segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Instituições de Ensino Superior Privado Reconhecidas em Angola



O Ministério do Ensino Superior e da Ciência e Tecnologia de Angola reconhece as seguintes Instituições de Ensino Superior (Particular) até a presente data (30/01/2012)

Universidade Católica de Angola
Decreto no 38-A/92; Dr-Suplemento de 07 de Agosto

Universidade Jean Piaget de Angola
Decreto no 44-A/01; 1a Série no 30 de 6 de Junho

Universidade Lusíadas de Angola
Decreto no 42-A/02; 1a Série no 66 de 20 de Agosto

Universidade Independente de Angola
Decreto no 11/05; Dr 1a Série no 43 de 11 de Abril

Universidade Privada de Angola
Decreto no 28/07; Dr 1a Série no 55 de 07 de Maio

Universidade Gregório Semêdo
Decreto no 22/07; Dr 1a Série no 55 de 07 de Maio

Universidade de Belas
Decreto no 25/07; Dr 1a Série no 55 de 07 de Maio

Universidade Oscar Ribas
Decreto no 27/07; Dr 1a Série no 55 de 07 de Maio

Universidade Metodista de Angola
Decreto no 30/07; Dr 1a Série no 55 de 07 de Maio

Universidade Técnica de Angola
Decreto no 29/07; Dr 1a Série no 55 de 07 de Maio

Instituto Superior Técnico de Angola
Decreto no 24/07; Dr 1a Série no 55 de 07 de Maio

Universidade Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais
Decreto no 26/07; Dr 1a Série no 55 de 07 de Maio

Instituto Superior Politécnico de Benguela
Decreto no 109/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico Metropolitano
Decreto no 110/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências
Decreto no 111/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico de Humanidades e Tecnologias – Ekuikui II
Decreto no 112/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico de Cazenga
Decreto no 113/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico da Tundavala
Decreto no 114/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico de Kangojo
Decreto no 115/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico Independente
Decreto no 116/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico Pangeia
Decreto no 1117/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Instituto Superior Politécnico de Gregório Semêdo
Decreto no 118/11; Dr 1a Série no 149 de 5 de Agosto

Universidades públicas

Universidade Agostinho Neto (Ciências Agrárias, Direito, Economia, Engenharia, Medicina e o Instituto Superior de Ciências de Educação), em Luanda;

Universidade Katyavala Buíla (Benguela e Kuanza-Sul)

Universidade 11 de Novembro (Zaire e Cabinda)

Universidade Kimpa Vita (Úige e Kuanza-Norte)

Universidade Lueji A’Nkonda (Lunda-Norte, Lunda Sul e Malange).

Universidade José Eduardo dos Santos (Huambo, Bié e Moxico)

Universidade Mandume Ya Ndemofayo (Huíla, Cunene, Kuando-Kubango e Namibe).


Os sites de Algumas delas:



>>Aqui os sites de algumas Instituições

sábado, 28 de janeiro de 2012

Os que ditaram a morte de Jonas Savimbi

Ao ler as conclusões do "Memórias de um Guerrilheiro" de Alcides Sakala, ele escreveu o seguinte trecho "Não tivesse sido a traição de alguns dos seus homens de confiança, que forjou e formou desde a fundação da UNITA em Muanguai, em 1966, Jonas Savimbi nunca teria sido morto pelos soldados das Forças Armadas Angolanas". (p. 449).

Essa conclusão sugere que a morte de Jonas Savimbi só foi possivel graças à colaboração de pessoas próximas a ele.

O Semanário Factual (ano 5, n.193 28/01 - 04/02/2012, p. 4) reforça essa afirmação no artigo intitulado " Família de Savimbi garante Oito Generais da UNITA ditaram morte do líder".

Segundo o Semanário a família do falecido líder já tem, alegadamente, em mãos um dossier que denuncia generais (do Galo Negro), inclusive parentes, que jogaram papel preponderante na morte dele, há dez anos. "Hoje, só se fala das Forças Armadas Angolanas, mas há generais influentes da UNITA que ditaram a morte de Jonas Savimbi". O jornal não avança com os nomes.

A família aproveitou a oportunidade para afirmar que Jonas Savimbi não deixou dinheiro em conta própria, salientando que muitos dos familiares enfrentam grandes dificuldades financeiras sem precedentes.

Por outro lado, a família solicita ao governo angolano que autorize transladar os restos mortais do malogrado enterrado no Luena, para sua cidade natal, Munhango, província do Bié.

Vale lembrar que Jonas Savimbi foi morto no dia 22 de Fevereiro de 2002 na localidade de Lucusse, província do Moxico, depois de semanas de perseguição.



QUEM DITOU A MORTE DE JONAS SAVIMBI, segundo General Abilio Kamalata Numa

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um verdadeiro recuo democrático





Por Justino Pinto de Andrade

1. Com a realização das eleições previstas para este ano, materializar-se-á uma das traves-mestras da nova Constituição aprovada em 2010, na sequência das legislativas de 2008 que deram esmagadora vitória ao MPLA. Com tal resultado, o MPLA ganhou capacidade para a fazer aprovar, contra a vontade expressa das Oposições e da imensa maioria da Sociedade Civil.

2. A originalidade da nova Constituição foi tal que até o próprio Presidente da República a apelidou de «atípica», porquanto não se enquadra nos parâmetros típicos de qualquer outro modelo constitucional conhecido e consagrado. A «atipicidade» da presente Constituição angolana diz, sobretudo, respeito à Organização do Poder de Estado e, mais concretamente, ao modo de eleição do Presidente da República e Chefe do Executivo.

3. No n.º 1 do art. 105.º, a actual Constituição da República define três órgãos de soberania, nomeadamente, o Presidente da República, a Assembleia Nacional e os Tribunais. No n.º 3 do mesmo artigo, assegura ainda que os órgãos de soberania devem respeitar a separação e a interdependência de funções estabelecidas na Constituição.

4. Segundo o art. 109.º da Constituição, é eleito Presidente da República o cabeça de lista, pelo círculo nacional, do partido político ou coligação de partidos mais votado no quadro das eleições gerais, realizadas ao abrigo do art. 143.º e seguintes da Constituição. São, pois, estes artigos que estabelecem o sistema eleitoral, os círculos eleitorais, as condições que impedem alguém de ser eleito deputado, bem como o modo de se efectuarem as candidaturas.

5. Desde logo, fica claro que, para se ser Presidente da República, ou Vice-Presidente da República tem que se ser eleito deputado. O n.º 1 do art. 149.º define, porém, o regime de incompatibilidades do mandato de deputado com o exercício de Presidente e de Vice-Presidente da República, entre outros.

6. É, pois, suposto que o legislador constituinte pretendia, assim, distinguir a condição de deputado da dos titulares de órgãos executivos, como forma de limitação do poder político – um conceito doutrinal que remonta aos tempos de Aristóteles – em obediência ao princípio da separação de poderes. Tal princípio é depois aprofundado por John Locke, quando dispõe que as leis, para serem imparcialmente aplicadas, não podem ser os mesmos homens que as fazem, a aplicá-las.

7. Mas, o constitucionalismo moderno consagra igualmente a interdependência dos diferentes poderes, através dos diversos mecanismos de controlo que se estabelecem – os chamados «checks and balances», ou seja, o sistema de «freios e contrapesos».

8. Quando se aprovou a actual Constituição, elevaram-se vozes internas e externas, de juristas e outros fazedores de opinião, ou enaltecendo-lhe os méritos, ou chamando a atenção para os seus erros e, sobretudo, para eventuais consequências. Uma das questões muitas vezes levantada foi a de que, com a nova Constituição, seria difícil o surgimento de candidaturas presidenciais realmente independentes.

9. Nos tempos que correm, e com vista às eleições que se avizinham, está já a verificarse, e mais uma vez, o fenómeno da proliferação dos partidos políticos – muitos deles estiveram adormecidos durante todos estes anos. Fala-se, também, na «colonização » de partidos políticos sonâmbulos por figuras políticas de realce, como forma de viabilização de propósitos presidenciais.

10. As candidaturas presidenciais independentes são uma conquista e um aprimoramento das democracias. Na maioria dos casos, elas surgem por impulso da própria sociedade civil que aposta em determinadas figuras políticas sem compromisso partidário, ou então, que deixaram de ter espaço e devida vez nos partidos políticos amordaçados pelo garrote e inflexibilidade da máquina…

11. Nas democracias mais consolidadas, vão se repetindo esses exemplos que constituem, afinal, uma espécie de um «respiradouro democrático» para a sociedade e, também, para quem se viu, de certo modo, impedido de se exprimir livremente. Através das candidaturas independentes, levantam-se, geralmente, questões muito interessantes que nem sempre são do interesse dos partidos políticos formais.
Fonte: SA. Sábado, 28 de Janeiro de 2012.

12. Que fique claro: eu sou adepto desse jogo democrático, um jogo que dá vida e empresta outra dinâmica à política. Ele torna a política mais saborosa e imprevisível.

13. Penso, porém, que «colonizar» partidos, sem que haja uma boa identidade entre as partes – uma identidade que se constrói durante o percurso – pode ser uma má solução para ambos: para o «colonizador» e para o «colonizado ».

14. Os partidos políticos que não padeceram de «sonambulismo » durante o defeso não devem, pois, ter qualquer receio de incorporar figuras externas nas suas listas – mesmo até como cabeças-de-lista. Será bom que aproveitem ao máximo esse enorme capital humano que o país possui e que está sem o devido uso. É bom para a democracia. Os partidos que hibernaram e querem agora reaparecer a todo custo, em especial, por efeito de um recrutamento apressado, não estão a fazer nada de bom para a democracia. Antes pelo contrário.

15. Tudo isso, no fundo, é também uma consequência mais ou menos imediata da nova Constituição atípica, como lhe chamou o Presidente Eduardo dos Santos.

16. A esse propósito, o conceituado jurista e académico português, Jorge Miranda, disse, na devida altura: «Do ponto de vista jurídico, a nova Constituição constitui um retrocesso democrático ». «Não é uma reforma pacífica na sociedade angolana e levanta dúvidas». E acrescentou: «Passar-se do sufrágio directo para o indirecto é um recuo democrático». Contudo, «no plano político e prático, vamos ver». E já estamos, realmente, a ver. Quanto mais não seja, pelo modo como as coisas se vão passando… ■

Fonte: SA: Sábado, 28 de Janeiro de 2012, p. 16

Sonangol seleciona candidatos para preencher 507 vagas

O grupo Sonangol (Sonangol EP e empresas subsidiárias) cuja missão principal é promover a sustentabilidade e crescimento da indústria petrolífera angolana está com processo de recrutamento de “grande dimensão” com o qual irá preencher 507 vagas (138 funções diferentes).

Os requisitos dos candidatos sãos seguintes: ser angolano, ter até 35 anos de idade e dominar o português (é claro; saber pronunciar corretamente, por exemplo, o número 33).

As postos a ser preenchidos:

Áreas das engenharias/produção, informática, Secretariado, contabilidade, Finanças e Administração. Não me é possivel digitar todos postos, mas com pouca perícia o leitor pode consultá-los clicando sobre a figura acima.

Os interesados têm 15 dias para entregarem Curriculum vitae, fotocópia dos certificados de habilitaçoes escolares do Bilhete de identidade no seguinte endereço:

R. Eng. Armindo de Andrade, 199, Miramar, Luanda. Tlefone 222 443173 (Caso não esteja ocupado).

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Novo procedimento para entrada e saída de moeda nacional e estrangeira


Permissão para viajar com Kwanzas ao exterior

Segundo o aviso 01/2012 de 16 de Janeiro do Gabinete do Governador do Banco Nacional de Angola, assinado por José de Lima Massano, que estabelece um novo quadro legal para a prevenção e combate à lavagem de capitais e financiamento do terrorismo impôs a revisão dos procedimentos de controle de entrada de moeda estrangeira em espécie (numerário).

Por outro lado, no plano social, estabelece-se mecanismo de qualquer cidadão que se desloque ao estrangeiro possa transportar um montante em moeda nacional que lhe possibilite efetuar despesas imediatamente após o regresso ao país.

Assim, ficou determinado:

É permitida às pessoas singulares residentes e não residentes a saída e entrada no país com Kz 50.000,00 (cinquanta mil Kwanzas) equivalente a USD 500 dólares.

Pessoas residentes que transportem, à entrada no país um valor que exceda a USD 15.000,00 (Quinze mil dólares) ou equivalente em moeda estrangeira deverão declarar esse valor.

Pessoas singulares, maiores de 18 anos podem transportar livremente consigo à saída do país moeda estrangeira que não ultrapasse USD 15.000,00 (Quinze mil dólares).

Para pessoas menores de 18 anos só deverão transportar livremente consigo à saída do país moeda estrangeira que não ultrapsse USD 5.000,00 (Cinco mil dólares).

Pessoas singulares não residentes à saída do território Nacional apenas podem transportar moeda estrangeira que não ultrapasse USD 10.000,00 (Dez mil dólares).

Ficou revogada toda regulamentação em contrário. Na verdade vigorará a partir do dia 16 de Fevereiro de 2012.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Mãe mata filho por ser membro do partido de oposição



O amor ágape, amor incondicional, capaz de dar vida pelo filho parece estar de patas para o ar. Em Luanda, uma mãe, dominada fortemente pela emoção, matou o filho, gerado do próprio ventre, por exibir bandeira do partido da oposição.

A triste cena ocorreu no passado dia 25 de Dezembro, quando o jovem João Augusto Pedro "Prata" (25) foi agredido de uma forma brutal pela mãe e seus "contratados".

Tudo começou quando o malogrado, militante da UNITA há cerca de 4 anos, colocou uma bandeira de seu partido sobre duas colunas de música. A mãe, depois de algum tempo, exigiu que o filho retirasse os símbolos do "galo negro". Com a resistência do filho ele foi agredido pela mãe e por um grupo de convidados de agressores. A turma da porrada, contando com benção da mãe, exagerou na dose (aplicou uma overdose). Prata não resistiu aos ferimentos e veio a falecer nos dias subsequentes deixando dois filhos e um em estado de gestação.

Isabel Cambondo é membro da OMA (Organização da Mulher Angolana), organização feminina do MPLA (partido no poder em Angola desde 1975) encontra-se sob proteção especial em parte incerta. Por que ser escondida caso se considerasse inocente?

Assim, a Isabel perdeu o filho, o casamento, família e amigos. Daqui em diante só poderá contar apoio de seus correligionários. Por isso o partido da situação deve assegurar a assistência psicológica, jurídica e matérias a seu favor pela imprensa ligada ao "M" a essa senhora. O que será dela se for abandonada por todos?

São situações como essa que me fazem concluir que em Angola a política é ainda o "ópio do povo" porque por razões partidárias verifica-se, principalmente no interior do país, cenas de intolerância, violências familiares e domésticas, ou seja, instrumento de opressão ou chantagem com mais diferentes desfechos.

Esse, seria o momento do governo desencadear uma campanha (não apenas aqueles discursos bonitos) para combater esse mal que tanto enferma nossa sociedade. Essa situação tende a piorar com as eleições que irão ocorrer este ano em Angola.

Jogador Rivaldo é contratado pelo Kabuscorp e construirá igreja em Angola

Na primeira entrevista após assinar contrato com a equipe do Kangamba Business Corporation Ltda (Kabuscorp) o jogador Rivaldo afirmou que, entre outros motivos que o fizeram vir a Angola, era atender ao "Convite de Deus"

Isso gerou um certa confusão, pelo menos em mim. Angola é país por por excelência politeísta. Assim de que "Deus" Rivaldo se referia?

Na verdade, conforme
está sendo noticiado Rivaldo comprou um terreno há 5 meses no nosso país com a intenção de construir um templo de mais uma multinacional brasileira de fé denominada "Igreja Shammah".

O jogador já fez o lançamento da primeira pedra fundamental que marca o início da construção do templo dessa igreja.

Assim, depois das igrejas como Deus é Amor, Nacional, Internacional da Graça de Deus, Igreja Mundial e Igreja Universal agora é a vez de "Shammah". É fácil deduzir que não deve demorar em chegar o Kaká com a Igreja Renascer e Muller com Igreja Pentecostal Vida com Deus II. Quem viver verá...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Rivaldo em Angola (África)


O Jogador Internacional brasileiro de futebol Rivaldo (39) assinou esta tarde com o Kabuscorp (vice-campeão Nacional da última temporada) na presença do Presidente e dono do clube Bento Kangamba, o contrato para reforçar a equipe de Palanca (Luanda)para temporada de 2012.

Rivaldo justificou a vinda a Angola´para "atender ao convite de "Deus" porque teve vários convites de outros clubes, de outros países mas aceitou (vir) a Angola. O valor de seu salário ainda não foi tornado público.

O meia Rivaldo Vítor Borba Ferreira (1,86 m) que usará a camisa (camisola) número 9, já foi campeão do mundo de futebol pelo Brasil, em 2002, no Japão e na Corea e agora pretende ser campeão em Angola com o Kabuscorp (Kangamba Business Corporation Lda).

Ainda, Rivado teve passagens vitoriosas pelo Palmeiras, clube onde foi campeão brasileiro em 1994, pelo La Coruña e pelo Barcelona, onde foi campeão espanhol em 1998 e 1999. Jogou também no Santa Cruz, Mogi Mirim, Corinthians, Milan, Cruzeiro, Olympiakos, AEK Atenas e Bunyodkor.

Essa pode ser uma "jogada de marketing". Vale lembrar que 2012 é ano eleitoral em Angola. Bento Kangamba, dono da equipe, é genro do Presidente da República e seu principal cabo eleitoral. Por sua vez, o presidente que está há 32 no poder, sem nunca ter sido eleito pelo sufrágio universal, vem procurando a todo custo melhorar sua imagem, principalmente no exterior do país.

A vinda de Rivaldo irá, sem dúvida, ser notícia no mundo inteiro chamando ainda atenção ao nosso país, principalmente se levarmos em consideração que Angola já "assombrou" o mundo recentemente ao levar o título de Miss Universo com a Leila Lopes.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Semanário Folha-8 começa a ser odiado pelo "M"

Há poucos dia a Benetton apresentou uma campanha que protestava contra “cultura do ódio”. A “Unhate” mostra diversos líderes mundiais se beijando e nada aconteceu. Passou tão despercebido que poucas pessoas se deram conta dessa campanha.

O Semanário angolano Folha-8 tentou aventurar-se nessa numa senda similar. Entretanto, o Bureau Político do MPLA, a Rádio Nacional, Angop, Televisão Pública e Jornal de Angola não gostaram nada e passaram a liderar uma campanha de contra-reação para "diabolizar" o (Bi)Semanário.

O “Folha 8”, na sua edição nº 1075, de 30 de Dezembro de 2011, na página 33, publicou imagens (fotomontagem) que circulavam pela internet que mostram três figuras de destaque do governo angolano, o presidente José Eduardo dos Santos, o vice-presidente Fernando da Piedade Dias dos Santos, Nandó e o general Hélder Vieira Dias Kopelipa, com as mãos atrás das costas, dando a entender que estariam algemadas e um letreiro pendurado ao peito, numa situação de detidos por “roubo qualificado de valores".

Por outro lado, ao invés de ouvirem os dirigentes do Folha-8 e outras pessoas com opiniões contrárias, a Rádio Nacional de Angola e a TPA, principalmente, colocaram no ar apenas opiniões de personalidades dos mais diversos segmentos da sociedade que condenaram veemente o semanário Folha-8 por "ter posto em causa à imagem e à reputação da Instituição do Estado “Presidente da República”.

Até os munícipes do Kuito, província do Bié, que não leem o semanário Folha-8 também
criticaram e condenaram esse canal de informação.

Dai o
comentário de Celso Malavoloneke na sua página do Facebook "O Folha 8 cometeu um erro e deu a mão à palmatória. Mas tudo indica que as autoridades vão aproveitar esse erro para crucificar o jornal e o seu Director. Só nos resta esperar que não matem a publicação. É que depois do pronunciamento do Conselho Nacional da Comunicação Social será certamente a vez do tribunal...".

Para o Partido popular "Estas manobras de manipulação da opinião publica, usando lideres religiosos, sobas, cantores, e até o bastonário da Ordem dos Advogados, visam justificar de antemão uma condenação pública que possa dar sequência a actos individuais ou colectivos de linchamentos e assassinatos de jornalistas do semanário Folha 8, do seu director William Tonet e de todos aqueles que denunciem os actos de corrupção, roubo do erário público dos membros do Governo e dos dirigentes do partido no poder".

Nenhuma das reações apresentadas até o presente momento se ateve ao conteúdo. Os cidadãos contemplados (atingidos) pela imagem não se manifestaram publicamente nem fizeram saber se irão interpelar o Semanário judicialmente (seria bom que o fizessem. Quem não deve ter nada a temer).

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos tornou público a sua posição:



Posição do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) a propósito da declaração do BP do MPLA sobre o Folha-8

1. O SJA considera legítima a preocupação manifestada pela direcção do MPLA quanto ao recente tratamento fotográfico dispensado pelo semanário Folha-8 a três altas figuras do Estado angolano, com destaque para o Presidente da República, entendendo que a mesma tem o necessário respaldo, nos limites que a nossa Constituição estabelece em relação ao exercício da liberdade de expressão e de informação.

2. Sobre este incidente, o SJA tomou nota das explicações já fornecidas pelo Folha8 e que estão inseridas na sua edição deste fim-de-semana, onde, em letras garrafais a vermelho, o semanário admite que falhou redondamente, considerando ser o erro próprio da condição humana.

3. Em sede própria, o SJA está convencido que a direcção do Folha8 saberá explicar e convencer melhor, quem de direito, sobre as circunstâncias atenuantes que alegam existirem e que terão estado na origem da publicação da polémica fotomontagem.

4. Apesar de algumas evidências, o SJA acha necessário destacar que o Folha8, neste caso, ainda não foi condenado por nenhuma instância judicial, pelo que continua a beneficiar da presunção da inocência que lhe é garantida pela mesma Constituição, onde o MPLA foi buscar a legitimidade já aqui reconhecida.

5. O SJA deplora profundamente a campanha desencadeada pela comunicação social publica contra o F8, com destaque para a TPA e a RNA, na sequência da divulgação da declaração do BP do MPLA, por entender que a mesma, antes de mais, violou em toda a extensão e de forma grosseira os princípios da isenção e do contraditório, que a imprensa angolana está obrigada a respeitar, por força da legislação em vigor, no âmbito dos deveres dos jornalistas.

6. O SJA lamenta que um conflito entre direitos constitucionalmente protegidos que já faz parte do quotidiano de qualquer regime democrático que se preze, tenha descambado em Angola numa crise virtual de âmbito nacional, por força de uma cada vez mais preocupante manipulação dos médias públicos pelo poder político.

7. Cerca de seis anos depois da actual Lei de Imprensa ter sido aprovada, o SJA não pode deixar de aproveitar esta oportunidade para lamentar, uma vez mais, que até ao momento, por responsabilidade do Governo, não tenha sido criado em Angola o principal instrumento da auto-regulação, que é a Comissão da Carteira e Ética, com o qual hoje teríamos certamente um outro desempenho profissional da classe no seu conjunto, reconhecendo à partida que ele ainda não é satisfatório.

8. Seria primeiramente em sede desta instância, que casos como este, seriam analisados e julgados inter-pares com a consequente aprovação de uma deliberação vinculativa, pois em causa está fundamentalmente um delito típico do exercício da actividade jornalística e da violação dos limites da liberdade de imprensa no âmbito da utilização da imagem de terceiros.

9. Não cabe ao SJA, enquanto sindicato livre e independente da classe, o papel de sugerir ou incitar a suspensão do direito de publicação ao nível dos médias, o que não impede que a instância especializada, o seu Conselho de Ética e Deontologia, se pronuncie em concreto sobre o desempenho editorial da imprensa angolana.

Luísa Rogério,

Secretária-Geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos

Luanda, 9 de Janeiro 2012

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

É preciso saber viver


A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. "Charles Chaplin".

Prezado leitor:

Não tem sido fácil administrar um blog como este. A cada dia que passa aumentam os níveis de audiência (acessos) e a responsabilidade aumenta na mesma proporção.

O 2011 ainda está no espelho retrovisor com suas lembranças. Foi um ano de muitos desafios. Durante alguns meses muitos usuários deste blog não conseguiram acessá-lo. No "cânon" de blogs tudo indica que foi considerado "apócrifo" ou proscrito.

No entanto, todas tentativas para inviabilizar o funcionamento normal deste blog foram vencidas. Acreditamos que a "oposição" não está satisfeita. Temos conhecimento de que este blog ainda sofre algum tipo de restrição em determinados meios, infelizmente.

Ao dar os primeiros passos em 2012 inevitalmente pergunto-me o que o ano trará? Mesmo não sabendo as surpresas que teremos uma coisa é certa: aparecerão oportunidades, desafios e lutas a enfrentar.

Janeiro traz uma página em branco para escrevermos uma nova história. Se cada um procurar "saber viver" dará uma contribuição "de grande valia" para nossa sociedade.

Hoje, está provado que "existir não é viver. Viver é uma arte que requer sabedoria" (A.Bullon). Sabedoria nesse caso não é só conhecimento, mas a habilidade de usar o conhecimento.

Se olharmos ao nosso redor facilmente encontraremos pessoas frustadas, fracassadas e infelizes, mas muitas delas possuem dinheiro, fama, detêm poder e cultura. Uma coisa lhes falta: não "sabem viver".

Assim, formulo votos de que nossos leitores sejam sábios neste ano de 2012 para fazer da vida uma obra de arte, perfeita em todos os seus detalhes.

Apertem os cintos que a viagem vai começar.