Marcar compromisso e todos chegarem a tempo é coisa difícil de ocorrer em Luanda. Isso porque alguém, invariavelmente, cairá na armadilha do engarrafamento.
Pior é que o engarrafamento de Luanda não tem nenhuma "lógica" sobre a precipitação dos motoristas. De qualquer lado que lançar o olhar, o indivíduo verá viaturas vindo de todos lados e indo para todos lados e no fim dão um nó difícil de se desfazer.
O que ocorre depois disso é um verdadeiro "apagão" que prejudica a vida de muitas pessoas: de um lado estressa a muitos e de outro as pessoas perdem muito tempo; são muitas horas para se percorrer distâncias que num caso normal far-se-iam em 10 minutos. Usualmente temos os ingredientes para se iniciar o festival de buzinaço, xingamentos, pequenos acidentes e assaltos.
O trânsito é pesado por causa de viaturas estragadas nas pistas ou mal estacionadas, conservação mal feitas das estrada onde se formam buracos, principalmente nesta época de chuvas, impaciência de motoristas que formam inúmeras filas ou fecham cruzamentos, má administração de agentes reguladores, motoristas mal-preparados, os candongueiros (motoristas de taxis) que estacionam indevidamente, ausência de transporte público eficiente, surgimento de peças ou árvores caídas nas estradas e, principalmente, pelo facto de Luanda possuir um número exagerado de viaturas isso para não falarmos da atravessia de pedestres.
Um dos resultados disso, as pessoas passam muito tempo em suas viaturas. O lado positivo é que os congestinamentos estão a levar os luandenses a serem mais filósofos, porque fazem o individuo pensar mais. Ainda, o engarrafamento é lugar preferido de vendedores ambulantes. Para alguns é uma excelente oportunidade para uma paquera. O engarrafamento já proporcionou inúmeros casamentos. Uma coisa é certa: o engarrafamento não compensa.
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