Quando o assunto é comunicação os brasileiros conseguem golear a muitos países. Está na alma deles. Não é por acaso que suas novelas estão espalhadas por quase todos países, isso só para não falar de peças publicitárias. Esperemos pelas eleições do próximo ano para vermos o desfile de agências de publicidade brasileiras.
Um exemplo de que precisamos melhorar é a preocupação de se levar a informação para todas camadas sociais é quando analisamos a notícia veiculada pela agência angolana de notícias (ANGOP) com o título "Barragem de Kambambe terá capacidade de 960 megawatts"
Vejamos: "A central hidroeléctrica de Kambambe, na província do Kwanza Norte, terá uma capacidade instalada de 960 megawatts, contribuindo desta forma para reduzir o défice energético no país, anunciou hoje, quinta-feira, a ministra da Energia e Águas, Emmanuela Vieira Lopes." (...)
A prosa prossegue: "Construída entre os anos 1958 a 1962, a barragem de Kambambe funciona actualmente com quatro grupos geradores, com capacidade para 45 megawatts/cada, dois dos quais estão fora de serviço desde 2009, no âmbito do seu processo de modernização e ampliação" e continuou.
Será que um simples leigo sabe o que significa "960 megawatts"? Se fosse jornalista brasileiro procuraria colocar isso em termos mais práticos como, por exemplo, "essa energia é suficiente para abastecer uma cidade como a de Luanda por "x" dias.
Normalmente quando a matéria em pauta refere-se à área, o brasileiro sempre procura relacioná-la, obviamente, ao campo de futebol, como no exemplo a seguir:
"Entre os resultados parciais da ação executada pelo Ibama e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Amazonas estão a apreensão de 10 caminhões, um trator de esteira e o embargo de 187 hectares de mata desmatada, o que equivale a 187 campos de futebol.". Folha de Mangaba
Parece que o último exemplo procura respeitar a todos cidadãos, sem nenhum prejuízo para ninguém. Ainda, mostra que o jornalista entendeu ou domina o assunto.
Pior que a primeira é quando nos aparece uma notícia só com cabeça e sem pernas, do tipo: um dia entenderão.
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