Angola prometeu realizar as "melhores eleições" de todos os tempos ou "eleições exemplares" principalmente para África.
Lamentavelmente não foi desta vez. O assunto está sob judice. Os brasileiros diriam "está no tapetão". Mesmo que seja previsto pela legislação, os que acompanharam o processo (e não somente a eleição) em uníssono poderão dizer que há muitas coisas que precisam ser melhoradas.
O assunto chegou até aí por nossa culpa: Comissão Nacional Eleitoral (CNE), O MPLA (que mais defendeu a CNE), a imprensa estatal (que foi exemplarmente parcial), a oposição (praticamente só um partido que andou se debatendo, alguns fizeram oposição aos partidos da oposição!), o presidente da República (que inaugurou obras públicas em todos país na semana das eleições), angolanos da diáspora que durante os últimos quatro anos nada fizeram para pressionar o governo no sentido de participarem dessas eleições e ainda se nada fizerem nem em 2017 irão participar), os comentaristas que apareceram por aí, igrejas (nada a comentar), sociedade civil, observadores (que só entraram em ação na semana das eleições, em vez de todo período eleitoral), músicos, sobas, há quem diga que estrangeiros também envolveram-se no processo, isso para não falar das bandeiras do MPLA e de Angola que se confundem por apresenaterem estreita semelhança gráfica enfim, ou seja, as eleições em Angola não foram exemplares.
Vale aqui parabenizar o comportamento cívico e a forma ordeira demonstrada pelos angolanos "no dia" das eleições.
A bola agora agora está com o Tribunal Constitucional. Creio que é uma "batata muito quente" que o nosso Tribunal Constitucional não gostaria receber principalmente pelo fato de sua composição estar assim constituída: 4 juízes conselheiros indicados pelo Presidente da República (virtual candidato vencedor), 3 indicados pelo grupo parlamentar do MPLA (partido virtual vencedor), 2 eleitos pelo plenário do Tribunal Supremo e 1 eleito pelo grupo parlamentar da UNITA (partido recorrente).
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