terça-feira, 8 de julho de 2008

Uma curiosa carta de amor



O grande e intenso amor que eu disse ter por você já é passado, e vejo que meu desapreço por você aumenta cada dia que passa. E, quando lhe vejo não gosto nem da maneira como você me olha e como me trata; a única coisa em que eu penso e quero é olhar para outro lado.

Eu nunca jamais, quis casar com você! A nossa última conversa foi muito, muito insípida e de maneira nenhuma deixou-me na ânsia para lhe ver outra vez.

É incrível... você só pensa em si!!! Não tolero mais o seu orgulho, inveja, impaciência, hipocrisia, cobiça, egoísmo, descortesia, falsidade, mentira, maledicência, preguiça, ciúmes, pessimismo, culto à aparência, omissão, preconceito, traição, covardia e sua desonestidade. Se nós fóssemos casados, sei que eu encontraraia a vida muito difícil, e não creia que teria prazer em viver com você. Eu tenho um coração que eu lhe desejo dar. Ninguém no mundo é mais exigente... e egoísta do que você; e menos capaz de bem cuidar de mim e de ajudar-me.

Sinceramente, desejo que você entenda que eu falo a verdade. Você fará um grande favor se considerar isso o FIM. E nem sequer tente responder-me, nem fazer aquela lista de mentiras, pois suas cartas são cheias de coisas que não me agradam. Você nem mesmo tem verdadeiro interesse por mim.

Adeus! Creia-me, também não me interesse por você. Não que continuo sendo o seu grande amor.

Autor desconhecido (adap)
Tradução: gerson Gorski Damaceno
(InformADOS, ano II, n.16, 1991 - Rio de Janeiro)

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