domingo, 31 de agosto de 2008

10 razões de força para votar na FpD (VI)


Por Simão Cacete (*)

Decorridos cerca de trinta e três anos da proclamação da nossa independência e seis anos de paz não é difícil encontrar razões para votar na FpD. De facto, durante anos a guerra civil serviu de desculpa para todos problemas que os angolanos enfrentavam no dia-a- dia. Hoje podemos constatar que apesar da paz, apesar do crescimento da exploração de diversos recursos naturais, com particular destaque para o petróleo e diamantes, apesar da subida galopante do preço do petróleo persistem os mesmos problemas que afectam a qualidade de vida dos cidadãos e alguns têm-se agravado. A falta de água potável, a falta de energia eléctrica, as difi culdades de acesso à saúde, à justiça, ao emprego e habitação condignos, etc.

Assim voto na FpD porque acredito que:

1. A FpD é um projecto político que desde a sua fundação e ao longo destes anos, tem dado provas de seriedade e credibilidade. Independentemente das vicissitudes, a prática política dos dirigentes e membros da FpD tem hoje uma marca indelével na sociedade angolana pela coerência na defesa das causas sociais, pela apresentação de um pensamento político alternativo em que assentam as suas propostas de políticas para o país. Os cidadãos vítimas das demolições arbitrárias de casas a quem apenas são oferecidas precárias tendas como alternativa, as vítimas de falências ou extinções duvidosas de empresas a quem apenas são oferecidas como alternativa o desemprego e a miséria, sabem todos que podem sempre contar com a presença solidária de dirigentes da FpD em apoio às suas lutas e em defesa dos seus direitos.

2. A FpD é o partido da confiança, porque os seus dirigentes revelaram-se merecedores dessa confiança, pois provaram ao longo destes anos que são íntegros, não se deixando vergar pelas difi culdades do dia-a-dia, nem pelos acenos de privilégios e benesses. Os angolanos podem acreditar que os mandatos que forem atribuídos à FpD serão utilizados para servir os superiores interesses do país e jamais para benefício particular dos eleitos, dos seus familiares
ou das suas clientelas. Os eleitos da FpD saberão honrar os seus mandatos com elevado sentido de serviço em prol do país e dos angolanos, empenhando-se na busca de soluções que contribuam para a melhoria das condições de vida dos cidadãos.

3. Os representantes eleitos nas listas da FpD saberão prosseguir e aprofundar o diálogo com os eleitores, nas suas diversas formas de organização, sendo porta-vozes das suas reivindicações e prestando-lhes, com regularidade, contas da sua actividade, cultivando deste modo uma relação transparente entre eleitores e eleitos. Assim será também permitida e promovida a participação dos eleitores no controlo da actividade dos eleitos, estabelecendo com estes a prática da prestação de contas. Só deste modo será assegurada a participação dos eleitores na criação de leis que acautelem os superiores interesses do país.

4. Porque é o partido da cidadania, para a FpD não há cidadãos de primeira e cidadãos de segunda; todos os cidadãos, independentemente da filiação partidária, do local de nascimento ou de residência, são iguais nos seus direitos e deveres. Esta defesa da cidadania plena permitirá e estimulará a participação de todos os cidadãos onde quer que se encontrem, no país ou na diáspora, conduzindo a criação de condições necessárias à sua participação plena quer na construção do desenvolvimento económico e social do país, quer nos actos políticos relevantes. Todos os cidadãos deverão ter igual protecção do Estado, iguais garantias de acesso à saúde, educação, justiça, habitação e emprego.

5. Para a FpD a fi liação partidária não é critério de competência nem factor de inclusão ou exclusão e por isso defende a alteração dos critérios de acesso às oportunidades de emprego. O desenvolvimento do país, para fazer dos angolanos cidadãos prósperos, é uma tarefa para a qual devem ser mobilizados todos os cidadãos. Só deste modo será possível vencer as dificuldades de hoje e fazer de Angola um país moderno, onde todos os angolanos e não só estes, sintam orgulho em viver.

6. A FpD defende a completa despartidarização da Administração Pública e o estabelecimento de regras transparentes para o recrutamento e admissão de candidatos, assentes em critérios de competência. Só deste modo será possível reabilitar a imagem da função pública junto das populações, assegurando serviços com competência e efi ciência, eliminado factores de arbitrariedade, promotoras do recurso ao suborno e corrupção.

7. A FpD prosseguirá uma acção política séria de combate à todas as formas de corrupção, independentemente dos cargos ocupados na hierarquia do Estado ou a relevância social ou política dos implicados. Assim, a contratação, pelo Estado, de serviços, empreitadas ou fornecimentos deverá reger-se por critérios transparentes amplamente publicitados e escrutináveis. Para tal os órgãos de justiça deverão ser dotados dos meios técnicos necessários a investigação de todas as denúncias, sem excepção. De igual modo, deverão ser adoptadas medidas de prevenção como a obrigatoriedade de apresentação periódica da declaração de rendimentos, para todos os detentores de cargos públicos de relevo, quer se trate de eleitos, quer se trate de nomeados, bem como regras claras de incompatibilidade que eliminem a promiscuidade entre os interesses públicos e privados. Por isso será uma prioridade assegurar uma verdadeira separação e independência de poderes com particular destaque no que ao sector da justiça respeita.

8. A FpD é uma força de diálogo, que garante o exercício do poder político assente no pluralismo partidário e na diversidade social e não no aniquilamento dos adversários políticos. O pluralismo e a diversidade contribuem para o fortalecimento da nossa identidade nacional e proporciona a oportunidade para o desenvolvimento de melhores soluções para os problemas com que se confrontam o país e os cidadãos. Com a FpD a democracia pratica-se permanentemente, e em democracia não há lugar à prepotência e arrogância, porque a soberania reside no povo e o povo no regular exercício dessa soberania, transforma os vencedores de hoje nos vencidos de amanhã.

9. A FpD defende o pluralismo e a liberdade dos órgãos de comunicação social. Para isso defende a defi nição de regras claras e transparentes para o investimento no sector. Defende igualmente a total independência dos órgãos de comunicação social do Estado, assegurando a não discriminação dos diversos actores sociais e políticos no acesso a esses meios, de modo a evitar a transformação desses órgãos em meros agentes de propaganda do Governo ou do partido que o sustenta.

10. A FpD contribuirá para a dignifi cação da Assembleia Nacional como órgão legislador por excelência, a Casa da Lei, e como órgão de fi scalização da actividade do Governo. Assim a prestação de contas, pelo Governo como um todo, ou pelos ministros sempre que solicitados pelos representantes eleitos, deverá ser uma prática habitual. De igual modo, a Assembleia Nacional deve ser o espaço privilegiado de diálogo e concertação para a definição de soluções para as diversas questões e confl itos que eventualmente ocorram no nosso espaço territorial. Assim a figura do debate e da consulta pública prévia a aprovação das leis relevantes para o país deverá ser adoptada e incentivada. No pleno exercício das suas competências constitucionais, na Assembleia Nacional deverá ser assegurada e facilitada a participação dos cidadãos na prática legislativa através de apresentação de petições e demais procedimentos previstos na lei.

(*) Militante da FpD, candidato a Presidente da República nas eleições gerais de 1992

Fonte: Semanário angolense (setembro 2008)

10 razões para votar na FpD (V)


Por Walter Ferreira

1- A FpD - Frente para a Democracia é um Partido Politico que tem estilo próprio e a sua fundamentação reside na politica enquanto espaço de intervenção e não na manutenção da ditadura do poder; a FpD está na politica para servir a sociedade e não aproveita à condição de Partido Politico para se servir .

2- A maioria dos Partidos Políticos fala em mudança enquanto que a FpD entende a «mudança » na forma de se fazer e de se estar na politica e não na substituição de uma ditadura por outra.

3- A FpD é contra a bipolarização do estado porque esta abafa a democracia representativa e vicia os actores políticos e consequentemente fragiliza as instituições democráticas.

4- A FpD pretende no parlamento trazer uma nova politica em Angola, começando por reformular o espaço de debate que nestes 16 anos foi incapaz de discutir ideologicamente a real necessidade do povo Angolano. O Parlamento que deveria ser o espaço privilegiado de discussão da vida nacional esteve refém do estado de depredação enraizado na figura do príncipe, dando lugar assim aos novos ricos que desrespeitam a ideia da República e reproduzem o subdesenvolvimento.

5- A FpD vê a democracia representativa não como um espaço de charme em que os deputados exibem futilidades e que no fim do mandato da legislatura não representaram aqueles que lhes delegaram os seus poderes. Na expressão popular, o povo diz o seguinte: tal como entrou, foi tal como saiu. Por isso somos adeptos da democracia participativa assente nos paradigmas do Séc. XXI em que existe uma relação de responsabilização entre governantes e governados

6- Não tenhamos dúvida que a FpD veio da sociedade civil e que sempre esteve próximo dela, sendo mesmo o Partido Político com mais participação cívica e política contribuindo para afirmação do espaço público e dando oportunidade aos jovens de exercerem na plenitude a sua cidadania. Podemos chamar e considerar que a FpD é uma nova escola politica com uma corrente de pensamento virada para liberdade, modernidade e cidadania.

7- No jogo político começa a ficar claro que na próxima legislatura os Partidos Políticos serão confrontados com outras realidades sócio-politicas e os cidadãos para além de terem maior consciência dos seus direitos serão também mais exigentes em relação àqueles em quem depositaram o seu voto. A imprensa será mais actuante e plural, a sociedade civil mais interventiva . É neste campeonato politico que a FpD pretende disputar um lugar privilegiado com uma bancada parlamentar forte que seja a voz dos sem voz e batendo-se contra as desigualdades sociais.

8- O eleitorado já compreendeu que é necessária mudança, mas não compreendeu quem de
facto trará a mudança. Assim sendo, a FpD apela ao voto dos cidadãos nos Partidos Políticos, mas também o voto dos cidadãos nas figuras que compõem as candidaturas destes partidos. Se assim acontecer estaremos perante a avaliação ética da personalidade dos deputados .

9- A FpD não faz promessas demagógicas e nem populistas para atrair o eleitorado. Respeita a vontade do povo angolano e pretende que este participe da concepção, da gestão e fiscalização da governação.

10- Todos os democratas de bom senso adeptos da democracia, da pluralidade de opiniões e com sentido de justiça apurado sem dúvida que votarão em consciência na FpD. Antes do dia 5 de Setembro todas as angolanas e angolanos devem fazer-se a seguinte pergunta: quais os Partidos e políticos que melhor correspondem às exigências da qualidade do poder legislativo e centro da politica nacional? Sem dúvida que a FpD é parte deste grande desafio da qualidade legislativa.

Fonte: Semanário Angolense (Setembo 2008)

11 razões para votar no 11

Onze razões para votar no Onze

Por Maurílio Luiele (*)

1. UNITA fundamenta-se numa causa sólida, cristalizada nos princípios de Muangai 66, e por essa razão, esteve sempre presente nos momentos cruciais e decisivos da recente história de Angola. Participou activamente na luta pela independência e foi factor principal para a abertura de Angola ao multipartidarismo e economia de mercado ocorrida em 1991. Ela é hoje o maior partido da oposição e por isso, instrumento privilegiado a mão dos Angolanos para operar a MUDANÇA que se impõe. No dia 5 de Setembro os Angolanos votarão pela MUDANÇA.

2 – O poder longevo e absolutista ofusca a visão de seus detentores afastando-os dos dirigidos, é absolutamente contra a DEMOCRACIA. A ALTERNÂNCIA, por sua vez, representa sempre uma lufada de ar fresco para a DEMOCRACIA e é fundamental para melhorar a sua qualidade e o seu aprofundamento. No dia 5 de Setembro os Angolanos irão votar para escolher entre a CONTINUIDADE e consequente persistência do deficit democrático que caracteriza Angola de hoje e a ALTERNÂNCIA que permitirá aprofundar a nossa DEMOCRACIA. Tenho a certeza que os eleitores angolanos, hoje por hoje mais maduros, escolherão a 2ª opção. A UNITA encontra-se em posição privilegiada para protagonizar a alternância.

3 – Todos concordamos que Angola, tal como se encontra hoje reclama por reformas multifacéticas no campo político, económico e social que permitirão MUDAR o quadro caótico presente. Tais reformas assentam primariamente numa NOVA CULTURA POLÍTICA que catalise as mudanças imperiosas. Ninguém minimamente consciente acredita que aqueles que governaram o país nos últimos 33 anos e cujas escolhas políticas foram em grande medida determinantes para pintar o quadro social actual, sejam capazes de incorporar, do dia para a noite, esta NOVA CULTURA e fazer as reformas que se impõem. Por isso, se desejamos progredir e sair da situação actual é imperativo que se opere uma profunda MUDANÇA. Acredito na proposta de MUDANÇA apresentada pela UNITA.

4 – Os países com economias centradas no petróleo como o nosso, pelos variadíssimos interesses em sua volta, são vulneráveis à promoção de CLEPTOCRACIAS. No nosso caso, existem muitos sinais que indicam como real esta possibilidade. Só um sistema democrático sério pode impedir que pequenos grupos tomem de assalto o poder para açambarcar em proveito próprio a riqueza nacional. Isto pressupõe que a alternância seja um pressuposto a ser observado, se efectivamente pretendemos um país democrático. No dia 5 de Setembro os Angolanos votarão contra a instalação em Angola de uma CLEPTOCRACIA, votarão pela alternância e a UNITA encontra-se em condição privilegiada para protagonizar a alternância.

5 – O homem angolano, nos últimos 500 anos não teve acesso à riqueza nacional. Mesmo nos últimos 33 anos de independência a riqueza nacional não serviu decisivamente os interesses nacionais. Prova disso é que mais de 50% dos angolanos são considerados pobres e a frágil classe média é essencialmente constituída por remediados. Os ricos constituem uma parcela ínfima e na sua maioria constituíram suas riquezas a custa do erário público pela relação que mantinham com os círculos do poder. A justiça social e igualdade de oportunidades foram palavras vãs nos últimos 33 anos. A exclusão social foi o verbo conjugado. Só um governo que tenha o homem angolano no centro das preocupações pode, de facto, resgatar para os angolanos sua própria riqueza. Esta é a proposta da UNITA, na qual, acredito, os Angolanos votarão no dia 5 de Setembro.

6 – Promover a igualdade de oportunidades, a justiça social e investir no capital humano é essencialmente assegurar EDUCAÇÃO DE QUALIDADE ao jovem angolano. Considero interessantes as experiências desenvolvidas pela UNITA nas chamadas «áreas livres» em contextos bem mais adversos que aqueles que vivemos, por exemplo, em Luanda. Jovens com o 9º ano de escolaridade deste sistema têm revelado bases sólidas para enfrentar os desafios da vida quotidiana e para o prosseguimento dos estudos. Por outro lado, é difícil encontrar explicações para o estado lastimável a que foi votado o sistema público de ensino e que só agora se tenta apressadamente reanimar. Considero a EDUCAÇÃO DE QUALIDADE um factor chave para o desenvolvimento que desejamos para Angola. A UNITA me parece, por isso, bem mais em condições de ganhar essa aposta (em educação) do que qualquer outro partido. Acredito que no dia 5 os jovens votarão por uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

7 – Ser jovem hoje em Angola é viver sem perspectivas: difícil acesso ao ensino superior, elevadas taxas de desemprego, incertezas no acesso à habitação e outras oportunidades económicas, HIV/SIDA, baixa esperança de vida, poucas alternativas para o lazer e recreio e falta de oportunidades para expor seus talentos artísticos e desportivos fazem dos jovens presas fáceis da delinquência juvenil. Sem uma política juvenil sólida para reverter esta situação o sistema actual privilegia o estímulo das fragilidades dos jovens enevoando ainda mais o seu futuro. É preciso dar uma perspectiva aos jovens e só a MUDANÇA proporcionará esta perspectiva.

8 – O VIH/SIDA é reconhecidamente um problema que afecta de modo particular o desenvolvimento dos países africanos. Em Angola os números oficiais parecem desfasados da realidade que constatamos no dia a dia. De qualquer modo eles mostram uma tendência ascendente persistente na incidência e prevalência de seropositivos e doentes de SIDA. Isto denota falência nas estratégias de combate à pandemia. O programa específi co (PNLS) parece demasiado politizado e sua componente científica, secundarizada. Uma parceria sólida do estado com a sociedade civil, particularmente com ONG’s que lidam com o HIV/ SIDA, de modo geral reunidas na ANASO é fundamental para direccionar correctamente os recursos disponíveis e ajustar a estratégia. A ANASO necessita ser elevada à categoria de associação de direito público, o governo prefere conferir esta categoria ao Movimento Nacional Espontâneo. Quais são as prioridades? Qual é a estratégia? Precisamos MUDAR, em Setembro temos esta oportunidade.

9 – Muito se fala sobre o crescimento económico de Angola. É um facto inegável. Porém, alguns dos factores que têm impulsionado este vigoroso crescimento radicam num contexto da volátil economia mundial que pode não perdurar. Se não houver suficiente inteligência e empenho dos Angolanos, corre-se o risco de se perder esta oportunidade e o crescimento econômico não passará disso mesmo, ou seja, não se converterá em desenvolvimento real. Apesar do presente investimento em obras de reconstrução nacional, fenómenos como a corrupção e o carácter eleitoralista de algumas destas obras podem representar canais potenciais capazes de verter para o escuro muita da liquidez hoje disponível e propiciar o surgimento de muitos elefantes brancos. O modelo econômico preconizado pela UNITA ao inscrever um investimento elevado no capital humano e combate à pobreza combinado com um combate sem quartel à corrupção oferece mais garantias em aproveitar o bom momento econômico de Angola.

10 – Emprego justamente remunerado, seguro social, assistência social às franjas vulneráveis da sociedade, políticas de acção afirmativa, política fiscal justa e eficaz, são jargões que transformados em realidade permitem uma distribuição melhor da renda nacional e conseqüente justiça social. Acredito na capacidade da UNITA em realizar esta sociedade solidária.

11 – A bandeira da UNITA com o galo negro e o sol despontando, representando cada raio uma província de Angola é, há 42 anos, um apelo permanente aos Angolanos para DESPERTAR com a esperança (que a cor verde representa) de um porvir risonho. Votar no ONZE é, por isso, DESPERTAR COM A ESPERANÇA DE UMA ANGOLA MELHOR PARA TTODOS!

(*) Médico, Mestre em Ciências Biológicas Docente da Faculdade de Medicina – UAN; Assessor Técnico do Gabinete de Estudos, Pesquisa e Análise da UNITA e – mail: maurílio.luciano@ terra.com.br
Fonte: Semanário Angolense

UNITA caminha a passos largos para a vitória

Se a UNITA ganha as eleições o PR vai ficar «enfraquecido»

Por Carlos Lopes

Luanda - A análise que um semanário Angolano fez, que se um partido ganhar as eleições, pode não ser « convidado » pelo Presidente da República para governar, é parcialmente correcto. Até pode-se acrescentar, que se o MPLA ganhar com maioria simples ou até perder as Eleições, o Presidente Eduardo dos Santos será sempre tentado a chamá-lo à Governar o País.

E é este o cenário que eu vou analisar, porquanto, se os partidos concorrentes a estas Eleições garantirem uma maioria absoluta em número de Deputados eleitos, no seu conjunto, e que permitam uma revisão Constitucional, ou seja, a próxima Assembleia passar a constituinte, podem através da maioria qualificada, exigida pela actual Constituição, alterá-la de forma à que os Poderes do Presidente, do Governo e da própria Assembleia, passando até por uma revisão do papel do Tribunal Constitucional, ser tão profunda, ao ponto de vir a condicionar o papel político do actual Presidente de Angola e do seu Governo minoritário( MPLA ).

É previsível que a UNITA neste momento, já tenha elementos que permitam ser optimista em relação a vitória nestas eleições. Um outro partido que vai « subtrair » milhares de votos ao MPLA, é o FpD pelas razões que todos conhecem e ficará num escalão dos cinco primeiros.

O MPLA está muito apreensivo, porque nestas eleições não está em questão se ganha ou não, o que está em questão, é se o próprio Presidente do partido, conseguirá manter a posição política hegemónica que possui actualmente em Angola.

Por isso, se a UNITA ganha as eleições gerais em Angola, e fruto dos acordos políticos que têm efectuado com outras forças políticas, possa permitir a referida maioria absoluta qualificada para uma revisão constitucional, indo ou não para o Governo, seguramente fará uma revisão constitucional, como aliás já foi afirmado durante a campanha eleitoral.

Nesta linha de pensamento, o Presidente da República vai ficar «enfraquecido» e tentará adiar o máximo que poder, as Eleições para a Presidência, enquanto trabalha numa solução política de « segurar o poder » perante uma eventual Assembleia Nacional politicamente adversa.

Neste sentido, não surpreende ninguém em ver o Presidente da República, «nas vestes» de Presidente do MPLA, porque ele assume o seu papel na Campanha em defesa dos interesses do seu partido. Só que é um jogador, que calçou as «chuteiras» ao contrário e a pouco tempo do jogo acabar. Já não vai marcar golo nenhum, porque a diferença com a equipa da MUDANÇA é descomunal, que não há recuperação possível. Ele só vai perceber, com a contagem dos votos!

É assim, que para animar a «malta», foi anunciado pelo MPLA para amanhã um grande comício onde se espera UM MILHÃO de pessoas (… francamente, a uma fixação do MPLA pelo um milhão.. ) que servirá também para dar os parabéns ao Presidente do MPLA pelo 66º aniversário. O espaço já está terraplanado e electrificado ( quantos eleitores na capital ainda aguardam pela « luz » ), vai ter muita animação, e fica em Benfica perto do mercado Kifica. Vai ser o canto do cisne, para o MPLA.

Neste vigésimo quinto dia das Eleições em Angola, vê-se uma oposição ao MPLA crescente, cujo o motor é o programa da Mudança liderado pela UNITA, que caminha a passos largos para a vitória Eleitoral.

*Carlos Lopes
Fonte: http://angolasempre.blog.com/

O meu voto

Partidos que concorrem às eleições legislativas angolanas, em 05 de setembro de 2008, disputando 220 assentos.

1.PRS - Partido de Renovação Social






2
.PLD - Partido Liberal Democrático


8.FOFAC - Fórum Fraternal Angolano Coligação

- Partido Angolano Conservador do Povo (PACOPO);

- Partido Democrático dos Trabalhadores (PDT);

- União Nacional para Democracia e Progresso (UNDP);

- Frente Nacional de Desenvolvimento Democrático de Angola(FNDDA).

3.FpD-Frente para a Democracia






4.
PDP-ANA - Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional de Angola

9. ND - Nova Democracia União Eleitoral

- Movimento Para Democracia de Angola (MPDA);
- Partido Socialista Liberal (PSL);
- Partido Social Independente de Angola (PSIA);
- Partido Angolano Republicano (PAR);
- União Nacional para a Democracia (UND).


5.PPE - Plataforma Política Eleitoral


- Aliança Nacional Democrática (AND);
- Partido Democrático Unificado de Angola (PDUA);
- Partido Nacional Independente de Angola (PNIA);
- União Social Democrática (USD);
- Centro Democrático Social (CDS);
- Partido Angolano Para Unidade Democracia e Progresso
(PAUDP);
- Partido da Comunidade Socialista Angolana (PCSA);
- Movimento Democrático de Angola (MDA);
- Partido de Convenção Democrática e Progresso (PCDP)



10. MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola







11
.
UNITA - União Nacional para Independência Total de Angola

6. FNLA - Frente Nacional de Libertação de Angola







7
.PAJOCA - Partido da Aliança Juventude Operária Camponesa de Angola



12
. PADEPA - Partido de Apoio Democrático e progresso de Angola








13.
PRD - Partido Renovador Democrático


14.
AD - Angola Democrática - Coligação

- Unificação Democrática Angolana (UDA);

- Partido Democrático Pacífico de Angola (PDPA);
- Movimento de Defesa dos Interesses dos Angolanos / Partido da Consciência Nacional (MDIA/PCN);
- Partido Angolano Liberal (PAL);
- Partido Nacional Ecológico de Angola (PNEA).



O meu voto

No próximo dia 5 de setembro de 2008 os angolanos, com idade superior a 18 anos, de Cabinda ao Cunene, que possuam o título de eleitor, foram convidados para exercerem um dos mais sagrados direitos: a eleição de seus representantes junto a Assembléia Nacional. É um momento ímpar. Angola esperou muito por este momento. Não foi conseguido porque alguém, se considerando democrata, entendeu que isso fosse uma rotina como nas grandes democracias. Nós os angolanos pagamos um preço grandioso para que esse evento ocorresse.

A ausência de eleições por muito tempo levou à destruição e ao descalabro, à arrogância própria dos ditadores da ocasião. Muitos, inclusive, já chegaram a se acostumar a ser assaltados pelos políticos. Especialistas em promessas não cumpridas. A realidade é decepcionante e precisa ser mudada.

Hoje não irei me alongar, como de costume, porque tudo que tínhamos que falar já foi dito ao longo dos últimos anos. Não se estuda às vésperas das provas. Agora é o momento de apenas relembrarmos tudo aquilo que sabemos bem. Começaria por relembrar um comentário feito por Osvaldo S. Rodrigues, em Fevereiro deste ano, que vou adaptá-lo: acima de minhas convicções religiosas, políticas, meu grupo étnico, eu sou, em primeiro lugar, angolano. Os partidos desaparecem mas Angola não. Sermos angolanos nos faz mais coesos, fortes e invencíveis. Infelizmente, ainda não tivemos lideranças que trabalhassem esse quesito. As que temos mais fomentam intricas e desuniões. Mas isso tem dia marcado para terminar.

Voltando. Devemos sempre ter em mente que, em nome da democracia muito sangue foi vertido. Muitos filhos tiveram que abandonar o país que os viu nascer. O atraso nos abraçou. Hoje, Angola enfrenta um cenário de desigualdades injustas e exclusão sócio-econômica.

Um dos exemplos é quando vemos as elevadas taxas de analfabetismo; ainda hoje no país produtor de petróleo, mais da metade de população angolana ainda utiliza a lenha como principal fonte de energia. Enquanto, isso, alguns grupos, no entanto, se enriquecem cada vez mais e o povo caindo mais na mais profunda desgraça.

Estou certo de que os angolanos comparecerão aos locais de votação para exercerem a soberania. Não venderão suas consciências nem a trocarão por um prato de lentilha, bicicleta ou trinta moedinhas. Não. O povo já teve tempo suficiente para refletir muito. O leitor viu a diferença entre os candidatos, mesmo que a situação tenha fugido do debate. Isso é típico!.

O leitor mostrará amadurecimento ao eleger aqueles a quem irão transferir a responsabilidade de representá-lo na casa das leis, para promover o bem comum, embora, isso talvez não possa se realizar na sua plenitude.

Tudo porque Angola dotou a eleição de listas fechadas. Esse sistema funciona bem em democracias avançadas, onde não há barganha. Onde os candidatos são escolhidos por mérito, pelas suas qualidades. Em países como o nosso, isso dificulta a retirada da cena política do joio, que normalmente aparece nas primeiras posições dessas listas; aqueles que tanto nos matam de raiva. O voto no partido acaba beneficiando essas pesssoas. Dessa maneira, o sistema de lista blinda os corruptos.

Assim, resta ao leitor analisar a a vida pregressa de cada partido. O leitor é convidado a refletir sobre tudo o que os partidos pregavam, pregam hoje e aquilo que prometem. Por exemplo: a exploração do homem pelo homem acabou ou aumentou em Angola? O mais importante é resolver os problemas do povo ou do bolso e da família? Por que só políticos se enriquecem?

Desta vez, os angolanos terão à sua disposição 13 novas propostas de governo. O leitor abrirá mão do poder a um desses partidos. Votar na oposição é fazer a escolha certa e inteligente neste momento histórico do nosso país. Aliás, quero parabenizar a esses partidos e coligações por terem se apresentado à batalha: União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Frente para a Democracia (FpD), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Partido de Renovação Social (PRS), Partido Renovador Democrático (PRD), Partido Liberal Democrático (PLD), Partido da Aliança Juventude, Operária e Camponesa de Angola (PAJOCA), Partido de Apoio Democrático e Progresso de Angola (PADEPA), Partido Democrático para o Progresso - Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA), Aliança Democrática (AD) - Coligação, a Nova Democracia (ND), a Plataforma Política Eleitoral, Fórum Fraternal Angolano Coligação (FOFAC) e AD-Coligação.

Mais particularmente, quero parabenizar à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a Frente para a Democracia (FpD) que foram alvo de espetaculares ataques da equipe dirigida por um jogador-capitão - árbitro e Diretor do Clube, que só assumiu aos 44 minutos do jogo e para dar pontapé de saída. Gostaria vê-lo bater um penalte (no Uige)! Jogador-Árbitro? O que se tem notícia até hoje, coincidentemente, aconteceu no Uige, quando Vicy, dos Construtores, ex-MCH do Uige, foi jogador, capitão e treinador (no início da década de 80). Agora jogador-capitão, árbitro e Diretor? Se isso for levado ao conhecimento da FIFA o MPLA pode desembolsar 43 milhões de dólares de multa. Muito provável recorressem ao empréstimo bancário. Hoje, o MPLA é partido grande, mas não é um grande partido.

De longe, reconhecemos as dificuldades que os partidos da oposição enfrentaram. Faltou dinheiro. Faltaram condições logísticas; a imprensa oficial jogou contra. Talvez isso explique o fato de apenas serem poucos os partidos que disponibilizaram seus programas na internet, como defendeu que ocorresse o nosso ilustre cientista político, o Dr. Eugénio Costa Almeida no seu blog Pululu (
http://www.pululu.blogspot.com/). A internet disponibiliza os programas 24 horas e acessível a qualquer um, em qualquer lugar. Vale lembrar que todos angolanos, quer estejam em Angola ou não, são direta ou indiretamente leitores em potencial.

Apesar desses transtornos, acredito que os votos estarão bem distribuídos de tal forma que todas as correntes de opinião do país possam estar representadas no “Jango” nacional. A cena que deve marcar a próxima legislatura é ver lideres de partidos reunidos, em torno de uma mesa para um desjejum, com a finalidade de discutir matérias de interesse nacional.

Espero que os 13 partidos e coligações tenham bom desempenho nestas eleições. Se fosse possível votar em 13 partidos, votaria nesses 13, que representam mudança, o novo. No entanto, se tivesse que votar em 5 partidos, votar no PRS, PDP-ANA, FNLA, FpD e UNITA. Se tivesse que votar em 3 partidos, votaria na FNLA, FdP e UNITA. Se tivesse que votar em dois partidos, votaria na Fdp e UNITA. Mas como só se vota num partido, voto na mudança; voto na esperança de um país melhor. Eu poderia citar 11 motivos para tal.

O importante, neste momento, é que chegou o momento da mudança. O primeiro passo será dado nesta sexta-feira. Já passou a hora de tirarmos a venda dos olhos. Precisamos mudar aquilo que é velho que está entre nós. Mudar a forma de administrar, a forma de ver angolanos, a forma de respeitar o bem público e não perpetuar o mesmo grupo eternamente. Precisamos mudar tudo que está apodrecido, inclusive a Constituição que nos foi imposta, que está em desacordo com aquilo que a nova realidade exige. Juntos podemos. Não podemos mais seguir a técnica de aves que aprenderam e vêm construindo há 33 (11+11+11) séculos seus ninhos da mesma forma, como se isso representasse uma grande experiência.

O Akwá, Ndunguidi, Maluka, Bavi, Jesus, Vata, Chibi, Pelé e outros jogadores sabem muito bem que no futebol há mudanças. Isso é tão verdade que Pelé já deu lugar às novas gerações (Isso aí poucos sabem e nunca leram). Mudança é o caminho do progresso e da democracia. É renovação. É vida. O atual governo não possui projetos para o povo, mas para negócios particulares. A vitória do povo significa colocar a casca de banana na rampa do candidato dos banqueiros, da burguesia, das oligarquias nas eleições do próximo ou quem sabe quando o jogador-árbitro-capitão e Diretor decidir marcar as presidenciais (para marcar a data da eleição isso não é com a CNE).

A nossa geração só tem a democracia o único bem que pode deixar para as próximas gerações. Chegou a hora de "a esperança vencer o medo", como certa vez disse o Presidente Lula. O futuro da nossa nação está em nossas mãos. Que o resultado das urnas seja respeitada. Que Deus abençoe Angola. Juntos podemos mais. Vote certo, vote num dos partidos super-qualificados. Vote UNITA!


Publicado: Cluk-k-angola.com

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Pequenos partidos se unem à UNITA

Partidos fora das eleições apelam ao voto na UNITA

O Partido Angolano para Unidade e Desenvolvimento (PAUD), Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola (PADDA), Partido Protagonista Liberal de Angola (PPLA), Partido da Aliança Independente Democrático (PAID) e União Nacional para Democracia e Progresso (UNDP), todos excluídos pelo Tribunal Constitucional, anunciaram, ontem, em conferência de imprensa, que vão apoiar a UNITA na corrida às legislativas de 5 de Setembro.

Samuel Afonso, representante dos partidos, disse que o programa de governação da UNITA é o melhor para a mudança do destino do país e arquitecto da democracia em Angola. Por este facto, vão direccionar o seu voto à UNITA. “Vamos associar-nos aos esforços da UNITA na preparação e mobilização de todo seu aparato para que a vitória nas legislativas seja certa. É nossa convicção porque só uma maioria parlamentar pode garantir a concretização e sustentação do Governo para a mudança, afirmação da democracia, uma vida digna e bem-estar para os angolanos”, disse Samuel Afonso.

O representante dos partidos apelou aos militantes e simpatizantes a votarem a favor da UNITA nas legislativas de 5 de Setembro e nas presidenciais de 2009.

Ao fazer as honras da casa, Kamalata Numa, director da campanha eleitoral da UNITA, disse que nos últimos dias “na campanha tem estado a se sentir um movimento de cidadania, para um amplo movimento, o movimento de mudança do actual regime, pelos angolanos, patriotas que organizados em partidos políticos não tiveram a oportunidade de serem legitimados pelo Tribunal Constitucional, optaram em se juntar à UNITA na corrida às legislativas de 5 de Setembro”.

Kamalata Numa afirmou que, em caso de vitória, “a UNITA compromete-se a dar vantagens políticas, instituições do Governo e empresas públicas aos partidos signatários deste protocolo e após as eleições legislativas as duas partes vão reunir para avaliar a situação”.

28 Aug 2008
Fonte: JA / Angonotícias.com

O MPLA pode perder em Luanda

Breve análise do eleitorado em Luanda

Por José Gama

Joanesburgo - São observados sinais que indicam incertezas de uma provável maioria absoluta pelo circulo de Luanda nas eleições de Setembro. Por parte do MPLA, são verificados os seguintes sinais: Combate cerrado contra abstenção, diferença da mensagem da campanha entre Luanda e o interior, em atitude entendida para contrapor o quadro de Luanda, o elenco da campanha presta maior atenção as províncias. (Muitos Ministros se mudaram para as províncias. Nunca aconteceu isso)

Combate a abstenção: Analises sugerem que as autoridades em Luanda terão notado que o nível de abstenção seria enorme arrastando desvantagens para o MPLA. Foi redobrado o combate ao mesmo. O Presidente da República, ultimamente tem feito campanha para participação dos cidadão nas eleições. Vários spot publicitários de apelo ao voto foram colocados nas ruas de Luanda. Um Jornalista (do desporto mais popular do mundo) foi colocado a fazer apelo ao exercício do voto. A ausência de educação cívica eleitoral cria por outro lado “vantagens”. Circula rumores, de fonte incerta, insinuando aos trabalhadores menos lúcidos da função publica que o voto é obrigatório.

Município do Rangel: É registrado neste município (Marçal, Precol, Nelito Soares) certo desconforto dos moradores. A bem pouco tempo , no bairro Nelito Soares batiam-se pelos problemas de águas “salobas” que inundavam as casas. Os jovens diziam que não iriam votar. Agora, as ruas passaram a ser consertadas. Algumas casas que a 20 anos não jorravam água pelas torneiras passou a ter nos últimos dias. Uma recente discussão na Rua de lousa, entre os moradores indicava indecisão. Já não sabem se votam ou não.

No Marçal alguns filhos de ex-guerrilheiros do MPLA, entregaram-se afincadamente a um comitê nas redondezas da Rua da Abrigada. Os pais estão financeiramente mais folgados desde que passaram a receber subsidio do Ministério dos antigos combatentes/caixa geral de deposito e alguns desses jovens conseguiram ingressar na universidade privada.

A precol era ate pouco tempo celeiro do PADEPA. Alguns dos seus membros eram professores nas escolas daquela área com realce ao Ngola Mbande. Estavam habilitados a desenvolver sensibilização aos jovens. O cenário foi contornado. Um jovem político Carlos Leitão cuja capacidade de incentivo é estimada pela juventude passou a ter como adversário, um activista do MPLA conhecido por Maciel “Makavula”, que nas estruturas do estado responde pela administração Estatal por aquela localidade. Makavulo e Leitão vivem na mesma rua. Leitão vê em makavulo atitudes de monopolizar o bairro pelo que não aceita (como mandar pintar tanques de água/lanchonetes com as cores da bandeira do MPLA)

Silva Cardoso cuja inteligência é admirada no bairro também goza de influencia na juventude da precol. Já não lá vive. Mudou-se para Cacuaco. Início do mês em curso teve um encontro com militantes, com destaque aos taxistas para apresentar propostas para que no parlamento tratariam das questões rurais. Ficou consumado que o seu apoio esta reduzido. O grupo de Silva Cardoso passou a ser tratado por “PADEPA do MPLA”.

Imgombota: Este Município, por exemplo, deve constituir preocupação extrema ao MPLA pelas seguintes razões. 1- Muitas empresas estão ali centradas (Escritórios, Bancos, agencias, clinicas, bares e etc). As mesmas servem como factor de encorajamento aos funcionários a viverem naquelas redondezas. A)- O Município é habitado por gente instruída que é classe que mais revela descontentamento. Tais impulsos alimentam certezas de que o partido que vencer as eleições corre o risco de na se triunfar com maioria absoluta na capital. ( Razão pela qual o MPLA optou por apostar nas províncias para contrapor). B) – Análises sugerem que parte dos descontentes intelectuais do MPLA (se não se absterem) tendem a votar para um partido com figuras próximas ou saídas do seu seio familiar como Justino Pinto de Andrade que agora apóia a FpD. Este partido com sede nesta zona, faz aproveitamento do cenário. De Junho/Julho desenvolveu discreta campanha resgatando descontentes nas áreas adjacentes entre o Maculusso e rua da portugalia cujo mentor foi Walter Ferreira, um membro partidário de reconhecida habilidade para mobilização/sensibilização.

Um dado a não se ignorar é que intensificou-se, na coluna “espaço de antena” no Jornal de Angola, opiniões extremistas preferencialmente contra a UNITA e a FpD, e discrições pejorativas ao PRD, PAJOCA partidos de emancipação ideológica ao MPLA que em terceiro opção podem ser votados pelo eleitorado mais lúcido.

Diferença de tema: A mensagem usada na campanha no interior do pais é diferente a da capital. Na comuna Canjala os populares foram instrumentalizados de que se o MPLA perde as eleições a reconstrução do pais vai parar. Em Luanda, o discurso é inclinado ao factor progresso e estabilidade econômica. A população de Luanda é instruída mas tem um ponto fraco que é aproveitado: o medo. Em reunião recente, os militantes do MPLA na Ingombotas, foram advertidos a evitar provocação “da outra parte” e encurtar a exposição pelas ruas por alegada “bandidagem”. As advertências pode ser interpretada da seguinte forma. Incutir medo aos militantes para que no seu impulso votem contra a UNITA que por alegado desespero/inconformismo, que de acordo com informações/insinuações que circulam no seio do partido, podem fazer “maldade” as pessoas para culpar o MPLA.

Tais insinuações assemelham-se a mensagem passada num acto de protexto verificado, em Junho último, no largo do mercado do São Paulo. Um grupo de lavadores de carro estava atribuir culpas ao Governo/MPLA devido a morte de uma vendedora por um policia. Um activista do MPLA, Victor Cirigado, alcamou os jovens revoltados dizendo-lhes que a morte da vendedora devia-se a UNITA que estava a infiltrar homens na policia para fazer acções comprometedoras para manchar a imagem do MPLA.

Joanesburgo aos 29/08/2008

Fonte:
Club-k

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A UNITA é o partido mais popular na diáspora

"O partido mais popular no exterior é a UNITA"

Os angolanos da diápora têm a esperança da mudança. É isso que mostra uma pesquisa realizada pelo portal Club-k.com que mostra que a UNITA é o partido mais popular entre a diápora angolana.

Numa pesquisa em que participaram 126 internautas a UNITA obteve 49,2% dos votos. Em segundo lugar aparece o MPLA com 24,6% e, em terceiro lugar a FNLA com 12,7%.

A FdP é que surpreendeu, pois aparece em quarto lugar com expressivo 10,3%, principalmente se se levar em conta os desafios que esse partido vem ultrapassando. As outras posições foram ocupadas pelo PADEPA (1,6%), PAJOCA (0,8%), PDP-ANA (0,8%). Os outros partidos ou coligações não pontuaram.

vale aqui observar que esta mesma tendência já foi observada em sondagens realizadas por outro sites, blogues ou portais de informação. Entre as conclusões a que chegaram os organizadores destaca-se:

"Após uma análise concisa dos resultados, pode-se concluir que a participação da diáspora no pleito legislativo beneficiaria em parte os partidos da oposição. Como se pode constatar, o MPLA teria menos assentos parlamentares. Críticos políticos adiantam que o voto da diáspora não convinha ao MPLA, porque através dos seus comités de acção e outros meios de inspecção, constataram esta derrota antecipada durante o ano passado.
"

Vale aqui lembrar que o MPLA é o partido angolano com comités políticos instaurados em vários países do mundo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mas francamente Mpla...


Por Feliciano J.R. Cangüe

Mas francamente Mpla... Eleição é eleição, mas é necessário falar a verdade. Parafraseando um político da oposição: “ao longo dos 33 anos no poder, o Mpla aprendeu a mentir e desmentir: repete tanto a mentira que começa a parecer verdade e desmente mal". Nestas eleições o MPLA está a faltar com a verdade, de forma descarada, quando diz que o Presidente da República, em exercício, não está se envolvendo na campanha, comportando-se, assim, como verdadeiro chefe de Estado e da nação.

Entretanto, José Eduardo dos Santos está numa verdadeira cruzada de inaugurações nas províncias. Dizem que quando o milagre é demais o santo desconfia. Há coisas que não fazem parte do estilo dele: viajar às províncias, principalmente passar a noite lá, participar de uma jornada científica, não precisa apresentar trabalho mas ser um debatedor, moderador, convocar a imprensa nacional para uma conferência de imprensa ou então possuir um programa de rádio para prestar contas à sociedade, fazer um artigo de opinião, etc.

Curioso é que as viagens ao Huambo, onde não passava desde 1992, Benguela, Lunda Sul, Bengo, Huila, Uige etc. ocorram a poucos dias das eleições. Se não temos nenhuma lei que proíba essa prática, no mínimo não é uma postura ética digna de um chefe de Estado. É verdade que o presidente do MPLA gosta de cortar fitas de inaugurações, mas veremos quantas obras serão inauguradas em setembro, outubro, novembro, dezembro...

Mas francamente MPLA... Os articulistas do sistema vivem repetindo a mesma música: “O MPLA é o único partido que sabe governar”. Pura alienação.

Primeiro, porque só o MPLA administrou o país. A lógica diz que só se comparam dois ou mais governos. Segundo, há experiências que são boas e outras que são ruins. Terceiro, o argumento segundo o qual é necessário experiência para governar, essa tese já afundou junto com o Titanic. A primeira experiência ruim consiste no fato do MPLA administrar há 33 anos mantendo os mesmos comunas nos mesmos lugares, muitos deles sem formação técnica desejável (nunca administraram nada antes) e, quando coloca sangue novo, é feito por linhagens, ou seja, pessoas que são familiares, por exemplo, do Comandante Dangere, Jika, ou outros e não necessariamente escolhidos por competência!...

Hoje, como se sabe, as coisas não são estáticas. O administrador precisa estar em constante atualização. Ou seja, a experiência de saber digitar máquina de datilografia não é tão necessária assim. Por outro lado, no Brasil, utilizava-se esse mesmo argumento para impedir a ascensão à Presidência de Lula, aquele que, quando fez uma digressão pela África, ao chegar à Namíbia, depois de passar por Luanda, afirmou que Windhoek era tão limpa que nem parecia África. Mas hoje, os números mostram que o metalúrgico Lula é o melhor presidente de todos os tempos. Luis Inácio Lula da Silva mudou, com coragem, a rota do desenvolvimento, para melhor. E como o MPLA explica isso?

Mas francamente MPLA... O MPLA diz ser o povo. Afirma que sempre ficou do lado do povo e fala a mesma língua do povo. Mas na hora da verdade, esconde o insípido Kundy Paihama e foi buscar o reforço na UNITA?... Já que está difícil conseguir uma medalha nas olimpíadas da China, saíram desfilando o Valentim como sendo o “peso pesado”.

Curioso é que quando o indivíduo está do outro lado, do lado oposto, é ruim, é pessoa atrasada e, do lado deles, “é ouro”. Pensando bem, é bom que Valentim vá ajudar a afundar essa canoa de uma vez por todas. Para além de ser explorado, sugado politicamente, brevemente será descartado, como fizeram com Moco e outros que andam aí na vala da amargura. Aliás, o processo de rejeição começou. Kuata Kanawa, deselegantemente, já afirmou que foi Valentim que se ofereceu. Ninguém o convidou. Valentim poderia dar um banho na sua carreira política se, por exemplo, aderisse ao FpD ou outro partido. Seria um bom recomeço. Recauchutaria sua carreira. Poderia dar volta por cima. Lá, seria bem recebido, se afastaria da UNITA e ficaria de frente contra o MPLA. O problema é que o FpD e outros partidos não possuem "poder".

Mas francamente MPLA... O Semanário angolense dedicou, praticamente, a edição 279 só para falar dos feitos de Jorge Valentim. Só faltaram hosanas à essa entrada triunfal pelas ruas da Canata, no Lobito, montado sobre uma mula com uma perna quebrada. Deve ter sentido uma sensação tão diferente! O que se ouviu foi o canto do bode. Eu aprendi, nesta vida, que não há almoço de graça. Alguém paga o pato.

Mas francamente MPLA... Só foi o Carlos Contreira presidente do partido Republicano angolano (PREA) afirmar que abandonaria o apoio que daria ao MPLA, que passou a ser o Judas, recaindo sobre ele a acusação de pretender vender-se por 1 milhão de dólares?

Mas francamente MPLA... Que puxa-saquismo é este, que levou o Ministério da Justiça a encaminhar ao Presidente um modelo do Bilhete de identidade (B.I), documento oficial, mais seguro, contra falsificação (até aí tudo bem), só que agora com uma grande novidade: B.I com a efígie de José Eduardo dos Santos e de Neto na marca de água, como aquela na moeda? É a isso que chamam experiência administrativa? Essa é demais...

Mas francamente MPLA... O MPLA possuía menos de 100 quadros com ensino superior, em 1975, e hoje possui 110 mil entre quadros superiores e médios. Onde andam esses quadros que não conseguem tirar o país do atraso em que se encontra?

Mas francamente MPLA... O MPLA não apresentou proposta para acabar com a corrupção...

Mas francamente MPLA... Afirmar que o MPLA é o caminho seguro, só a ele merece todo o poder, só a ele pertence traçar os destinos da nação, só através dele Angola está avançando e que Angola vai parar se outro partido vencer as eleições, que só o MPLA tem compromisso com o povo e com o futuro, que votar em outros partidos é perder tudo que se conseguiu pelo suor... fala sério! É chamar aos outros de burros?

Mesmo aquele que usa óculos escuros na escuridão da noite consegue ver e perceber que isso é conversa fiada. O caminho da mesmice é o caminho do “des”: desespero, desemprego, desalento, desgovernação, descaso, desentendimento, despreparo, desumanidade, etc.. Esse Jamais. Essa elite oligárquica dominante está preocupada com seus interesses. O desafio da nossa geração, para que possamos construir uma sociedade justa e coesa, é estabelecermos equilíbrio entre as forças políticas.

Foto de arquivo retirada de um blog angolano
Publicado:

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A ONU recomenda o regime vegetariano

ONU propõe que se coma menos carne para lutar contra a mudança climática
da France Presse, em Londres /Folhonline

As pessoas deveriam reduzir o consumo de carne como contribuição pessoal para combater a mudança climática, segundo um especialista da ONU em entrevista neste domingo a um jornal britânico.

Rajenda Pachauri, presidente do IPCC (Painel Intergovernamental de Especialistas das Nações Unidas sobre Mudança Climática) declarou ao jornal "The Observer" que as pessoas deveriam começar a deixar de comer carne um dia por semana para, posteriormente, ir reduzindo ainda mais o consumo.

O economista indiano argumenta que uma mudança na dieta seria muito importante na luta contra a mudança climática porque, com a redução do consumo de carne, se reduziria também as emissões de gases de efeito estufa e problemas ambientais como a destruição de habitats naturais pela criação de gado.

O especialista de 68 anos, vegetariano convicto, oferecerá na segunda-feira uma palestra em Londres sobre "Aquecimento climático: o impacto da produção e o consumo de carne na mudança climática".

Em um relatório de 2007, o IPCC alertou que, se não forem tomadas medidas, a mudança climática provocará a fome, secas, tempestades e perdas em massa de espécies.

Este grupo ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007 junto com o ex-vice-presidente americano Al Gore.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u442231.shtml

Por dentro do Huambo




Huambo é considerado também o coração de Angola por estar localizado na região Centro do país.

Fundada a 21 de Agosto de 1912, pelo português Norton de Matos, a então Nova Lisboa ascendeu a categoria de cidade um mês depois, precisamente a 21 de Setembro.
Como província ela possui 11 municípios, nomeadamente Huambo, Bailundo, Ekunha, Caála, Katchiungo, Londuimbali, Longonjo, Mungo, Tchicala Tcholohanga, Ukuma e Tchindjenje.

É limitada pelas províncias de Kwanza-Sul, Bié, Huíla e Benguela, possuindo uma área de 35 mil 771 quilómetros quadradados. A sua população, estimada em mais de dois milhões de habitantes, é predominantemente da etnia umbundo.

Com um clima tropical de altitude, frio, saudável e com sol na primavera, desta zona irradiam numerosos rios e riachos em direcção ao litoral e países vizinhos. O ponto mais alto do país, o Morro do Moco, com dois mil metros de altitude, situa-se precisamente nesta província.

A província é grande produtora de batata rena e doce, feijão, milho, arroz, trigo, mandioca, soja, hortícolas variadas, citrinos, e criadora em grande escala de gado bovino, caprino, suíno, ovino e cavalar.

Fonte: Jornal de Angola

O “Negócio” do Ensino - O recto da educação

"O Estado angolano deve incentivar e apoiar o surgimento de mais instituições de ensino privado"

Enviado por:
João Ondaka Yasunga “Kabazuka”
kabazuca07@gmail.com

Tenho uma tese que defendo com emoção incontida e veemência: o nosso país de forma particular e, África de forma geral, só conseguirá vencer o desafio do desenvolvimento, entendido este, numa definição simplista, como a satisfação plena das necessidades básicas dos cidadãos, (educação, saúde, emprego, serviços sociais, desporto, cultura, lazer, poupanças,etc) se apostar basicamente na educação, na educação massificada e de qualidade. Só com a educação e, só quando atingirmos os ratios internacionais dos países desenvolvidos como os de: engenheiro por habitante, médicos por habitante, enfermeiro por habitante, assistente social por habitante e, etc, é que estaremos a altura de aspirarmos ao desenvolvimento.

Este convencimento meu, está justificado também, pela experiência acumulada das milhares de declarações esforços feitos pelo mundo como, Declaração do direito ao desenvolvimento de 1986, programas como o NEPAD - projectos, ajudas, fundos, empréstimos que África já recebeu desde o processo de independência.

E nesta expectativa, presto especial atenção a tudo relacionado com a educação: Como se estrutura a educação nos países desenvolvidos? Qual é a sua taxa de cobertura? Que ajuda recebem os alunos durante a formação e posteriormente? Que incentivos recebe o corpo docente? Como são os estabelecimentos? Como interactua com a sociedade no plano cultural, empresarial? Enfim, tudo concernente a este sector.

A tempos atrás, localizei pela net, um estudo sobre o “negócio do ensino privado no Reino de Espanha”, um estudo desenvolvido por uma consultora, a DBK, que gostaria de partilhar com os meus compatriotas, na expectativa de que, no fundo, todos aspiramos ao mesmo fim: a erradicação da miséria no nosso país e o desenvolvimento das condições de vida e da vida dos angolanos em toda sua plenitude: económica, social, espiritual, cultural,etc.

Este estudo afirma que o sector do ensino superior privado na Espanha é mais do que lucrativo; De acordo com o estudo, as Universidades privadas, aqui inclui-se os Centros Privados adscritos as Universidades Públicas e as Escolas de Negócios, facturaram 1.270 milhões de euros em 2007, (Bilhöes na nossa linguagem).

Mas porquê que trago a tona este estudo? Por duas razões fundamentais: Uma, pela nossa persistente “mania” de pensar e assumir, que a Educação é um sector não produtivo, (catalogação perniciosa herança da economia política socialista), condicionando com isso, decisões importantes de investimento no sector; e outra, considerar a educação como um gasto, em vez de uma inversão de futuro.

De Maneira que, sem abster-se do seu papel definidor, regulador e fiscalizador do ensino no nosso país, o Estado angolano deve incentivar, apoiar mesmo se for preciso, o surgimento de mais instituiçöes de Ensino Privado que complementem o enorme esforço que deve ser feito na espanção do ensino público por todo país, como pedra basilar do desenvolvimento que se petende.

É bom recordar que, mas além do benefício que já representa a sua principal função, a de formar o homem, o ensino, não é só lucrativo em términos de benefícios na conta de resultados; É também lucrativo em términos económicos mais abrangentes: Está mais do que comprovado, que a implantação de um centro de estudos numa determinada zona, possibilita o crescimento em torno ao mesmo, de toda uma série de actividades de carácter económico, social e cultural...assim, surgem necessidades de hospedagem, necessidades de bens diversos como alimentação, vestuário, material escolar, equipamento informático,etc...actividades culturais diversas, recreativas, etc.

É portanto difícil entender, porquê que se constata um grande deficit de investimento no continente africano em particular e, de forma geral no mundo subdesenvolvido, de infra-estruturas de educação.

Todo o esforço que se fizer no campo da educação dista muito do suficiente e, basta como referência, a seguinte aproximação: Portugal, com os seus 10,5 milhões de habitantes, tem aproximadamente 30 mil ou mais médicos...Mesmo assim, ainda são conhecidas deficiências no seu sistema de saúde; Angola, com os seus aproximadamente 15 milhöes de habitantes (já é altura também de sabermos quantos somos...porque de 15 a 16, é uma margem de erro, inaceitável, de 1 milhão...população de muitos países), tem pouco mais de 5 mil médicos? Para chegar aos 30 mil em 10 anos-2018, deveríamos matricular nos próximos anos, aproximadamente 4 mil alunos em medicina...é preciso ter em conta que muitos não chegarão ao final e que são necessários aproximadamente 7 anos para formar um médico. E também enfermeiros, fisioterapeutas, pessoal auxiliar, etc.

É o que se está a fazer? Se continuarmos com o ritmo de formação atual, quando atingiremos os ratios de profissional população, próprios de países desenvolvidos? Ou alguém pensa que atingiremos o desenvolvimento, sem pessoas qualificadas para gerir e suportar aquele estado de organização sócio económica?

João Ondaka Yasunga “Kabazuka”

Foto de arquivo retirada de um blog angolano