terça-feira, 17 de abril de 2012

A fraude eleitoral é possível


O truque da batota aconteceu no Brasil, mas pode acontecer em qualquer lugar...

30 ANOS! DELTA DIFERENCIAL OU DIFERENCIAL DELTA E A FRAUDE ELEITORAL!

1. Na eleição para governador do Estado do Rio de 1982, a consultoria responsável pelo processamento dos votos -Proconsult- ao meio de uma enorme polêmica sobre a fidelidade da apuração, destacou seu principal técnico para explicar. Este desenhou uma equação em que procurava demonstrar porque as pesquisas estavam equivocadas e o candidato do PDS -Moreira- venceria o candidato do PDT - Brizola.

2. Afirmava ele, e escrevia sua demonstração, que as pesquisas não levavam em conta o fato que a vinculação total do voto levava o eleitor de Brizola, em geral de menor instrução, a errar um dos votos, ao escrever seu voto na cédula. Com isso, o voto todo seria anulado, conforme a lei determinava.

3. As pesquisas não poderiam pré-identificar isso. E ele escrevia no papel a expressão: DELTA DIFERENCIAL. Ou seja, DELTA seria a diferença a menor para Brizola e a maior para o total dos nulos. E por essa razão ganhava Moreira.

4. A rádio JB (Procópio Mineiro...) apurava o que podia e, mesmo sem poder concluir todos os votos, interrompeu a apuração e projetou que Brizola venceria. Mas o assessor de apuração do PDT -Cesar Maia- havia recolhido todos os boletins e seu processamento dos votos, apenas um pouco mais atrasado que a Proconsul, demonstrava com provas documentais que o DELTA DIFERENCIAL era apenas uma hipótese, mas que não estava ocorrendo.

5. Na verdade, o que ocorria era uma fraude. O "diferencial delta" era um desvio incluído no software, que ia transferindo votos válidos para nulos e, com isso, reduzindo a votação de Brizola e produzindo a vitória do candidato do PDS.

6. Ao meio da confusão e da polêmica, o presidente do TRE (CNE) convocou as partes e perguntou o que diziam a respeito. Cesar Maia respondeu mansamente: “O PDT quer apenas a cópia das listagens da Proconsult, urna a urna, pois estamos processando tudo, boletim a boletim.”. O ex-coronel responsável pelo CPD (centro de processamento de dados) de forma cortante disse: “Então começa tudo de novo.”. O Presidente do TRE colocou a mão na cabeça e disse: “Meu Deus!”. A foto desse momento foi colhida pela imprensa que estava do lado de fora do pleno.

7. Nessa mesma eleição de 1982 o processamento do PDT demonstrou que pelo menos uma deputada havia tido seus votos subtraídos pelo sistema. O TRE acatou e lhe deu o mandato.

8. Trinta anos depois a memória desses fatos se faz necessária, pois essa fraude abriria um forte golpe no processo de democratização. Poucos anos depois, Brizola pediu que Cesar Maia assessorasse a deputada Erundina na apuração para prefeito de SP. Outra vez se evitou uma fraude e o coordenador da campanha de Maluf registrou isso na entrada da TV BAND. Erundina, entrevistada por Jô Soares, foi acompanhada por Cesar Maia para qualquer dúvida a respeito.

9. Nos estudos realizados, em série anterior, para a eleição de Erundina, Cesar Maia deduziu que o "diferencial delta" já havia sido usado antes e pelo menos na derrota de FHC para Jânio.

10. A escolha por parte de uma empresa atual do nome DELTA e os fatos das relações com Cachoeira divulgados, mostram que junto a DELTA, continua a existir um DIFERENCIAL. Coincidência ou ato falho?
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DONO DA DELTA FALA DA COMPRA DE POLÍTICOS!

(Folha de SP, 17) Em conversa gravada em dezembro de 2009, o dono da Delta Construções S/A, Fernando Cavendish, afirma que é possível ganhar contratos com o poder público subornando políticos. "Se eu botar 30 milhões [de reais] na mão de político, eu sou convidado pra coisa pra caralho. Se eu botasse dez pau que seja na mão dele... Dez pau? Ah... Não é que seja um monte de dinheiro não, mas eu ia ganhar negócio. Ô...", diz Cavendish, que não se refere a caso específico. "Estou sendo muito sincero com vocês: 6 milhões aqui, eu ia ser convidado. 'Ô senador fulano de tal, tá aqui. Se convidar, eu boto o dinheiro na tua mão'", continua. A gravação foi publicada ontem no blog Quid Novi, do jornalista Mino Pedrosa, que já trabalhou para Cachoeira.
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VIAGEM PROVIDENCIAL!

Enquanto seu amigo íntimo e vizinho dono da Delta, está no núcleo do caso Cachoeira, o governador Cabral viaja com seu vice para Medellín, Colômbia, para conhecer escada rolante, em favela e não ter que dar entrevistas a respeito. Dizem que vêm grampos, chuvas e trovoadas que afogam o PMDB-RJ.

Fonte : Ex-blog do Cesar Maia

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