se perguntarmos aos angolanos qual o ano da realização das eleições presidenciais em Angola, todos, em uníssono, dirão: 2009. Por engano! Conversa para o boi dormir ou só para acalmar os ânimos. Pelo menos esse é o meu entender.

Para não aumentar ainda mais a frustação do leitor, quero dizer-lhe, que os donos do poder, se depois não mudarem mais de idéias, estão a preparar as eleições em Angola só para ocorrerem no ano 2010 (dois mil e dez), só para que percamos esperanças.

Isso só possível num país onde a democracia foi imposta, como pensam muitos. Por outro lado é isso que dá quando um governo (com pendor autoritário) tem maioria absoluta na Assembléia Nacional. Vale lembrar que temos um país atrasado onde uns mandam e outros obedecem, se tiverem juízo.

Ainda vai demorar para que tenhamos orgulho de um grande país que, por enquanto, é vítima de um grupo, que se enriquece, que constroe condomínios, que possui mansões com piscinas, viaturas luxuosas, empresários e empresárias de sucesso, como se isso fosse fruto da competência, enquanto que os outros angolanos andam a chupar os dedos. É por isso que insistem em afirmar que o partido deles é melhor (para eles) e precisa governar mais em tempo de paz.

A única maneira de acabar com esse desrespeito com o povo e exagerado abuso do poder tudo deve começar a mudar em setembro deste ano, nas eleições legislativas. Caso contrário, o seu e o meu sofrimento continuará (e a vitória é certa).

Se nada for feito para mudar o nosso país, algumas situações são muito previsíveis. É fácil brincar aqui de "profeta". Tudo porque a história se repete, basta só prestarmos a atenção.

É muito simples constatar que as eleições não serão em 2009. O presidente não deverá ter obras para inaugurar em 2009, já que as que estão em andamento serão inauguradas nas eleições de 2008. Precisa inaugurar obras faraónicas, que devem ficar para a posteridade. Já que que em 2010 Angola realiza o CAN, que envolverá a inauguração de estádios e outros estabelecimentos como hotel, aeroporto, etc. O MPLA poderia se aproveitar disso para promover o partido e o nome do seu presidente. Por outro lado, investir-se-ia muito dinheiro nessa competição para que Angola ganhe uma competição internacional, ainda mais realizada em Angola.

Por outro lado, o MPLA não teria condições para fazer duas eleições em dois anos seguidos, porque teria que gastar muito dinheiro com essas campanhas. Tudo porque o MPLA deve apostar todas as fichas nas eleições legislativas para conseguir o número maior possível de cadeiras, que lhe garantam tranquilidade.

O MPLA pode até conseguir uma maioria, mas o seu presidente talvez não conseguiria a mmesma façanha. Para não dar mexame, talvez priorize a que se escreva uma nova constituição ou se faça uma emenda constitucional, para se encontrar uma fórmula que facilite a eleição do presidente. Assim que conseguisse essa façanha, é muito provável que se indique o filho, a filha ou esposa como candidato para a presidência. Assim, se implantaria uma monarquia parlamentar e pronto!.

Uma outra alternativa seria apostar no próprio presidente. Para isso, é muito provável que o presidente viesse receber muitos títulos "Doutor honoris causa" e por que não dizer, indicá-lo para premiações internacionais, como por exemplo, nobel da paz, para ganhar mais visibilidade (notoriedade).

Para isso, há uma necessidade urgente de melhorar sua imagem. Os artigos de opinião que dirão que só que existe uma pessoa capaz de garantir a estabilidade aumentariam. Aumentariam também o arrebanhamentos de elementos da oposição, para se arrasar moralmente esses partidos.

Falando mesmo sério, é muito otimismo falarmos em 2010. O conceito de democracia, se as coisas ocorressem nessa direção, estariam cada vez mais distantes. Tudo isso está implícito no texto que se segue:

Nova televisão conotada com círculo presidencial

O futuro canal privado de televisão em Angola (Zimbo TV, designação prevista), para cujo lançamento e exploração foi garantida a participação de José Eduardo Moniz, faz parte de um projecto multimedia conotado com personalidades do círculo presidencial, o qual deverá estar operacional, na sua plenitude, antes das eleições presidenciais de 2010.

JE Moniz aceitou participar no projecto no seguimento de contactos que incluíram pelo menos duas viagens a Luanda. O seu principal interlocutor foi o Gen M H Vieira Dias “Kopelipa”, chefe da Casa Militar do PR, animador do projecto e supostamente um dos investidores. Outro é o porta-voz presidencial, Aldemiro Vaz da Conceição.

A participação de JE Moniz no projecto (consultoria e acompanhamento), é feita em associação com Bernardo Bairrão, administrador da NBP, conforme sua sugestão. Ambos constituíram para o efeito uma empresa, a “Dynamic”, da qual também faz parte Fernando Maia Cerqueira. Não está apurado se a TVI tem ou poderá vir a ter participação no projecto.

A empresa angolana criada para promover o projecto multimedia, no seu conjunto, é a Medianova. Além do canal televisivo (existência ainda dependente de uma alteração de legislação que veda o exercício da actividade a privados), está prevista uma emissora de rádio, um jornal diário, dois semanários e duas revistas temáticas.

Dois jornalistas veteranos, ambos nascidos em Angola, Manuel Ricardo Ferreira e Carlos Blanco, encontram-se em Luanda contratados para trabalhar no âmbito do lançamento do projecto. FM Cerqueira, sócio de João Líbano Monteiro, dono de uma empresa de comunicação, também prevê instalar-se em Luanda.

O projecto da Medianova remonta a fins de 2006. Para Jan.2007 chegou a estar previsto o lançamento do jornal diário, Diário de Angola, bem como do semanário. Estavam então em fase de acabamento instalações próprias, no Cacuaco – entretanto concluídas e já equipadas (rotativa francesa de grande capacidade).

À data, os dinamizadores do projecto eram já o Gen M H Vieira Dias “Kopelipa” e AV da Conceição. Mas, na qualidade de investidores, estavam ligados ao mesmo várias personalidades do regime, entre as quais o actual CEMGFA, Gen Francisco Pereira Furtado e o seu adjunto, Gen Sachipengo Nunda.

Lopo do Nascimento e o antigo CEMGFA, Gen João de Matos, convidados a participar com investidores, ter-se-ão escusado. O principal administrador da Medianova era Mário Inglês, um engenheiro formado em petróleos nos EUA, com ligações estreitas a José Eduardo dos Santos (JES).

Para lançar os projectos jornalísticos previstos para 2007 a Medianova contratou, como DG de Publicações, o jornalista luso-angolano Artur Queirós, então a residir em Portugal. Por sugestão do mesmo foram recrutados outros 10 profissionais da comunicação social portugueses.

A contratação de A Queirós e dos restantes profissionais (Hernani Carvalho, Miguel Braga, Gizela Coelho, Dulce Rodrigues, entre outros), deu azo a celeuma de inspiração xenófoba na imprensa privada angolana. Por reflexo disso A Queirós desligou-se do projecto e nenhum dos outros profissionais chegou a partir para Luanda.

As vicissitudes que afectaram o arranque dos projectos iniciais da Medianova são atribuídas a obstruções e a atitudes de má vontade do MPLA, na pessoa do secretário para a Informação, Kwata Kanaua. O ministro da Comunicação Social, Manuel
Rabelais, muito ligado àquele, chegou a recusar a inscrição da Medianova como empresa jornalística.

O MPLA, embora indirectamente, apareceu já em 2008 ligado ao lançamento de um novo semanário, Novo Jornal, em cuja empresa proprietária o BESA tem uma participação societária. O administrador da mesma, em representação do BESA, é um quadro angolano com funções de administrador da Escom, Eugénio Neto.

A Queirós é actualmente assessor do DG do Jornal de Angola, José Ribeiro. O Jornal de Angola é, na prática, controlado pela PR, através do porta-voz, AV da Conceição. Ultimamente, o Gen M H Vieira Dias “Kopelipa” promoveu ou ajudou a promover o lançamento de alguns jornais privados – Independente, Visão e Factual.

Africamonitor.info, nº 285 o 03.Jun.2008

terça-feira, 10 de junho de 2008

O povo Tchokwe é tribalista?

Os Chokwes são tribalistas? Esse é o título do recente artigo de opinião de Kashuna Andre" gifted", publicado no seu blog “kolaula do leste”, em 10 de Junho de 2008, mexendo, assim, no assunto que é o "calcanhar de Aquiles" dos angolanos.

Segundo o autor, o povo do leste de Angola, que ocupa essencialmente as províncias da Lunda Sul, Lunda Norte e Moxico, não é tribalista quando reivindica melhorias das condições de vida da população daquelas províncias, do governo dirigido pelo MPLA, que ainda segue as orientações de sistema socialista, do centralismo democrático. Ele classifica de míopes pessoas que não sabem distinguir o ato de tribalismo do reivindicatório de direitos negados sistematicamente pelo MPLA.

Por exemplo, Kashuna André não consegue entender por que (as Lundas) a quarta maior região produtora de diamante do mundo, não possui, até hoje, nenhum plano de desenvolvimento, o sistema de saúde não funciona, aliás nem existe bem como não existe, praticamente, a educação e saneamento básico!.

O povo Quioco, como também é conhecido, espalhado também em três países (Angola, Congo e Zâmbia), que considera a escultura uma atividade muito importante, como bônus do diamante, alguns cidadão são fuzilados, humilhados e vêm os seus direitos de ir e vir cerceados, além de presenciar a destruição do sistema ecológico, tudo em nome da mineração. A tristeza pelo descaso só pode ser comparada àquela que os cristãos sentiriam se Jerusalém fosse destruída ou então aos mulçumanos se Meca fosse destruída!

Em relação aos governadores que passaram por aquela região, ele chama atenção ao fato de possuírem em comum as seguintes habilidades: destruição da estrutura que encontram, além de não fazerem “nada” pela região. Eles apenas - continua - defendem os interesses daqueles que Bob Geldof chamou de “criminosos”. Como resultado, embora ser região rica, no entanto o povo é pobre e a região está desprovida de infra-estrutura básica.

Para terminar, ele defende a federalização de Angola, como forma de conter a ganância de pessoas que usam o poder para saquear as riquezas daquela região do país. Serviços noticiosos corroboram essa informação quando noticiaram, recentemente, de que "havia governantes angolanos, (que chegaram pobres no poder) que tinham mais dinheiro que os bancos” - Correio da Manhã .

Silêncio das vozes em Angola

Artigo de opinião assinado por Feliciano Filho (Brasil) *

Silencio das vozes, foi uma mensagens escatológica, que Deus, por intermédio do profeta Jeremias, adverte ao povo que um dia as vozes irão césar, e quando isso acontecer a terra se tornará em desolação. O texto dessa mensagem se encontra em Jeremias 7.34. Deus fala da voz de Alegria “pessoas”, a voz da Noiva “Igreja”, a voz do Noivo “Cristo”.

Porém, trazendo para o nosso contexto, usando um pouco de alegorias, essa mensagem transmite algo profundo, desperta a responsabilidade que essas vozes tem sobre a sociedade. Cangue ja disse: O que lhe precoupa é o silencio dos bons. Essas vozes se silenciaram e isso pode trazer uma série de conseqüências a quem tem a incumbência de usa-la, nas linhas a seguir a argumentação se voltará sobre o silencio das três Vozes em Angola.

A primeira voz é: A da Igreja, que no texto o nome usado é noiva, um tipo da Igreja. O que é a Igreja? Jesus disse aos Seus discípulos: “Sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”, (At.1:8b). Igreja não é apenas testemunha e sim o corpo de Cristo, os fieis são membros desse corpos. Onde houver um cristão na face da terra é uma igreja. Qual é a sua finalidade? A última finalidade da igreja aqui abordada é a de testemunhar em todos os lugares e culturas, a finalidade da Igreja é ser uma voz. J. Herbert Kane fala que a Igreja é representados pelos membros do corpo, cuja a cabeça desse corpo é Cristo.

Nos séculos XII E XIII a igreja dominou a vida humana, em todos os aspectos, na Europa ocidental. O poder papal exercia uma autoridade muito além de qualquer autoridade civil, a Igreja estava muito difundida e bem organizada, de maneira a alcançar todos os homens com o seu domínio absoluto, nada podiam os homens fazer que ela não soubesse, em toda modalidade da vida mantinha ela o seu poder indiscutível e sua mão dominadora. A igreja fazia soar sua voz de autoridade divina e ninguém podia faze-lo calar. Nessa época o cristianismo romano era a religião oficial de todos os reinos. Houve cruzadas que tinham como objetivo fortalecer a igreja, e acabar com as intolerâncias políticas.

Na idade media, a Igreja já dera um grande contributivo a sociedade, os lideres cristão da Idade Média, dispunha de um poder quase absoluto sobre o povo, o que não é comum nos dias atuais. Apos a Idade Média os reformadores também deram uma grande contribuição diante da sociedade, modelaram, criticaram e uns ate acabaram com a escravidão.

A natureza da igreja no mundo implica declarar e demonstrar a verdade e o poder como componentes da existência e da missão no mundo. A igreja tem como finalidade mostrar ao mundo o fato de que Jesus está presente e é o único caminho para a salvação; e que Deus não é o criador que fez o mundo existir e se ausentou deixando-o a sua própria sorte, Ele se importa com os homens. Deus ama o homem, por isso, o principal objetivo do testemunho é reconciliar o homem com Deus. E este testemunho deve ser dado pela igreja através da comunhão, da proclamação, sendo uma voz e através do serviço cristão. Fé sem obra é morta.

Não é isso que vemos á igreja Angolana, estamos com muitos problemas, talvez alguns problemas que o País vive, pode não ser culpa do governo. Nós como igreja as vezes não fazemos nada, nunca vi em Angola uma igreja a exercer a verdadeira missão com os pobres, limpar as ruas da cidade, plantar arvores, não vejo creches, escolas etc. Parabéns a Igreja Metodista pela abertura da Universidade, embora tem a mão do governo.

A igreja em Angolana esta longe da verdadeira missão. Achamos que ser da igreja é apenas alguém que ouve, escuta, canta, dança bate palmas e não tem nada haver com a sociedade. Fico triste quando cristão diz que administração publica é do diabo. Igreja angolana! desperta, acorde faça algo, use a voz como noiva de Cristo, orienta os reis da terra. Proclamem trabalhos espirituais. Sua missão é essa, você igreja será perseguida, mais o teu noivo esta contigo, mostre a sua insatisfação contra á má gestão, lamenta os problemas da nação. Não se deixe vender por um prato de primogenitura. Não achas que os dólares ofertados pelos partidos podem te vencer.

A segunda voz é: A voz dos Profetas. Profeta vem da palavra hebraica, nabi, que vem da raiz verbal naba. Essa palavra significa: Anunciador, declamador e para tal serve a comunidade como uma voz de Deus para transmitir as mensagens de Deus, essas mensagens são freqüentemente recebida por alguma revelação ou discernimento. Antes de continua quero aqui fazer uma pergunta, será que Deus não tem dado revelação a nenhuma Angolano? Ou não temos profetas em Angola. E se temos onde estão que não se pronunciam acerca da situação do nosso País?

Lembram o profeta não é aquele apenas que recebe revelação de Deus, e sim aquele que vê, tem visão é vidente. Profeta é um titulo aplicado comumente aos profetas é: Homem de Deus, Onde estão os homens de Deus em Angola?

Os profetas estão calados. Não é possível uma nação com tontos problemas, físico, espiritual, social, político, separatismos e injustiça. Não é possível ouvir a voz dos profetas. Acho que os nossos profetas estão mortos, ou já se contaminaram? Quem sabe se venderam. Ah meu Deus! A voz dos profetas na pode se silenciar, todos os profetas que se silenciaram, a ira de Deus vieram sobre eles. Que não seja o nosso caso. Profetas de Angola, sua missão é maior do que a de presidente da Republica, brilhante do que a dos deputados, lindo do que a função de ministro.

Profeta! Sua missão é a coisa mais bela que um homem desejasse ser, você prevê o futuro, e já sabe quem vai vencer nessas eleições. Mas tem medo de proclamar e publicar sua profecia. Queria mesmo profetizar uma grande mudança, mudança de tudo, de ar, ambiente, política, partidária, clima, prosperidade e de caras. Mudança é coisa boa. Queria profetizar a entrada de mais jovens as instituições publica, queria profetizar em Angola, a existência de igrejas sérias que não falam, apenas em fogueira santa e sim em salvação do espírito e da alma.

Profetas de Angola levantem a voz, não te detenha, anuncia aos Angolanos os arautos divinos. Seja forte, querem te fazer parar, querem te comprar, querem ate que abandones o oficio de profeta para ser um mero político sem luz, sem ética, sem transparência cuja à alma esta comprometida com a mentira. Profeta de Angola entra nos palácios, saem dos quatros paredes do templo, entra na Assembléia Nacional, anuncia o quanto Deus esta triste com os deputados e ministros que não fazem nada em prol de povo de Deus. Levanta vai, calça teus pés na preparação da profecia, você foi ungido pra profetizar. Façam como Eliseu, Moyses, Elias, Davi, Samuel, e tantos outros. Esses profetas quando um governador, estava se desviando da direção de Deus e da justiça eram severamente repreendido pela voz dos profetas.

A terceira voz é: A voz do Povo. É verdade que nem sempre a voz do povo é a voz de Deus. A expressão veio do latim vox populi, vox Dei, traduzida quase literalmente. Desde milênios o povo simples considera que o julgamento popular é a voz de Deus. O povo que me refiro aqui são as pessoas, população, que nem tem nada haver com o sagrado, pessoas que tem uma voz, uma opinião. E é essa opinião que pode ser interpretado como a voz de Deus.

Na mudança da Teocracia para o patriarcalismo “democracia” O profeta Samuel ouviu a voz do povo e com a ordem de Deus, Samuel consagraria o Rei Saul, o 1º rei de Israel, como o grande líder político. Quando uma nação é mal gerido, a culpa é do povo que não soube escolher seu líder. No caso do povo Angolano, admite-se e se aceita um mero perdão. Por não ter sido o povo, nem sua voz que botou o presidente no poder. Ele foi indicado, foi lhe dado. Ate se ele falhar, não tem culpa. E fica uma questão de quem é a culpa? Não éramos uma nação democrática. E por outro a morte de Jonas de quem é a culpa? do povo? Ate que ponto que a voz do povo é a voz de Deus. E se esse povo não tem educação, cultura.

A opinião publica reclama, chora, lamenta e ninguém os ouve. Ate o Jornalista Ernestro Bartolomeu esta dentro da voz do Povo, e que foi barrado. A realidade é que hoje a opinião pública sente que as instituições político partidárias e os homens políticos foram despojados, viraram as costas. Não tem compromisso com publico, o País esta vendido. Salva-se quem poder, os estrangeiro dominam. África do Sul agüentou ate a ultima gota da água. É bem verdade que o povo tem o governo que merece, a muito tempo Angola ficou sem voz do povo. Sem eleições, sem pesquisa eleitoral. E o presidente no poder não se sabe se foi Deus ou se foi o povo que lhe colocou no poder.

Faço uma crítica, não aos maus governos, mas aos responsáveis por sua elevação aos cargos. E se fosse o povo, que escolhesse o seu presidente. Seja como for, mesmo escolhendo errado, a voz do povo é a voz de Deus. E isso será revelado nas próxima eleições se elas foram justas. Gostaria de terminar esta redação chamando a atenção de todos nós que fazemos parte deste corpo divino, Seja profetas, seja cristão, seja povo, temos que observar o papel da nossa voz, e que lutemos para que ninguém nos cale, para que vivermos a essência da igreja e as suas finalidades e honrar a Deus por todo o Seu amor depositado em nós. fiquem com Deus. Sola Dio Gloria.


Obs: Esta crónica não pretende expor exaustivamente o pensamento do autor. Destina-se apenas a propor a leitura de sua mensagem como forma de reflexão sobre um tema essencial nos dias que correm. Embora reconheça que a época não é a mais propícia a este tipo de exercício.

*Feliciano Filho.
Pos-graduado em Teologia
Graduação em Direito.
Pr.feliciano@hotmail.com


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