quarta-feira, 6 de março de 2013

A viatura de Samakuva colide, arrastada por um caminhão, despista, capota e ele sai ileso

O Presidente da UNITA (maior partido da oposição em Angola) Isaías Henriques Ngola Samakuva, saiu ileso de um acidente de viação na tarde desta terça-feira, 05, quando seguia - via terreste - com uma caravana de 4 carros para a província do Kuando Kubango.

No cruzamento entre a província do Bíe, a viatura do político, uma viatura de marca Mitsubishi “Nativa” foi  arrastada por um camião que estava a ser conduzido por um cidadão de nacionalidade chinesa (ver a sequência de fotos).





Mais sobre a notícia:
Líder da UNITA saiu ileso de um acidente de viação (Club-k)

domingo, 3 de março de 2013

Luanda: Quasi-escuridão!

Quasi-escuridão!
Crise energética se faz sentir em Luanda
(SA: Em foco)

Potencialmente rico em recursos hídricos, com enormes massas de água a correrem soltas pelo país inteiro, Angola é, paradoxalmente, um país pobre em matéria de energia eléctrica; uma crise energética que se faz sentir com maior incidência em Luanda, a nossa mega metrópole, na qual vivem milhões de almas quase que mergulhadas numa enorme escuridão.

É durante as noites que a falta de luz «mexe» mais com a vida dos citadinos, não só em suas casas, como também nas ruas da cidade capital, com toda a carga negativa que isso acarreta para a segurança pública e circulação rodoviária.

É consabido que a ausência de iluminação pública, sobretudo nas vias rápidas de circulação rodoviária, tem concorrido para o incremento da criminalidade, da sinistralidade nas estradas, com incidência nos atropelamentos e colisões entre veículos e entre estes e os obstáculos fixos. Se, por um lado, temos vindo a assistir aos esforços do Executivo para melhorar a circulação rodoviária, com a construção de mais e modernas vias rápidas, por outro, fica-se com a sensação de existe uma falta de complementaridade de investimentos no domínio energético, que possa conferir dignidade e qualidade às obras públicas já executadas.

O paradoxo é de tal sorte que há mesmo quem se questione se faz sentido «torrarem-se» milhões de dólares com a construção ou ampliação de barragens hidroeléctricas, de novas e modernas estradas, quando, em contrapartida, se observar que as vias de circulação continuam mergulhadas na quasi-escuridão.

As razões para a falta de energia eléctrica e dos «apagões», quando ela existe, são várias, sendo algumas delas perfeitamente justificáveis. Mas, verdade seja dita, há cada vez mais sinais de que a questão da iluminação pública tem estado a piorar, sobretudo, nas principais vias rápidas, outrora cobertas por geradores, mas que, aos poucos, foram desaparecendo, sem deixar rastos.Consta mesmo que muitos deles foram roubados pela calada da noite. Sendo Angola um país dotado de grandes potencialidades hídricas, o uso massivo de geradores suscita sempre comentários negativos, já que as fontes térmicas de energia são mais caras e prejudiciais ao meio ambiente.

A energia térmica, não obstante todas as consequências negativas que a sua produção e consumo acarreta, é sempre melhor do que a escuridão originada pela falta de energias «limpas», já que a ausência de luz «estimula» a baixa qualidade de vida, a ausência da segurança colectiva, o aumento do número de crimes, acidentes e, consequentemente, de perdas humanas nas estradas.

Enquanto se aguarda pelas promessas feitas em relação à produção de uma maior quantidade de energia, com a construção de novas barragens ou ampliação das já existentes, assim como pelo melhoramento das redes de distribuição, deve-se contar com aquilo que existe, com o que se tem à mão.

À falta de soluções que satisfaçam de momento as inúmeras necessidades da população, há que repensar seriamente na recolocação dos geradores nas principais artérias da cidade, sobretudo nas vias rápidas de, dotando-os de mecanismos de segurança que impeçam que os eles sejam facilmente roubados.

Fonte: SA  EDIÇÃO 504 ANO VII sábado, 02 de março de 2013.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Brasileiros «engravidam» angolanas

Tem cada vez mais adeptos entre nós Bebés-proveta  "Made in Brazil"

 Semanário angolense (SA) na sua edição 499 abordou a questão da infertilidade em Angola.

Segundo o SA, a infertilidade é um problema bicudo para bom número de angolanos, se calhar, mais do que se pensa. Não existem em Angola dados estatísticos que nos possam revelar um quadro, o mais fiel possível da realidade, no que diz respeito a esse problema de infertilidade que muitos casais enfrentam.

No entanto, especialistas estimam que a infertilidade afeta cerca de trinta por cento de casais angolanos.

Segundo SA “colocar-se no lugar de uma mulher ou de um homem que persegue o sonho de ser mãe ou pai, certamente, deve ser um exercício inimaginável para uma pessoa que já tenha um filho. As pessoas que padecem de infertilidade muitas vezes são assoladas por sentimentos de raiva ou de vergonha, evitando o assunto e erguendo um túmulo em volta dele.”

Depois de promessas de “curas milagrosas” prometidas por certas confissões religiosas e até quimbandas, os angolanos estão descobrindo o recurso à biotecnologia para a concretização do sonho da maternidade.

Os  casais angolanos têm preferido o Brasil. Por exempo, o Dr. Joji Ueno, ginecologista e responsável pelo Sector de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês em São Paulo, atendeu entre vinte a trinta pacientes angolanas nos últimos anos.

O Centro de Endoscopia Pélvica e Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo atendeu nos últimos quatro anos umas trinta angolanas, tendo 50 por cento delas feito o tratamento.

Ainda, mais de 200 casais angolano estão cadastrados a partir de um atendimento anual  que chega a ultrapassar 300 casos no Sector de Reprodução Humana do Hospital Pérola Byington, também em São Paulo. Em 10 anos de trabalho com as angolanas pelo menos 100 bebés angolanos nasceram nesse Centro.

Os custos estão em torno de USD 10.000,00 (dez mil dólares americanos).
Mais sobre essa matéria SA, edição 499, ano VII, 26 de Janeiro de 2013



Razões políticas no protelamento de eleições autárquicas

Depois da vitória, estranhamente, o MPLA e os seus dirigentes parecem desvirtuar o discurso inicial, o que leva a crer que não passou de mais uma teoria para distrair a oposição, e, sobretudo, para “inglês ver”. Num discurso “ambíguo”, recentemente, o ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, veio demonstrar o “cinismo” e desprimor em como o partido lida com alguns assuntos da nação. (1)

Criou-se tanta expectativa – um verdadeiro teatro, uma “publicidade enganosa” e sem cabimento perante uma oposição sem “oposição”, apanhada uma vez mais na contramão. Aí está mais uma batalha para a oposição, numa altura em que um dos actores, o ministro Bornito de Sousa brindou a sociedade com a boa nova: não existe legislação sobre esta matéria – não existe uma lei apropriada sobre eleições autárquicas… Assim vai o país! (1)

Bornito de Sousa não ficou por aí. Aparentemente, sem a mínima consideração pelos seus adversários políticos, deixou entender que nunca houve promessa de que às eleições autárquicas teriam lugar depois das eleições de 2012… Qual falta de verdade política? (1)
 
Para o  AfricaMonitor Intelligence, o propósito do Governo de protelar a realização de eleições autárquicas é remetido para razões como as seguintes (2):

a) o seu resultado poderia constituir uma negação das recentes eleições legislativas;

b) a probabilidade de a oposição, em especial UNITA, CASA e PRS, poderem obter vitórias capazes de lhes garantir o controlo de orgãos autárquicos até dominados pelo MPLA. O sistema descentralizado de votação e escrutínio previsto para as eleições autárquicas, é muito menos permissivo a fraudes que o das eleições legislativas – cujos resultados são considerados de duvidosa autenticidade.

O cenário de uma ascensão da oposição ao poder, ainda que apenas no plano autárquico, é contrário a políticas que o regime subilmente aplica no sentido de a privar de capacidade material, de influências políco-sociais e de coesão para se afirmar. A nova constituição confere às autarquias autonomia em assuntos gerais até agora da competência exclusiva do poder central ou exercidos pelas mesmas através de poderes delegados. (2)


1. Jornal Angolene ano XI, 712, 08 de Fevereiro de 2013
2  AfricaMonitor Intelligence n. 732 14/02/2013