segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tribalismo nas ciências exatas?


Desde muito cedo ouço falar que os Bakongos são bons em ciências exatas. Se isso é verdade ou mentira,não sei, mas uma coisa é certa: nunca vi, no Brasil, um Bacongo ser jubilado num curso de ciências exatas e muito menos mudar de curso, embora sejam cursos que apresentam elevados índices de reprovação e evasão escolar.

Não entendo nada sobre o comportamento humano, para saber se há povos mais priviligiados em determinadas matérias. Na prática, pessoas mais disciplinadas e com uma metodologia de estudo definida, normalmente obtêm desempenho superior.

Na única universidade pública angolana, Universidade Agostinho Neto, a aprovação de alunos Bacongos nas matérias de cursos como Engenharia de Minas, Civil e reprovação em massa dos demais, está muito que falar.

Muitos estudantes acreditam que algumas reprovações são provocadas, deliberadamente, por certos docentes (sádicos) e outras por próprio processo de ensino.

Uma matéria publicada no Semanário angolense, edição de 11-15 de Novembro 2008, apresenta uma acusação: promoção de tribalismo no seio da Instituição, principalmente nas matérias de Metalurgia e Máquinas de Ferramentas, do curso de engenharia Mecânica.

Segundo a acusação: "existem alunos sulanos ou luandenses que vêm fazendo exames especiais nessas cadeiras há cinco anos, o que não deixa de ser muito estranho, até porque não há burrice para tanto, mas apenas birra desses tais professores tribalistas".

O terror dos alunos recai nas cadeiras como Resistência de Materiais, Tratamento de Mineiro, e Operações Mineiras. Em média, dos 130 matriculados, apenas três conseguem transitar. Seria a oportunidade de alguém pesquisar esse comportamento.

Por outro lado, sejamos sinceros: o que esperar de certas pessoas que ingressam no ensino superior com documentos do ensino médio falsos? Por exemplo, há poucos dias, em Cabinda, a Direção da Educação detectou 200 certificados de conclusão do ensino médio falsos em instituições superiores: Instituto Superior de Ciências da Educaçao (ISCED), Universidade Privada de Angola e dos núcleos das Faculdades de Direito e de Economia da Universidade Agostinho Neto. Assim não dá!

Referências: S.A.

Um comentário:

  1. O pior em Angola, näo é queaconteçam estas coisas..que já é muito trágico! o pior, é que mesmo depois de denunciadas, näo se faz absolutamente nada, näo se tomam medidas, nem administrativas, nem judiciais,nem nada! säo as próprias pessoas que se autoregulam! Veräo que, nem vai haver investigaçäo interna na Faculdade, nem o Ministério público vai abrir uma investigaçäo...! Assím, näo há forma de levantar um país...ou há: passando séculos...
    kabazuca

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