domingo, 31 de agosto de 2008

11 razões para votar no 11

Onze razões para votar no Onze

Por Maurílio Luiele (*)

1. UNITA fundamenta-se numa causa sólida, cristalizada nos princípios de Muangai 66, e por essa razão, esteve sempre presente nos momentos cruciais e decisivos da recente história de Angola. Participou activamente na luta pela independência e foi factor principal para a abertura de Angola ao multipartidarismo e economia de mercado ocorrida em 1991. Ela é hoje o maior partido da oposição e por isso, instrumento privilegiado a mão dos Angolanos para operar a MUDANÇA que se impõe. No dia 5 de Setembro os Angolanos votarão pela MUDANÇA.

2 – O poder longevo e absolutista ofusca a visão de seus detentores afastando-os dos dirigidos, é absolutamente contra a DEMOCRACIA. A ALTERNÂNCIA, por sua vez, representa sempre uma lufada de ar fresco para a DEMOCRACIA e é fundamental para melhorar a sua qualidade e o seu aprofundamento. No dia 5 de Setembro os Angolanos irão votar para escolher entre a CONTINUIDADE e consequente persistência do deficit democrático que caracteriza Angola de hoje e a ALTERNÂNCIA que permitirá aprofundar a nossa DEMOCRACIA. Tenho a certeza que os eleitores angolanos, hoje por hoje mais maduros, escolherão a 2ª opção. A UNITA encontra-se em posição privilegiada para protagonizar a alternância.

3 – Todos concordamos que Angola, tal como se encontra hoje reclama por reformas multifacéticas no campo político, económico e social que permitirão MUDAR o quadro caótico presente. Tais reformas assentam primariamente numa NOVA CULTURA POLÍTICA que catalise as mudanças imperiosas. Ninguém minimamente consciente acredita que aqueles que governaram o país nos últimos 33 anos e cujas escolhas políticas foram em grande medida determinantes para pintar o quadro social actual, sejam capazes de incorporar, do dia para a noite, esta NOVA CULTURA e fazer as reformas que se impõem. Por isso, se desejamos progredir e sair da situação actual é imperativo que se opere uma profunda MUDANÇA. Acredito na proposta de MUDANÇA apresentada pela UNITA.

4 – Os países com economias centradas no petróleo como o nosso, pelos variadíssimos interesses em sua volta, são vulneráveis à promoção de CLEPTOCRACIAS. No nosso caso, existem muitos sinais que indicam como real esta possibilidade. Só um sistema democrático sério pode impedir que pequenos grupos tomem de assalto o poder para açambarcar em proveito próprio a riqueza nacional. Isto pressupõe que a alternância seja um pressuposto a ser observado, se efectivamente pretendemos um país democrático. No dia 5 de Setembro os Angolanos votarão contra a instalação em Angola de uma CLEPTOCRACIA, votarão pela alternância e a UNITA encontra-se em condição privilegiada para protagonizar a alternância.

5 – O homem angolano, nos últimos 500 anos não teve acesso à riqueza nacional. Mesmo nos últimos 33 anos de independência a riqueza nacional não serviu decisivamente os interesses nacionais. Prova disso é que mais de 50% dos angolanos são considerados pobres e a frágil classe média é essencialmente constituída por remediados. Os ricos constituem uma parcela ínfima e na sua maioria constituíram suas riquezas a custa do erário público pela relação que mantinham com os círculos do poder. A justiça social e igualdade de oportunidades foram palavras vãs nos últimos 33 anos. A exclusão social foi o verbo conjugado. Só um governo que tenha o homem angolano no centro das preocupações pode, de facto, resgatar para os angolanos sua própria riqueza. Esta é a proposta da UNITA, na qual, acredito, os Angolanos votarão no dia 5 de Setembro.

6 – Promover a igualdade de oportunidades, a justiça social e investir no capital humano é essencialmente assegurar EDUCAÇÃO DE QUALIDADE ao jovem angolano. Considero interessantes as experiências desenvolvidas pela UNITA nas chamadas «áreas livres» em contextos bem mais adversos que aqueles que vivemos, por exemplo, em Luanda. Jovens com o 9º ano de escolaridade deste sistema têm revelado bases sólidas para enfrentar os desafios da vida quotidiana e para o prosseguimento dos estudos. Por outro lado, é difícil encontrar explicações para o estado lastimável a que foi votado o sistema público de ensino e que só agora se tenta apressadamente reanimar. Considero a EDUCAÇÃO DE QUALIDADE um factor chave para o desenvolvimento que desejamos para Angola. A UNITA me parece, por isso, bem mais em condições de ganhar essa aposta (em educação) do que qualquer outro partido. Acredito que no dia 5 os jovens votarão por uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

7 – Ser jovem hoje em Angola é viver sem perspectivas: difícil acesso ao ensino superior, elevadas taxas de desemprego, incertezas no acesso à habitação e outras oportunidades económicas, HIV/SIDA, baixa esperança de vida, poucas alternativas para o lazer e recreio e falta de oportunidades para expor seus talentos artísticos e desportivos fazem dos jovens presas fáceis da delinquência juvenil. Sem uma política juvenil sólida para reverter esta situação o sistema actual privilegia o estímulo das fragilidades dos jovens enevoando ainda mais o seu futuro. É preciso dar uma perspectiva aos jovens e só a MUDANÇA proporcionará esta perspectiva.

8 – O VIH/SIDA é reconhecidamente um problema que afecta de modo particular o desenvolvimento dos países africanos. Em Angola os números oficiais parecem desfasados da realidade que constatamos no dia a dia. De qualquer modo eles mostram uma tendência ascendente persistente na incidência e prevalência de seropositivos e doentes de SIDA. Isto denota falência nas estratégias de combate à pandemia. O programa específi co (PNLS) parece demasiado politizado e sua componente científica, secundarizada. Uma parceria sólida do estado com a sociedade civil, particularmente com ONG’s que lidam com o HIV/ SIDA, de modo geral reunidas na ANASO é fundamental para direccionar correctamente os recursos disponíveis e ajustar a estratégia. A ANASO necessita ser elevada à categoria de associação de direito público, o governo prefere conferir esta categoria ao Movimento Nacional Espontâneo. Quais são as prioridades? Qual é a estratégia? Precisamos MUDAR, em Setembro temos esta oportunidade.

9 – Muito se fala sobre o crescimento económico de Angola. É um facto inegável. Porém, alguns dos factores que têm impulsionado este vigoroso crescimento radicam num contexto da volátil economia mundial que pode não perdurar. Se não houver suficiente inteligência e empenho dos Angolanos, corre-se o risco de se perder esta oportunidade e o crescimento econômico não passará disso mesmo, ou seja, não se converterá em desenvolvimento real. Apesar do presente investimento em obras de reconstrução nacional, fenómenos como a corrupção e o carácter eleitoralista de algumas destas obras podem representar canais potenciais capazes de verter para o escuro muita da liquidez hoje disponível e propiciar o surgimento de muitos elefantes brancos. O modelo econômico preconizado pela UNITA ao inscrever um investimento elevado no capital humano e combate à pobreza combinado com um combate sem quartel à corrupção oferece mais garantias em aproveitar o bom momento econômico de Angola.

10 – Emprego justamente remunerado, seguro social, assistência social às franjas vulneráveis da sociedade, políticas de acção afirmativa, política fiscal justa e eficaz, são jargões que transformados em realidade permitem uma distribuição melhor da renda nacional e conseqüente justiça social. Acredito na capacidade da UNITA em realizar esta sociedade solidária.

11 – A bandeira da UNITA com o galo negro e o sol despontando, representando cada raio uma província de Angola é, há 42 anos, um apelo permanente aos Angolanos para DESPERTAR com a esperança (que a cor verde representa) de um porvir risonho. Votar no ONZE é, por isso, DESPERTAR COM A ESPERANÇA DE UMA ANGOLA MELHOR PARA TTODOS!

(*) Médico, Mestre em Ciências Biológicas Docente da Faculdade de Medicina – UAN; Assessor Técnico do Gabinete de Estudos, Pesquisa e Análise da UNITA e – mail: maurílio.luciano@ terra.com.br
Fonte: Semanário Angolense

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