Nesse primeiro encontro ficou acordado que uma comissão técnica de altos funcionários da Endiama deslocar-se-ia nesta sexta-feira, em companhia dos membros da Comissão Sindical a Lucapa, para que no sábado voltem a se reunir naquela cidade para uma mais uma rodada de negociações.
Dessa Maneira, a Comissão sindical aceitou supender as manifestações que estavam programadas para os próximos dias. Vale lembrar que aqueles trabalhadores estão há 24 meses sem receber seus salários.
Rubricaram o documento do lado da Endiama os Senhores: Carlos Baptista, Eng. Amaral, Senhor Freitas, Senhor Ramos, Senhor Filipe Adolfo e o Senhor Ziamú.
A Sociedade Mineira do Lucapa (SML) deve retomar nos próximos dias a exploração de diamantes, após 10 meses de paralisação devido à quebra da procura resultante da crise financeira internacional.
A comissão Sindical já avisou que se não houver progressos nas negociações eles voltaram novamente a Luanda para darem continuidade com a vigia e manifestações.
Para todos efeitos, é de louvar a iniciativa da Endiama em receber essa Comissão Sindical que representam inúmeros trabalhadores que tanto fizeram para engrandecer o nome da Endiama.
Uma nota divulgada esta tarde pela Angop confirma a notícia acima e é reproduzida a seguir:
"Endiama reúne-se com mineiros no Lucapa"
Uma comissão técnica de altos funcionários da Empresa Nacional de Diamantes (Endiama) desloca-se sábado à vila de Lucapa, província da Lunda Norte, para reunir-se com os trabalhadores da Sociedade Mineira do Lucapa (SML), na presença de representantes do governo local e do novo investidor, o Grupo António Mosquito, segundo uma nota da empresa pública chegada hoje à Angop.
O encontro realiza-se na sequência de negociações feitas entre a Endiama e a Comissão Sindical da Sociedade Mineira do Lucapa, que aceitou suspender a manifestação, que poderia ter ocorrido na semana finda (dia 8) em frente à sede da empresa em Luanda. A nota refere que a Endiama é solidária com as reclamações dos trabalhadores, por isso tudo tem feito para solucionar o problema, que não é apenas seu, mas também da Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (SPE), que em nada tem feito para a resolução do problema.
Por isso, na busca de soluções para a retomada da produção na mina do Lucapa, a Endiama encetou negociações em busca de um novo parceiro tendo o resultado recaído para o Grupo António Mosquito, como novo investidor, uma vez que a SPE não honrou os compromissos assumidos nas negociações com a Endiama para viabilizar o projecto SML. Segundo a nota, todos estes passos dados pela diamantífera foram na devida altura comunicados à comissão sindical da SML.
O comunicado explica ainda que uma auditoria, efectuada no início de 2010, pela firma Deloitte, a pedido do Conselho de Administração da Endiama, concluiu que já antes daquela data a SML se encontrava em graves dificuldades financeiras, fruto de uma elevada dívida para com o Estado, trabalhadores, bancos e fornecedores de bens e serviços.
A estas, adianta, acresceu-se a ausência de activos para cobrir o passivo, excesso de trabalhadores, equipamento em estado obsoleto e também pelo facto das suas reservas provadas de diamantes se encontrarem muito próximas da exaustão. Por este facto, refere a nota, a retomada das operações mineiras carece da aquisição de equipamentos para produção e a realização de trabalhos de prospecção, o que só é possível com a realização de novos investimentos.
A sociedade mineira do Lucapa é uma joint-venture formada pela Endiama que detém uma participação de 51%, enquanto os restantes 49% pertencem à SPE
Angop
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