terça-feira, 3 de março de 2009

Tribunal decide pelo retorno dos angolanos



Tribunal de Justiça do Paraná, Brasil, suspende liminar que permite permanência de grupo angolano no Brasil

Jovens cegos estudam Curitiba e não querem voltar para Angola. Ministério Público tenta recorrer da decisão.

O Tribunal de Justiça do Paraná, Brasil, suspendeu a liminar que permitia a permanência de 11 jovens angolanos cegos no Brasil. O Ministério Público tenta recorrer da decisão e já entrou com um pedido de reconsideração para que o relator não casse a liminar.

O grupo de estrangeiros cegos vivem há 8 anos em Curitiba, Brasil, Curitiba e não quer sair do país neste momento. Eles vieram para o Brasil para fugir da guerra e pretendiam retornar para Angola apenas depois de terminarem os estudos. Assim, teriam mais chances de conseguir um emprego e ajudar as famílias.

Seis deles já haviam passado no vestibular e estavam matriculados em uma faculdade particular.

A viagem de volta está marcada para a manhã de quarta-feira (4).

De acordo com o Ministério Público, a Promotoria foi alertada pelo Instituto Paranaense de Cegos que a Fundação Eduardo dos Santos (FESA), entidade responsável pelos jovens, teria comunicado em janeiro que encerraria o convênio que mantém com o Instituto e que garantia a presença dos rapazes no Paraná. Sem o convênio, grupo seria obrigado a voltar de imediato para Angola.

Além da falta de contato com as famílias, a Promotoria argumenta que, no Brasil, os angolanos já desenvolveram vínculos afetivos e, segundo a equipe do Insituto Paranaense de Curitiba, teriam "medo" de retornar para a Angola - África.

Muitos estariam apresentando problemas emocionais desde que souberam que devem voltar – de crises de choro ao desenvolvimento de teorias de conspiração persecutória, temendo punições dirigidas a si e aos familiares. A vontade de todos seria a de permanecer no Brasil.

Fonte: Globo.com

4 comentários:

  1. Ao ler esta notícia lembrei-me da música brasileira por sinal: "Tristeza não tem fim, Felicidade sim"!!!!! Ou ainda o adágio popular: "Felicidade de pobre dura pouco"!!!
    Só posso desejar aos jovens que não cruzem os braços e batalhem por uma integração digna à todo ser humano(onde quer que estejam).
    O Eng. Cangue fala em eleições no post de cima? Acho bom preparar o blog para tudo mas eleições...sei não!!!! Talvés mais uns catorze anitos para prepará-las(aprova-se nova constituição, realiza-se CAN, refazem-se as obras que a chuva está a destruir...).

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  2. É muito triste, principalmente quando de analisa os avanços que vinham experimentando. Muito provavelmente seria a primeira geração que dominaria o Braille e contribuíriam, grandmente, na socialização desse saber. Sobre as eleições, 14... ahahahah......

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  3. Puãi cenda ndati,a kamba Cangue, outi vamanji vakuete umeke vatyuka vali kulo? Siti vakuetu vabrasileiro vatavele ale okuti vatuihinya ko lelilongiso?

    Oco yapa veya vatumbikiwa pi?
    Cikale ño...

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  4. Uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná evitou, na última hora, que um grupo de 11 deficientes visuais angolanos fosse obrigado a deixar o país. O mandado de segurança saiu apenas 10 horas antes do início da viagem de volta. Os jovens angolanos comemoraram a decisão, que permite a eles continuar os estudos em Curitiba.

    O grupo veio para Curitiba em 2001. Todos os jovens são vítimas da guerra civil que assolou Angola, que matou cerca de 500 mil pessoas entre 1975 e 2002. Eles foram recebidos no Instituto dos Cegos do Paraná, formaram um coral e passaram a estudar no Brasil.

    Agora, porém, a Fundação Eduardo dos Santos, que concedia a bolsa de estudos aos alunos, está pedindo que eles voltem a Angola. O Ministério Público do Paraná já havia conseguido uma liminar pedindo a permanência do grupo no país. Os garotos dizem que só querem voltar a seu país natal depois de concluir os estudos.

    Na última sexta-feira, porém, a liminar que assegurava a permanência deles no Brasil foi cassada. O Ministério Público (MP) e o Instituto Paranaense de Cegos (IPC) entraram com um pedido de reconsideração no Tribunal da Justiça. A decisão, favorável ao grupo, saiu no início da noite de ontem.

    Caso não conseguissem a autorização judicial, os garotos tinham passagem marcada hoje cedo para Angola. Um representante da fundação angolana veio a Curitiba para acompanhar a viagem de volta.

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