Não é fácil entrar na cidade do Kilamba. As barreiras colocadas nas entradas da cidade já dizem tudo. Parece ser “mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um simples mortal conseguir um apartamento na cidade de Kilamba”Neste momento a preferência é para a venda à vista (pronto pagamento). O regime de arrendamento e de renda resolúvel (compra do imóvel por via do pagamento de rendas) ainda não está a ser praticado.
Quanto à redução dos preços como pretende o Presidente José Eduardo dos Santos isso equivale a opor-se ao poderoso Ministro do Urbanismo e Habitação, José António da Silva que, conforme o SA “se notabilizou por contradizer, desabridamente (asperamente, grosseiramente) o «Chefe» exactamente vinte e quatro horas depois da visita presidencial ao Kilamba.
O Ministro deve ter falado em nome de pessoas que possuem inúmeros imóveis arrendados e não têm interesse que cidadãos possuam imóveis porque isso pode significar a falência de seus negócios e da especulação exagerada que faz de Luanda a cidade mais cara do mundo.
A cidade de Kilamba foi inaugurada em julho de 2011. Existem lá 20 mil apartamento das tipologias T3A, T3A+1, T3B e T5 cujos preços variam de 120 mil USD a 200 mil USD (preços esses que não correspondem ao poder aquisitivo da maioria da população). A taxa de ocupação habitacional na Nova Centralidade do Kilamba é baixa (menos de 15%).
Esperemos por uma outra visita do Presidente ao Kilamba. Enquanto isso não acontece, e para evitar viagens desnecessárias, aqui ficam os contactos daqueles que “testam a paciência da população” e do Presidente da República.
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