domingo, 27 de maio de 2012

"27 de maio": Eunice Baptista filha de Nito Alves sai do anonimato









Trinta e cinco anos se passaram desde aquele triste, mas histórico, dia 27 de Maio de 1977. Para muitos o que ocorreu foi tentativa de golpe de Estado e para outros um contra-golpe.

Já se escreveu quase tudo sobre o "27 de maio". O que falta agora é passar a limpo esta história de forma corajosa para que se ultrapasse esse capítulo.

A grande novidade, na passagem dos 35 anos do "27 de maio" é a entrada em campo de uma das filhas de Nito Alves que ao lado de José Van-Dunem foram considerados os líderes do movimento.

Eunice Alves Bernardo Baptista concedeu uma entrevista ao Semanário Angolense edição 467, 26 de maio de 2012 e nela faz revelações interessantes sobre o que custou à família o desaparecimento do pai.

Eunice, que se o pai não desaparecesse fisicamente provavelmente seria hoje uma empresária de sucesso, confessou que desde 1977 os herdeiros e outros parentes diretos de Nito Alves têm comido do pão que o Diabo amassou.

Eunice, que está desempregada, fez também uma revelação espantosa: "a família recebe desde 2006 apenas 47 mil kwanzas (USD 470,00) do Fundo de Pensões em nome de Nito Alves, que tem a patente de brigadeiro. E mais: que alguém na caixa social das FAA chegou a dizer que até isto pode ser retirado".

Eunice, 39, foi obrigada a desistir dos estudos em 1987 (ao fim da 8.ª classe) em face dos extremos problemas financeiros por que passava a família mais directa, então constituída por ela, a mãe e a irmã mais velha.

Neste momento a "princesa" Eunice Baptista está a estudar a 10.ª classe, com «inspiração» bastante para vir a acabar o ensino «médio», após o qual espera ingressar numa faculdade de Direito, que sonha terminar, custe o que custar."

O sonho da família, segundo Eunice é saber «muito de saber onde o pai deles está enterrado, para terem o ‘privilégio’ de lá ir também depositar uma coroa de flores como acontece com os outros», principalmente no dia 2 de novembro.

Um comentário:

  1. Caro Amigo,

    Posso publicar este seu artigo em Ondjira Sul?
    Respeito e dou créditos, claro.
    Kandandu
    Namibiano Ferreira

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