quarta-feira, 27 de julho de 2011

O que é afinal Angolanização?






Recentemente, Richard Cohagan, Diretor Geral da Chevron, a maior empregadora da indústria petrolífera em Angola, depois da Sonangol, afirmou que 88 por cento da força de trabalho dessa Companhia era composta por força nacional. Isso corresponde, em números, a 3.130 empregados angolanos, havendo departamentos nos quais a força de trabalho é 100 por cento nacional. (http://is.gd/9qtTZ1).

Essa afirmação sugere que o conceito de Angolanização baseia-se em números, ou seja, ter-se o maior número possível de angolanos a trabalhar numa determinada Companhia.

No entanto, José Patrício (na altura vice-presidente da Petrolífera BP) contraria esse conceito. Para ele “Angolanizar não é quantificar, é qualificar”. (http://is.gd/nGyhZ6)

O ministro dos Petróleos Botelho de Vasconcelos de forma reiterada define o processo de angolanização da seguinte maneira: “consiste na formação e na integração dos quadros nacionais nas distintas empresas do ramo, entre operadoras e empresas de prestação de serviços, no sentido dos angolanos e expatriados terem as mesmas regalias”. (http://is.gd/OlG4cZ

Uma outra definição enfatiza o processo da ‘angolanização’ à necessidade de se elevar as capacidades dos técnicos nacionais para o seu enquadramento paulatino nas funções e posições ocupadas por expatriados.(http://is.gd/EN00RG)

O conceito clássico define a “Angolanização” como sendo a denominação dada à política que obriga empresas estrangeiras que operam em Angola, principalmente as petrolíferas, a empregarem angolanos em todas as categorias e posições. (http://is.gd/Zuqk2V)

Segundo o economista Mário Cumandala, ex-colaborador da BP que conheceu o lado inverso da angolanização, "essa não se trata de uma política que fomenta a xenofobia. É um processo análogo ao que ocorre em diversos países como Itália, Indonésia, Nigéria etc". Portanto, é uma política do governo angolano baixada por intermédio de um decreto-lei. Enfatiza que “nos atos de contratação, as empresas devem dar preferência à mão-de-obra angolana".

Assim, a contratação de mão-de-obra estrangeira só é feita desde que seja comprovado que não existe, no mercado nacional de trabalho, cidadãos com qualificação e experiência exigida. Mesmo assim, essa contratação deve contar com aprovação do Ministério dos Petróleos”.

Na história recente, a questão da angolanização ganhou força com a aprovação do decreto 20/82, que estabelece que todas as companhias que exploram petróleo no país devem contribuir para a formação técnica de angolanos para o sector. Estabelece ainda metas para o preenchimento progressivo do quadro de pessoal das empresas nacionais e internacionais por angolanos. (http://is.gd/ocE7pZ).

Na essência essa motivação surgiu com o crescimento das atividades de exploração, ao desenvolvimento dos campos petrolíferos descobertos nos Blocos de Águas Rasas e ao reinício dos projetos de desenvolvimento na concessão de Cabinda. Vale aqui ressaltar que o setor dos Petróleos é o principal pilar da economia Angolana, sendo, portanto, atrativo e dinâmico em matéria de emprego e pode contribuir significativamente com imposto de renda e outras contribuições etc.(http://is.gd/0uj2cO)

Os fornecedores angolanos foram também beneficiados com a promulgação da Lei das Atividades Petrolíferas n.º 10/104 que estabelece, nos artigos n.º 26 e 27, “o princípio da igualdade de oportunidades para as empresas angolanas fornecedoras de bens e serviços nos concursos realizados nas concessões petrolíferas, dando-lhes a possibilidade de apresentarem propostas até 10% superiores às de um fornecedor estrangeiro.” (http://is.gd/0uj2cO)

Entretanto, Mario Cumandala chama atenção ao fator limitante que as empresas têm encontrado parar “angolanizar” o setor: "baixa qualificação da mão-de-obra nacional", embora o decreto 20/82 estabelece que “todas as companhias que exploram petróleo em Angola devem colaborar com a formação técnica de angolanos para atuarem no sector”. Atualmente muitas dessas empresas promovem “Fóruns de Recrutamento” em diversos países com vista ao recrutamento de quadros angolanos lá radicados.(http://is.gd/Zuqk2V)

Assim, a Chevron já possui um número considerável de nacionais a ocupar cargos importatíssmo na empresa. Na administração da companhia em Angola, segundo Richard Cohagan, 50 por cento dos diretores são nacionais. Ocupam cargos de direção-geral dos departamentos Jurídico, Relações Públicas e Governamentais, Recursos Humanos, Serviços Médicos, Ambiente e Segurança Industrial, "Joint Ventures", Segurança, Tecnologias da Informação, Exploração e Operações em Malongo. (http://is.gd/9qtTZ1)

Há poucos dias, o Ministro angolano dos Petróleos Botelho de Vasconcelos ao comentar sobre o processo de angolanização afirmou: “Podemos considerar as metas do passado como positivas, mas ainda temos uma grande caminhada, para que a indústria petrolífera possa ter, em todos os seus segmentos, em toda a sua organização, uma presença efetiva de angolanos”. http://is.gd/rqEKoT

Os ventos da "angolanização" já estão a chegar em outros setores como por exemplo na TAAG, a nossa companhia aérea. A aplicação do conceito chega até a assustar. Há poucos dias escutei a uma matéria sobre a necessidade de se "angolanizar" os animais selvagens que vivem ao longo da fronteira com Zambia.

Neste momento a angolanização na petrolífera nacional SONANGOL vai muito bem, obrigado. Lá as coisas estão como o "Marechal" gostaria que acontecessem. Pôr o angolano em primeiro lugar; angolano em segundo lugar; angolano em terceiro lugar; angolano em quarto lugar e depois não saberia onde pôr aqueles que deveriam ficar nas suas terras. A cooperação com este homem não seria (mesmo) fácil.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Como concorrer para obtenção de um apartamento na cidade de Kilamba


Foto: Domínio público

Como conseguir um apartamento na Cidade de Kilamba que dista cerca de 20km de “Luanda”? Essa é a pergunta repetida por muitos angolanos e estrangeiros residentes no país.

Aos poucos algumas informações vão já passando de "ouvido a ouvido" e ajudam a animar certas pessoas e, infelizmente, desanimar a outras.

Poderão concorrer aqueles que reunirem as seguintes condições:

1. Ser cidadão angolano e residente em Angola;
2. Não possuir casa própria;
3. Possuir contrato de trabalho permanente ou de longo prazo.

Os imóveis poderão ser financiados pelas instituições bancárias e não bancárias em longo prazo.

A promoção comercialização e venda dos imóveis está a cargo da Sonangol-EP, através da sua subsidiária exclusiva, a Sonangol imobiliária e propriedades
Sonip e Corangola.

Já se sabe que :

Os apartamentos T2 (dois quartos) custarão
69 mil dólares.
Os apartamentos T3 (três quartos) custarão 85 mil dólares.
Os apartamentos T4 (quatro quartos) custarão 115 mil dólares.

Para aquisição de casa na nova cidade do Kilamba Kiaxi, os interessados deverão providenciar os seguintes documentos:

a) Fotocópia do Bilhete de Identidade Nacional válido;
b) Fotocópia do Cartão de Contribuinte;
c) Registo Criminal;
d) Declaração de serviço espelhando o salário base;
e) Fotocópia dos 3 últimos recibos de Salário;
f) Extrato Bancário.

Apenas 115 dos 710 edifícios serão disponibilizados na primeira fase, perfazendo um total de 3.180 apartamentos e 48 lojas. Espera-se que até outubro de 2012 sejam entregue mais 595 edifícios, que corresponde a 16.822 apartamentos e 198 lojas.

Estima-se que 485 mil famílias serão acomodadas nessa cidade na última etapa. Kilamba foi construída numa área de três milhões de metros quadrados. O início das obras ocorreu em 2008.

Já foi anunciada a empresa que irá explorar os serviços de transporte da nova centralidade para as demais localidades: autocarros da transportadora rodoviária TCUL.

Cidade nova, nova vida!. Informações divulgadas dão conta de que já estão prontas para utilização as estações de tratamento de água potável e a de tratamento de águas residuais (ETAR), assim como duas subestações elétricas para o fornecimento de energia à cidade.

Até agora já estão excluídos:
1. Angolanos residentes no exterior;
2. Estrangeiros residentes fora e em Angola;
3. Desempregados;
4. Angolanos que já possuam casa própria;
5. Criminosos;
6. menores de idade (tudo indica que sim)

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Os demónios da prosperidade económica em Angola


Por Mário Cumandala (Economista)


Propor que a prosperidade da economia global surgiu no período do pós-guerra, e com ela, o sistema colonial desapareceu, e debatível, mas conclusivo. Nesta época, vimos que as antigas colónias tornaram-se novos países, alguns deles com formas muito estranhas e posições geográficas que hoje estão merecendo redimensionamento.

Sem história de auto-governo como Estados-nação, que se esforçaram para encontrar o seu caminho, economicamente e em termos de governação estável, as consequências são como vemos, ma governação, ditaduras democráticas com índole de economia de mercado, eleições, ate aprimoramento de justiça social que não passa de um capitalismo selvagem, por onde nem a mão invisível funciona.

A Índia criou um mundo, que se pode dizer como que sendo o maior e uma das mais complexas democracias e milagre moderno. A China virou-se para o comunismo, adoptou o modelo de panejamento centralizado de organização económica, e fez muito pouco progresso económico mensurável por 29 anos, mas talvez semeou as sementes da sua ascensão esta que Angola hoje através da cooperação bilateral económica esta se beneficiando e assim também a grande maioria do povo Chinês. Já em meados da década 70, a China dramaticamente mudou de direcção e se tornou a maior (em população) e de crescimento mais rápido país na história do mundo.

O que ninguém viu claramente foi que no período pós-guerra, as festas económicas que estavam sendo executadas por 200 anos em um pequeno subconjunto da população estava prestes a se espalhar para grande parte do resto do mundo. O desenvolvimento da ciência e da tecnologia, no século 20, serviu tanto para promover a melhoria da qualidade da vida do ser humano, quanto para ampliar a sua capacidade de autodestruição. Entre as heranças nefastas do último século, encontram-se o desgaste sem precedentes dos recursos naturais, os efeitos lesivos da poluição do ar e das águas, a destruição das matas e da biodiversidade do planeta.

No início da década de 1960, os movimentos ecológicos já advertiam sobre as graves ameaças que estavam impostas à biosfera. As manifestações e discussões naquela década apontavam, também, para a insustentabilidade do modelo de desenvolvimento baseado no ideal de consumo e crescimento económico acelerado. Assim, aos poucos, os temas ambientais foram sendo incorporados aos programas de governo das nações, aos partidos políticos e à agenda dos organismos internacionais.

Enfim, o que é Desenvolvimento Sustentável

A definição que eu mais gosto e que declara que desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações.

É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objectivos: o desenvolvimento económico e a conservação ambiental.


Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de panejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento económico, que leva em conta o meio ambiente.

Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento económico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.

Actividades económicas não podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento económico. O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem. Angola pode ate pensar que esta em bom caminho, mais tem uma longa jornada em frente nestas áreas.

E os modelos de desenvolvimento Económico dos países industrializados, devem ser seguidos por Angola?

O desenvolvimento económico é vital para os países mais pobres como o nosso, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adoptado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível. Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida actualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes.

Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados, isso sim.

Os crescimentos económicos e populacionais das últimas décadas em Angola e noutros pontos do planeta têm sido marcados por disparidades. Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.


Como dizia um dos meus professores quando eu era estudante de Mestrado em Strayer University, em Washington, D.C, que sempre haverá limites para a substituição de capital por trabalho, embora estes limites estão se movendo devido a tecnologia que pode mudar a arte do possível.

O desenvolvimento económico tem consistido, para a cultura ocidental, na aplicação directa de toda a tecnologia gerada pelo homem no sentido de criar formas de substituir o que é oferecido pela natureza em lucro. Até hoje o meio ambiente foi considerado algo a parte das relações humanas, apenas uma fonte inesgotável de recursos. Apesar do progresso registado nas últimas décadas, mais de um bilhão de pessoas ainda vive em extrema pobreza e têm acesso precário aos recursos de que precisam para viver com dignidade. Angola e o exemplo disso.

O aumento da produtividade do trabalho como resultado da aplicação de melhores e mais sofisticadas tecnologias, tem convertido em supérflua uma boa parte do trabalho humano mundial. Em outros termos, o crescimento económico medido pelo PIB, não tem sido acompanhado proporcionalmente pela criação de mais postos de trabalho.

Apesar dessa característica específica do sistema económico capitalista, necessita-se trabalhar sempre por maiores taxas de crescimento económico, pois ainda que não proporcionalmente, essa taxa é que se deverá reflectir em mais geração de empregos. Taxas de crescimento económico negativas ou próximas de zero parecem traduzir-se necessariamente em altas taxas de desemprego, consequentemente em mais pobreza, marginalização e ate mesmo conflitos mesmo numa sociedade pós guerra como a nossa.

Há quem diga que a Segunda Grande Guerra Mundial, teve por causa as mas politicas económicas da Europa toda, Hitler, assim muitos concluem, foi produto destas mas politicas.

Desta forma já hoje em Angola, deparamo-nos na actualidade com problemas profundos que vêem-se cada vez mais entrelaçados. As questões do desemprego e do meio ambiente são provas evidentes de uma crise mais ampla que se avizinha. O desemprego pede mais crescimento económico e este por sua vez, deve buscar na natureza os requisitos necessários para tanto, e não estendendo uma lógica que se mostra cada vez mais insustentável. Mais blocos a serem licitados, mais contractos de exploração mineira, mais projectos agrícolas, mais iniciativas.

Nada esta errado com isso, mas será que as politicas que estão sendo implementadas, tanto ao nível do executivo como para as empresas publicas agora na era das PPPs, são mesmo boas e sustentáveis?

O entre cruzamento ou o dia da convergência, como gosto de pensar, de várias questões fundamentais tais como, pobreza, falta de trabalho, meio ambiente – aspectos abordados neste artigo -, dão uma mostra da complexidade da situação que vivemos na actualidade, e que um paço em falso, pode significar miséria profunda para este povo já martirizado por anos de conflito armado.

Finalmente mais do que nunca, se faz necessária uma visão abrangente na tentativa de resolução de problemas que sociedades como as nossas vivem, entendendo-os como não circunscritos apenas a uma disciplina académica ou a simples departamentalização dos temas. Os aspectos sociais, económicos, ecológicos, locais e globais, devem ser colocados lado a lado para que se possa aferir a real complexidade dos temas tais como crescimento económico, desemprego, habitação, privatização, politicas energéticas, extractivas, e principalmente seu entendimento.

Do que conheço acerca deste tema, os objectivos do Desenvolvimento Sustentável, numa economia em crescimento como a nossa em Angola, em sua busca de um maior equilíbrio económico, social e ecológico, nas bases de uma economia de mercado, parecem longe de serem alcançados. Mas, não deixam de ser um objectivo, e talvez mesmo uma utopia de minha geração.

Conta-se que Mahatma Gandhi, meu ídolo, ao ser perguntado se, depois da independência, a Índia perseguiria o estilo de vida britânica, teria respondido: "...a Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do planeta para alcançar sua prosperidade; quantos planetas não seriam necessários para que um país como a Índia alcançasse o mesmo patamar?"

A sabedoria de Gandhi indica-me, que os modelos de desenvolvimento económico para o nosso pai, precisam também mudar. Consequentemente, os estilos de vida das nações ricas e a economia mundial devem ser reestruturados para levar em consideração o meio ambiente.

FIM

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Preços dos apartamentos da nova cidade de Kilamba

(Foto: domínio público)
Não custa nada sonhar. Muitos angolanos sonham em ter a casa própria. Os novos apartamentos da nova cidade de Kilamba, futura sede do Município de Belas, em Luanda já têm preços e documentos definidos.

Assim, os apartamentos T2 (dois quartos) custarão 69 mil dólares.
Os apartamentos T3 (três quartos) custarão 85 mil dólares.
Os apartamentos T4 (quatro quartos) custarão 115 mil dólares.

Para aquisição de casa na nova cidade do Kilamba Kiaxi, os interessados deverão providenciar os seguintes documentos:

Fotocópia do BI;
Fotocópia do Cartão de Contribuinte;
Registo Criminal;
Declaração de serviço espelhando o salário base;
Fotocópia dos 3 últimos recibos de Salário;
Extracto Bancário.

Não é necessário ter cartão de eleitor.

Mantenha-se informado acessando o blog "Hukalilile", o blog que não esconde a notícia a seus (e)leitores. Não perca nenhum lance.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A nova Cidade de Kilamba abrirá em breve a venda de apartamentos.


Autor da foto: desconhecido

Até o fim deste mês, os imóveis da Cidade de Kilamba começarão a ser vendidos. A empresa responsável pela comercialização dos referidos imóveis abrirá diversos pontos de vendas em Luanda.

Apenas 115 dos 710 edifícios serão disponibilizados na primeira fase, perfazendo um total de 3.180 apartamentos e 48 lojas. Espera-se que até outubro de 2012 sejam entregue mais 595 edifícios, que corresponde a 16.822 apartamentos e 198 lojas.

Estma-se que 485 mil famílias serão acomodadas nessa cidade na última etapa. Kilamba foi construída numa área de três milhões de metros quadrados. O início das obras ocorreu em 2008.

Vale aqui recordar que a cidade de Kilamba, que dista a cerca de 20km de Luanda, foi inaugurada no passado dia 11 de Julho de 2011.

Dos cerca de 12 projetos elaborados para criação de novas cidades, quatro já estão em execução nas províncias de Luanda, Bengo, Cabinda e Lunda-Norte

terça-feira, 12 de julho de 2011

Angola precisa do que você tem !


by Mario Cumandala
11 Julho 2011

Quando vivia no Reino Unido, sempre que eu minha familia visitavamos o pais de Gaules, a Escocia e as areas de Birmingham e Manchester, sempre lembrei-me deste personagem Robin Hood. Eu amo a história de Robin Hood. A melhor versão que eu tenho visto (embora eu não tenha visto o novo filme) é o desenho animado.

Eu amo a caracterização: Robin Hood como uma raposa em pé para os coelhos pobres, o conselheiro do rei é uma cobra, o pequeno João como um urso gigante, os guardas desajeitados como abutres, o xerife é um lobo, o sacerdote é um texugo. Um texugo!

Ele Robin, um bicho bonito com uma arma em direção a colocar-se para o rapaz, um atirador incrível, e com uma atitude de go-get-him. Ele é um personagem tão incrível, que nos esquecemos que ele é um bandido em tudo isso. Sim, o rei está longe lutando uma guerra, e seu sobrinho é um tirano, mas Robin ainda está roubando dos ricos para dar aos pobres.

Tenho empatia para a sua causa. É apenas o direito justo? Queremos que este menino-prodígo venha para entrar e salvar o dia, acertar os erros,etc." Queremos ver ele a quebrar as portas da prisão e dar de volta a esses o que era deles. Nós apoiamos e gritamos, "Vai pegá-los Robin!"

Enquanto isso o Rei Richard retorna para restaurar a ordem no reino.

É uma grande história, mas é isso. Uma história. O problema começa quando trazemos isso para a realidade, como a nossa em Angola.

E outros vao um pouco mas alem, fazendo de Jesus um Robin Hood. Embora eu não sei se Jesus foi algum tipo de atirador, eu sei que Jesus não era um ladrão.

Mas nós esperamos que ele vai usar os ricos para dar aos pobres, e que de alguma forma, nós, que não temos muito a dar não nos metemos nisso. Voltamo-nos em meros espectadores. Em vez de entrar em acção, nós estamos no meio da multidão, a se alegrar em Jesus e seus homens unidos. Nós queremos que ele seja o único a pegar em armas contra os tiranos em nossas vidas e restaurar a nós que acreditamos algo foi injustamente tomado (familias, terrenos, casas, dinheiro, status) de nos.

Eu acho que Deus requer mais do que isso de nós. Jesus uma vez contou a história de um homem em necessidade, um homem que foi destituído. Ele foi espancado, roubado e deixado como morto. Mesmo neste estado, houve pessoas que passavam por ele na beira da estrada, e deixaram-no nessa condição. As pessoas com status e capacidade para ajudá-lo caminhavam pela rua na sua arrogância, o sentimento era abaixo deles para ajudar.

Finalmente, houve um homem que ajudou. Seu patrimônio foi de tal forma que os judeus chamavam a sua espécie gentio, e trataram-no como. Este homem ferido, em diferentes circunstâncias, podia tê-lo chamado de um cão e cuspir nele. O Robin Hodd destas historia era um samaritano, e ele pôs de lado todas estas diferenças, colocou o homem em seu jumento ( se fosse Angolano seria no VX) e levou-o para a cidade para receber a ajuda que precisava. E ele não só foi despejá-lo no pronto-socorro, (da Clinica Caridade) ele pagou para as despesas, e disse que a ajuda se não fosse suficiente, ele pagaria o restante quando ele voltasse para a cidade.

Isto é o que Deus espera de nó-Angolanos desta geracao.Não importa a nossa situação, ou como as pessoas nos trataram. Vamos la deixar de ser vítimas à espera de um Robin Hood para salvar o dia.

Devemos ser como este samaritano. Não importa o quanto ou quão pouco temos. É hora de nós Angolanos parar-mos de esperar por alguém para fazer a diferença. Não podemos pensar que, porque não temos os recursos para ajudar a todos, entao não podemos ajudar alguém.

Ja não se explica tanta gente em Angola a passar mal, salários atrasados, crianças a comerem do lixo, mortalidade infantil a subir, jovens em idade escolar a venderem refrigerantes na rua. Que futuro para eles? So o Governo mesmo e que tem que ajudar? Não creio nisso. Alguém precisa do pouco que você tem hoje.

http://www.facebook.com/cumandala