Os manifestantes, mortos na cidade de Suez, deram entrada já sem vida no hospital. Fonte médica citada pela Reuters referiu que terão sucumbido aos disparos de balas de borracha, mas outros informadores referiram que a causa não era ainda clara.
O polícia morreu na Praça Tahrir, no centro do Cairo, onde milhares de egícpios reclamaram o afastamento de Mubarak.
As mortes culminaram uma jornada em que milhares de egípcios desafiaram as autoridades e protestaram contra o Governo do Cairo, num “dia de ira” inspirado pela revolta na Tunísia, que forçou a saída do Presidente Ben Ali. Para além dos protestos na capital e em Suez há também notícia de manifestações em Alexandria.
A jornalista Lauren Bohn relatou confrontos na manifestação do Cairo. “Acabei de ser derrubada”, disse no Twitter, reproduzido na página de "updates" do diário britânico "The Guardian".
“Cenas extraordinárias no Cairo enquanto milhares e milhares marcham com aparente liberdade depois de anos e anos a verem cada protesto anti-governamental imediatamente reprimido pela polícia”, relata Jack Shenker, jornalista do "The Guardian". “A polícia anti-motim segue atrás mas parece não estar certa do que fazer”, comentou: “três manifestações estão a ir agora para partes diferentes da capital, todas romperam cordões policiais, mas parece haver pouca coordenação sobre o que fazer a seguir.”
Cerca de 15 mil pessoas saíram para a rua em várias zonas do Cairo, adiantou a AFP com base em informações dos serviços de segurança. Ao cair da tarde, centenas de pessoas continuavam na Praça Tahrir, uma das principais da capital, perto do Museu Egípcio.
Os manifestantes mantiveram a atitude de desafio apesar de alguns terem já sido agredidos pela polícia, e cantavam slogans incitando os polícias, a maioria dos quais muito jovens, a juntarem-se ao protesto. Algumas pessoas agredidas tinham as faces cobertas de sangue, descreveu ainda o jornalista do "The Guardian", que conseguiu por pouco escapar a uma carga policial. Foram usados canhões de água e gás lacrimogéneo.
“Abaixo, abaixo, abaixo Hosni Mubarak”, cantavam os manifestantes em frente a um complexo judicial no centro da capital, rodeados por um cordão policial. O Presidente Mubarak lidera o Egipto há 29 anos. "Basta", diziam outros. "Muadança", pediam.
As autoridades estavam a impor segurança apertada na capital com 20 a 30 mil agentes deslocados pelo Cairo para evitar que os protestos ganhassem grande dimensão.
“Gamal, diz ao teu pai que os egípcios o odeiam”, gritaram ainda alguns manifestantes, dirigindo-se ao filho de Mubarak que se espera que seja o candidato do partido no poder nas eleições de Setembro deste ano.
Enquanto isso, os EUA pediram contenção. Questionada sobre a situação no Egipto, a secretária de Estado Hillary Clinton começou por dizer que Washington apoia “o direito de expressão fundamental e de reunião para toda a gente”, pedindo então “contenção” a todos os envolvidos. Mas acrescentou: “A nossa avaliação é de que o Governo egípcio está estável e a procurar meios de responder às necessidades e interesses legítimos do povo egípcio.”
O Egipto é um pilar de estabilidade na região e o segundo país a receber mais verbas dos EUA.
O Governo egípcio entretanto culpou a Irmandade Muçulmana, movimento islamista na oposição que é banido mas tolerado, pelos protestos.
No Egipto, as críticas ao regime têm vindo sobretudo de activistas on-line, que marcaram a manifestação para um feriado em honra da polícia. As manifestações de hoje, num “dia de revolta contra a tortura, a pobreza, a corrupção e o desemprego”, serão o teste para ver se o activismo consegue passar dos chats e blogues para as ruas.
O país viu ainda recentemente uma série de imolações semelhantes à que despertou a revolta tunisina.
Fonte: http://digital.publico.pt/Mundo/dois-mortos-em-manifestacoes-antimubarak-no-egipto_1477003
O polícia morreu na Praça Tahrir, no centro do Cairo, onde milhares de egícpios reclamaram o afastamento de Mubarak.
As mortes culminaram uma jornada em que milhares de egípcios desafiaram as autoridades e protestaram contra o Governo do Cairo, num “dia de ira” inspirado pela revolta na Tunísia, que forçou a saída do Presidente Ben Ali. Para além dos protestos na capital e em Suez há também notícia de manifestações em Alexandria.
A jornalista Lauren Bohn relatou confrontos na manifestação do Cairo. “Acabei de ser derrubada”, disse no Twitter, reproduzido na página de "updates" do diário britânico "The Guardian".
“Cenas extraordinárias no Cairo enquanto milhares e milhares marcham com aparente liberdade depois de anos e anos a verem cada protesto anti-governamental imediatamente reprimido pela polícia”, relata Jack Shenker, jornalista do "The Guardian". “A polícia anti-motim segue atrás mas parece não estar certa do que fazer”, comentou: “três manifestações estão a ir agora para partes diferentes da capital, todas romperam cordões policiais, mas parece haver pouca coordenação sobre o que fazer a seguir.”
Cerca de 15 mil pessoas saíram para a rua em várias zonas do Cairo, adiantou a AFP com base em informações dos serviços de segurança. Ao cair da tarde, centenas de pessoas continuavam na Praça Tahrir, uma das principais da capital, perto do Museu Egípcio.
Os manifestantes mantiveram a atitude de desafio apesar de alguns terem já sido agredidos pela polícia, e cantavam slogans incitando os polícias, a maioria dos quais muito jovens, a juntarem-se ao protesto. Algumas pessoas agredidas tinham as faces cobertas de sangue, descreveu ainda o jornalista do "The Guardian", que conseguiu por pouco escapar a uma carga policial. Foram usados canhões de água e gás lacrimogéneo.
“Abaixo, abaixo, abaixo Hosni Mubarak”, cantavam os manifestantes em frente a um complexo judicial no centro da capital, rodeados por um cordão policial. O Presidente Mubarak lidera o Egipto há 29 anos. "Basta", diziam outros. "Muadança", pediam.
As autoridades estavam a impor segurança apertada na capital com 20 a 30 mil agentes deslocados pelo Cairo para evitar que os protestos ganhassem grande dimensão.
“Gamal, diz ao teu pai que os egípcios o odeiam”, gritaram ainda alguns manifestantes, dirigindo-se ao filho de Mubarak que se espera que seja o candidato do partido no poder nas eleições de Setembro deste ano.
Enquanto isso, os EUA pediram contenção. Questionada sobre a situação no Egipto, a secretária de Estado Hillary Clinton começou por dizer que Washington apoia “o direito de expressão fundamental e de reunião para toda a gente”, pedindo então “contenção” a todos os envolvidos. Mas acrescentou: “A nossa avaliação é de que o Governo egípcio está estável e a procurar meios de responder às necessidades e interesses legítimos do povo egípcio.”
O Egipto é um pilar de estabilidade na região e o segundo país a receber mais verbas dos EUA.
O Governo egípcio entretanto culpou a Irmandade Muçulmana, movimento islamista na oposição que é banido mas tolerado, pelos protestos.
No Egipto, as críticas ao regime têm vindo sobretudo de activistas on-line, que marcaram a manifestação para um feriado em honra da polícia. As manifestações de hoje, num “dia de revolta contra a tortura, a pobreza, a corrupção e o desemprego”, serão o teste para ver se o activismo consegue passar dos chats e blogues para as ruas.
O país viu ainda recentemente uma série de imolações semelhantes à que despertou a revolta tunisina.
Fonte: http://digital.publico.pt/Mundo/dois-mortos-em-manifestacoes-antimubarak-no-egipto_1477003
"A Africa esta' doente?" ou a Africa quer acordar do pesadelo?
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