quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A "Vigília da Virada - Dia do Fim" convocada pela IURD termina em tragédia

Termina em tragédia a  "Vigília da Virada - Dia do Fim", promovida pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) na Cidadela Desportiva, em Luanda, na passagem de ano (2012/2013).


Pelo menos  16 pessoas morreram  e outras 120 ficaram feridas. A maioria das vítimas sofreram esmagamento e asfixia.


A IURD trabalhou com a expectativa de 70 mil pessoas, mas ao que tudo indica estiveram no local cerca de 250 mil pessoas e apenas dois dos quatro portões estavam abertos. Além disto, mesmo com capacidade para 70 mil pessoas, o estádio, por conta de problemas na sua estrutura, tinha áreas interditada, o que reduzia ainda mais a sua capacidade.


Igreja Universal do Reino de Deus anunciou que assume todas as despesas relacionadas com as vítimas do incidente do "Dia do Fim" .

A IURD firma ainda que na preparação do evento a organização notificou as autoridades policiais e pediu a colaboração da Cruz Vermelha de Angola e das Emergências Médicas para o acompanhamento da vigília antes, durante e depois. O director do Complexo da Cidadela, Joaquim Muaxinika, afirmou ao único diário angolano (JA)  que a cerimónia foi autorizada depois de verificadas as condições de segurança.


Muitos comentaristas não demoraram em criticar a IURD.

Ainda nessa mesma data, em Costa do Marfim, o tradicional espetáculo de fogo-de-artifício da noite de passagem de ano em Abidjan ficou marcado pela morte de pelo menos 61 pessoas, esmagadas por uma multidão em fuga. A tragédia aconteceu por volta das duas horas locais, quando milhares de pessoas tentavam regressar a casa após o espetáculo de fogo-de-artifício junto ao estádio da cidade de Abidjan.


Isso mostra que há uma necessidade imperiosa de se tomar cuidados extremos na preparação de eventos dessa natureza. Podemos aqui lembrar que na última passagem do papa Bento XVI em Angola, pelo menos duas pessoas perderam a vida numa situação semelhante, apesar de todos esquemas de segurança montados.


Vale aqui destacar que "O dia do fim" era um convite para que as pessoas pudessem dar fim a muitos problemas: «venha dar um fim a todos os problemas da sua vida: doença, miséria, desemprego, inveja, problemas na família, separação, dívidas».

Isso deve servir de alerta às nossas autoridades de que a taxa de desemprego, dos enfeitiçados, dos bruxos,  endividados, dos invejosos, dos miseráveis  no nosso país é grande. Finalmente, se as autoridades policiais que são especializadas na ordem pública, bombeiros, emergências médicas estavam presentes o que fizeram para evitar essa situação? Quais são as suas responsabilidades no incidente?

Imagem do evento que mostra a superlotação do Estádio da Cidadela (Fonte: IURD)


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