sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

As cores para o Reveillon


Qual a cor de roupa a usar neste Reveillon? Normalmente as pessoas procuram associar as cores aos desejos, sonhos e objetivos que pretendem alcançar no ano que se inicia.

Nesta época a cor branca é predominante. Normalmente as pessoas, principalmente as brasileiras, fruto da herança africana, vestem-se de cor branca, que é associada ao ano repleto de paz, estimula a memória e gerencia o equilíbrio interior. Para você que anda muito estressado com os engarrafamentos da cidade de Luanda, a cor branca trar-lhe-á a idéia de paz, verdade, sabedoria uma espécie de equilíbrio interior para o próximo ano.

Se você trabalha, trabalha e nunca se transforma em empresário de sucesso, a cor mais indicada é a amarela, que remete à esperança de dias melhores financeiramente e despertar da intuição. Quem sabe não venha transformar-se em empresário dos desfavorecidos? Jojó poderia pensar seriamente nessa possibilidade.

Se para o ano que vem gostaria dar prioridade à mistura de amor, pureza e beleza então a cor para este réveillon é rosa (cor feminina), que é uma mistura de branco e vermelho. Os funcionários de alguns órgãos de comunicação social bem que poderiam ficar bem com essa cor neste reveillon.

Se o seu ideal é ser mais energético, forte e muita paixão, enfrentar as frustações, sair do fundo do poço, então a sua cor é a vermelha. Uma boa sugestão à juventude angolana.

Se durante este ano faltou harmonia, tranqüilidade e saúde então tem que ir de azul. Todos membros da FNLA deveriam sair rigorosamente de Azul. Os senhores Lucas Ngonda e Ngola Kambangu deveriam escolher o "azul marinho". Nunca na história do nosso país se viu um partido com tantos problemas como a FNLA e são todos irmãos. O azul vale também aos desonestos e aos que cometem burlas.

Se está cansado com a mesmice e gostaria de ver mudanças para melhor, mais vitalidade da harmonia e do equilíbrio, então sua cor é verde. Uma boa sugestão aos nossos motoristas dos famosos taxis “azul e branco”.

Se pretende conquistas pessoais, profissionais e por que não dizer também financeira, então sua cor predominante deve ser laranja. Uma boa sugestão às nossas mães e irmãs “Kinguilas e Zungueiras” (vendedoras informais).

Se precisa mais de inspiração, imaginação e estabilidade, a elevação de auto-estima e manter o foco de um objetivo, então a cor predominante é violeta. Os jogadores da nossa seleção de futebol precisam virar o ano todos de violeta.

Os especialistas não recomendam a cor preta que dizem simbolizar silêncio e luto; entretanto, também simboliza elegância. Na dúvida, não é aconselhável o uso durante o Reveillon.

Se acredita ou não em cores, o mais importante é que cada um trace metas exeqüíveis procurando desvencilhar-se de tudo o que o detém, começando o ano tomando grandes decisões; amar mais aos outros e procurar desenvolver o espírito de cooperação. Sempre é aconselhável evitar estourar o orçamento familiar.

Se alguém me indagasse sobre quais as cores que deveriam predominar entre os angolanos neste reveillon, não hesitaria em afirmar: verde & vermelho.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Tolerância de ponto em todo país na segunda-feira dia 02 de Janeiro



O Governo angolano decretou tolerância de ponto para 2 de Janeiro de 2012, segunda-feira portanto.

Assim, toda a actividade laboral na função pública e no sector público e privado no dia 2 de Janeiro de 2012 em todo o território nacional está suspensa.

De acordo com fonte oficial esta tolerância não abrange os trabalhadores que laboram em regime de turno.

Fonte: Angop

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Motociclista luso-angolano José Luis Carvalho morre em acidente






O motociclista luso-angolano José Luis Carvalho (50) que participava numa expedição entre Luanda e Portugal para assinalar os 36 anos da independência de Angola morreu na segunda-feira (26/12/11) num acidente na Tunísia, segundo divulgado no blog da expedição 11-up.blogspot.com

A expedição, conforme já informado por este blog (Onze motociclistas partem a Portugal) partiu de Luanda no dia 11/11/11, às 11h11'11" e tinha como destino Portugal, com chegada incialmente prevista para o dia 11/12/11, passando por 11 países.

Mais informações: http://11-up.blogspot.com

sábado, 24 de dezembro de 2011

Decisões judiciais encomendadas têm dias contados



Luz ao fundo do túnel

Três anos depois do bastonário da Ordem dos Advogados de Angola (OAA), Raul Araújo, ter denunciado publicamente que algumas decisões judiciais eram encomendadas, como resultado de uma espúria aliança entre juízes e advogados, nenhum jurista ou algum magistrado foi até à data apanhado e punido, por supostamente ter se envolvido em tais «esquemas».

A denúncia feita em meados de 2008 pelo causídico, embora tivesse causado um forte impacto nos meios judiciais, sobretudo entre os membros do Conselho Superior da Magistratura Judicial, parece ter caído num saco roto.

Além dos alegados casos de sentenças cozinhadas, tem estado a correr relatos de casos que envolvem determinadas figuras ligadas à Justiça, nos quais se destacam as práticas de abuso de autoridade ou de prisões arbitrárias.

Infelizmente, têm sido vários os casos de violação sistemática dos direitos dos cidadãos, sobretudo dos mais fracos, que não têm como denunciá-los ou, quando emergem à luz do dia, acabam por não produzir os efeitos esperados, por desistência dos lesados ou aparente inacção dos órgãos encarregues de exercer a acção disciplinar sobre os magistrados acusados de terem pisado o risco.

Embora o Conselho da Magistratura Judicial defenda publicamente que, no exercício das suas funções, os magistrados judiciais devem apenas obediência à lei e à sua consciência, o facto é que a prática nem sempre tem sido condizente com esta vontade expressa.

No universo de casos de desmandos e de actos de abuso de confiança, raros são aqueles que, depois de chegarem ao conhecimento dos órgãos afins, resultem em acções disciplinares contra os acusados.

Desde que foi institucionalizadohá pouco mais de uma década e meia quase não se tem memória de que algum juiz tenha sofrido uma «pesada sentença» que culminasse com a sua demissão, por actos de corrupção ou comportamento indecoroso.

O afastamento há alguns anos de um juiz afecto ao Tribunal do Namibe foi, no entender de alguns juristas, uma das poucas excepções à regra,em contraste com as múltiplas denúncias de casos graves de violação dos direitos dos cidadãos e de excessos de autoridades por parte dos magistrados, tanto os do Ministério Público, como os da Magistratura Judicial.

No entanto, uma luz ao fundo do túnel parece estar a emergir depois da recente medida tomada pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial, que na semana passada decidiu suspender o juiz municipal do Huambo, Orlando Rodrigues de Lucas. Este magistrado era acusado de um alegado abuso de autoridade contra um dos administradores municipais daquela província e de exercício de actividade comercial ilícita, incompatível com a sua condição de juiz.

Trata-se de uma medida que alguns consideram inédita, já que ela determina um prazo, no caso concreto de dois meses, para que seja instaurado o respectivo processo disciplinar contra o referido magistrado judicial.

Consta que nunca esse órgão máximo da magistratura judicial havia fixado um prazo para a instauração e conclusão de um processo disciplinar.

Talvez por isso é que ganham alguma consistência os relatos de que alguns juízes que tinham sido suspensos pelo Conselho da Magistratura Judicial, depois de acusados da prática de actos de corrupção, abuso de autoridade ou por outros crimes não menos pesados, acabaram por ser «absorvidos», devido ao facto dos seus processos disciplinares terem prescrito.

Daí que o processo disciplinar instaurado contra o referido juiz esteja a causar uma certa expectativa, pelo que se abre uma boa oportunidade para que esse órgão judicial arrede as suspeitas de ter agido no passado no sentido de favorecer os acusados, no quadro de um suposto corporativismo existente no seio da classe.

Fonte: Semanário Aangolanse EDIÇÃO 447, SÁBADO • 24 de Dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mensagem de natal


Para todos amigos de diversas partes do mundo que nos acompanharam durante o presente ano, que fizerm deste blog um de referência quando o assunto é Angola;

"Para seu inimigo, perdão.
Para um oponente, tolerância.
Para um amigo, seu coração.
Para um cliente, serviço.
Para tudo, caridade.
Para toda criança, um exemplo bom.
Para você, respeito"
(Oren Arnold)

Feliz natal e ano novo próspero.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Regras (anti-fraude) aprovadas para eleições angolanas de 2012




O Semanário Angolense apresenta aos seus leitores como ficaram definidos os pontos mais divergentes para a aprovação do Pacote Legislativo Eleitoral.

A Comissão Interministerial para o Processo Eleitoral (CIPE) deixa de existir e o Executivo deixa de interferir na organização dos processos eleitorais. Todas as fases dos processos eleitorais, incluindo a organização da logística eleitoral, a definição dos locais das assembleias de voto, a produção e controlo dos cadernos eleitorais, o planeamento, organização e gestão dos centros de escrutínio são organizadas pela CNE (Comissão Nacional Eleitoral).

O Ficheiro Informático Central do Registo Eleitoral (FICRE) é transferido do Ministério da Administração do Território para a CNE, após auditado por uma entidade especializada independente. A transferência e a auditoria devem ocorrer antes do dia 15 de Maio de 2012.

As tecnologias a utilizar nas actividades de escrutínio devem atender aos requisitos da transparência e da segurança e garantir a auditoria dos programas fontes, dos sistemas de transmissão e tratamento de dados e dos procedimentos de controlo. Antes do início de cada eleição, o Plenário da Comissão Nacional Eleitoral aprova a organização de uma auditoria técnica independente, especializada, por concurso público, para testar e certificar a integridade dos programas fontes, sistemas de transmissão de dados e dos procedimentos de controlo a utilizar nas actividades de apuramento e escrutínio, a todos os níveis.

Quarenta e cinco dias antes da votação, a CNE informa aos partidos políticos concorrentes o número de cadernos eleitorais e de mesas de voto que funcionarão em cada assembleia de voto, para estes comunicarem até 30 dias antes da eleição, os nomes dos respectivos delegados de lista e seus suplentes, para efeitos de identificação e credenciamento. A CNE confirma a identificação por escrito envia aos concorrentes as respectivas credenciais até 10 dias antes da eleição. Cada delegado de lista tem o direito e receber uma cópia da acta das operações eleitorais.

A Comissão Nacional Eleitoral é composta por dezassete membros, sendo um magistrado judicial, que a preside, oriundo de qualquer órgão, escolhido na base de concurso curricular e designado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial, o qual suspende as suas funções judiciais após a designação. Dezasseis indicados pela Assembleia Nacional com base nos resultados eleitorais. Para a presente legislatura, o MPLA indica nove e os demais partidos juntos indicam sete.

Haverá eleições no país e no estrangeiro. Os militares votam a civil nos locais da sua residência. Não haverá votação nos quartéis, nem em unidades policiais, nem em locais de culto. O Estado atribui uma verba para o financiamento das campanhas eleitorais e os partidos prestam contas da sua utilização à Comissão Nacional Eleitoral. Espera-se que os membros da Comissão Nacional Eleitoral tomem posse para começar a trabalhar com transparência na organização de uma eleição livre,justa e credível. ■

SA. EDIÇÃO 446, Sábado, 17 de Dezembro de 2011.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A verdadeira história angolana não está a ser contada como deveria ser






Quem são os dois do meio?

Eu ando preocupado. Muito preocupado mesmo e não é para nada. Grande parte da História de Angola poderá desaparecer como uma nuvem. As pessoas que fizeram as coisas acontecer estão a ir ou com malas prontas mas não falam, não escrevem e, pior, não demonstram o menor interesse em fazê-lo. Parace que há uma orientação para ninguém fazê-lo.

Ainda no início deste semana comemorou-se o aniversário da fundação do MPLA. O que mais norteou as discussões era saber se o MPLA realmente foi fundado nesse data.

Há memórias e alguns testemunhos escritos que são interessantíssimos e posso citar: "Memórias de um Gerrilheiro" de Alcides Sakala, "Angola: A Segunda Revolução" de Jardo Muekalia, Purga em Angola" de Dalila Mateus e Álvaro Mateus, "O Meu Testemunho" de José Fragoso, a fotobiografia "Lúcio Lara - Imagens de um percurso (lacônica), "Caminho para a Paz e Reconciliação Nacional" de Jorge Valentim etc. No entanto, essas e outras obras são poucas "andorinhas" ainda insuficientes para se fazer um bom verão.

Não deve ser difícil reconstituir a história de Angola a partir de 1975. O elo perdido encontra-se entre os anos 1950 a 1975.

Hoje, recebi a foto histórica acima por e-mail, de um amigo, e imediatamente a repassei à muitas pessoas. Não demorou para receber inúmeros e-mails de amigos mais jovens que, curiosamente, como se tivessem ensaiado, fizeram a mesma pergunta: "Quem são os dois do meio?".

Eu faço a mesma pergunta a meus leitores."Quem são os dois do meio?"

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Discurso de abertura do XI Congresso da UNITA


Segue o discurso de abertura do XI Congresso da UNITA, proferido pelo Presidente Isaías Samakuva. Esse discurso foi enviado a este blog pelos serviços de apoio da presidência da UNITA


13 de Dezembro de 2011

Exmos. Senhores Deputados à Assembleia Nacional
Exmos Senhores Membros do Executivo
Exmos Senhores Representantes dos Governos estrangeiros
Ilustres Convidados
Prezados Membros da Direcção cessante da UNITA
Prezado companheiro Dr. José Pedro Katchiungo
Candidato ao Cargo de Presidente da UNITA
Minhas senhoras e meus senhores:

Em nome dos militantes da UNITA espalhados por este imenso país e pelo mundo, saúdo a todos os presentes. É uma honra para nós registar a presença de ilustres figuras da nossa sociedade nesta festa de uma das grandes famílias angolanas, a família UNITA. Sejam todos bem vindos!

Existe hoje no mundo a percepção de que a democracia falhou em melhorar a vida das populações. Os Parlamentos, os Governos e os Partidos Políticos são vistos como instituições ineficazes no que toca a representar e satisfazer adequadamente as necessidades dos povos.

As crises financeiras recentes ilustram bem como os parlamentos e os governos sucumbiram à indisciplina fiscal e foram mais sensíveis à perda de lucros chorudos pelo grande capital do que à perda da dignidade humana pelos mais desfavorecidos.

Há inúmeras democracias superficiais, onde o clientelismo, o autoritarismo e a autocracia são aceites por razões de segurança material e comodismo. As Constituições, que deveriam ser instrumentos para assegurar o equilíbrio no exercício do poder do Estado e para consagrar a prática e os mecanismos da democracia participativa – incluindo o respeito pelos direitos humanos e pela boa governação – são muitas vezes manipuladas para promover os próprios interesses da classe dominante.

Em muitos casos, as eleições tornaram-se eventos rotineiros ou encenações com resultados pré-determinados, ao invês de expressões de processos democráticos genuinos.

Os povos têm rejeitado esta conduta da parte dos seus representantes. Na Tunísia, no Egipto e no Yémen, os povos inovaram no exercício da sua soberania. Manifestaram a sua vontade de forma clara, organizada, e inequívoca num processo expontâneo, não organizado pelas Comissões Eleitorais. E no caso do Egipto, quando a administração eleitoral organizou a eleição, a vontade expressa nas urnas foi a mesma expressa antes nas ruas.

No Zimbabwe, na Costa do Marfim e na Rússia, os povos demonstraram mais uma vez que a democracia é o regime do governo por consentimento do governado. Ninguém pode ter legitimidade para governar se defraudar o soberano.

Minhas senhoras e meus senhores:

Neste XI Congresso, a grande família UNITA vai discutir Angola sob o signo da unidade. A palavra de ordem é Mudança. O lema é unir Angola para a Mudança em 2012. O desejo de mudança, profundamente sentido, e em constante crescimento, já ultrapassou a grande família da UNITA. Costumo mesmo dizer que este desejo de mudança está disperso por todos os segmentos em que se divide a sociedade angolana, tendo adquirido tal grau de consistência, que não mais se subordina a ideologias, doutrinas, preferências partidárias ou lideranças políticas.

Se a mudança é já um imperativo nacional histórico e social, pergunta-se: mudar como? E com quem? Para o benefício de quantos?

Defendemos uma mudança com grandeza moral, sem revanchismos nem tibiezas, que preserve o que funciona bem e respeite a construção e os construtores. Uma mudança na harmonia e na reconciliação. Uma mudança com todos, operada por muitos e para o benefício de todos.

Vamos também falar da paz na vertente possibilidade de ter uma vida material e espiritual condigna. Para que o Estado assuma o seu verdadeiro papel de transformar em paz a unidade da nação e dos angolanos, precisa de aceitar o princípio de unidade na diversidade.

Como construir a Paz e a Democracia, quando a desconfiança persiste ainda entre os angolanos? Será possível angolanos de formações políticas diferentes governarem juntos ou fazerem negócios juntos? Será


possível um organizar eleições para o outro ganhar? Será possível confiar os seus bens à boa gestão do outro? O que precisamos de fazer como Nação para cimentarmos confiança entre nós? Esta é a substância da segunda tese que o Congresso irá discutir. Ela afirma que EM ANGOLA, A PAZ SÓ SE CONSOLIDA NA DIVERSIDADE CULTURAL E NO PLURALISMO POLITICO.

Vamos falar outra vez da identidade política da UNITA. Ela decorre do seu posicionamento na sociedade, da sua história e da sua prática política, constituída na interacção entre a Direcção e o povo de Angola. A identidade da UNITA é o conjunto de princípios e valores que definem o seu pensamento político, estruturam a sua acção e exprimem a sua especificidade. Esta identidade, que determina a sua cultura, princípios e valores, tem no Dr. Jonas Malheiro Savimbi, nosso saudoso Presidente Fundador, o símbolo da coesão política e ideológica da UNITA.

A pergunta a debater é: Vamos reafirmar a identidade política da UNITA, como fez o X Congresso, ou há necessidade de reajustá-la?

Outra questão crucial que o Congresso vai debater é a conformação da organização dos processos eleitorais à Constituição da República.

Os deputados à Assembleia Nacional parecem ter dado um passo importante nesse sentido na semana passada. Faltam outros passos igualmente importantes. Não é suficiente estabelecer a Comissão Nacional Eleitoral como órgão independente que organiza, executa, coordena e conduz os processos eleitorais, nos termos do artigo 107º da Constituição da República de Angola.

Temos então dois momentos para operar a mudança: 1) o momento da luta por uma administração eleitoral independente com competências e estruturas capazes que lhe permitam organizar todas as facetas dos processos eleitorais sem a interferência dos governantes; e 2) o momento da eleição.

A nossa missão é unir os angolanos nestes dois momentos. O primeiro já está em curso. A unidade entre a UNITA e o povo, levou o regime a respeitar a Constituição.

Além de unir os angolanos para a mudança, temos de preparar o Partido para governar Angola. Eu tenho um amigo que persiste em dizer-me que Angola dará passos importantes na sua macro gestão quando o MPLA estiver na oposição. Ele defende que Angola ganhará muito com isso, porque a experiência governativa de 36 anos constitui uma forte credencial para a actividade fiscalizadora. Eu concordo.

Vamos, então, debater também sobre a necessidade de criarmos uma estrutura que acompanhe, os principais dossiers do país, fiscalize efectivamente a execução do Plano Nacional e elabore políticas alternativas para todos os sectores da vida nacional com vista a apresentar ao eleitorado o programa da UNITA para governar Angola. Isto significa criar um “governo sombra”.

Esta será uma oportunidade de viver e pensar intensamente a UNITA e ANGOLA. Na minha moção de estratégia falei da necessidade de um processo de refundação do Estado angolano. Esta refundação passa pelo processo de democratização do país, de uma verdadeira reconciliação nacional e de desenvolvimento social dos angolanos. Em termos políticos, a refundação do Estado encerra, na nossa maneira de ver estas três dimensões.

O processo de democratização da sociedade angolana é um processo eminentemente cultural que requer vontade e determinação política. Vontade para despartidarizar a Administração Pública, a comunicação social, a economia e a cultura. Vontade para combater a corrupção e abraçar a probidade e a transparência. Vontade para transitar da era da soberania dos homens para a era da soberania das instituições e da supremacia da lei. Todos parecem ter esta vontade excepto uma minoria ínfima, que são titulares de cargos públicos importantes e concentram nas suas mãos a riqueza da Nação. Se a maioria estiver unida, esta ínfima minoria será irrelevante.

O processo de reconciliação é um processo político-cultural que tem um forte pendor humano e uma dimensão económica.

Na sua vertente humana, exige primeiramente que as forças sociais envolvidas no conflito reconheçam os erros e excessos que terão praticado para que as feridas, ressentimentos e rancores possam ser sarados e a amnistia já decretada no plano institucional possa ser sentida e aceite no plano familiar e pessoal.

No que respeita à grande família da UNITA, o XI Congresso deve dar o primeiro passo nesse sentido. O que pretendemos é a unidade de todos os angolanos. E a construção da unidade nacional começa em casa. Por isso, não faz sentido falarmos da reconciliação nacional se não nos reconciliarmos com os que, no passado, abandonaram a nossa casa, ou seja, a UNITA. Todos seremos poucos para construir a Angola dos nossos sonhos.
Na vertente económica, a reconciliação nacional exige um diálogo franco para a Nação compreender como o Estado actual fez com que a riqueza nacional ficasse concentrada nas mãos de meia dúzia de famílias e como se fará a justiça social. Exige também a aceitação efectiva do princípio republicano, do princípio democrático e do princípio da igualdade como normas fundamentais de convivência social, do exercício do poder político e de organização e funcionamento do Estado.

O desenvolvimento social requer que o objecto efectivo da governação e das políticas públicas seja um só: o cidadão.


Nesta base, as políticas públicas que deveremos promover através do Governo Sombra terão de reflectir as nossas palavras de ordem “o Homem é o nosso ponto de partida e o nosso ponto de chegada!” e “Primeiro o angolano, segundo o angolano, terceiro o angolano, o angolano sempre!”

Desejo, pois, que o trabalho do nosso XI Congresso decorra num ambiente político e social salutar que permita debater com abertura e profundidade as questões contidas na sua agenda, transformando este evento numa verdadeira festa da Democracia.

Declaro aberto o XI Congresso do Partido e desejo a todos bom trabalho.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Candidata do Cunene vence o Concurso "Miss Angola-2012"




A Candidata da província de Cunene venceu ao Concurso "Miss Angola" para o reinado do ano de 2012 numa disputa acirrada e emocionante, substituindo assim a Miss Angola-2011, Leila Lopes

Participaram do concurso 24 concorrentes entre as quais seis são residentes na diáspora, Portugal, África do Sul, Namíbia, Canadá, Reino Unido e Benelux.

A gala ocorreu no Centro de Conferência de Belas na noite do dia 03/12/2011. A decisão não deve ter sido aos jurados. As miss Lunda Sul, Portugal, Reino Unido eram fortes concorrentes. Muitas delas tropeçaram e algumas derraparam "feio" nas perguntas feitas às finalistas.

Marcelina Vahekeni, 21, é estudante do Curso de Administração de Recursos humanos e terá a difícil missão de representar Angola em competições internacionais.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Negligência de uma Enfermeira leva à amputação do braço de um bebé


Uma matéria do Semanário angolense (EDIÇÃO 443 · ANO VII, nov 2011) apresenta uma criança que teve seu braço esquerdo amputado, no passado dia 19 de Novembro, por suposta negligência da Enfermeira Rosa, no Hospital Américo Boavida.

Lentina Miguel José, de sete meses de idade foi levada ao Hospital acometida por sarampo e a Enfermeira de plantão a aplicou o soro.

A agulha foi mal colocada ao braço do bebé, o que provocou uma ferida no braço esquerdo, que, ao fim de três dias, gangrenou.

O Hospital Boavida, ao que tudo indica, está doente. Informações avançadas pelo SA dão conta que, por semana, o Hospital registra uma média de 25 mortes (sem comentários).


Foto: SA

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dia Mundial de Combate a Aids (SIDA)


Hoje, 1 de dezembro, é internacionalmente considerado como o Dia Mundial de Combate à Aids (Sida) por decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987.

A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids

Relativamente a Angola, convém recordar alguns números (dados de 2007 OMS Angola):

- Cerca de 190 000 adultos (mais de 15 anos) vivem com o HIV,

- Cerca de 180 000 crianças de menos de 15 anos vivem com o HIV,

- Cerca de 11 000 adultos e crianças morreram de AIDS(SIDA) em 2007,

- Cerca de 50 000 órfãos de pais mortos devido ao AIDS (SIDA) vivem em Angola.

- Cerca de 12 000 pessoas dos 2 sexos beneficiam de tratamento antiretroviral,

- Cerca de 47 000 pessoas devem beneficiar de tratamento segundo a metodologia da UNAIDS/WHO.