Um dos sinais positivos do fim da guerra em Angola é a livre circulação de pessoas. E "dá gosto" ver autocarros (ónibus) interligando as principais cidades do nosso pobre mas rico país.
Na verdade há muitas coisas que precisam melhorar. Por exemplo, não se concebe que, em nossos dias, um autocarro que cobre a linha Luanda a Huambo, cerca de 600km, 7 horas de viagem e não possua banheiro. As cenas vistas quando o autocarro finalmente pára em algum lugar do trajeto, de pessoas que procuram satisfazer suas necessidades fisiológicas, são deprimentes, principalmente para pessoas de sexo feminino.
Mesmo assim, algumas dessas empresas procuram algum diferencial para ganharem a preferência de clientes. Um utilizam som e circuitos internos de TV. Até ai tudo bem.
O problema é que os motoristas parece que não são treinados a utilizar o volume baixo ou que, pelo menos, tinham bom gosto em selecionar músicas que agradem os mais diversos gostos (música classica, por exemplo). Isso ocorreu na viagem de ida e da volta, com diferentes motoristas.
Os nossos amigos colocam música, provavelmente, no volume máximo e música muito ritmada o que impossibilita o indivíduo ler o livro de preferência, por exemplo.
O som alto, por outro lado, faz com que as pessoas gritem quando conversam. Dessa maneira, aumenta ainda mais a entropia sonora, o que potencializa a dor de ouvido e de cabeça e incomoda os que querem descansar. Pensando mesmo bem, se for para continuar assim, melhor que sejam dispensados os referidos benditos sons.
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