Estima-se que em 2002, em Angola, havia mais de quatro milhões de cidadãos deslocados e cerca de 170 mil portadores de deficiência e a taxa de desemprego atingia cerca de 43 porcento da população.
O ato central acontece na província do Moxico que decorre sob o lema "Defendamos a Paz, a Unidade Nacional e o Desenvolvimento de Angola".
Esse lema falhou na questão de "unidade nacional": nas comemorações do dia da paz, o protocolo presidencial não convidou para compor a tribuna de honra dirigentes de outros partidos de oposição, principalmente os que assinaram os referidos acordos (pelo menos em destaque). Isso mostra que esta "paz e reconciliação nacional" ainda é para Inglês ver. Lá deveriam estar, por exemplo, os presidentes do PRS, UNITA e um dos presidentes da FNLA. Isso é o que se poderia chamar "reconciliação nacional". Os bons exemplos devem vir de cima. Não basta bons discursos.
Sobre os ganhos da paz ainda há muito para se fazer. No Moxico onde se realiza o ato central, por exemplo, a província possui mais de 5 mil "estudantes" fora do sistema escolar. O Governo, para minimizar o problema, teria que constuir pelo menos 100 escolas.
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