Oposição contra Rei da Swazilândia
Os partidos da oposição da Swazilândia, a única monarquia absoluta da África Austral, convocaram para 14 de Abril manifestações para a deposição do que descrevem como o “regime totalitário do Rei Mswati III”, defendendo a realização de eleições democráticas.
A imprensa suazi refere que a oposição pretende que Mswati III, de 43 anos e no poder há um quarto de século, abdique do trono e dê lugar à formação de um governo de transição até à realização de eleições no país.
Os protestos visam também contestar o plano de redução de salários na função pública, anunciados pelas autoridades, e contam com o apoio da Cosatu, o maior movimento sindical da África do Sul, o mais poderoso país vizinho.
Os partidos swazis operam ilegalmente no país desde que foram banidos em 1973, ainda no reinado de Sobhuza, pai do actual monarca.
Mswati, 67º filho de Sobuzha, ascendeu ao trono em 1996 e mantém a matriz absolutista do regime e os costumes ultra-tradicionais da monarquia swazi, contando agora com 14 mulheres.
A poligamia do rei e as despesas em palácios e mordomias para cada uma das suas rainhas têm sido repudiados por vários quadrantes da sociedade swazi, preocupados o território ter dos mais elevados níveis de infecção por VIH/Sida e ser um dos mais pobres do mundo.
Novo Jornal. 4 Março 2011 p.25
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