quarta-feira, 4 de abril de 2012

Angola comemora hoje 10 anos de paz: a oposição foi esquecida

Hoje é feriado Nacional em Angola. Em 30 de março de 2002 (uma espécie de casamento civil) foram assinados os acordos de paz entre a UNITA e o Governo de Angola ( Memorandum de Entendimento entre as chefias militares) para pôr fim ao conflito que se arrastava por longos anos sendo no dia 04 de Abril (casamento religioso) a manifestação pública em Luanda na presença de Diplomatas, deputados e demais autoridades. O dia 4 de abril ganhou e foi batizado como "dia da paz e da reconciliação Nacional". Agora falta fazer-se "o pedido" (casamento tradicional) para se fazer conhecer os atores importantes desse processo, para que não sejam esquecidos em cerimônias oficiais.

Estima-se que em 2002, em Angola, havia mais de quatro milhões de cidadãos deslocados e cerca de 170 mil portadores de deficiência e a taxa de desemprego atingia cerca de 43 porcento da população.

O ato central acontece na província do Moxico que decorre sob o lema "Defendamos a Paz, a Unidade Nacional e o Desenvolvimento de Angola".

Esse lema falhou na questão de "unidade nacional": nas comemorações do dia da paz, o protocolo presidencial não convidou para compor a tribuna de honra dirigentes de outros partidos de oposição, principalmente os que assinaram os referidos acordos (pelo menos em destaque). Isso mostra que esta "paz e reconciliação nacional" ainda é para Inglês ver. Lá deveriam estar, por exemplo, os presidentes do PRS, UNITA e um dos presidentes da FNLA. Isso é o que se poderia chamar "reconciliação nacional". Os bons exemplos devem vir de cima. Não basta bons discursos.

Sobre os ganhos da paz ainda há muito para se fazer. No Moxico onde se realiza o ato central, por exemplo, a província possui mais de 5 mil "estudantes" fora do sistema escolar. O Governo, para minimizar o problema, teria que constuir pelo menos 100 escolas.

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