sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Barack Obama em fotos

Barack Obama é a bola da vez. poucos são os países que possuem seus Obamas, que representam quebra de paradígmas. No Brasil talvez o metalúrgico Lula; na Bolívia talvez Evo Morales; A Polônia, talvez Lech Valessa e em países africanos... Circula pela internet fotos que contam um pouco da sua história. Achei por bem compartilhá-las com nossos leitores. Tentei traduzir os textos, mas descubri que estou sem tempo para tal. Quero parabenizar ao autor desta iniciativa.
Obama Photo Gallery

Where did he come from?



Father and Son
Barack Obama Sr. poses with his son in the Honolulu airport
during Obama Sr.'s only visit to see his son while he was
growing up in Hawaii. Young Barack was in the 5th grade
when the photo was taken.
Barack Obama Sr., a native of Kenya, met his future wife while they were students at the University of Hawaii. In 1963, he essentially abandoned his family to continue his studies at Harvard.


Grandparents and Mom



THE DUNHAMS: precocious, self-assured
Stanley Ann (left); her impetuous father,
who named his only child after himself;
her mother, Madelyn, the quiet, firm
influence in the home.
At their home in Jakarta, Ann Dunham poses in this undated photo with her second husband, Lolo Soetoro, their daughter, Maya, and Barack Obama.

Mom, Sister and Barack



What are grandparents?



Barack Obama with his maternal grandparents, Stanley and Madelyn Dunham during a 1982 visit to New York, where Obama was attending Columbia. (Courtesy of The Obama Family

Barack Obama walks with his grandmother Sarah Hussein Obama at his father's house in Nyongoma Kogelo village, western Kenya, in Aug. 2006. (AP file)



Barack Obama with his grandmother, Sarah Hussein Obama, in Africa (Courtesy)





In this Obama's Family photos: (bottom row, from left) half-sister Auma, her mother Kezia Obama, Obama's step-grandmother Sarah Hussein Onyango Obama and unknown; (top row, from left) unknown, Barack Obama, half-brother Abongo (Roy) Obama, and three unknowns. (Courtesy of the Obama Family)

Barack Obama as a toddler.
(Courtesy of Barack Obama)





Barack Obama as a child. (Courtesy of Barack Obama)




Barack walks along WaikikiBeachshortl y before he and his mother moved from Hawaiito Indonesiato live with her second husband, Lolo Soetoro, in 1967.




Barack poses with his mother, Ann, half
sister, Maya, and maternal grandfather
Stanley Dunham in Hawaiiin the early
1970s after the family returned from I
ndonesia. Neighbors remember the
close relationship between young
Barack and his grandfather.







A page from Barack Obama's senior yearbook features his personalized message to family, friends and teammates. (Photo from The Oahuan yearbook / March 23, 2007)



Barack Obama shakes hands during his graduation ceremony from PunahouSchoolin 1979. While in his early teens, Obama chose to stay at the school and live with his grandparents after his mother decided to move back to Jakarta, Indonesia.


At his high school graduation, Barack Obama gets a hug from his grandmother Madelyn as his grandfather Stanley beams. His maternal grandparents raised Obama in Hawaii while his mother was living in Indonesia.






Barack and first born



A Família








Nós somos filhos de Deus. Precisamos sonhar alto. Deixe a sua luz brilhar cada vez mais alto, para que outras pessoas e sintam mais seguras ao seu lado. Liberte-se de seus medos. Jogue fora os seus medos. À medida que nos libertamos de nosso próprio medo, nossa presença automaticamente liberta aos outros. "Nós nascemos para resplandecermos a glória de Deus.






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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Presidente da república inaugurou hospital inacabado na Huíla

Quatro meses depois da sua inauguração pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o Hospital Central Dr. António Agostinho Neto voltará a merecer obras de reabilitação, disse, no Lubango, o administrador daquela unidade hospitalar, José Raimundo.

Falando hoje de manhã à emissora local da Rádio Nacional de Angola, aquele responsável sanitário disse que desde a sua inauguração em Agosto passado e consequente entrada em funcionamento foram detectadas algumas insuficiências na estruturara física principalmente em algumas áreas que precisam de ser corrigidas.

Segundo ainda o administrador do também conhecido simplesmente por hospital central, as obras poderão arrancar a qualquer instante, pois, já foi assinado o contrato entre o Ministério da Saúde, dono da estrutura, e a empresa chinesa que se encarregará pela execução da empreitada.

Para a chamada segunda fase de intervenção que se espera, as obras deverão incidir de entre outras áreas, no banco de urgência, conforme faz saber o administrador, José Raimundo.

«Esta área que já frisei a bocado aquele edifício que era anteriormente UCI e UTI incluindo a área de urgências que é do banco de urgência estas são as áreas onde se irá fazer a tal intervenção de segunda fase (A partir de quando?) já foi assinado o contrato pelos chineses, já nos deram a conhecer que esse contrato já está assinado entre a empresa Synohidro e o Ministério da Saúde pelo GEP de modos que a qualquer momento eles podem dar início as obras, já fomos notificados para podermos disponibilizar os espaços, portanto, retirar tudo aquilo que pode impedir o andamento da obra».

Aquando da sua inauguração pelo Presidente da República em Agosto, no auge da campanha eleitoral para as legislativas de 5 de Setembro, em momento algum chegou a avançar-se que afinal haveria uma segunda fase de reabilitação, pelo que, o anúncio desta nova intervenção está a levantar em alguns círculos locais, dúvidas se não terá a consulta popular influenciado e precipitado a reabertura do hospital.

Desconhecem-se as verbas que irão envolver esta segunda fase, mas sabe-se que na primeira foram gastos perto de cinquenta milhões de dólares no âmbito da linha de crédito da China.

A reabilitação do Hospital Dr. António Agostinho Neto, concebido para atender a região, visto tratar-se do maior do sul do país, incluiu também o equipamento em material de medicina moderna. VOA

terça-feira, 25 de novembro de 2008

E se Obama fosse angolano?


Assinado por J&J

Toronto - «Nunca» seria presidente. Conclusão e ponto final. O conceituado escritor Moçambicano, Mia Couto, justificou este fenómeno baseando-se nas bases da aritmética : “A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África".

No contexto angolano, o articulista recordou que em Angola existe um governo « há 28 anos » e com a eminência de guiar o país por mais 4 anos. Totalizando 32 anos. Resta saber se para as presidências de 2013 e nas posteriores continuará a ser o candidato natural do seu partido. Par alem de Obama exercer a «coisa política» a menos de 10 anos o sistema « macro-político » angolano o baniria na sua totalidade.

Os “Obamas” em » Angola são expostos num “cafrique político” total e encurralados com as seguintes opções:
1 - Fixar residência no exterior do país – abnegar o sistema;
2 - Conformar-se com o sistema (Unanimista) ;
3 - Dedicar-se a serviços filantrópicos (ONG’s);
4 - Dedicar os seus conhecimentos para sustento próprio (privado).

Em retrospectiva, os Obamas em Angola existem em todas as camadas sociais. Infelizmente, a estratificação política enraizada pelos nacionalistas que outrora lideraram o país contra os colonialistas portugueses.

Críticos africanos e não só comungam um conceito que infelizmente tem muito a ver com com factor raça. De uma forma discreta, e para evitar conotações raciais, dizem que Obama não se identifica com as suas origens paternais em vários aspectos - coisa pública -. Transcrevendo esta análise em palavras miúdas subentende-se que Obama não tem princípios dos líderes (políticos, presidentes) negros africanos em geral e Angola comanda esta lista.

A este respeito, o articulista de origem nigeriano Bisi Ojediran alertou seriamente: mas alto lá, será Obama um Africano, um Homem Negro? Tendo em conta que os líderes Africanos são autênticos desastres, não será de mau agouro desejar que ele seja Africano?”

Bisi Ojediran não parou por aí, acrescentando, sem medo de errar, que “É uma vergonha que líderes Africanos agora se curvam um a um para se congratularem com o Presidente eleito. Quantos Obamas eles produziram nos seus países? Por acaso sabem eles, que só há cerca de 4 anos é que Obama pagou as dívidas que contraiu, para pagar os seus estudos e isso só depois de ganhar os direitos pela autoria do seu livro?

Os líderes Africanos dão-nos vontade de chorar. As mãos da maior parte deles estão sujas de sangue dos muitos Obamas que assassinaram e suas consciências estão pesadas por terem suprimido nos seus países vários potenciais Obamas com a má governação, a pobreza e as condições de vida insuportáveis.

Baseando-se nos variadíssimos testemunhos dos críticos - mundiais -, a conclusão é uma: os nacionalistas angolanos deveriam usar do silêncio como fonte de reflexão e evitar a propagação de testemunhos públicos sobre o fenómeno Obama. Os variadíssimos recados “depositados” nos seus meios de comunicação social acarretam aquela epidemia que colide brutalmente com as filosofias políticas de Obama: Unanimidades Burras é uma das qualidades rejeitadas pelo senador Barack Obama.

Barack Obama, na sua obra intitulada “Dreams from my father”, concisamente deu o seu parecer sobre as lideranças africanas. O sistema político africano, para além de ter uma estruturação muito complexa, é fértil em líderes não vulneráveis a novas ideias. Consequentemente, os líderes angolanos confundem eleições com democracia e mesclam acções partidárias com os serviços governamentais.

MPLA & Unanimidade Burra (*)
Politicamente falando, unanimidade implica dizer o seguinte:
-Qualidade de unânime;
- Concordância geral;
- Integral conformidade de votos ou de opiniões.

Unanimidade (do latim unanimitate) é a completa concordância por todos. Quando unânimes, todos estão imbuídos do mesmo espírito e agem conjuntamente como um todo indiferenciado. Muitos grupos consideram decisões unânimes um sinal de concordância, solidariedade e unidade.

Assim sendo, e como “praxe”, vamos interligar este teorema e fenómeno (Unanimidade, Obama) no contexto político angolano:
1 - Barack Obama em 2004, numa das magnas convicções no senado norte-americano ponderou em rubricar integralmente o manifesto que permitisse uma guerra massiva contra os presumíveis responsáveis pela destruição das torres gemias. O jovem senador, contrariando a lei da Unanimidade, propusera que se fosse mais cauteloso e que se efectuasse um cruzamento das fontes e dados disponíveis com maior rigorosidade.

2 - Barack Obama, reconheceu publicamente ser admirador de alguns dos feitos do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan (republicano). Durante, a campanha eleitoral (Democrata), foi alvo de ataques como : « um democrata a favor de ideias republicanos. Como é possível? ». Obama, uma vez mais provou que o presidente ideal para América teria que ter princípios que defendessem os melhores interesses para os americanos independentemente de filiações partidárias. Obama chumbou uma vez mais a unanimidade, e continua a enalteceu as conquistas to ex-presidente Reagan.

Hoje mais de 90% dos “unânimes” na altura, reconhecem que Barack Obama estava certíssimo nas suas filosofias políticas e que se a maioria o tivesse suportado a guerra contra o terrorismo teria alcançado melhores resultados quer a nível financeiro, politico e no que diz respeito a perdas humanas.

No que diz respeito ao assunto Reagan, os eleitores reconheceram que América necessita de um líder que congregue todos os filhos da América. "Despartidarizacao" do governo foi o consenso geral. E Obama esta em melhores condições para unir os melhores gestores públicos seja democratas ou Republicanos.

3 - A governação angolana encabeçada pelo partido no poder contem um figurino distinto sobre unanimidade comparando as ideologias de Obama. Todas as prorrogativas com impacto político, económico e social foram sempre aprovadas por unanimidade.

A esse respeito, o jornalista e dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues, afirmou que “Toda unanimidade é burra. “Me diga você que estudou Filosofia Toda unanimidade é burra?” Este foi o tema de debate durante a 5ª edição, a Festa Literária Internacional realizado ano passado na qual vários idealistas a nível mundial foram comovidos e persuadidos a participar no debate.

“Mas vamos fazer um exercício para ver quem é unanimidade no mundo?
- “Obama” não é unanimidade. Aí está o seu governo que não me deixa mentir.
- O Rei da Espanha não é unanimidade. Há vários republicanos na Espanha que querem o fim da monarquia.
- Bush não é unanimidade. “Muitos criticam as suas políticas, não é?, mas aposto que pelo menos muitos republicanos e conservadores americanos gostam dele. Enterrando assim mais uma unanimidade.
- Saddam Hussein não era unanimidade. Naquelas eleições iraquianas ele conseguia 99%. Ou noventa e nove e alguma coisa. Também não chegava a ser uma unanimidade.

Mais aonde esta a unanimidade neste mundo?

Ora! Fidel Castro. Ah, e Raul Castro também. Esses dois homens, sim, conseguem unanimidade. Não é lindo?
Viram só como a unanimidade existe?

Após a passagem do conceituado teólogo mecânico Espanhol/Brasileiro é hora de voltar ao epicentro da nossa conversa (MPLA & Unanimidade Burra & Obama) e sanear as teses principais.

No MPLA (internamente) o seu líder JES sempre conseguiu a unanimidade em todas as resoluções. Paradoxalmente, Angola é um exemplo de liberdade de pensamento, da livre expressão. Se não é unânime não vale nada. E qualquer crítica contra qualquer membro do governo é levada sempre pelo lado pessoal, nunca para o campo intelectual.”

O aspecto peculiar desta unanimidade generalizada é que dentro desta esfera política existem associados formados em diferentes universidades, distintos grupos familiares, experiencias sociais variadíssimas e, acima de tudo, membros residentes em diferentes partes do globo. Independentemente destas diferenças, a unanimidade tem agora uma explosão tridimensional -nas células partidárias na diáspora-.

Rescaldo final

Se Obama fosse angolano, o teorema das unanimidade prevalecentes no coração dos nacionalistas, os delineadores das margens politicas em Angola, tudo fariam para que por unanimidade se votasse contra a revolução do “Change we can believe in”. Percalços e acusações de última hora surgiriam antes das eleições para que a população fosse induzida a votar em ideologias viciadas.

«Enquanto isso, os nossos Obamas quer pela sua coragem quer pela sua origem (…) procuram de forma humilde e incansável transformar a nossa banda num local de debate, de troca e confrontações de ideias, apesar das inúmeras limitações da nossa incipiente democracia». Consolo do articulista Costa Brava, a propósito da ma canalização dos presumíveis Obamas angolanos.

“E lá estamos todos a festejar a vitória Americana! Chega a cheirar a hipocrisia!...”, rematou radicalmente o comentarista Olho Clínico que considera não existirem razoes para aqueles angolanos levianos a subornos ideológicos.

Será que todos na realidade reconhecem o valor da diversidade de opinião? Será que nos debates os participantes tem conhecimentos acrescidos sobre os temas em debates? Ou será que existem reduzidas propostas para se escolher?

Portanto, a unanimidade agudizada é o inimigo do progresso em Angola. Por outro lado, a abolição da unanimidade, redução de politiquices no governo e extinção de partidarismos na coisa pública são os preâmbulos do sucesso do senador norte-americano Barack Obama.

Os defensores da governação angolana argumentarao : « Guerra factor principal »
- Porquê existiu a guerra?
- E aqueles países africanos que nunca tiveram guerra?

Conclusão: « Epidemia africana » e infelizmente Angola esta situada no continente Africano.

Joaquim Chissano de Moçambique e Nelson Mandela da África do Sul são os estadistas africanos bem referenciados no « mundo democrático ». Ambos abandonaram o puder voluntariamente (…) e tem criticado abertamente a repugnância dos chefes de estado africanos em permanecerem na liderança por um período « indeterminado ».

Referencias:

-- E se Obama fosse africano? - Mia Couto
http://club-k-angola.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1597&Itemid=7
Será Obama um homem negro? - Bisi Ojediran
http://club-k-angola.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1585&Itemid=74
- Haja Obamas na nossa Mangolê - Costa Brava
http://club-k-angola.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1609&Itemid=74
- http://www.jornaldedebates.ig.com.br/debate/toda-unanimidade-burra
- http://ocram.wordpress.com/2008/05/10/a-doenca-brasileira-da-unanimidade
- http://flordehospital.blogspot.com/2006/06/toda-unanimidade-burra.html

Assinado por J&J
Fonte: Club-k

FpD e o Dia Internacional para a eliminação da violência contra as mulheres


Para divulgação Imediata: 25 de Novembro de 2008
Contactos: ANGOLA +244 928 554 655, +244 912 587 716, +244 923 827 193
PORTUGAL +351 93 457 54 48
www.fpdangola.blogspot.com www.fpd-angola.com

A FpD - Frente para a Democracia, junta-se hoje às iniciativas que a nível mundial procuram elevar o patamar de humanidade ao vivenciar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

A mulher é mãe, é professora, é esposa, é amiga, é companheira, é activa na sociedade. Longos anos de culto da violência e de políticas que em muito elevaram os índices de insensibilidade, provocaram no caso particular da sociedade angolana, um aumento anormal da solução violenta de conflitos. É generalizado, o uso da violência (não só física, mas também verbal e psicológica) com vista a se atingir certos fins. Justifica-se o uso da violência, o que é errado.

A violência tem de ser vista como uma barbárie, algo não digno de seres humanos. E, não estamos aqui a dizer nada de novo. Nas culturas tradicionais a calma, a serenidade, a paz, eram muito reverenciadas. Mesmo alguns Muatas/ Sobas, dão se conta de que de facto hoje a violência está muito pior que nos tempos antigo. Hoje em dia, a paz e a calma do indivíduo começam por alguns a ser considerada como um sinal de fraqueza. O que é naturalmente um erro. A paz interior é e deve ser sempre considerada como um sinal de força e, em particular quando essa paz interior se traduz numa natural paz que se espalha aos outros.

A mulher não pode ser vítima de violência, e o homem não a pode violentar. O mesmo acontece no sentido contrário. É preciso que a nível individual, ao nível do casal e ao nível familiar se busquem formas e modelos de resolução de conflitos por meios pacíficos e calmos. Certamente que a "gritaria" e a "discussão violenta" não podem ser os modelos de actuação, até porque todos esses gritos e violência acaba por atingir as crianças que mais tarde irão replicar essas atitudes. É preciso primeiramente valorizar a harmonia e descobrir modelos de convivência harmoniosa. A mulher tem direitos. E o homem deve ajudar a mulher. As tarefas domésticas podem e devem ser partilhadas por todos. Um homem não é menos homem por varrer o chão ou lavar a loiça, e, certamente que as crianças gostarão de ter a companhia do seu pai na ida à escola, etc. A mulher tem direito a estudar e a ter o seu emprego. A mulher não pode ser vista como o agente de escape das frustrações ou problemas do homem. Se o homem tem problemas, será certamente a mulher quem por via de um contacto amoroso e de ternura poderá ajudar a aliviar as suas dores. Como pode então o homem agredir a sua amada companheira? Isso não pode acontecer!

Ao nível da sociedade em geral e da acção governativa em particular, é crucial que se criem mecanismos coerentes e de divulgação do ideal da não-violência. Quanto mais se aplaude e se desculpa o incentivo à violência mais se aumentam os problemas de violência. A pessoa humana tem de ser respeitada e amada. Para que tal aconteça é urgente que as estruturas governativas e da sociedade civil dêem o exemplo e que para além disso de preocupem em veicular imagens de paz. Por exemplo, ao nível das músicas, do cinema, da televisão.

Vejamos um breve exemplo, a vinheta do programa "Bom dia Angola", programa que passa todas as manhãs na TPA. Analisemos a sequência de imagens que surge nessa vinheta. Temos polícias armados, saudações policiais, paradas de polícia. Porquê isso num programa de despertar nacional? Não seria melhor que a vinheta fosse construída de uma forma diferente? E poderemos cada um de nós analisar mais em pormenor tudo o que nos rodeia. Até que ponto não estamos a ser constantemente bombardeados com incentivos à violência? As telenovelas (será que incentivam a relação saudável, calma, serena?), as músicas, os telediscos (vídeo clipes), etc. A sociedade depende de certos pontos para que tenha equilíbrio. É importante manter e defender valores morais e éticos. E o problema não é a nudez, mas sim a forma como ela é apresentada. Problemático é por exemplo a apresentação que se faz do álcool, da própria mulher (como um objecto), da arrogância, da violência e da força bruta, o culto ao dinheiro e aos bens materiais, etc.

Pegando no culto ao dinheiro e aos bens materiais, não se pode negar uma outra grande causa da violência contra a mulher - já identificada por estudo em Angola - a pobreza. A pobreza em Angola é causadora de violência. A pobreza é causadora de desespero. A pobreza é causadora de roubo, criminalidade. A pobreza, é uma vergonha nacional e a sua erradicação deve constituir uma prioridade. Uma família que não sofre as imensas pressões da pobreza é uma família que mais facilmente dará importância a outros factores sociais. A pobreza é um terrível drama que não pode de forma alguma continuar a ser tido como algo a resolver a longo prazo. O país é rico, é preciso canalizar as suas riquezas para eliminar por completo a pobreza, já. É preciso que se perceba que não há tempo a perder.

O 25 de Novembro é então um dia que deve servir para relembrar a causa da mulher que sofre com a violência, um dia que se deve esticar a todo o ano. Todos os dias do ano, individualmente e colectivamente temos de dar um basta na violência.

Segundo a Rede Feminista de Saúde, "25 de Novembro é o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana.
Em 25 de Novembro de 1991, foi iniciada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs os 16 Dias de Activismo contra a Violência contra as Mulheres, que começam a 25 de Novembro e encerram-se no dia 10 de Dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948. Este período também contempla outras duas datas significativas: o 1º de Dezembro, Dia Mundial da Luta contra a SIDA/AIDS e o dia 6 de Dezembro, Dia do Massacre de 14 mulheres em Montreal, Canada.
Em Março de 1999, o 25 de Novembro foi reconhecido pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher."

Vamos juntos melhorar a nossa Angola. Uma Angola sem violência. Hoje e sempre, vamos amar a Mulher.

O que a FpD propõe:
- Criação de um manual prático explicativo sobre a igualdade dos géneros, em formato impresso e em audiovisual, com ampla distribuição gratuita por todo o país.
- Workshops e encontros semanais ao nível de todos estabelecimentos de ensino (aos vários níveis) onde a temática é abordada, com debates, grupos de reflexão, trabalhos em grupo ao nível da aula e em encontros alargados. Realizar a mesma linha de acção ao nível dos estabelecimentos prisionais, quartéis de polícia e militares.
- Criação de eventos de arte e cultura em que a temática é abordada.
- Criação de organismos de apoio psicológico para as vítimas e agressores, em regime de contacto anónimo.
- Criação de campanhas publicitárias de transmissão regular que alertem os potenciais agressores para o drama que se cria com a violência.
- Criação de uma "task force" nacional que inclua médicos, psicólogos, terapeutas, agentes de polícia, religiosos e organizações de direitos humanos que em conjunto desenvolvam uma acção regular no sentido de terminar de vez com a violência à mulher e a violência doméstica.
- Formação crescente de agentes de polícia (nos órgãos militares essa formação deve passar em particular aos PMs) preparados para lidar com os casos de violência à mulher e de violência domestica.
- Valorização da mulher, da criança e do idoso.
- Valorização de uma cultura de paz em Angola; paz militar, paz policial, paz física, paz verbal, paz psicológica, paz social, paz espiritual.

FIM

http://www.fpdangolaimprensa.blogspot.com

100 Questões sobre a educação em Angola



Por Joao Ondaka yasunga

França - Como já deixei patente num artigo passado, sou um autentico “curioso”, nos assuntos da educação…não deixo passar por alto, a oportunidade de ler sobre questões relacionadas com a educação...continuo a acreditar “piamente”, no determinante do capital humano, no desenvolvimento dos povos e dos países....! foi assim, que me deparei com um estudo sobre a educação em Catalunia-Barcelona, como resposta a uma avaliação “negativa”(suspensa), em comparação com outros países Europeus, sobre o sistema de educação naquelas terras, plasmado no Informe PISA-(programa internacional para avaliaçäo dos estudantes).

A sociedade não é consciente de nada!
É uma sociedade anestesiada,
abrumada, vegetativa!


Decidi, adaptar as 100 perguntas, que eles fizeram, para poder compreender o motivo de tal suspenso, a realidade da educação em Angola com o mesmo espírito e letra que me nortearam até aqui: contribuir ao debate, a reflexão e, ao cambio de mentalidade na pátria mãe!

Por isso, convido-o, a responder as 100 perguntas, para no final, fazer um balance e, ter argumentos para convencer a necessidade de cambio.

Dificuldades do professorado

1.-Tem o professor consideração social? É respeitado e tem reputação social?
Creio que a resposta é obvia, não! A coisa começa a melhorar, os salários, de acordo a realidade do país, vão melhorando, mais ainda, como noutros sectores, distam muito de desejado! A profissão é pouco valorizada, socialmente e pelos poderes públicos...é só constatar, que raras vezes, altas autoridades do estado, participam na inauguração ou visitas aos centros escolares!

2.Há estabilidade na profissão? Como se acede à profissão? E como se preenchem as vagas nos Centros? A “antiguidade é um posto asegurado”?

Sím! Acede-se no geral por concurso..mas depois entra também as cunhas, influências e “gasosas”! mas por falta de alternativa que por vocação!

3. Quantos professores realizam cursos de formação permanente, depois de acabar o ano letivos? - Estes cursos, são de qualidade? Poucos, Não!

4. O processo de Seleção e admissão do professorado é rigoroso? Porquê? Há domínio da disciplina básica assim como da componente psico-pedagógica? Não!

5.Se avalia a atividade do professorado, tanto as obrigações laborais como as de competência? Cómo? Sim, não! Uma avaliação pouco rigorosa e sem praticamente conseqüências!

6. Qual é formação exigida para o professorado, tanto para o ciclo primário como secundário? É suficiente? É a possível!

7. Os Diretores têm poder sobre o professorado? É profissionalizada a direção escolar? Como se tomam as decisões? Sím têm poder! A direção não é profissionalizada e as decisões são mais personalistas e dirigistas e colegiadas!

8. Porquê que as matemáticas continuam a merecer a antipatia dos estudantes? Porque são mal ensinadas...a maior parte dos professores, não domina a matéria nem a didática da matéria!

9. As aulas de inglês, são suficientes em tempo e distribuição semanal? Sabem os estudantes línguas ao terminar o ciclo básico? Claramente não!

10.As condiciones de trabalho, são adequadas? E como são em comparação a escola privada ( salários, participação na tomada de decisões dos colégios)? Não! São piores...mas a escola privada também não é nada de elogiar!

11.O professorado está preparado (capacidade de gerir situações de conflito ) para afrontar situações de conflito nas escolas do ciclo secundário? Não!

12 Por quê que a profissão docente perdeu prestigio social? Independentemente da situação de conflito que o país viveu, os poderes públicos prestaram pouco apoio!

13.Qual é o papel dos sindicatos? Fazem o que podem!

14.É necessário outros profissionais, que auxiliem os docentes nas escolas? (As crianças hiperativas ou com transtornos mentais não diagnosticados engordam as estatísticas de fracasso escolar. Os profissionais capazes de detectar e combater estas doenças, intervêm na vida dos centros? Sim claro! Não!

15.Porquê que, o ciclo primário não começa aos 3 anos como fazem os países europeus? Porque vamos mais atrasados que os países Europeus. Não se sabe!

16.Faz-se o uso entendido das novas tecnologías? Porqué? E faz-se o uso correto, estão ao serviço da didática e da aprendizagem? Os professores, têm a formação adequada? Não, Não e Não!

17.É suficiente o professorado? Cumpre os padrões internacionais de professor por x número de alunos? Não!

18.Há muita baixa laboral (dispensas e ausências por doenças)? Relativo!

19. Os melhores professores, porque inovam, investigam, dedicam, realizam atividades extra-escolares, têm melhor aproveitamento, têm incentivos econômicos, matérias ou algum reconhecimento pelo seu trabalho? Não!

20.Há controlo, das doenças que mais afetam aos professores? Quais são (Depressões, cordas vocais)? Há um seguro de risco para tal? Não!

21.É excessivo os dias de férias? Sim!

22.Quanto ganham os professores? Pouco!

23.Assumem ou, se lhes atribuem outras responsabilidades com relação ao alunado, (detectar condutas impróprias)? Sim!

24.Exercem a profissão por vocação? Alguns! A Maioria não! Não há incentivo social a vocação!

25.Qual é o Grau de preparação dos professores dos distintos ciclos? Baixo!


A preocupação das famílias

26.Os país, tem alternativas no momento de matricular os filhos? O que mais consideram os pais no momento de matricular os filhos?.Não! um lugar para estudar!

27.Como solucionam os pais, questões como enfermidade, indisposições em horário escolar? Fica em Casa!

28.Os livros de texto, são uma carga familiar? Há ajuda estatal? São e muito! Insuficiente!

29.Qual é a situação das cresces? Fazem parte do ciclo escolar? Deviam? Pouco entendidas; Não! Sim deviam!

30.Há implicação dos pais, nas tarefas formativas? Como se manifesta essa implicação? Pouca! Alguns o fazem nos deveres e, pouco mais!

31 Qual é a atitude dos país perante a disciplina? Apóiam os professores? Estritos, por questões culturais...sím, apóiam!

32.Que hábitos nocivos são fomentados em casa ( excesso de horas de TV, abuso dos videojogos)? Tudo isso e algo mais: pouco rigor, etc!

33.Há interesse dos pais, pelo funcionamento dos Centros? Está regulada ou normalizada a participação dos país (Assembléias de pais)? Pouco...se está, não funciona!

34.Está instituída a atividade extra-escolar? Como é utilizada pelos país? Sim, mas não se cumpre! Não e utilizada pelos pais!

35. Como está a questão das faltas? São justificadas pelos pais? Mais ou menos!

36.Há comunicação entre os professores e os pais? Como é feita esta comunicação? Os pais, atendem os conselhos dos professores? Pouca! Por bilhetinhos e notas…não há a agenda escolar! Sim, no geral atendem, só que é pouco fluída essa comunicação!

37. E a escola, tem em conta as opiniões dos pais? há algum órgão escolar (Conselho escolar) para tal? Não!

As faltas dos alunos

38.Como vai a questão da disciplina e do esforço? Porquê? Vai mal! A sociedade está doente!

39.São demasiado largas as férias escolares? Quais são as implicações? Quais podem ser as soluções? Sim! Perda do ritmo acadêmico. Diminuir o tempo e programas algumas atividades!

40. Devem os alunos do ciclo primário, repetir de ano? Não!

41.Como está a questão da violência? O acosso escolar, já é assumido como um problema? Preocupante! Pouco..

42.As escassas horas de sono e problemas de disciplina familiares influem na concentração dos estudantes...isto é um problema? Sim!

43.Disciplinas como, segurança vial e primeiros auxílios, fazem parte de outros saberes y habilidades: São dadas estas disciplinas? Não!

44.É importante que os alunos invistam horas em preparar festas e exibições? (No ciclo primário é habitual que, entre outras manifestações festivas, as crianças prepararem os festivais de Natal ou do fim do curso, em detrimento das horas letivas). Sim, é importante! O laser é parte da vida!

45.Como se desenvolvem as aulas dentro do ciclo secundário? Os alunos com baixo aproveitamento, criam algum problema? Há alternativa para os alunos com fraco aproveitamento ou abandonam o ciclo? Sim criam...Não há alternativas! Ou terminam o ciclo, ou abandonam e vão fazer ofícios, sem equivalência no sistema de ensino!

46.Como se programam os deveres de casa? Como são assumidos pelos alunos? Com freqüência! Mal!

47.Agressões físicas, agressões verbais, são problemas freqüentes no ciclo secundário em muitos países? Também dá-se em Angola? Como são tratadas? Claro! Como problemas “próprios” entre alunos, dessa faixa etária!

48.Há muito abandono no ciclo secundário? Há muitas repetições? Há algum plano individualizado centrado nos déficits formativos dos repelentes? Tem alguma relevância o ciclo secundário, para o mercado laboral? Sim...não há plano oficialmente! Sim tem!

49 Há medições, dos rendimentos acadêmicos? Se realizam estudos comparativos, com os países do entorno ou, com países que dedicam similares recursos públicos? Não!

50.Como está a situação das línguas estrangeira, depois de terminado o ciclo secundário? Os alunos se podem desenvolver com soltura? Quais podem ser as causas (preparação do professorado, meios, horas dedicadas, distribuição das horas, etc)? Mal, não...de tudo um pouco do citado!

51.Há problemas de alcoholismo? Como repercutem no rendimiento? Qual é a resposta das autoridades acadêmicas e dos pais? Sím! com preocupação!

52 Há problemas de Drogas? Como repercutem no rendimento? Qual é a resposta das autoridades acadêmicas e dos pais? Sim, com preocupação!

53.Sobre o Ensino Universitário: ´Responde as expectativa dos alunos? Não!

54.Os alunos, terminam os cursos nos tempos previstos? Como se distribui? Não! Não há estudos!

55.Qual é a participação dos alunos, em términos de presencia, ausência? Assistem com freqüência!

56.Há movilidade estudiantil? Sim!

Sobre os poderes públicos (relacionados com a educação)

57.Há um plano de inovação educativa? Conta com recursos financeiros? Não!

58.Qual é o Grau de seguimento dos distintos ciclos? Débil!

59.Se realizam, avaliações de conhecimentos mínimos? Com que rigor ou nível de exigencia? Quem as realiza? Não!

60.A escola, os poderes públicos, empreendem iniciativas para fomentar a participação dos pais nas escolas? Há interesse das famílias pelo processo de escolarização? Não! Sim há preocupação!

61.Os poderes públicos prestam esclarecimentos aos pais e a sociedade sobre o processo de escolarização? Não, Não faz parte da cultura da sociedade!

62. Se devia introduzir a disciplina de religião nas escolas? Sim!

63.É positivo, a existência da escola privada? Sim!

64. O estado, devia co-financiar as escolas privadas? O estado, deve também regular a escola privada? Sim!

65.Como se soluciona, o enquadramento dos alunos que provêm de outros países e, por tanto, sistemas educativos diferentes? Enquadrando-os automaticamente!

66.É suficiente a financiação das escolas públicas? Claramente, não!

67.Qual é a situação da Lei de educação? É conhecida pelos professores? É suficientemente divulgada pelos gestores educativos? Necessita alguma reforma? Não é conhecida! Não é divulgada! Necessita uma reforma completa!

68.Qual é a distribuição do gasto público em relação ao PIB, ensino universitário e não universitário? Não sei!

69.Considera necessária a introdução de serviços como comedor? Qual deve ser o grau de controlo dos gestores educativos? Sim claro! Porque ajuda na cultura alimentaria saudável! O controlo deve ser total!

70. Há controlo- medições sobre as habilidades leitoras dos alunos? Não!

71.Há controlo- medições, sobre as habilidades manuais dos alunos? Não!

72.Qual é a percepção social, sobre o ensino técnico- profissional? É positivo!

73.É suficiente, o tempo dedicado ao ciclo secundário? proporciona base suficientemente sólida aos futuros universitários? Sím, Está dentro dos padrões internacionais!

74.Há suficiente implicação das autoridades do nível comunal e municipal na questão educativa? Não, não têm nível!

75.Os pais, têm direto a dispensas laborais para acudir as reuniões da escola? Está previsto na Legislação laboral? Creio que não!

76.Há concorrência entre as distintas escolas? Há um ranking, sobre a qualidade das escolas? Não!

77. E sobre os estudos Universitários? Não!

78.Há bolsas para os estudos Universitários? São suficientes? Ridículas!

79.Como se processa a contratação de professores na Universidade? É um processo Transparente? Há um órgão de apelação? Não há rigor algum, nem é transparente…é o possível!


Sobre as escolas

80.Qual é a situação das instalações escolares? Recebem suficiente investimento para manutenção? Péssimas! Não!

81.Se podem considerar dignas? Não! São indignas!

82.Devem os alunos completar itinerário educativo, até a Universidade, num só centro? Não!

83.Devem as escolas, selecionar os seus alunos ? Não!

84. Existem centros elitistas? Qual deve ser a postura das autoridades educativas? Sim! Proibir!

85.É suficiente o número de horas diárias? Se devia ampliar a jornada? Não, se devia ampliar, manha e tarde!

A distribuição da jornada laboral, permite aos professores dedicar o tempo suficiente a atenção individual dos alunos e a atenção aos país? Sim!

O olhar da sociedade

86.Porquê que a maioria dos jovens que termina o ciclo secundário, não acede a Universidade? Há estudos e controlo sobre o assunto? Não pode, financeiramente! Não há Universidades suficientes! Não há controlo!

87.Estam ou devem ser regulados os cursos de formação continuados e permanentes? Deviam estar regulados!

88.Há relações entre as empresas e o Ensino Técnico Professional, assim como as Universidade? Não!

89.Estão os exames de ingresso, suficientemente elaborados e dirigidos? Servem para eleger, os mais preparados para o estudo? Não!

90. A educação, preocupa a sociedade Angolana? Merece alguma prioridade? Quais são outras preocupações dos angolanos? Sim preocupa! Não merece! O emprego, a saúde, habitação, segurança, justiça, moral pública, etc!

91.A educação, tem prioridade nos programas políticos? É usada, na confrontação política? É manejada com domínio? Não, a maioria dos políticos são impreparados! Analfabetos funcionais, incultos!

92.Há referentes públicos, personagens públicos, para os alunos? Que influencia exercem? Não! Nem se incentiva isso!

93.Porquê que não há mais Universidades no país? Porque os políticos são incultos, sem visão! Só isso pode justificar, que um país forme, 10 médicos ano! Ou é inculto, inocente e ignorante, ou é besta ao quadrado!

94.Os professores Universitários devem ter maiores salários que os outros professores não universitários? Devem ter salários proporcionais ao nível da responsabilidade!

95.A sociedade Angola, é consciente da importância da Universidade? Essa sociedade não é consciente de nada! É uma sociedade anestesiada, abrumada, vegetativa!
96.Deve haver uma Reforma Universitária? Evidentemente!

97.Os estudos técnicos são suficientemente conhecidos pela sociedade? Não, a sociedade é ignorante e inculta!

98.Qual é o Modelo Universitário desejado? Talvez o Americano!

99.A Universidade, têm projeção social e mediática? Ainda tênue!

100. É compreensível, a atitude dos políticos nacionais, em relação ao sector da educação? Sim, é compreensível ! Coitados, são incultos! Não tiveram tempo de estudar...andaram a fazer guerra, que eles diziam era para libertar o povo??
Não sabemos qual é o nível dos nossos estudantes, porque não há avaliações científicas...,mas é facilmente constatável, a simples vista, pelo seu vocabulário, pela sua desenvoltura, pelos seus modos, pelo seu comportamento, pelo seu desempenho ao integrarem no mercado laboral.

É portanto, urgente, um estudo de nível, para podermos modular o sistema! A educação tem que ser dirigida com cientificidade! Basta de improvisações e amadorismo!
“O informe Pisa, realiza avaliações sobre o nível dos estudantes de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Examinou uma amostra de estudantes de 57 países -- 30 da OCDE e de outros países que näo pertencem a ela-- sobre sua capacidade para entender textos escritos.
Em 2000, no primeiro estudo PISA, escolheu-se para calibrar a capacidade leitora a um grupo de alunos de idade compreendida entre 15 anos e 3 meses e 16 anos e 2 meses, com um mínimo de 6 anos de escolaridade.

A analise, recolhe resultados sobre o conhecimento científico dos estudantes,leitura ou capacidade leitora, matemática.

Para avaliar a capacidade leitora dos estudantes, se propuseram questões sobre 6 textos: um diagrama em árvore sobre o mercado de trabalho, duas mensagens de internet sobre os grafitos, uns gráficos sobre câmbios no lago Chade e um documento sobre prevenção de lesões.

Em evidencia científica- Ciências naturais, se avalia conhecimentos sobre física, sistemas vivos, a terra e o espaço. O objetivo é avaliar a capacidade dos alunos de aplicar a evidencia científica para tirar conclusões e raciocinar sobre, as implicações da ciência e os desenvolvimentos tecnológicos. Os alunos foram avaliados sobre questões como os cultivos transgénicos, placas solares, roupas inteligentes, geologia, historia das vacinas, o exercício físico, chuva ácida e o efeito estufa.

Matemáticas

O Informe PISA também analisa os conhecimentos dos alunos em matemáticas: As primeiras posições nesta disciplina de todos os países avaliados são o Taiwán (549 pontos), Finlandia (548), Hong Kong (547), Corea do Sul (547), Holanda (531) e Suiça (530).

* Joao Ondaka yasunga (Kabazuca)
Fonte: Club-k

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Governador da Huila desafia imprensa oficial

O governador da Huila, Isaac dos Anjos, desafiou os órgãos de comunicação social local "a ganharem coragem na denúncia de executivos que estejam a prestar um mau serviço público no seu governo".

Os órgãos de informações da Huila são considerados "fechados sobretudo quando se trata de abordar questões que coloquem em causa figuras do aparelho governativo ou na promoção do mais simples debate". Normalmente, "os órgãos de comunicação social se têm limitado, nos seus serviços noticiosos, na promoção de iniciativas governamentais, sem nunca questionarem a qualidade de qualquer serviço".

Só para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos, praticamente, nunca se ouviu, nesses órgãos, vozes da sociedade civil contrariando qualquer iniciativa governamental, sob pena de processo disciplinar ao jornalista autor da notícia.

A parte boa dessa notícia é o reconhecimento de que a imprensa oficial é subserviente. Essa iniciativa seria muito boa se garantisse a estabilidade do emprego daqueles que aderirem a essa iniciativa. Por ser uma iniciativa provinciana é difícil acreditar que algum jornalista morda "esta isca".

Na verdade é uma faca de dois gumes. Se de um lado anima, do outro recomenda cautela. O problema é o jornalista se animar com a sugestão, passar a fazer o jornalismo investigativo, e perder o seu "emprego" depois da primeira matéria que publicar. A iniciativa teria mais peso se partisse, por exemplo, do Ministro das Comunicações em conjunto com o Governador. Enquanto isso não acontece, para os devidos efeitos, já é um bom começo!

Ref. VOA

Os angolanos serão beneficiados com 144 vagas de graduação no Brasil


O Brasil concedeu 144 bolsas de graduação para angolanos. Os alunos que ingressarão no ano letivo 2009, em universidades brasileiras, já foram selecionados pela Embaixada Brasileira em Luanda. Nos próximos seis meses novos concursos serão abertos para graduação e pós-graduação.

Por outro lado, a Embaixada brasileira estabeleceu o limite máximo de sete dias para emitir visto de turista. Além disso, a Embaixada também diminuiu o número de documentos exigidos para o efeito.

A preocupação de vistos não é só de angolanos. Há poucos dias, a Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN), além de pedir rapidez em vistos pelo Consulado e embaixada de Angola no Brasil, apelou às autoridades angolanas e brasileiras para assinar um acordo de supressão de vistos de entrada, a curto ou médio prazos, entre os dois países, tendo em conta o ritmo das suas relações culturais, econômicas e empresariais.

Ref. Africa21

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Apresentador brasileiro Luciano Huck em Luanda

Olha só Luciano Huck participando de uma coletiva de imprensa em Luanda. Junto com ele está a miss Angola, Lesliana Pereira, e a cantora angolana Yola Semedo.

O apresentador está em Angola para apresentar um show da Banda Calypso promovido pela Globo Internacional. Como o "Caldeirão" é exibido em Angola, Luciano é um verdadeiro ídolo nacional. Ele foi cercado nas ruas e por onde passava e, pacientemente, atendeu a todos.


Fonte: O Globo

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eleições para entrar nos livros de recordes


Nas últimas leições que ocorreram em Angola, no passado dia 5 de setembro, nas quais o MPLA, partido no poder, obteve 81,82% por cento dos votos, um caso chama atenção e deveria ser registrado nos livros dos recordes: dos 156.666 eleitores inscritos, durante dois anos, na província do Kuanza Norte, todos (156.666) compareceram às urnas.

Esse é um caso muito curioso porque desafia as leis naturais. Durante dois anos nenhum eleitor
morreu (num país onde a mortalidade é elevada) e ninguém mudou de residência. Ainda, no dia das eleições, ninguém ficou hospitalizado, ninguém se ausentou do seu local de votação e todos compareceram! Isso não acontece em países desenvolvidos. Sobre esse comportamento nem Freud explicaria.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Libertado o homem suspeito de fazer sexo com cadáver


A notícia que vem de Ekunha é tragicômica. No passado dia 12 de Outubro, a polícia prendeu um homem de 26 anos acusado de manter relações sexuais com o cadáver de uma mulher, que ele mesmo desenterrou num cemitério local.

Esta semana ele foi posto em liberdade porque, segundo a polícia, não foi encontrado fundamentos jurídicos que justifiquem a prisão efetiva do cidadão. O indivíduo, residente na aldeia de Kandingo, confessou ter mantido relações sexuais, em duas ocasiões, com cadáveres, numa alegada prática de feitiçaria.

Segundo fontes policiais, a lei angolana não prevê a condenação de indivíduos envolvidos em práticas de feitiçaria, de que o indivíduo é acusado em círculos locais.

O indivíduo é alvo de interrogatório das autoridades tradicionais do município, que pretendem saber as reais motivações de tal prática.

Nosso país marchará passo enquanto pessoas apostarem na feitiçaria como instrumento de desenvolvimento pessoal. Por outro lado, é repugnante acusações de feitiçarias feitas a crianças. Muitas delas chegam a ser espancadas ou mortas por isso.

Recentemente, soube da morte de um grande amigo de infância que consultou uma feiticeira. Ele sonhava ser rico. A feiticeira, entre outros pedidos, solicitou que ele mantivesse relações sexuais com sua irmã e sua mãe. Não conseguindo realizar o pedido, ficou maluco, vindo a falecer.

Referência: Jornal de Angola

Angola hoje comemora 33 anos de independência

Hoje (11/11/08) Angola comemora 33 (11+11+11) anos de independência. Espera-se que a data seja celebrada em todo país.

A independência foi proclamada em 11 de novembro de 1975, depois de 500 anos de colonização porutuguesa.

No passado, essa era uma data muito comemorada. Hoje dei uma volta em blogs e Jornais que falam sobre Angola, está tudo calmo. Vale aqui destacar que encontrei uma entusiasmada homenagem feita pelo blog Pululu aos 33 anos de independência. Encontrei uma nota muito animada, de 4 ou 5 linhas, no Jornal de Angola e a transcrevo a seguir:

"País comemora o Dia Nacional

Angola comemora hoje o 33º aniversário da Independência Nacional. Foi a 11 de Novembro de 1975 que o país consumou a sua libertação do colonialismo português. Para assinalar a data, decorrem actividades de âmbito político, cultural e desportivo. São igualmente inaugurados empreendimentos sociais, no âmbito do programa de Reconstrução Nacional. O acto central das comemorações do Dia da Independência Nacional decorre em Malanje."

Os tempos mudaram!.

Com o fim da guerra civil agora é a AIDS que ameaça Angola


O Ministro da Saúde, José Van-Dubem, afirmou que “os 27 anos de guerra civil em Angola provocaram muito derramamento de sangue e destruição, mas também serviram como proteção contra o mortal vírus da AIDS, que agora ameaça disseminar-se pelo país”. Isso pode agravar-se com a reconstrução de estradas e pontes destruídas que facilitará a locomoção de pessoas pelos países vizinhos, principalmente com a Namíbia onde 20% da população está ficando doente em virtude do HIV.

Atualmente, estima-se que 346.500 da população angolana seja portadora do vírus HIV (da AIDS), o que corresponde a 2,1% da população. A situação é grave na província do Cunene, que faz fronteira com a Namíbia, onde 16% da população é portadora do virus. Outras províncias que fazem fronteira ou próximas da República do Congo, Uige por exemplo, também registram aumento constante na quantidade de caso de AIDS.

Vale lembrar que a África subsaariana continua a ser a região do mundo mais afetada pelo HIV, com 22,5 milhões de pessoas portadoras do vírus, no final de 2007.

O governo, segundo o ministro da Saúde, promete gastar 14 bilhões de dólares com a saúde, educação e luta contra a pobreza.

Referência:
Reuters/Brasil Online

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tribalismo nas ciências exatas?


Desde muito cedo ouço falar que os Bakongos são bons em ciências exatas. Se isso é verdade ou mentira,não sei, mas uma coisa é certa: nunca vi, no Brasil, um Bacongo ser jubilado num curso de ciências exatas e muito menos mudar de curso, embora sejam cursos que apresentam elevados índices de reprovação e evasão escolar.

Não entendo nada sobre o comportamento humano, para saber se há povos mais priviligiados em determinadas matérias. Na prática, pessoas mais disciplinadas e com uma metodologia de estudo definida, normalmente obtêm desempenho superior.

Na única universidade pública angolana, Universidade Agostinho Neto, a aprovação de alunos Bacongos nas matérias de cursos como Engenharia de Minas, Civil e reprovação em massa dos demais, está muito que falar.

Muitos estudantes acreditam que algumas reprovações são provocadas, deliberadamente, por certos docentes (sádicos) e outras por próprio processo de ensino.

Uma matéria publicada no Semanário angolense, edição de 11-15 de Novembro 2008, apresenta uma acusação: promoção de tribalismo no seio da Instituição, principalmente nas matérias de Metalurgia e Máquinas de Ferramentas, do curso de engenharia Mecânica.

Segundo a acusação: "existem alunos sulanos ou luandenses que vêm fazendo exames especiais nessas cadeiras há cinco anos, o que não deixa de ser muito estranho, até porque não há burrice para tanto, mas apenas birra desses tais professores tribalistas".

O terror dos alunos recai nas cadeiras como Resistência de Materiais, Tratamento de Mineiro, e Operações Mineiras. Em média, dos 130 matriculados, apenas três conseguem transitar. Seria a oportunidade de alguém pesquisar esse comportamento.

Por outro lado, sejamos sinceros: o que esperar de certas pessoas que ingressam no ensino superior com documentos do ensino médio falsos? Por exemplo, há poucos dias, em Cabinda, a Direção da Educação detectou 200 certificados de conclusão do ensino médio falsos em instituições superiores: Instituto Superior de Ciências da Educaçao (ISCED), Universidade Privada de Angola e dos núcleos das Faculdades de Direito e de Economia da Universidade Agostinho Neto. Assim não dá!

Referências: S.A.

Angola e a energia nuclear

Angola apresenta no Estados Unidos, durante a conferência que decorre até o dia 13 em Nevada, seus planos sobre energia nuclear e propostas para o desenvolvimento das necessidades energéticas.

A delegação angolana ao evento é chefiada pela ministra da Energia, Emanuela Vieira Lopes e a ministra da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira.

Angola é membro da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) desde 1999. A 28 de Junho de 2007, o Governo angolano promulgou a “Lei Nacional de Energia Atómica”, um passo importante no estabelecimento de um corpo nacional regulatório e independente, cujo objectivo principal é a promoção de actividades no domínio da energia atómica.

Para o triénio 2009-2011, o programa do Governo angolano inclui três novos projectos na área do ensino da Física Nuclear, da Radioterapia e da Medicina nuclear, das infra-estruturas radioactivas, estudos de fertilidade do solo e o reforço das capacidades da não destruição de testes.

Recentemente, o governo do Irão mostrou interesse em cooperar com Angola em diversos domínios, que podem incluir a Energia nuclear.

Referências: J.A

Morre a "Mama África"

A cantora sul africana, Miriam Makeba, conhecida como " Mamã África", morreu na madrugada de segunda-feira, aos 76 anos de idade, vítima de uma crise cardíaca. A cantora morreu no final de um concerto

Da Redação com agências

Roma - A cantora sul africana, Miriam Makeba, conhecida como " Mamã África", morreu na noite de domingo para segunda-feira com 76 anos de idade, vítima de uma crise cardíaca após ter cantado para o escritor ameaçado de morte pela máfia, Roberto Saviano, perto de Nápoles (Sul da Itália).

Que "Mama África" descanse em paz.

Voz legendária do continente africano e que se tornou um dos símbolos da luta anti-apartheid, Miriam Makeba foi tomada de uma indisposição quando acabava de cantar durante 30 minutos, num concerto dedicado ao jovem autor de " Gomorra", em Castel Volturno, perto de Nápoles.

"Makeba foi á última que subiu ao palco. Houve um pedido nesse momento se havia um um médico entre à assistência. Miriam
Makeba desmaiou e caiu" , de acordo com um fotógrafo da AFP.

Foi transportada rapidamente para a clínica Pineta Grande Castel Volturno, onde teve morte imediata, na sequência de uma crise cardíaca, de acordo com a agência italiana Ansa. Cerca de um milhar de pessoas assistiram a este concerto anti-mafia, realizado numa cidade que é considerada um dos feudos da máfia napolitana, o Camorra, e onde seis imigrantes africanos e um italiano foram mortos em condições ainda por esclarecer, em Setembro passado.

Miriam Makeba nasceu a 4 de Março de 1932 em Johannesburg e começou a cantar nos anos de 1950 com o grupo " Manhattan Brothers". Em 1956 escreveu a canção que lhe deu grande sucesso: " Pata, Pata".

Foi forçada a exílar-se durantevários anos devido ao seu aparecimento num filme anti-apartheid " Come back Africa" (Regresso a África) .

A voz legendária do continente africano e que se tornou um dos símbolos da luta antiApartheid, a artista sul-africana Miriam Makeba, cognominada " Mamã África", nasceu em Joanesburgo (África do Sul ) a 4 de Março de 1932.

Filha de uma mãe suazilandesa e de um pai shosa, atraiu a atenção internacional como cantora do grupo sul-africano "The Manhattan Brothers" , na véspera de uma digressão aos Estados Unidos em 1959.

No ano seguinte, quando queria regressar à África do Sul, para assistir o funeral de sua mãe, o Estado sul-africano tirou-lhe a sua nacionalidade. Na sequência deste desterro, viveu 31 anos no exílio, nos Estados Unidos e na Guiné Conakry.

Foi a primeira mulher negra a conquistar um Grammy Award, que partilhou com o cantor norte americano Harry Belafonte, em 1965.

Dois anos depois, conheceu a glória com a gravação deo seu disco inédito "Pata Pata" inspirado na dança típica de um municipio sul africano.

Em 1985, conheceu uma passagem dolorosa quando a sua filha, Bongi, morreu com 36 anos de idade e Miriam Makeba, que não tinha dinheiro para pagar o seu enterro, fez o funeral sózinha, impedindo os jornalistas de cobrir o acontecimento.

Nos anos de 1990, regressou à África do Sul, após a saída de prisão de Nelson Mandela, mas esperou seis anos antes de gravar um novo disco. Foi então editado o disco " Homeland" que contem uma canção que descreve a sua alegria de ter regressado à sua terra natal e no qual evoca o apartheid.

Repercussão

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela homenageou, em comunicado divulgado nesta segunda (10), a cantora. "Foi a primeira-dama da canção da África do Sul e ganhou, merecidamente, o título de Mama África. Foi a mãe de nossa luta e de nossa jovem nação", afirmou.

Fonte: Portugaldigital

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Fusão de partidos políticos angolanos


No início deste mês de novembro, o Brasil foi surpreendido com o anúncio da fusão do Banco Itaú e do Banco Unibanco (respectivamente, segundo e quarto maiores bancos privados brasileiros) que se transformam em um conglomerado situado entre as 20 maiores instituições financeiras do mundo e a maior do Hemisfério Sul. A fusão de suas operações financeiras foi acelerada com a crise que se vive hoje. O que levou aos dois bancos ontem concorrentes, ou melhor inimigos, e hoje aliados? Que vantagens aos bancos e a população com esse tipo de transação?

Analisemos caso mais real. Angola possui mais de 100 partidos políticos. Se analisarmos friamente a nossa realidade, podemos perceber que no mercado político angolano não há espaço para tantos partidos (128). Alguns deles estão fadados a desaparecerem. Poderão aparecer apenas nas estatísticas porque são candidatos a serem engolidos uma vez que não conseguirão 0,5% dos votos para manterem a sigla no mercado eleitoral, que é cada vez mais competitivo.

Por exemplo, recentemente vimos a FpD, um partido que prometia, a se (auto)extinguir porque nas últimas eleições legislativas não obtive o mínimo de votos (0,5%) que sustentasse a sigla. Se nada for feito, mais partido terão o mesmo destino. Há poucos dias o presidente da UNITA Isaías Samakuva mostrou-se cético sobre a sua participação nas próximas eleições presidenciais. Qual é então a solução para essa situação? Fusões.

A fusão somaria esforços desses partidos, evitando competição desnecessária. Com mais facilidade conseguiriam mais adeptos, mais simpatia do eleitorado, garantindo assim a sua sobrevivência e votos suficientes para retubantes vitórias.

As empresas já vêm fazendo isso há muito tempo. As equipes de futebol européias vêm seguindo essa tendência há muito tempo. De uma forma geral, cidades européias possuem uma equipe na primeira divisão, normalmente leva o nome da cidade e quando têm mais de uma, no máximo, são duas. É melhor duas equipes que se fundem mas que militem na primeira divisão, que três amargando a terceira divisão.

Se nós colocássemos na balança os objetivos e missões dos partidos angolanos, poderíamos, com toda certeza, agrupá-los em 22 partidos. Nesse caso, teríamos partidos atuantes e isso daria um outro colorido na nossa política.

Imaginem se a UNITA , PAJOCA, FpD, PLD, MDA, CDS, UDNA MPDA, USD e PAI se fundissem e formassem o PACTA? O MPLA, PDP-ANA, AND, POSDA, FRESA/PJSD e formassem POMPA? A FNLA, ADAC, AN, PLUN formassem PANLA?

Na prática, é muito difícil isso acontecer, segundo o especialista brasileiro Max Gehringer. Os nossos partidos são dirigidos pela emoção, ou melhor, pela paixão, e não pela razão, como as empresas. É a emoção, por exemplo, que predomina entre mulheres reclusas. Dificilmente se rebelam. Cada uma prefere ver a outra detenta sofrer, mesmo que isso implique também em seu sofrimento. Os homens, normalmente são diferentes. Na adversidade, se unem. É por isso que com frequência vemos rebeliões nos presídios.

Se cada partido ficar do seu lado, é muito provável que, para breve, tenhamos a falência de muitos deles e o predomínio de um partido único. No mundo globalizado as coisas funcionam assim.