sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A morte dos navios faz a alegria dos turistas











Cemitério de navios

por Sandra Ugrin
sandraugrin@opatifundio.com

A Praia de Santiago no município de Cacuaco é conhecida não pelas suas águas calmas ou areias desertas, mas sim pelo grande cemitério de navios em que se transformou.

Eu não sei por que tantos navios vieram parar naquele lugar, mas mistérios a parte, o lugar impressiona. São dezenas de navios enormes enferrujando na costa, uma paisagem que no mínimo é surreal em pleno século XXI.

Claro que para nós turistas, o lugar ganha um charme todo especial, mas o impacto ambiental que todo esse ferro deve causar no ecossistema marítimo não deve ser pouco, isso sem falar na perda econômica já que todo aquele ferro velho deve valer uma bela nota, isso é claro antes de se tornar uma ferrugem só…

Pesquisando na internet encontrei uma explicação para o cemitério de návios, no blog do Nuno Gomes existe a seguinte informação:

Ao longe existem vários navios encalhados, uns dizem que durante a guerra velhos navios eram carregados com armas e depois encalhados aqui para descarregar. Outros dizem que quando os navios estavam em fim de vida eram trazidos para aqui para abater. Qual será a verdade? Talvez as duas sejam verdade, quem sabe. Felizmente ao que parece já proibiram de abater navios aqui. Pode ser que um dia estes sejam desmantelados e a paisagem volte a ser o que era.”

Sandra Ugrin é brasileira e trabalha em Luanda na área de marketing com inteligência de mercado. Para saber desta e de outras histórias, acesse o blog Menina de Angola.

Fonte: Revista o Patifúndio

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Vote nas eleições dos EUA, como cidadão do mundo



No dia 4 de novembro de 2008 os estadunidenses foram convocados para elegerem o próximo presidente.

O presidente dos Estados Unidos é, sem dúvida, o homem poderoso, a pessoa mais poderosa do planeta.

Dessa forma, é interessante ouvir a opinião da humanidade sobre quem deveria ser o próximo presidente dos Estados Unidos.

É pensando nisso que foi disponibilizado um site, aberto a todos os países do mundo, para sondar a preferência do "eleitorado global".

O eleitorado angolano, com 468 votantes até o presente momento, está mais inclinado ao Barack Obama, com a parcial de 97,6% contra 2.4% de McCain. Se vier a se confirmar essa tendência, esse fato será uma grande virada na história daquele país.

Francamente, aqui o leitor vota conforme sua consciência. Debates não faltaram. Não há urnas especiais, nem inauguração de obras às vésperas e não há necessidade de transporte de urna nem atraso da abertura das mesas de votação e, mais importante, não há mercantilização do seu voto. Aqui é tudo transparente. É preto no branco. Repetindo, as eleições serão dia 4.

Para votar clique

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Missão irrenunciável I

Assinado por Nelo de Carvalho


Brasil - Ao ler alguns comentários no nosso habitual jornal on-line, o club-k, e a opinião de alguns articulistas como o PGarcia, Professor Feliciano Cangue e outros a impressão que se tem é que a missão de Dino Cassulo, Kabazuca e Nelo é de recolher cacos.

Além disso, alguns compatriotas vitimados pela antiga mania de que qualquer iniciativa pessoal ou de grupo são sempre os passos de um grande projeto ou plano direcionado a neutralizar adversários, e tudo o que se faz ou executa-se –em nome de se fazer política- é o produto de um comando centralizado com o objetivo de se desferir golpes certeiros e precisos aos adversários; baseado nisso parece que o trio acima mencionado (DcKN) tem gerado na mente de uns uma certa confusão; esperamos que o mito não vai além do que é real e saudável. Como notícia e curiosidade devemos dizer aos leitores amigos que entre essas três pessoas não há nada que nos uni, que não seja um ideal político, cívico, e porque não dizer, sonhador para vermos as coisas a funcionar bem como mandam os bons costumes. E isso não deve ser tão diferente para o PGarcia e o Feliciano, mesmo estando em lados opostos; no que diz respeito a política e, possivelmente, em idéias, além disso, é preciso reconhecer que o papel destes é uma missão, igualmente, glorificante.

Já que o que se trata aqui é de saber quais as intenções e missões possíveis; eu de minha parte só posso falar da possível missão que me corresponde, já que é complicado falar das intenções de outros camaradas. E minha missão, longe de ser secreta, é a de todos. É a missão da cidadania. E, igualmente, acredito que seja a missão daqueles dois.

Alguém uma vez evocou uma frase, longe de ser romântica, e sendo tão real quanto as decisões políticas que abalam a vida de cada um de nós: <>, são tão sérias que cidadão nenhum pode agir como um mero espectador . Acho que sabiamente quem pronunciou essas palavras foi um músico norte-americano, que agora não consigo recordar o nome.
Talvez por uma questão cultural, entre nós angolanos, sempre reinou a convicção caduca de que superes decisões ao nível da família, do grupo social em que pertencemos, ao nível do Estado, Governo era uma decisão relegada aos mais velhos.

Um exemplo, aí vai: No antigo Congo do Ditador Mobuto-Seseko existia um consenso social, tão primitivo quanto hoje encontra-se a mesma nação, de que: ser livre e não ter problemas com as autoridades era não meter-se em política, ou, simplesmente, não questionar os rumos da nação. Seus valores sociais e políticos.

Hoje temos simplesmente os resultados: o Congo Democrático ou o antigo Zaíre é considerado um dos países, se não o país, mais atrasado e primitivo da fase da Terra, mesmo depois de quase cinqüenta anos de independência. Mesmo pelo seu tamanho e riqueza é o produto mais repugnante que existe do ponto de vista das nações. Encravado na região central da África, de lá só saem mitos sobre selvajaria, guerras tribais e de políticos ambiciosos que não conseguem entender-se.

O Congo de hoje, não é mais uma posição geográfica, uma nação sofrida encravada no centro do Continente Africano: é menos do que isso. Na visão mística e selvagem que ele mesmo criou ( essa nação), é um grande bruxo sentado à beira de um Rio, quem sabe o imponente e magnificente Rio Congo, fumando um cachimbo e jorrando fumo por todos os orifícios. Um bruxo, todo ignorante, estupidamente ignorante, querendo decifrar o futuro no espelho produzido nas águas desse Rio. Ou ainda, na miragem perigosa e selvagem de um crocodilo, no olhar perigoso que esse crocodilo, detrás desse espelho oferece a sua futura presa. E assim, esperando a indesejável ação macabra desse visitante, que precisa ser evitado por obra de lucidez e bom raciocínio.

Nós os angolanos não queremos ser guiados por magia, pela sorte dos bruxos, não estamos a espera para sermos devorados por um crocodilo, para sermos devorados pela ignorância, a burrice , a estupidez e a corrupção generalizada. Não queremos passar pela história como um bando de fracassados e inertes. Nem a metafísica, nem o silêncio, a inércia ou a falta de iniciativa poderão definir a trajetória de nossa história. Por isso, é tarefa de todos: do Dino, do Kabazuca, do PGarcia, do Nelo, do Cangue e de todos os outros que existem por aí, que se dizem ser Angolanos e amar essa pátria opor-se contra os escândalos da corrupção. É missão irrenunciável; e que é feito com medidas para todos nós. E a questão é simples: não queremos ser governados por ineptos, por corruptos que se aproveitem de uma ditadura legitimada pelo povo.

Somos esses tipo de homens, críticos e cidadãos que exigimos o controle absoluto do estado pela sociedade civil. Que o mesmo preste contas e aprenda a responsabilizar-se pelos seus atos, e a responsabilizar aqueles que derem causas ou promoverem falhas no seu bom funcionamento; que o Estado não seja surdo, cego e fingido; e se for, que se trate em todos os sentidos. Que o Estado, no seu funcionamento, não exista em função do que é privado e individual. Somos a favor da isonomia absoluta do poder público. A favor de uma cultura de controle, prestação de contas e tomadas de contas. Não à cegueira, o deixa para lá.

De que podemos acumular inimigos de um lado e do outro, já soubemos. Mas temos à certeza que esse inimigo não virá dos milhões de Angolanos que a bem pouco tempo legitimaram os governantes que estão por aí. Para ser sincero, os inimigos, muito menos virão do MPLA, e desta vez, com maior probabilidade de acertarmos, eles tão pouco virão da UNITA ou da FNLA. Os inimigos agora são os corruptos, que por sinal podem estar em qualquer um dos cantos ou lugares.

É a essa gente que devemos infernizar e declarar “guerra”; é a essa gente que nenhum de nós está disposto a deixar em paz.

Minha proposta e iniciativa é que corrupto nenhum nessas terras (Angola) deve se sentir livre e à vontade. Ele tem que se sentir perseguido, atormentado, viver assustado com a possibilidade de ser denunciado, acusado e quem sabe até mesmo de um dia ser julgado e condenado, de preferência pela justiça dos homens. Ele, o corrupto, deve se sentir um zumbi, na terra de estranhos. E isso se faz com perseguição a todos eles, com controle eficiente da coisa pública, com a prestação de contas e finalmente a tomada de contas.

Para combatermos a corrupção é preciso declarar guerra generalizada a essa gente. Uma guerra sem trégua e sem pactos; uma guerra ostensiva, plana, horizontal, vertical e em todas as direções possíveis. É preciso vitimá-los! Que equivale a desmascará-los. Mas para isso precisamos que essa missão –Missão Irrenunciável- tenha a participação de todos. E é aqui onde os trios e as duplas mencionadas acima podem ser vistos como uma gota no oceano. É aqui onde a cidadania conta como instrumento de luta. Nossa luta ou guerra mencionada neste texto, que fique bem claro, é o exercício dessa cidadania que tem como objetivo o combate a corrupção.

Nossa luta é o combate à falsidade, à mentira, à bajulação que se transformou em doença social e eleva gente ineficiente ao poder; ao descaramento e à sem-vergonhice e ao desrespeito à nação.

Continuamos no próximo texto!

Missão irrenunciável I – Nelo de Carvalho
Fonte: WWW.a-patria.net

terça-feira, 28 de outubro de 2008

As bandeiras caídas do exército de Nelo de Carvalho


Assinado por
Feliciano J.R. Cangüe

Vamos para mais uma “prosa”. Sem pressa, porque descobri o motivo que levou Nelo e seus “servidores” a caíram no vale do esquecimento. Por que eles viraram a "casaca"? Foram vítimas de intrigas, ciúmes? Quem seria o responsável maior? Irão se vingar? Você aceitaria escalar os Nelos em sua equipe? Por que Valentim anda zangado com o MPLA? Chingungi está calado porque descobriu que Satanás também está em Luanda? Por que essa turma, “estudada”, que já teve vivência em outros países, demorou em enxergar o óbvio? Será que caíram no golpe do bilhete premiado ou no conto do vigário?

Portanto, hoje vamos colocar o Nelo de Carvalho e seus pares na balança e veremos quanto pesam e qual é o valor deles. Como vemos, não é possível fazer isso num artigo padrão, com introdução, desenvolvimento e conclusão; aquilo que muitos chamam de cabeça, tronco e pés. Hoje vou me colocar no lugar de um observador e analisar friamente o comportamento dúbio dessa rapaziada.

Todas as pessoas que acompanham o portal de notícias democrático “Club-k” presenciaram verdadeiras batalhas campais entre intelectuais que pregavam mudanças do sistema político vigente em Angola contra aqueles que acastelavam a continuidade. Essas batalhas tiveram seu auge às vésperas das eleições legislativas. Entre os defensores da continuidade destacam-se: Nelo de Carvalho, João Melo, José Ribeiro, Dino Cassule e o explosivo Kabazuka. Vimos a barulheira que fizeram. A cada membro da UNITA que desertava para o MPLA, eles comemoravam como se fosse um “gol” de vitória feito aos 45 minutos de jogo. Muita gente começou a se gabar de que nenhum membro do MPLA fez o caminho inverso. Só a partir desse momento que se teve a real importância desses dissidentes, que o MPLA fingia não ter. Foi tanta gente que entrou no MPLA que se temia que o este se diluísse e se transformasse numa quase UNITA.

Vou dividir essas batalhas em dois momentos. No primeiro, Nelo de Carvalho e João Melo, para além de criticarem a oposição, em alguns momentos criticavam também o próprio sistema, principalmente a corrupção e as extravagâncias da burguesia. Até ai, tudo bem. Porém, a partir do momento em que o presidente do MPLA afirmou que afastaria os corruptos e, também, alguns (intelectuais) “infiltrados” no partido, o que vimos foi esse quinteto “bater” pra valer, com unhas e dentes, na oposição. Aliás na UNITA, essencialmente. Passaram também a exaltar, exacerbadamente, os feitos do partido no poder.

Um pouco antes das eleições, saiu a tão esperada lista (fechada) dos candidatos do MPLA a deputados. Imediatamente comecei a dar aquele golpe de vista para ver se encontrava algum nome terminado em “Carvalho”. Apareceu um “Carvalho”. Deu um susto, um frio na barriga. Será que é o Nelo? Dei uma recuada, era Adélia de Carvalho. Essa bateu na trave. Prosseguindo. Apareceu mais outro Carvalho. Recuando... é Maria Fernando de Carvalho. Estava difícil. Opa! Apareceu outro Carvalho. Para esquerda... é o Adriano Mendes de Carvalho. Será que é filho do mais velho Mendes de Carvalho, figura histórica do MPLA? Isso foi assim até o último nome. Se, por ventura, se ele chamasse Nelo dos “Santos”, talvez aumentasse suas chances. Dessa vez não deu. Imaginei que algo melhor estivesse lhe aguardando. Mesmo assim, comecei a me indagar: qual é o familiar mais famoso do Nelo de Carvalho no MPLA? Será que ele é um simples coitado como nós os outros?

Cinco de setembro chegou. As eleições ocorreram e o MPLA, como vimos, obteve uma maioria (82%) ensurdecedora. O novo governo começou a ser montado. Os governadores, ministros, vice-ministros foram nomeados. Imaginar Nelo governador ai também seria demais.

Até onde sei, pelo menos, dos cinco, apenas dois que se deram bem. Melo garantiu seu emprego nos próximos 4 anos como deputado e como sobremesa ganhou o prêmio Maboque de jornalismo (contestado por alguns) e Ribeiro continuou Diretor do Jornal de Angola. Só o fato de não ter sido demitido, principalmente depois daquele abaixo-assinado feito pelos angolanos da diáspora solicitando a sua saída imediata, já pode ser comemorado. Isso é que chamaríamos de “nascer de novo”. Já os três (Nelo, Kabazuka e Dino Cassule) só viram os pássaros a voar. Ficaram a chupar os dedos até hoje. Precisei pesquisar muito para entender por que Nelo foi deixado de fora.

Devemos separar as coisas: não creio que Nelo tenha defendido o MPLA para conseguir uma indicação, quem sabe, como Deputado ou outro cargo. Para uma pessoa de seu nível, que faz o Doutorado, e pelo estilo que todos conhecemos convenço-me de que ele fez o exercício de militância, de contribuir para o debate, o de mostrar os setores que precisam avançar mais, assim como todos nós o fizemos.

Entretanto, devemos reconhecer o tamanho do estrago que fez a artilharia pesada de Nelo (digo Nelo porque ele não se escondeu no anonimato. Todos vimos as fotos dele, ficamos sabendo o que faz, o que fez etc.). Se somarmos todos os esforços dos cinco, talvez ele tenha contribuído com 82% das baixas das hostes adversárias.

Por isso, acho que o MPLA poderia reconhecer esse esforço isolado, principalmente quando vemos o currículo de pessoas que foram conduzidas ou reconduzidas a certos cargos ou como deputados.

Aliás, tem gente que não faz nada, nem pelo menos puxar-saco e foi premiada nessa lista. É verdade que alguns estão lá para fazer a alegria dos compadres. Entendo que o MPLA deveria ter o compromisso moral de acolhê-lo, nem que fosse para colocá-lo na posição 200 dos deputados, que naquele momento teria chances remotas de ser eleito. Pelo menos isso o colocaria num patamar diferenciado. Se sentiria que ele é alguém que tem lugar na sombra do MPLA. O respeito e o tratamento que ele receberia no nosso meio seria outro. Ele foi um pequeno obreiro, porque sozinho agüentou o mundo todo. As grandes vitórias se fazem de pequenas batalhas, como as que ele travou aqui. Devem existir por aí outros Nelos também. A propósito, qual é o critério utilizado na escolha de pessoas?

Vale aqui salientar que a militância de Nelo é diferente do oportunismo de Tito Chingunji, Valentim e Fátima Roque, os ex-militantes da UNITA que resolveram abraçar as cores do MPLA depois que a vitória já estava desenhada, talvez por questões econômicas ou “status” social, quem sabe na expectativa de ser um ministro ou governador, ou outros motivos.

Vou resumir a prosa, para que assim passemos a analisar os motivos do divisor de águas, devido à arrogância, o ensurdecimento dos vencedores, com o foguetório da vitória. Aliás, ficaram “mudos, cegos e surdos”, como diria o nosso PGarcia.

O trio Nelo, Kabazuka, e Dino agora baixaram a guarda. Entrincheirados no “a pátria” (www.a-patria.net), a “bandear para esse lado da barricada”, como disse um comentarista, para refletir sobre tudo que aquilo os articulistas da mudança procuraram mostrar durante muitos meses. Agora eles perceberam que o sol nasce para todos, mas sombra do MPLA, infelizmente só para os mesmos. Para refrescarmos as nossas memórias rememoremos algumas falas deles que, com certeza, marcaram a virada de 180 graus.

Em seu artigo intitulado “Um Ministro ladrão ou um ladrão Ministro” Nelo começa parabenizando o combatido Jornal privado “angolense”, que, provavelmente, seja o maior e melhor jornal do país. Em seguida, defende que se acabe com a velha e arcaica mania de que tudo é “segredo de estado”, como se o povo não fizesse parte desse estado. Depois questiona como o governo irá combater a corrupção se não há nenhuma estratégia das pessoas que ocupam o aparelho do estado, que lá estão com objetivo de alcançarem lucros que tanto ambicionam em suas vidas? Mostrou-se também preocupado com o cinismo de um estado incapaz de prestar contas e pela sua (magnífica) capacidade de virar as costas para a sociedade. Finalmente, condenou a atitude do agora ex-Ministro José Pedro de Morais, cujo nome algumas vezes foi associado com o maior esquema de corrupção do Brasil, conhecido como “esquema do mensalão”, por ter “subornado ou comprado o jurado” para ganhar o prêmio de melhor Ministro de Economia (ou Finanças) de África.

Não se sabe o real motivo para essa compra. Esse ministro calculou mal isso. Ser melhor ministro isso é desafiar o presidente em exercício do país. Isso é mostrar que há outras pessoas capazes. Isso pode levar as pessoas a estabelecerem comparações.

Kabazuaka publicou o seu artigo “Estado angolano propício a corrupção”. Ele prega a “ruptura total, completa, pública e assumida de certos comportamentos, certas práticas, no relacionamento entre os angolanos sob pena, de estarmos a tentar construir um ´castelo de naipes´”. Ele acredita que a justiça corrupta não pode combater a corrupção (patrocínio, subornos, extorsões, influências, fraudes, malversação e o nepotismo). Ele aponta a educação como um caminho seguro de mudanças, que deve moldar uma nova atitude. Aqui surge uma pergunta: O MPLA apostaria mais em construir escolas ou casas populares? Notem que num dos artigos que fiz solicitando investimentos maciços em educação, Kabazuka comentou que “não adiantava escolas se as pessoas não tinham onde morar”. Hoje sabe-se que o MPLA prometeu construir 1 milhão de casas. Isso equivale à construção de 684 residências ao dia. Por ventura alguém sabe informar quantas escolas o MPLA construirá nos próximos 4 anos?

Num outro artigo “Condenado a morte, por corrupto” Kabazuka assume a missão de insistir em denunciar aqueles que andam a roubar o dinheiro do povo até que um deles seja julgado. Kabazuka apresenta a história de Liu Zhihua que, de um simples comuna chegou a ser supervisor de obras no valor de 40 mil milhões de dólares, na China. Fazendo tráfego de influencias “maracutaias ou trambiques” recebeu algumas “gasosas” ou “luvas”. Por isso foi condenado à prisão perpétua (à morte).

Assim, Kabazuka, conclui que a corrupção, que é reconhecida pelo presidente em exercício de Angola, não se resolverá através de discursos, mas alguém “tem que ser sacrificado”. Como arremate final escreve: “Não podemos aceitar, tolerar nem consentir, que funcionários públicos, servidores públicos, que têm um salário definido, apareçam com fortunas, se exibem publicamente, humilhem por um comportamento indecoroso, muito boa gente que deu e dá “o litro” com honestidade, humildade, honradez, virtude e missão...”.

Dino Cassulo, não deixou por menos. Em seu artigo “velha política do troca-troca, sai daqui vai para ali” (22/10/2008), começou evocando Agostinho Neto, o pai do MPLA: “fazer a revolução é informar com a verdade”. Em seguida questiona o fato de Angola ter investido rios de dinheiros com formação de quadros em diversos países como Cuba, Portugal, Brasil, ex-União Soviética, se na hora de nomeações só ocorre apenas danças de cadeiras (colocação de amigos e parentes, muitos deles já caducados, ultrapassados, já exprimidos até a exaustão)? “sai daqui vai ali”, aquilo que PGarcia chamou de “mesmos jogadores em posições diferentes” ou como diria o caro Pedro Veloso “Muxima Wami” “trocar seis por meia dúzia”.

Isso, segundo Dino, leva a uma acomodação geral porque “ao não cumprirem (os programas) serão exonerados e logo a seguir nomeados para outros lugares ainda melhor que o anterior”. Não fazer nada e ainda ser promovido, até eu não faria nada elevado a dez. Ele fez uma pergunta interessante: “será que o MPLA se transformou num clube de amigos que só eles é que têm o direito de estarem no poder? Isso deve ser uma pergunta ao Ministro das Forças Armadas que, recentemente, afirmou que o MPLA era uma sombra onde cabiam todos (os amigos).

Dino não consegue encontrar explicação ao fato do Senhor Mulongo, que foi “enxovalhado pelo abuso das funções que lhe foram confiadas no governo, foi exilado ao Japão (para ser embaixador)” e agora foi nomeado Governador do Huambo. Dino afirma que em Angola se faz o uso distorcido de exoneração e demissão, que não passa de “enganar as populações, agradar o compadrio, ou até mesmo os antigos camaradas”. Só para mostrar que esse modelo está exaurido, cita o recente fato ocorrido em Luanda. Durante o período eleitoral a capital estava iluminada, com água, a cidade estava limpa e, passando um mês depois, tudo voltou à estaca zero. Por outro lado não consegue entender a corrida para os cargos governamentais. Ele cita o fato de todos os empresários de sucesso serem ou já foram governantes ou os seus sócios. Ou seja, nada, nada mudou. É a isso que o MPLA chamou de mudar com segurança?

Num outro artigo “O governo já nasceu desgastado” (16/10/2008), Dino parece ter descoberto a “jogada que política precisa aprender”. Depois afirma que o MPLA não ganhou a eleições devido ao programa que apresentou, mas recebeu uma ajudinha dos meios de difusão (Jornal, rádio e TV). Dino adverte que o que aconteceu com a oposição deverá ocorrer também com o MPLA nas próximas eleições (se continuarem nessa mesmice).

Em função de tudo que foi exposto, alguns questionamentos passaram pela minha cabeça: Nelo e seus companheiros abandonaram o MPLA? É hora da UNITA fazer seu congresso e convidar Nelo para lá estar, trajado com as cores da bandeira da UNITA e sentar na tribuna de honra? Ninguém se engane. Nelo é mesmo do MPLA. Então, Freud explicaria essa aparente mudança de posição?

Descobri como foi arquitetada a queda dele. E caiu “de maduro”. Agora acompanhe todos os passos.

Nelo Carvalho foi uma estrela que estava em ascensão. Chegou a ganhar admiração, respeito e prestígio no meio ligado ao poder. Alguns de seus artigos foram publicados, até mesmo, no “Jornal de Angola”. Houve, inclusive, um pré-contrato para que ele fosse colunista desse Jornal e, naturalmente, receberia um cachê por isso. Ele dividiria assim o espaço como José Ribeiro e João Melo.

No entanto, quando houve a derrocada do prédio da DNiC, lembram, aquele prédio de sete andares, em 29 de março, que ceifou a vida algumas dezenas de almas viventes, Nelo teria criticado a negligência e irresponsabilidade de autoridades. Isso é a visão de engenheiro. Com essa crítica, Nelo colocou um pé na cova e outra na casca de banana.. O MPLA ainda não sabe conviver com pessoas que o criticam.

Para evitar problemas, o contrato foi jogado ao lixo, ou seja, na cova e, juntamente, foi enterrada toda possibilidade de aproveitamento de seu talento. A queda da DNIC determinou também a queda dele. José Ribeiro ou seus comandados, quem sabe, aproveitou a oportunidade para tirar da reta o seu principal concorrente, que, naturalmente, possui muito mais “ginga” política, mais difícil de ser domado, e tem mais bala no calibre, ou então para não se complicar com seus superiores.

É fácil perceber que aquele que pode mais chora menos. Quando analiso os escritos de Nelo, João Melo e José Ribeiro é fácil intuir que os dois primeiros são seguem, apesar dos pesares, modelos previamente estabelecidos. Eles têm mais liberdade; mais autonomia em desenvolver seus pensamentos e em determinados momentos fazem incursões de assuntos que são “segredo de estado”. A única explicação que encontrei para explicar esse comportamento se deve ao fato de Nelo ser um Doutorando, que a natureza do ofício o obriga a questionar e não aceitar passivamente imposições e João Melo Jornalista, formado em Comunicação e Marketing, professor universitário. É outro nível.

Alguém pode perguntar: a formação superior faz diferença? Depende. Para a forma de pensar e agir de Lula, não. No entanto, há atividades que realmente faz diferença. Eu não aceitaria, por exemplo, ser operado por uma auxiliar de enfermagem. Hoje, para se dirigir um órgão tão importante como o Jornal de Angola, é fundamental sim.

Para tirar minhas dúvidas, certo dia, escrevi ao Jornal de Angola para solicitar a formação de José Ribeiro, seu Diretor. Não me retornaram a informação. Não ficando satisfeito, dias depois telefonei para lá. A pessoa que me atendeu disse-me que não tinha conhecimento de que seu chefe possuía curso superior. Apenas adiantou-me que ele ocupou cargo de assessor (adido) de imprensa na embaixada de Angola na Suíça de lá para Diretor do Jornal.Quem cala consente.

A se confirmar essas informações, Dino começa a ter razão. Com tantos rios que Angola gastou, será que Angola não possui nenhum jornalista com formação superior? Ser Diretor de um jornal de importância do Jornal de Angola exige equilíbrio, bom senso, e não radicalismo nem conservadorismo exacerbado.

Quando leio os artigos de José Ribeiro, facilmente identifico aquilo que outro dia chamei de “bode”. Exaltação à figura do presidente, como se estivesse querendo sinalizar: “Presidente, estou aqui. Quando precisar do algum ministro das comunicações, pode contar comigo”.

O jornal não existe para louvar o governante. Serve para apontar, alertar, informar os problemas sociais e não para bajular ou fazer fisiologismo. No seu recente artigo intitulado “Aí estão as soluções”, só para dar exemplo, ele, novamente, enaltece a figura do chefe. Seria tão bom se o mérito fosse, pelo menos, ao partido e não à uma pessoa. Não me assustaria muito se, brevemente, vier a ganhar o prêmio de jornalismo “maboque”.

Com todas as rasteiras que passaram no Nelo, ainda acredito que Nelo será grande líder do MPLA, mas não este que está aí. Muito provavelmente venha a ser chefe de muitas pessoas que andam por aí se derretendo com atual situação... O mundo dá voltas.

Agora vamos concluir a nossa prosa.

As pessoas que dirigem o MPLA devem saber que não é possível construirmos uma sociedade verdadeiramente democrática se as pessoas que se intitulam “intelectuais” só elogiarem, cegamente, o governo. É fundamental haver coragem para elogiar e também para criticar, quando necessário.

Nelo e seus pares questionam o MPLA, muito provavelmente pelos seguintes motivos, 1) dirigentes do MPLA impõem modelos que não se coadunam mais com a realidade atual; modelos esses, de forma geral, ditatoriais e o mundo atual cobra por modelos mais democráticos e justos que privilegiem a criatividade, a intelectualidade, o profissionalismo, o diálogo, a alternância, com liberdade de escolher algo diferente;

2) as estruturas existentes não permitem mobilidade, nem renovação, haja vista que os comunas que assumiram o poder em 1975 ainda continuam nos mesmos lugares; a continuar assim, haverá gerações que serão sacrificadas, quebrando, dessa forma, o círculo natural das coisas; é imperativo que as mesmas oportunidades que lhes foram passadas, quando foram jovens, agora seja exercitada, sem egoísmo, com as atuais gerações, sem temor de falência ou quebra do “segredo do estado”. Se com 6 anos de Universidade, o indivíduo torna-se médico, independente da idade e exerce livremente a profissão; com 5 anos engenheiro; será que a política é algo que Nelo Carvalho não consegue aprender em poucos anos, se pessoas com baixa escolaridade, no passado, conseguiram? Será que se Nelo de Carvalho dedicasse seus artigos ao MPLA, digamos assim, ele saberia fazer política com isso? Seria deputado? Chego até a imaginar Nelo dando entrevistas para o Jornal de Angola:
- O que é ser deputado?
- veja bem, nunca pensei ser deputado, mas como isso é um jogo de equipe, tiro de letra (Deve dar uma dor, no fundo).

3) o sistema está viciado e corrompido. A luxúria está à prova de qualquer crise econômica e não se vê a luz no fim do túnel.

4) muitas intrigas, “cruz credo”! Os intelectuais têm muitas dificuldades de se enfiar nessas marolas. Preferem assistir ao jogo de camarotes, ou então fazer outras coisas.

Nelo de Carvalho será sempre aquilo que poder ser ou se preparou para ser. As pessoas não devem ser colocadas na balança sempre que questionam alguma coisa porque cada um se constitui de forma, potenciais e limitações diferentes. Cada um é cada um e vice-versa. Se questionar é errar, isso é sinal de que quem errou inúmeras vezes teve inúmeras atitudes diferentes.

Já passou da hora do MPLA ser um “pai” que gosta de punir seu filho por questionar. Os filhos não precisarão eternamente do acompanhamento de um pai. O pai não deve super-proteger seus filhos. A super-proteção é uma marca forte de injustiça. O MPLA precisa refletir sobre os valores do partido, ver se são verdadeiramente angolanos ou não.

Os irmãos também não devem punir a seus irmãos. Na bíblia há um caso do “José”, menino dos sonhos, que questionava. Isso gerava raiva nos seus irmãos. Até que certo dia o venderam. Não demorou muito para que José se transformasse em um salvador da família toda, no Egito.

Devemos lembrar que os países que experimentaram grande crescimento nos últimos são aqueles estimulam as pessoas a falar do que sabem. Governos que aprenderam a ouvir. Governos que não usam óculos escuros, nem algodão nos ouvidos. Tudo porque a burguesia desses países, depois que se feriu em batalhas, descobriu que não possuía sangue azul. Para que o MPLA mude o país, primeiro precisa mudar a si mesmo. Para mudar a si mesmo é preciso perguntar aos outros o que deve ser mudado, como dizem os psicólogos.

O amor que Nelo tem pelo MPLA, penso eu, é o da mãe que ama seu filho que está no presídio. Embora saiba que é culpado pelo crime cometido não cansa de visitá-lo. E não esconde, publicamente o crime que cometeu. Não o faz pelo ódio, mas na esperança de ajudá-lo e ajudar a outras pessoas. O amor de Nelo tem pelo MPLA subsiste a qualquer intempérie da vida. Uma coisa que noto nele é que ele e sua turma são diferentes da multidão; da multidão que segue a moda. Mas alguém pode perguntar: como um indivíduo que ontem elogiava, não estava seguindo a multidão? Só que lê hoje critica. Diz o velho pensamento: “triste não é aquele que muda de idéias, mas aquele não tem idéias para mudar”.

Hoje já me convenço de que Nelo não é pessoa que concorda com a unanimidade. Como já dizia Nelson Rodrigues: “toda unanimidade é burra”. Quando uma decisão é tomada por unanimidade, dizia outro, é porque alguns pararam de pensar.

Pessoalmente, discordo de alguns pensamentos de Nelo. Poderia festejar este momento em que as bandeiras do exercito dele estão caídas. Estão tão caídas que nem mesmo o “viagra” não resolve mais coisa alguma. Mas digo de público que o “amo de montão” porque é quadro angolano de excelência que temos, que precisa ser valorizado. É pena que o MPLA não enxergue assim. Ele é um lutador, a seu estilo. É uma das poucas pessoas que conheço que, ao invés de correr por aí, depois da graduação, e tentar “arrumar o seu”, apostou nos estudos. Não é fácil. Respeito muito as pessoas que sofrem, conforme diz um ditado popular, porque elas sabem que podem sobreviver.

Há poucos dias soube de que Nelo sobrevive com recursos próprios e não com bolsa de estudos do MPLA, como muitos pensávamos. Ele sabe o que é não ter dinheiro para pagar a conta de luz. Como ser humano tem defeitos e virtude, naturalmente. Uma de suas virtudes é que se tiver que chamar o pau de pau, o faz. Muitas vezes machuca. Quem não se lembra das “kwacharadas” que ficava distribuindo a torto e a direito? Pelo menos não é papagaio, isso o diferencia de muita gente. Tenho certeza de que, se for convidado para assistir ao congresso da FNLA ou UNITA, o fará sem problemas, só não sei se irá uniformizado.

Faço votos de que não deve demore muito para que as bandeiras de Nelo voltem a tremular. Enquanto isso não acontece, enquanto o mundo dele está na maré baixa, que se ajunte a nós, o povo. Seja bem vindo no lado real. No lado de pessoas que têm amor pelos seus semelhantes. Do lado de pessoas que entendem que tudo nesta vida é transitório. “não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe”. No lado de pessoas que apesar de tudo, ainda riem, ainda mantêm suas bandeiras de esperanças tremularem acima do firmamento.


Publicado no portal Club-k
Publicado no portal "Club-k.net" 28 de October de 2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Vote no blog angolano que concorre no "The best of blogs "BOBs" 2008



O blog angolanista "Pululu" dirigido pelo cientista político, o "mestre" Eugénio Costa Almeida, que em 2007 foi considerado pelo Jornal Gazeta do Povo (16/9/2007) do Brasil como aquele que está entre os "50 melhores blogs para entender o mundo" por falar da vida política e cultural do país sob a perspectiva local, precisa de sua ajuda.

Pululu está entre os 176 blogs finalistas do concurso organizado pela The Deutsche Welle, que inicialmente contou com 8.500 blogs inscritos.

A votação do juri internacional e do público decorrerá até o dia 26 de novembro (2008).

Pululu concorre na categoria "Repórteres sem fronteiras". Entre as 16 categorias, essa é sem dúvida a categoria da "morte" porque reúne grandes blogs como o cubano
Generacíon Y, de Yoani Sánchez, onde os comentários dos leitores, para cada postagem, chegam a 2.600.

O blog a
Casa de Luanda concorre na categoria "melhor Weblog".

Na seqüência, o leitor pode também votar no blog moçambicano
Diário de um Sociológo, dirigido pelo professor Carlos Serra, na categoria "O melhor em Português" e, novamente o blog Casa de Luanda. Desejo a esses blogs um "bom combate".

>>Vote agora

Despesas de homens públicos na internet

A oposição do governador do Estado brasileiro do Paraná questionou os resultados àquele Estado de suas viagens ao exterior. Desde 2003, quando Roberto Requião foi eleito, ele teve 28 compromissos no exterior.

A oposição pede informações sobre as viagens por serem muito dispendiosas.

Toda discussão surge pelo fato do Estado desembolsar 400 dólares, por dia, para o pagamento de hospedagem, alimentação e táxi do governador. Cada secretário tem o direito a 351 dólares por dia. Atualmente o governador está viajando a Dubai e Japão acompanhado de sua esposa, dois secretários e um deputado.

Na última viagem que o governador Requião realizou à Europa, por exemplo, o Estado do Paraná, um dos mais desenvolvidos do Brasil, desembolsou US 2.860 (dois mil e oitocentos dólares) como ajuda de custo ao governador e outro participante de viagem.

O secretário estadual da indústria e Comércio, no entanto, defende a realização de viagens internacionais por entender que as mesmas estabelecem laços de boa vizinhança, rodadas de negócios, solenidades políticas e parcerias.

Devido a essas e outras discussões e evitar que governante faça fora, por exemplo, festa de formatura de seu filho com cartão corporativo como se fizesse parte de suas despesas da viagem, o Estado do Paraná decidiu disponibilizar na internet todos os custos de passagens, hospedagens e alimentação feitas por qualquer servidor público. Os Relatórios estão no site da Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap)
http://www.seap.pr.gov.br (No canto superior direito da página fica o ícone “central de viagens – Dados” (Acesso: 26 outubro de 2008).

É muita pena que essa é uma onda que não pega com facilidade...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Comentarista idiota de blogs


Você é leitor que gosta comentar a todas as notícias que lê em blogs? Os assina ou prefere comentar como anônimo? Por ventura usa o espaço para comentários apenas como objeto de troca de informações, como forma de estabelecer uma interação social?

Há pessoas que estão de plantão para analisar a tudo que é comentado. Em seu trabalho intitulado
O idiota comentarista de blog a nível de sociologia , enquanto tipo, pro mode nós entender Marconi leal destacou as seguintes conclusões:

"1. O anonimato dos comentários. O idiota comentarista de blog invariavelmente esconde a identidade sob um pseudônimo, fazendo da covardia uma característica pronunciada e indicativa de criação por progenitora (FREUD, 1911), i.e. “avó”. Se assina suas ofensas, o faz com o prenome apenas, tendo o cuidado de inserir um endereço de e-mail inválido.

2. O ataque virulento a idéias que não estão expostas no texto.

3. A denúncia de erros gramaticais inexistentes, através de erros gramaticais existentes. O idiota comentarista de blog se apega, em geral, às regras facultativas do idioma para denunciar supostas incorreções gramaticais. O que não o impede de fazê-lo em ortografia sofrível e, na maioria das vezes, ignorando as normas de concordância (HOUAISS, 2007; BECHARA, 2006).

4. A ignorância da figura de linguagem conhecida como “ironia”. Tal procedimento foi observado mesmo quando a ironia se expressa no estilo mais patente (WILDE, 1887) [...]".

No meio das dicussões o blog "Hukalilile-Angola" também foi citado. A nossa amiga comentarista não se conforma com os plágios e comentou:

"Marconi, estou na dúvida se comento ou não este texto. E vou prestar atenção nos outros comentaristas para tirar outras dúvidas (rs*). Obrigada pelo apoio. Nestas horas a solidariedade é a única coisa que nos anima, porque parece que a única pessoa que sente os malefícios da cópia indevida, são os copiados. Os gestores do site BrasilWiki são ridículos. Olhei rapidamente o perfil do reporter “Cézar” (http://www.brasilwiki.com.br/noticiasuser.php?id_usuario=690) pude constatar que os 4 primeiros textos relacionados (não averiguei o resto), todos são plágios; 3 do Mídia Independente e 1 do blogue Hukalilile, de Angola. E até agora nem pedido de desculpas! Beijus" (http://luzdeluma.blogspot.com/)


"Marconi, hoje foi uma ‘moça’ no luz, deixou um comentário e achei que fosse pegadinha sua; porque disse que poderiam aparecer pessoas me xingando. A moça disse coisas que me deixaram de cabelo em pé, uma raiva gratuita, realmente não sei porque. Disse coisas do tipo, que eu deveria parar de humilhar as pessoas, se referindo ao tal reporter ‘César’, também disse palavrões, que eu deveria ser uma mulher mal amada e tals, olha só! O comentário era tão baixo nível que tive que deletar, mas antes acessei o link que ela deixou. Tive que rir, viu? Cada um que aparece!! http://tinyurl.com/45uvf4

O link de citação da fonte de pesquisa foi adicionado à página do repórter wiki. Fiz um update na postagem de hoje e acrescentei os links para os textos que também foram plagiados pelo tal repórter.

Por um momento achei que essa moça pudesse ser o tal repórter travestido, porque não? Bom fim de semana!! Beijus"


A Luma, assim como muitos leitores, já me alertou sobre essa situação, anteriormente, a quem agradeço.

Para todos efeitos, "sempre é melhor comentar, mesmo que o comentário seja considerado idiota. Pois, mais idiota que um comentário idiota, é a incapacidade de não saber comentar".

Referência: Marconi leal

Deputados mudos, cegos e surdos


Assinado por P.Garcia

Será que a lista familiar do MPLA “M” foi feita por intermédio de um sorteio generalizado aonde todos os angolanos tinham o seus nomes depositados? Alguém disse que não! Seleccionaram os mudos, cegos e surdos em: política, economia e em ciências Sociais.

Como se tem dito abundosamente necessitamos mudanças na coisa política angolana. Como resultado, o patrono do MPLA Eng. José Eduardo dos Santos não perdeu tempo e anunciou prontamente esta bendita mudança: mudos, cegos e surdos em (!!!) para justificar que existem mudanças cheias de boas intenções.

Parlamentaristas reflectem o intelecto de uma país

Um paradigma para a história de Angola: Deputados sem experiência em Política, sem experiências ou conhecimentos em matérias burocráticas e ser membro activo ou não do MPLA foram os requisitos usados para a magna escolha da lista do “M” pelo veterano seleccionador de 33 anos de experiência neste ramo.

Os imiscuídos (corruptos, caducos, incompetentes, antiéticos…) não farão parte na próxima batalha eleitoral que será muito “dura”, alertou recentemente o veterano seleccionador do MPLA, JES. Os 33 anos de experiência na liderança do partido o aufere crescidos poderes e direitos para determinar na inclusão da lista sangue juvenil como a sua filha Tchze dos Santos, sua esposa e excluir categoricamente aqueles que tentem contrariar as suas artimanhas filosóficas.

O nível dos deputados reflecte o estado sadio de uma nação. Por outras palavras, o sistema funcional de um país é regulado directamente pelos seus membros do parlamento. Neste contexto, é imperioso ter neste grupo “pensologos” que ostentam um intelecto superior ao pólo mais alto da população em geral. A inclusão de membros deficientes (mudos, cegos e surtos) em ciências organizativas causará desastrosos estragos, na economia, políticas contemporâneas e nas estruturas sociais.

Em termos económicos, será uma aberração insuperável para os cofres do estado que pagará salários ($ cerca de 4 mil mês) e outros benefícios (?) a deputados que em nada contribuirão para o engradecimento país. Nem adianta falar em outras dinâmicas componentes em economia (políticas de inflação, cambio, desemprego, fiscalização … Nestes aspectos técnicos os votos serão todos por acaso ou por coerção de interesses. Em termos políticos outro desastre. Nos dias hoje politica considera-se uma das ciências mais dinâmicas no mundo. Os cérebros de uma nação são os políticos. Estes são chamados a ter conhecimentos em vários domínios, tais como economia, e outras ciências que estudam o comportamento humano. Um político tem que ser um “pensologo” actualizado. No campo social, estaríamos a falar daqueles assuntos que revestem-se no campo quotidiano. Habitação, educação, delinquência (…). Em breve mateiras relacionadas a integração social dos cidadãos de um país.

Sem conotação negativa, gostaria de precisar que em muitas sociedades puramente democráticas todos os membros parlamentares de cada partido tem que ser votados pelos seus apoiantes nas jurisdições que pretendam representar. Segundo, em outros países, os parlamentaristas concorrem para uma área específica na qual tenha conhecimentos especializados. Por exemplo, para a área de ciências espaciais, os candidatos tem que obrigatoriamente ter créditos científicos no ramo espacial. Neste caso eu como “analfabeto” em assuntos científicos não estaria qualificado para concorrer neste campo. Os méritos do meu papa como catedrático/professor neste campo em nada me ajudariam para que fosse qualificado. E por aí a fora…

Não basta ser uma figura pública ou um empresário de sucessos para ser um parlamentarista. Ser membro de uma bancada parlamentar num governo responsável o significa muito mais. Portanto, no belo artigo “A Jogada que a Política Precisa Aprender” de Feliciano J.R. Cangüe, descreve os elementos que compõe mudanças progressivas (para melhorar).

JES surpreendeu tudo e todos. Esperava-se uma lista com os jovens cérebros (quadros) que não são poucos no MPLA. Jovens e activistas que actuam nos bastidores do MPLA com uma dinâmica de revolucionar o país. Como se tem dito MPLA traiu uma vez mais aqueles “penslogos” que deveriam ocupar posições de destaque. Como se clama mudanças ai estam as mudanças foi a leitura em síntese feita com a lista de JES.

JES com 33 anos poder e ao mesmo tempo na liderança dos camaradas, acostumou-se a uma forma de execução administrativa, uma forma de agir que esta difícil de entender que esta na rota errada. O problema principal no MPLA não é a imiscuída administrativa e outras epidemias como o seleccionador deste clube advogou. O cancro maligno no MPLA reside primeiro na má alocação dos seus quadros, segundo pelos poderes excessivos depositados do seu presidente. Os outros imiscuídos males são derivados dos dois descritos.

A cura do cancro maligno no MPLA, só terá um solução/milongo efectiva com a amputação do reinado de José Eduardo dos Santos neste clube familiar. Quando isso acontecer, os seus membros parlamentares serão seleccionados por capacidades e estarão em altura de representar condignamente este partido histórico. É impossível limar os maus vícios de uma serpente de 33 anos.

Fonte:
Club-k.net

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Lançamento do livro "Neves e Sousa, Pintor de Angola"




Até que enfim uma boa notícia. Não vou mais falar de eleições, educação (analfabetismo), corrupção ou pobreza. Disso já andamos cansados. Vou falar de cultura.

Prezado leitor, será posto à venda, dentro de breves dias, o livro “Neves e Sousa, Pintor de Angola”, que recorda a vida do grande pintor que viveu até aos anos 70 em Angola. O livro ilustra parte da obra que dedicou, sobretudo, à riqueza etnográfica e à beleza natural de Angola, mas também a outros países lusófonos, numa expressividade estética, inspiradora e emotiva, apenas possível pela vivência e identificação sentida pelas gentes e terras africanas. Motivos pelos quais é considerado um dos mais conceituados nomes da pintura lusófona contemporânea.

No dia 25 de Outubro (2008), pelas 17h00, na Livraria-Galeria Verney, em Oeiras, irá ter lugar a cerimónia de apresentação pública do livro, que é editado pela Sextante Editora, produzido pela Progestur. Foi coordenador do trabalho, o Eng.º Miguel Anacoreta Correia.

Características:

Título: Neves e Sousa, Pintor de Angola
Textos: Albano Neves e Sousa, Barão da Cunha, Jorge Amado, Lima de Carvalho, Luisa Neves e Sousa, e Miguel Anacoreta Correia
Formato: 29,7 x 22
Tiragem: 3000 exemplares
Design: André Lopes
Fotografia: Hélder Ferreira
Produção: Progestur – Associação para a Promoção, Gestão e Desenvolvimento do Turismo Cultural em Portugal
Edição: Sextante Editora-Iniciativas Editoriais Livreiros, Lda.




A Hora da morte






Bailarino Baluba-Dundo







Mucubais na Fogueira








Mulher Mucubal







Óbito






Viata da pediva






Welwitcia Mirabilis









Mais informações: ritasalgado@progestur.net ou anacoreta.correia@hotmail.com (Não perca esta oportunidade)

Biografia de Albano Neves e Sousa

Nasceu em 15 de Janeiro de 1921em Matosinhos. Fez o curso liceal em Luanda. Por motivos alheios à sua vontade deixou a sua Angola e fixou-se em Salvador, Bahia/Brasil, onde faleceu, em 11 de Maio de 1995.

As suas primeiras exposições foram em Angola, em 1936, no Andulo, e em 1937, em Luanda, com o apoio do jornal A Província de Angola. Integrado na Missão de Estudos Etnográficos do Museu de Angola, trabalhou na recolha de elementos de etnografia e pintura, nomeadamente, em Quissama, Dondo, Moxico e Dembos.

Em 1943, obteve uma bolsa de estudos, da Câmara Municipal de Luanda. Fez o curso superior da Escola de Belas Artes do Porto, onde obteve os prémios "José Meireles Jr.", "Centenário Soares dos Reis", "Três Artes", "Rodrigo Soares", "Rotary Club do Porto 1950" e "Rotary Club do Porto 1951". Participou no Grupo dos Independentes do Porto, de cujo núcleo fez parte nos anos de 1944 a 1950; tendo organizado, com Fernando Lanhas, a 1ª exposição de arte infantil no Porto, Galeria Portugália, 1949.

Defendeu tese em 1952 e regressou a Angola, passando a viver em Luanda. Recebeu, também, mais os seguintes prémios: 1º prémio de aguarela da I Exposição de Artes Plásticas de Luanda; 2º prémio de pintura da Casa de Metrópole, em Luanda; medalha de bronze de "Caça e Pesca", Dusseldorf, Alemanha, 1954; 1º prémio, pastel, na exposição de artes plásticas da Câmara Municipal de Luanda, 1967; menção honrosa na Exposição Internacional de Desenho em Rijeka, Yugoslávia, 1970; medalha de ouro de desenho na Academia de Pontzen, Napóles, Itália, 1974. Participou em várias exposições, designadamente, em: África do Sul, Angola, Bélgica, Brasil, Espanha, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Venezuela; e realizou viagens de estudo ao Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra e Itália.
(Dançarina Mahungo: Angola)


Executou várias decorações em edifícios públicos em Angola (incluindo o Hotel Universo), São Tomé e Cabo Verde. No aeroporto internacional de Luanda, tem um trabalho em grafite com a área de 345m2. Executou também a decoração do Pavilhão de Angola na exposição de Bulawaio, Zimbawé, 1953. Em 1975 foi aos Estados Unidos decorar os interiores dos aviões "Boeing 737" dos Transportes Aéreos de Angola. Pintou, também, dois painéis para o Banco Auxiliar, no Brasil, em Salvador, 1981, e em Aracaju, em 1983. Foi agraciado pelo Governo Português com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, em 1963, e com a comenda da Ordem de Mérito, em 1993.

(Mulher Mucubal - desenho a tinta da China)


Está representado nos Museus: dos Açores; do Caramulo; da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa; Nacional Soares dos Reis, Porto; de Angola; de Ovar; da C.M. de Maputo, Moçambique; de Pontevedra, Espanha; de Arte da Universidade do Ceará, Fortaleza, Brasil; e em diversas colecções particulares, incluindo: rei Juan Carlos de Espanha; rei Semião da Bulgária; Unilever, Holanda; Nestlé, Suíça; dr. António Espírito Santo; dr. Manuel Espírito Santo; dr. Manoel Vinhas e Luís Miranda, de Portugal. Faleceu em Salvador, Bahia, Brasil, em 11 de Maio de 1995.

Veja também: Cultura Africana I

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

As obras continuam neste blog

Depois dos resultados trágicos das eleições, tudo que fiz é descansar e tentar encontrar onde está "satanás". Talvez não demore para que Dinho Chinguji descubra que ele está também em Luanda.

Durante esses dias de reflexões, estou investindo uma parte do meu tempo me dedicando
mais a este blog, entre outras coisas. O trabalho é árduo, por envolver um amador como eu.

Ainda, há outros aspectos finais que serão finalizados nos próximos dias. Enquanto isso, a navegabilidade, pelo blog, será prejudicada. Dependendendo das configurações do computador do usuário e de conexões, a navegação fica lenta, o que pode causar pequenos transtornos. Em poucos dias essa situação será resolvida, para o conforto do leitor.

Estamos a preparar o blog para mais outra maratona, que é a caminhada para as eleições presidenciais. Agradeço à compreensão dos nossos amigos.

A carta da princesa

Em setembro do ano de 1208 ocorreram eleições no reino mandinga (Mali). Era o mandatário, sua alteza, o rei Sundiata Keita. Depois de muita pressão, o Rei convocou a população para eleições gerais para a escolha de representantes ao “Jango”, uma espécie de Assembléia. Esperava-se que o partido do Rei conseguisse poucos assentos. Mas, para a surpresa de todos, o partido do rei conseguiu uma maioria esmagadora. Como forma de desabafo, a princesa faz uma carta à população, que comemorou depois do suspiro, cujo teor é apresentado a seguir:

Caros Compatriotas do reino mandinga, é com grande alegria que recebi a notícia da vitória do partido do meu pai, rei Sundiata Keita. Na verdade, antes das eleições, passamos noites difíceis porque não sabíamos qual seria o desfecho das eleições. Quero vos dar a conhecer que muitas coisas estão em jogo: o canal 2 da tipografia, empresa de comunicação, empresa de transportes públicos, Banco do Reinado, a Pedreira Prado Lopes, e a velha sociedade com a Bertoltbrecht, o recém privatizado terminal rodoviário de cargas a meu favor mas, graças a esse povo que obedece às ordens do meu pai e votou no partido dele.

Doravante, irei trabalhar em dobro. Vamos pilhar e privatizar mais as empresas públicas do reinado a favor da minha família. A empresa de transportes está na mira. Será do meu Tio como Samby Keita que neste momento já é um de seus administradores e não haverá muito que explicar o porquê.

Terá de ser assim porque não sei o que nos reserva as próximas eleições. Aqueles senhores da Telexcom e da Comtel e outras operadoras de código de Morse móvel que queriam vir cá pora instalar as suas empresas para vender a pilha de recarga a uma dúzia de cereais enganaram-se.

Enquanto o meu pai for Rei mandinga não haverá outra empresa para além das duas (Teluni, PlusTelexmo) a não ser que aceitem sociedade conosco mas, não vamos entrar com libongo; só lhe iremos dar autorização mas, teremos que ganhar por isso.

Aliás, para aumentar a produção em todos nossos investimentos, mandarei vir mais os meus cunhados senegaleses, pelo menos 200, porque os mandinguenses são preguiçosos e alguns gostam contar à imprensa privada o que tenho feito.

A estes, não darei confiança e, se nas próximas eleições o pai não for obedecido pelo povo, estaremos em condições de ir a terra do meu esposo e viver lá até a morte porque o money para viver, teremos mais que suficiente porque se cá continuarmos, os mandiguenses invejosos me irão receber tudo que consegui enquanto o meu pai for um REI temido por todos inclusive por aqueles que pensam que fundaram o partido real. Muito obrigado povo analfabeto de mandinga.

Fonte: circula pela internet

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"Global career" promoveu o Fórum de Recrutamento em São Paulo

Entre os dias 3 - 5 de Outubro do corrente ano (2008) a Global Career Company organizou o Fórum de Recrutamento "Career in Africa", no Renaissance São Paulo Hotel, em São Paulo, Brasil.

Participaram parte desse evento, para além de representantes das empresas e organizadores, cerca de 200 candidatos angolanos e alguns brasileiros, essencialmente dos Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeio, Minas Gerais e Bahia, que foram previamente selecionados. Os candidatos são estudantes, graduados ou pós-graduados em cursos como Engenharia, Informática, Administração, Direito, Marketing e outros.

O evento constou de entrevistas pré-agendadas, entrevistas espontâneas e apresentação de empresas.

As empresas que marcaram presença foram: Chevron, Escom, GE Oil&Gas, Odebrecht, Unitel, Africon, ArcelorMittal, Coca Cola SAD Miller, ITM Mining, Movicel, Petrobrás e Total.

A Global Career custeou as despesas dos candidatos de outros estados, nomeadamente com transporte, alimentação durante as atividades e alojamento em hoteis.

O evento foi cuidadosamente preparado. Os candidados ouvidos pelo blog "Hukalilile" aprovaram a organização e o poio recebido.

Em relação às entrevistas, a maioria dos candidatos entrevistados pela GE Oil & Gas queixaram-se da forma como essa empresa as dirigiu. Enquanto as outras tinham interpretes, no caso do candidato não se expressar fluentemente em inglês, a GE Oil & Gas, embora a única entrevistadora se expresse fluentemente em português, conduzia as entrevistas em inglês. O candidato era dispensado assim que ela percebesse a sua não fluência em inglês.

Segundo um candidato ouvido: "eu só fiquei lá 1 minuto. Assim que percebeu que eu não falava inglês, mandou-me sair imediatamente. Só que para me mandar sair, falou em português. Afinal de contas, estão a procurar pessoas que falam inglês ou profissionais?"

Um outro candidato ouvido afirmou que "essa empresa deveria ser mais flexível. Leva-se até 8 anos para se formar um engenheiro e, muito provavelmente, 3 meses para se aprender a falar o inglês. Deveriam olhar mais os aspectos técnicos. É muito mais fácil investir num engenheiro para fazê-lo falar inglês e o contrário não é verdadeiro".


Muitos pré-contratos e contratos foram celebrados entre muitos candidatos e algumas empresas. Entre as empresas muito elogiadas pelos candidatos destaca-se a Total E&P Angola, Chevron (que distribuiu muitos brindes), Escom, Africon e Coca-Cola Bottling Luanda.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

OPSA comenta sobre as eleições

Reflexão do OPSA sobre as eleições em Angola

Luanda - O processo eleitoral, que culminou com a votação no dia 5 de Setembro de 2008, foi um importante passo para a normalização do sistema político angolano, em especial, no que concerne à legitimação dos mandatos dos representantes à Assembleia Nacional.

Após análise da preparação das eleições, do acto eleitoral e das possíveis tendências do processo político angolano, o OPSA partilha com o público as reflexões que se seguem.

As eleições legislativas representam um enorme progresso para a construção da democracia em Angola. Contudo, o processo demonstrou, no seu todo, que a falta de referências e de práticas afectam a existência de uma cultura democrática a nível de praticamente todos os actores envolvidos. Nesse sentido são de realçar três elementos:

• A importância da criação de condições favoráveis à luta de ideias num ambiente de equidade no acesso aos órgãos de informação e de regulação por instituições independentes e autónomas;

• A necessidade das instituições públicas e se assegurarem um tratamento igual a todos os actores políticos, principalmente no que toca à liberdade de movimentos e ao cumprimento da lei;

• A necessidade de se impedir a mercantilização da política, e de se evitar que o dinheiro ou os bens materiais - em vez das ideias e da cidadania - se transformem na principal determinante do comportamento dos cidadãos e do desfecho do processo.

Da análise do período pré-eleitoral, incluindo a campanha, do acto eleitoral e do apuramento de resultados, realçou-se:

1. O registo eleitoral contou com meios sofisticados e foi no geral considerado de positivo e tendo oferecido as bases para que o processo eleitoral pudesse ser bem conduzido e abrangente. Contudo, a base tecnológica não foi integrada na fase do voto, o que não permitiu a votação com processo biométrico, nem a transmissão electrónica de dados, criando vulnerabilidades desnecessárias à integridade dos dados e ao consequente controlo do processo.

2. A criação ou existência de importantes instituições reguladoras e fiscalizadoras embora em vários casos se tenha verificado que o funcionamento de algumas destas ficou aquém do desejável. Mais concretamente, verificou-se que:

a. O Conselho Nacional para a Comunicação Social (CNCS) foi omisso face à manifesta parcialidade dos órgãos estatais da comunicação social, que frequentemente perderam de vista o seu mandato de servir o público através da oferta de informação isenta, com pluralidade de pontos de vista. Num período de campanha ou pré-campanha seria importante que os media, públicos e privados, servissem de arena para o contraditório entre esses distintos pontos de vista. Tal não aconteceu, e o CNCS, pela sua omissão, poderá ter comprometido a sua relevância e credibilidade. Estranhamente, e contra o que seria de esperar, as próprias rádios privadas deixaram de oferecer ao público, no período de campanha eleitoral, os espaços de debate a que habituou o público de Luanda. Os media públicos posicionaram-se de forma inaceitável a favor do partido no poder. A secção “Tempo de Antena” do Jornal de Angola é um exemplo, infelizmente não raro, do que se afirma, ridicularizando sistematicamente a forma de actuação de quase todos os partidos da oposição.

b. A composição da Comissão Nacional Eleitoral é pouco equilibrada em relação às diferentes sensibilidades políticas, o que, à partida, causa suspeição. Como consequência, verificou-se uma insuficiente interacção com os partidos políticos, queixando-se alguns deles de não terem obtido respostas a técnicas ou petições e reclamações diversas, incluindo por escrito. A educação cívica dos eleitores foi também insuficiente, quer por omissões, quer por mensagens dúbias relativamente ao processo de recolha de assinaturas e de manuseamento dos cartões de eleitor. Embora não estejam ainda publicamente atribuídas as responsabilidades pelos graves problemas que ocorreram no acto eleitoral em vários centros urbanos (como, por exemplo, em Luanda, Benguela, Bié e Lubango), é evidente a falta de competência ou capacidade para gerir o processo.

A inexistência de um posto como o de Director Geral das Eleições que havia as eleições de 1992, com um perfil mais técnico, poderia ter mitigado o nível de desorganização verificado. Apesar dos consideráveis recursos disponibilizados e da sua sofisticação, foi penoso o nível de desorganização, no credenciamento dos agentes eleitorais, na distribuição de material para as assembleias de voto, no apoio aos agentes eleitorais durante o acto (muitos foram apoiados pelos cidadãos com água e alimentos) e na remuneração dos mesmos. A falta de clareza em relação às remunerações e a sua não conclusão até agora revela uma incompreensível desorganização. No que respeita ao credenciamento dos observadores, as falhas verificadas permitiram que muitas opiniões pusessem em causa a boa fé da CNE e, consequentemente, a sua credibilidade.

c. A formação do Tribunal Constitucional foi um passo importante para criação do quadro institucional para a regulação do processo. Sendo conhecido que estavam criadas as condições para a criação atempada deste importante órgão, é de lamentar que a sua efectivação tenha sido tão tardia. Este facto resultou em decisões sob a pressão do tempo, atrasos em decisões que eram importantes para orientar o processo uma vez que o Tribunal Supremo não conseguiu dar as respostas necessárias. A ausência de regras claras, como no caso da subscrição, forçou este órgão a pronunciar-se sobre o assunto. Lamentavelmente, como resultado de insuficiências administrativas, muitas candidaturas foram chumbadas devido a atrasos ou irregularidades nos registos criminais e reconhecimento de assinaturas. O Tribunal Constitucional geriu o processo de registo das candidaturas dos partidos com o entendimento que as suas decisões eram essencialmente políticas, e não meramente técnicas, o que foi bastante apropriado para a situação, representando um sinal muito positivo.

d. O comportamento da Polícia Nacional foi, salvo poucas excepções, motivo de elogio de todos e seguramente que contribuiu para criar um ambiente de segurança e estabilidade que é possivelmente o mais importante aspecto positivo de todo este processo. Excepções ao desempenho globalmente positivo foram casos de presença de Polícias no interior de Assembleias de voto sem serem chamados, incluindo no ordenamento de filas, bem como ao transporte de urnas. De realçar ainda como positivo o sistema de ligação telefónica entre a Polícia e os Partidos Políticos durante a campanha eleitoral Este comportamento geralmente positivo contrastou com a posição que alguns agentes tomaram aquando da subscrição dos partidos políticos.

e. A legislação produzida e a criação tardia do Tribunal Constitucional resultaram numa calendarização que só muito tarde permitiu conhecer que partidos iriam participar nas eleições. O comportamento de alguns serviços de notariado dificultaram com preocupante frequência a tarefa dos partidos da oposição de constituírem os seus processos administrativos. Tudo isto prejudicou a pré-campanha e atrasou o acesso a recursos públicos por parte dos partidos da oposição. Essa mesma legislação não parece ter protegido suficientemente os recursos públicos do uso na campanha pelo partido maioritário. Assim, tanto o tempo de funcionários públicos, como o uso de meios de transporte e outros meios logísticos parecem ter ficado à disposição no partido do poder sem qualquer possibilidade de controlo por parte de algumas instituições competentes do Estado e da sociedade. Tal prática resultou por vezes na paralisia de estruturas administrativas do estado e até privadas (bancos) dificultando a vida da população e dos partidos competidores.

f. No geral os partidos da oposição não tiveram capacidade para quebrar a dependência dos recursos públicos e de actuar de forma eficaz num ambiente que não lhes era favorável. A fraca qualidade dos tempos de antena dos partidos da oposição mostra que a falta de acesso aos media públicos não foi o único motivo para as dificuldades de transmissão das suas mensagens ao eleitorado. Garantir um fiscal da oposição em cada mesa de voto parecia ser uma importante meta que deveria ter sido alcançada, se necessário, através de uma maior coordenação entre partidos. O recurso a meios alternativos para comunicação, como acontece em países onde o acesso aos media públicos também não é fácil, poderia ser uma solução para muitos partidos e situações. O retirar de lições e de agir em consequência, será fundamental para o futuro da qualidade do nosso processo político. É de louvar o civismo com que reconheceram a derrota eleitoral e a utilização das instituições adequadas para lidar com as múltiplas reclamações.

g. É também de louvar a sobriedade com que os vencedores festejaram a sua vitória. É aqui de realçar que a sociedade se deve habituar a ver casos a serem levados ao tribunal, como um sinal positivo. Quando há diferença de entendimento em relação a questões fundamentais como a condução de um processo ao eleitoral, são os tribunais o fórum próprio para se conseguir justiça. Nesse sentido foi negativo ouvir alguns pronunciamentos que dramatizaram o recurso ao tribunal para impugnar as eleições de Luanda, quando isso deveria merecer elogios. Reclamar junto de um tribunal é seguramente um direito e não deve ser rotulado de acção que denigre a imagem do país, e os juristas de profissão deveriam estar na linha da frente na defesa desse tipo de acções.

h. Durante o processo eleitoral e o acto de votação, a sociedade civil esteve bastante envolvida numa série de actividades de nível local mas, ao nível macro, revelou-se relativamente ausente ou pouco eficaz. O papel em actividades de educação cívica foi valioso mas limitado. Foram colocadas exigências para o credenciamento dos observadores – certificado de registo criminal – que não tomaram em consideração a morosidade na sua obtenção resultado da excessiva centralização e burocracia dos serviços.

i. A qualidade da observação eleitoral foi afectada pelo aspecto referido acima e por pronunciamentos exagerados ou precipitados e prematuros. Lamentavelmente a observação feita por organizações autónomas da sociedade angolana foi bastante limitada. Numa altura em que se põe em causa, por parte de vários actores, a presença de observadores estrangeiros, essas dificuldades a observadores nacionais põe em causa a credibilidade do processo. Aqui também a actuação dos media públicos não foi correcta, pois as declarações de observadores mais críticas não mereceram o mesmo destaque de outras. O louvor ao nosso comportamento, por parte de entidades estrangeiras, foi quase insultuoso. É como se fossemos pessoas das quais só seria de esperar violência e comportamentos pouco civilizados. Por outro lado, achar que fomos exemplos para África e para o mundo parece excessivo para o nível de organização de que demos mostra.

j. O facto de não ter sido dada informação sobre o número total de eleitores logo após o início da contagem dos votos constituiu uma irregularidade passível de interpretações que conduzem à dúvida, principalmente quando depois surgem resultados anómalos, como os da província do Kuanza Norte, em que o número de votantes é exactamente igual ao dos registados, quando se tem informação de que muitas pessoas registadas na província votaram em Luanda e deve ter havido outros casos de mobilidade, como mortes, por exemplo, ou de absentismo. O enorme número de votos nulos poderá significar um insuficiente trabalho de educação cívica por parte dos partidos e das organizações da sociedade civil. O também elevado nível de abstenção e número de votos em branco podem expressar um sentimento de frustração com os partidos e com a ausência de alternativas.

k. O apuramento poderia ter beneficiado de uma melhor fiscalização e observação na consolidação da informação proveniente das províncias. As discussões em torno do método para apurar os lugares no parlamento mostram que é necessário aperfeiçoar a legislação de forma a não deixar margens para dúvidas.

Pela análise reconheceu-se:

• Quão positivo é para Angola a organização regular de eleições para permitir a renovação de mandatos de quem exerce o poder e a consolidação da consciência da soberania popular. O processo de competição pelo poder estimula todos os actores a melhorarem o seu desempenho e a prestarem atenção aos anseios da população, trazendo um considerável potencial de progresso para o país.

• A enorme disparidade entre os meios investidos no processo eleitoral e o nível de organização, tendo ficado uma uma vez demonstrada a necessidade de se priorizar o investimento no factor humano, tanto ao nível de habilidades como ao nível da promoção de valores de integridade, imparcialidade e responsabilidade. Para além das lições a retirar da forma como decorreu o processo, parece fundamental que se apurem responsabilidades pelas falhas verificadas. Seria desejável que se estudasse objectivamente o processo de Luanda e as possíveis implicações que teve no abstencionismo.

• A necessidade de se reforçarem as instituições públicas e a sua capacidade para funcionarem de forma autónoma e protegendo os interesses de todos os cidadãos e os do Estado. Nesse sentido será crucial promover a despartidarização e continuar a descentralização do aparelho do Estado. A despartidarização afigura-se mais difícil neste mandato, dada a dimensão da vitória por parte do MPLA.

• A importância de se reforçarem as condições para a livre expressão de ideias e para o debate político em todo o território nacional, através dos media tanto públicos como privados. Nesse sentido, a monitoria dos media e a defesa da independência editorial face aos partidos e aos grandes grupos económicos nacionais e estrangeiros, bem como o desenvolvimento do espaço público revela-se uma necessidade. É de realçar que permitir aos vários actores políticos a expressão das suas ideias nos media públicos não deve limitar-se ao período de campanha, e aos tempos de antena legalmente definidos. A revisão constitucional necessitará de um ambiente aberto e pluralista e de um engajamento da sociedade para além dos alinhamentos partidários.

• O desenvolvimento da economia e, em especial, do sector privado nacional, de forma autónoma do poder político, pode permitir que o Estado deixe de ser o maior empregador. As principais empresas privadas devem também deixar de estar fortemente dependentes do poder político, o que facilitará o desenvolvimento de instituições autónomas e de relações mais democráticas.

• A importância de continuar a reforçar o Estado de direito estimulando os cidadãos e suas organizações a utilizarem as instituições judiciais para gerirem situações de conflito.
• Que o crescimento da economia deve caminhar a par do aprofundamento da democracia e do reforço dos direitos económicos e sociais dos cidadãos, sendo desejável a realização de eleições para o poder local, tão cedo quanto possível.

• Angola terá muito a ganhar se a eleição presidencial que se avizinha tomar em conta as lições que podem ser retiradas do presente pleito fazendo sendo feitas as correcções e ajustamentos necessários.

Fonte: Club-k.net


Observatório que é cego - Jornal de Angola

Luanda - O sopro vital do regime democrático é a Informação. Mas por mais que evolua a democracia é impossível pôr fim aos que à custa do sistema produzem propaganda barata, muitas vezes apresentada como “reflexões” ou um subproduto informativo que tenta confundir a opinião pública. Neste quadro de confusão, é fácil atacar o sector público da Comunicação Social, porque só quando ele é depreciado ganha alcance à visão deturpada e diminuta dos que não são capazes de ver para além do umbigo.

Está neste caso o Observatório Político e Social de Angola (OPSA) que, num documento posto ontem a circular, faz uma longa e fastidiosa “reflexão sobre as eleições em Angola”. Pondo de parte os delírios sobre o enquadramento das condições gerais em que decorreram as eleições, situamo-nos apenas no atrevimento de quem nada sabe de Comunicação Social e critica injustamente a postura dos órgãos de informação públicos durante a campanha eleitoral.

O OPSA, uma sigla sem rosto mas que vende um peixe putrefacto, defende a “monitoria dos Media”. O Hitler não só defendeu o mesmo como encarregou Herr Goebbels de tratar pessoalmente do assunto. Temos neonazis a olhar nostalgicamente para o passado? Salazar também monitorou os “Media” e encarregou disso a Comissão de Censura que em Angola decapitou o nacionalista “Jornal de Angola” ou o regionalista “O Intransigente”, de Benguela, dirigido por Gastão Vinagre. Quando os exércitos da África do Sul e do Zaíre se preparavam para invadir Angola antes da Independência, houve também quem quisesse fazer a “monitoria” dos noticiários da rádio angolana. Sem vozes livres a denunciar a invasão, era fácil invadir e tomar conta de tudo.

O OPSA, mesmo sem rosto, deixa no seu documento uma traça indelével que tresanda a uma oposição pulverizada nas mesas de voto. E nem sequer se trata de mau perder. É muito pior. São destronados a tentarem acabar de vez com a decência. Queriam “monitorar” a comunicação social durante as eleições?

Os despojos do OPSA atacam directamente o Jornal de Angola. Por tudo e por nada. Dizem que este jornal atacou quem recorreu aos Tribunais a pedir a impugnação eleitoral. É mentira. Mas estamos em total desacordo com o OPSA quando diz que os recorrentes deviam ser elogiados. O elogio da insensatez é para quem percebe da matéria. Nós, nisso, somos ignorantes.

No ataque descabelado ao sector público da Comunicação Social, o OPSA citou o comentário “Tempo de Antena” deste jornal, como algo negativo. Acontece que se tratou de um trabalho técnico e profissional sobre os tempos de antena de todos os partidos. E nada mais que isso. Os resultados eleitorais vieram provar que se tratou de um trabalho sério e rigoroso. Foi pena que os responsáveis pelo marketing eleitoral de alguns partidos não tivessem lido com atenção esses comentários. Se o tivessem feito, hoje não estariam tão reduzidos.

O OPSA, afinal, não observou nada nem viu nada. E mesmo depois dos 82 por cento do MPLA, continua na mais apagada cegueira. Assim nunca serão um observatório, mas apenas mais uma arma de arremesso contra a imprensa e as instituições democráticas. O sector público da comunicação social, nestas eleições, deu mais de 50 por cento do seu espaço a forças políticas que nem um por cento valiam. Esta é uma realidade que só um cego não vê.


Fonte:
Club-k, Club-k, JA

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sai os nomes de ministros do novo governo


A Angop (Agência angolana de notícias) divulgou hoje (01/10/2008) a lista do novo elenco governamental, com base no comunicado dos Serviços de Apoio da Presidencia da República.




  1. Primeiro Ministro: Paulo Kassoma
  2. Ministro da Defesa Nacional - Kundi Paihama.
  3. Ministro do Interior - Roberto Leal Ramos Monteiro.
  4. Ministro das Relaçoes Exteriores - Assunção Afonso dos Anjos
  5. Ministro da Economia - Manuel Nunes Júnior
  6. Ministro da Administração do Território - Virgílio Ferreira de Fontes Pereira.
  7. Ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social - António Domingos Pitra Costa Neto.
  8. Ministro da Justiça - Guilhermina Contreiras da Costa Prata.
  9. Ministro das Finanças - Eduardo Leopoldo Severino de Morais.
  10. Ministro do Planeamento - Ana Afonso Dias Lourenço.
  11. Ministro do Comércio - Maria Idalina de Oliveira Valente.
  12. Ministro de Hotelaria e Turismo - Pedro Mutindi.
  13. Ministro da Agricultura - Afonso Pedro Canga.
  14. Ministro das Pescas - Salamão José Luete Chiribimbi.
  15. Ministro da Indústria - Joaquim Duarte da Costa David.
  16. Ministro dos Petróleos - José Maria Botelho de Vasconcelos.
  17. Ministro da Geologia e Minas - Makenda Ambroise.
  18. Ministro do Ambiente - Maria de Fátima Monteiro Jardim.
  19. Ministro da Ciência e Tecnologia - Maria Cândida Teixeira.
  20. Ministro do Urbanismo e Habitação - Diakumpuna Sita José.
  21. Ministro das Obras Pública - Francisco Higino Lopes Carneiro.
  22. Ministro dos Transportes - Augusto da Silva Tomás.
  23. Ministro da Energia - Emanuela Afonso Viera Lopes.
  24. Ministro das Telecomunicação e Tecnologias de Informação - José Carvalho da Rocha.
  25. Ministro da Saúde - José Viera Dias Van-Dúnen.
  26. Ministro da Educação - António Buriti da Silva Neto
  27. Ministro da Cultura - Rosa Maria Martins da Cruz e Silva.
  28. Ministro da Assistência e Reinserção Social - João Baptista Kussumua.
  29. Ministro da Família e Promoção da Mulher - Genoveva da Conceição Lino.
  30. Ministro da Antigos Combantentes e Veteranos de Guerra - Pedro José Van-Dúnen.
  31. Ministro da Juventude e Desportos - Gonçalves Manuel Muandumba.
  32. Ministro da Comunicação Social - Manuel António Rabelais.
  33. Ministro Sem Pasta - António Bento Bembe.
  34. Ministro Sem Pasta - Francisca de Fátima do Espírito Santo de Carvalho Almeida.
  35. Secretário de Estado para o Desenvolvimento Rural - Maria Filomena de Fátima Lobão Telo Delgado.
  36. Secretário de Estado para o Ensino Superior - Adão Gaspar Pereira do Nascimento.

    Esta é a lista dos futuros membros do Governo da República de Angola, cujos os decretos de nomeação serão oportunamente divulgados.

    Fonte:Angop

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