terça-feira, 31 de março de 2009

Seleção angolana de futebol jogou e perdeu novamente


Em Jogo disputado nesta terça-feira, 31 de março de 2009, a Seleção angolana de futebol, que já participou numa copa do mundo (2006), perdeu mais mais uma vez, em jogo de preparação para o campeonato Africano das Nações (CAN2010), a realizar-se em Angola. Desta vez os palancas negras perderam (0-2) na partida contra a seleção de Marrocos.

Para levantar o moral da seleção, como sugestão, o próximo jogo deveria ser contra a seleção do Haiti.


Ficha Técnica:

ANGOLA - Nuno, Marco Airosa (Yuri 85'), Jamba, Kaly, Amaro, Dedé, Mendonça (Olivio 76'), Djalma (Edson 75'), Maurito (Minguito 71'), Mateus (Zé Kalanga 55') e Santana (José 60').

MARROCOS - Fergrouch, Elaraichi (Dirar 68'), Moutaqui, Erbate, Mouataz, Ahmadi (Kharja 63'), Zemmama, Chafni, Taarabt, Boussufa e Chamakh (Hadji 77').

Árbitro: Lucílio Baptista
Foto de arquivo

O juramento da revolução negra no Haiti foi redigido em Kikongo



Chamava-se o «juramento de Bois Caïman», estava escrito em kikongo e era pronunciado pelos actores da primeira revolução negra no Haiti.

A descoberta é do gigantesco projecto multinacional de investigação “A rota dos escravos”, em curso de execução sob o patrocínio da UNESCO.

O vice-presidente do projecto é o historiador angolano Simão Sindouila, que divulgou a informação através de num comunicado recebido hoje por Apostolado.

A informação baseia-se na descoberta feita pelo investigador brasileiro, Araújo, contando uma das constatações que o surpreendeu durante as numerosas missões de pesquisa no Caribe.

«No Haiti, constatei que o juramento de Bois Caïman, que disparou a revolução negra, foi redigido em língua Kicongo ou variante», sustentou o investigador brasileiro.

Demais surpresas de mesma índole foram em Cuba, Trinidad e Suriname.

«Em Trinidad e em Suriname, ouvi também o "papimiento", que é a língua crioula deles, que é uma mistura do holandês com o português e línguas congo-angolanas», testemunhou o mesmo cientista.

A revolução negra no Haiti começou em 1791, liderada por Toussaint L’Ouverture, capturado em 1802 pelas tropas coloniais e desterrado em França.

Toussaint morre em França, mas o Haiti conquista a independência em 1 de Janeiro de 1804, sob a liderança do seu sucessor, Jean-Jacques Dessaline, um ex-escravo.

Fonte:
Apostolado

segunda-feira, 30 de março de 2009

Blogueiros poderão acompanhar ao vivo cúpula do G20 no Reino Unido


Um acordo entre o governo do Reino Unido e a coalizão internacional de ONGs G20Voice (http://www.g20voice.org/,) permitirá que 50 blogueiros (de 22 países)do mundo todo acompanhem ao vivo a cúpula do G20 - que reúne os principais países ricos e emergentes - no dia 2 de abril, em Londres.

Internautas escolheram cerca de 700 blogueiros para acompanhar o encontro. Destes, 50 foram selecionados por representarem diversas regiões do mundo, informou a ONG Oxfam. Os credenciados terão acesso às coletivas de imprensa e poderão compartilhar na web com outros internautas o desenvolvimento das discussões.

Para a Oxfam, este é um fato "sem precedentes", que "dará aos blogueiros e a seu público a possibilidade de se comunicar e de influir nos líderes mundiais em temas como o desenvolvimento, a mudança climática e os direitos das mulheres". A mexicana Jessica Uribe, do site VivirMéxico (http://vivirmexico.com/), representará a América Latina. Rodrigo Alvares do A Nova Corja é o representante brasileiro, especializado em cobertura política, (e também o único em língua portuguesa).O convite inclui despesas pagas - ida, volta e acomodações.

Além da Oxfam, integram o G20Voice as ONGs Comic Relief, Save the Children, ONE e Blue State Digital.

Fonte:
Adnews

quarta-feira, 25 de março de 2009

Seleção angolana de futebol perdeu outra vez!

A nossa seleção perdeu mais uma. Desta vez foi frente à seleção do Brasil? Não. Frente à seleção de Cabo Verde, por 1-0. Não imaginava que Cabo Verde fosse tão forte assim.

A desculpa, desta vez, foi a má preparação física. Esta sequência de derrotas preocupa.

Ficha Técnica:

Angola: Capoco, Airosa, Kali, Loco, Amaro (Asha, 72), Dedé, Chara, David (Love, 46), Mateus, Mantorras (Santana, 62) e Zé Kalanga.

Suplentes: Nuno, Jamba, Rodir, Asha, Job, Santana, Edson, Sérgio, Love, Jamuana e José.

Cabo Verde: Fock, Ricardo Silva, Pelé (Devon, 72), Nhambu (Adão, 84), Nilton Tavares "Nilson" (Nilson de Barros, 79), Varela, Dário, Marco Soares, Babanco (Gerson, 74), Dady (Tchesco, 88) e Lito (Cadú, 91).

Suplentes: Carlos Lopes "Carlitos", Devon Almeida, Elton Rodrigues "Toi Adão", Jaquelino Mendes "Tchesco", Adilson Araújo "Gerson", Cadmiel Alves "Cadú", Nilson de Barros e Victor Costa "Toi".

Árbitro: Bruno Paixão (Portugal).

domingo, 22 de março de 2009

Duas jovens morrem na visita do Papa Bento XVI a Angola








No segundo dia da viagem do Papa Bento XVI (sábado) a Angola, primeira peregrinação pela África, duas jovens morreram pisoteados e outros 50 ficaram feridos em um tumulto registrado na entrada do estádio dos Coqueiros.

Tudo começou com um tumulto nas portas do estádio, cerca de quatro horas antes da chegada do Papa ao local. O Papa já lamentou a morte dos dois jovens. As autoridades policiais estão a investigar o incidente.

Na sexta-feira o papa pediu ao povo angolano a mudança de mentalidade: "Não vos rendais à lei do mais forte" (...) "Se vos deixardes levar por elas, não será difícil reconhecer no outro um irmão que nasceu com os mesmos direitos humanos fundamentais. . Infelizmente, dentro das vossas fronteiras angolanas, há ainda tantos pobres que reclamam o respeito dos seus direitos. Não se pode esquecer a multidão de angolanos que vive abaixo da linha de pobreza absoluta".

sexta-feira, 20 de março de 2009

Papa Bento XVI visita Angola

O Papa Bento XVI chegou hoje, às 12h40 em Luanda para uma visita de três dias ao país, para comemorar os 500 anos da evangelização de Angola. Angola é o primeiro país da África austral onde chegaram os missionários católicos.

O Papa Bento XVI considerou essencial para uma “democracia civil moderna” o “respeito e promoção dos Direitos Humanos”, um “Governo transparente”, uma “magistratura independente”, uma comunicação social “livre” e “acabar de uma vez por todas com a corrupção”. (Alto Hama). "Infelizmente, dentro dos limites de Angola, ainda há muitas pessoas pobres pedindo que seus direitos sejam respeitados", declarou o Papa.

O Papa, entre outras atividades, se encontrou com os bispos locais e fez um discurso ao corpo diplomático creditado em Angola que é reporduzido a seguir:

Senhor Presidente da República,
Distintas Autoridades,
Ilustres Embaixadores,
Venerados Irmãos no Episcopado,
Senhoras e Senhores!

Num amável gesto de hospitalidade, quis o Senhor Presidente nos acolher em sua residência, dando-me a alegria de poder vos encontrar, saudar e vos desejar os melhores êxitos na condução das importantes responsabilidades que cada um de vós assume no âmbito governamental, seja civil ou diplomático, onde cada um serve a própria nação em vista do bem de toda família humana.

Senhor Presidente, obrigado por esta acolhida e pelas palavras que acabais de me dirigir, cheias de consideração pela pessoa do Sucessor de Pedro e de confiança na ação da Igreja Católica em favor desta nação muito amada.

Meus amigos, vós sois artesãos e testemunhas de uma Angola que se levanta. Após vinte e sete anos de guerra civil que devastou o país, a paz começou a se enraizar, trazendo consigo os frutos da estabilidade e da liberdade. Os esforços palpáveis do Governo para estabelecer as infra-estruturas e recriar as instituições indispensáveis ao desenvolvimento e bem-estar da sociedade fizeram voltar a esperança entre os cidadãos. Para sustentar esta esperança, têm concorrido várias iniciativas de agências internacionais, decididas a transcender interesses particulares para trabalhar na perspectiva do bem comum. Nas diversas regiões do país, não faltam os exemplos de professores, agentes da saúde e funcionários públicos que, em troca de um magro salário, servem com integridade e dedicação as respectivas comunidades humanas às quais pertencem. Aumenta o número de pessoas engajadas em atividades voluntárias para prestar os serviços mais necessários Queira Deus abençoar e multiplicar todas estas boas vontades e iniciativas ao serviço do bem!

Angola sabe que chegou para a África o tempo da esperança. Cada comportamento humano reto é esperança em ação. Nossas ações jamais são indiferentes a Deus; e também não o são para o progresso da história. Meus amigos, com um coração íntegro, magnânimo e cheio de compaixão, podereis transformar este continente, libertando o vosso povo do flagelo da avidez, da violência e da desordem e guiando-o pelo caminho indicado por princípios indispensáveis a qualquer democracia civil moderna: o respeito e a promoção dos direitos humanos, um governo transparente, uma magistratura independente, uma comunicação social livre, uma administração pública honesta, uma rede de escolas e de hospitais que funcionem de modo adequado, e a firme determinação, radicada na conversão dos corações, de acabar de uma vez por todas com a corrupção. Na Mensagem deste ano para o Dia Mundial da Paz, quis chamar a atenção de todos para a necessidade de uma atitude ética do desenvolvimento. De fato, mais do que simples programas e protocolos, os habitantes deste continente pedem com razão, uma conversão autêntica, profunda e duradoura dos corações à fraternidade (cf. n. 13).Sua exigência aos que trabalham na política, na administração pública, nas agências internacionais e nas companhias multinacionais é sobretudo esta: permanecei ao nosso lado de modo verdadeiramente humano, acompanhai-nos as nós, às nossas famílias e comunidades.

O desenvolvimento econômico e social da África requer a coordenação das ações governamentais nacionais com as iniciativas regionais e com as decisões internacionais. Uma tal coordenação supõe que as nações africanas não sejam apenas consideradas como destinatárias dos planos e soluções elaborados por outros. Os próprios africanos, trabalhando juntos para o bem das suas comunidades, devem ser os agentes primários do seu desenvolvimento. A tal propósito, existe um número crescente de eficazes iniciativas que merecem ser sustentadas. Contam-se entre elas a New Partnership for Africa’s Development (NEPAD) e o Pacto para a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento na Região dos Grandes Lagos, juntamente com o Kimberley Process, a Publish What You Pay Coalition e a Extractive Industries Transparency Iniziative, que promovem a transparência, o exercício comercial honesto e o bom governo. Quanto à comunidade internacional no seu todo, é de urgente importância a coordenação dos esforços para enfrentar a questão das alterações climáticas, a realização plena e honesta dos compromissos em prol do desenvolvimento indicados pelo Doha round e, de igual forma, a realização desta promessa muitas vezes repetida pelos países desenvolvidos: destinarem 0,7% do seu PIB (produto interno bruto) para ajudas oficiais ao desenvolvimento. Esta assistência é ainda mais necessária hoje com a tempestade financeira mundial em curso; que ela não seja mais uma das suas vítimas.

Amigos, concluo minha reflexão confidenciando que esta minha visita a Camarões e a Angola suscita em mim aquela alegria humana profunda que se sente ao voltar a casa, ao seio da família. Creio que a mesma experiência é o dom comum que a África faz a quantos vêm de outros continentes aqui, onde «a família representa a base sobre a qual está construído o edifício da sociedade» (Ecclesia in Africa, 80).

Entretanto, como todos sabem, também aqui se abatem numerosas pressões sobre as famílias: angústia e humilhação causadas pela pobreza, desemprego, doença, exílio para mencionar apenas algumas. Particularmente inquietante é o jugo opressivo da discriminação que pesa sobre mulheres e moças, para não falar daquela prática inqualificável que é a violência e exploração sexual que lhes causa tantas humilhações e traumas. Devo ainda referir uma nova área de grave preocupação: as políticas daqueles que, com a ilusão de fazer crescer o «edifício social», estão ameaçando os seus próprios alicerces. Que amarga é a ironia daqueles que promovem o aborto como um dos cuidados de saúde «materna»! Como é desconcertante a tese de quantos defendem a supressão da vida como uma questão de saúde reprodutiva (cf. Protocolo de Maputo, art. 14)!

Senhoras e Senhores, encontrareis sempre a Igreja – por vontade do seu divino Fundador – ao lado dos mais pobres deste continente. Posso assegurar-vos que ela, através de iniciativas diocesanas e inumeráveis obras educativas, de saúde e sociais das diversas ordens religiosas, continuará a fazer tudo o possível para apoiar as famílias, nomeadamente feridas pelos trágicos efeitos da AIDS, e promover a igual dignidade de homens e mulheres com base em uma harmoniosa complementaridade. O caminho espiritual do cristão é o da conversão diária. A Igreja convida todos os líderes da humanidade a tomar esse caminho, para que esta última possa trilhar as sendas da verdade, da integridade, do respeito e da solidariedade.

Senhor Presidente, desejo reiterar-lhe a minha viva gratidão pelo acolhimento que nos ofereceu em sua casa. Agradeço a todos e cada um de vós pela amável presença e escuta atenta. Contai com as minhas orações por vós e vossas famílias e por todos os habitantes desta África maravilhosa. O Deus do Céu vos seja propício e a todos abençoe!

Fonte: Rádio Vaticano / Alto Hama

Triste cenário em Benfica

As fotos que se seguem não ficam bem para serem vistas em nossos dias, mas foram registradas em Benfica, em função de fortes chuvas que se abateram sobre a província de Luanda, tendo provocado muitos danos.














(Autoria reivindicada pelo senhor Paulo Esteves Varvalho)

Nota: essas fotos não foram protegidas pelos direitos autorais, por isso que foram publicadas neste blog. Entende-se que se trata de fotos de "domínio público". Ao publicá-las, não foi intenção deste blog denegrir a imagem de nenhuma instituição, mas mostrar a realidade, o que, com toda certeza, foi essa a intenção do autor quando as enviou por e-mail.

Vale aqui lembrar que os blogs surgiram, entre outros objetivos, publicarem aquilo que não se enquadra em outros meios de comunicação. Para todos efeitos uma solução solomônica foi feita. Atribuiu-se os créditos ao autor e as fotos foram minimizadas.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Está a surgir mais uma corrente em Angola!






Relatos apontam que sectores do MPLA querem novas “eleições gerais”

Luanda - O Novo Jornal apurou que dentro do MPLA há quem defenda a realização de novas “eleições gerais” caso as indirectas avancem mesmo, mas só depois de acertado o texto final da Constituição. Seria a forma de garantir que o povo não sairia “enganado”, já que até agora a idéia era realizar as legislativas em 2008 e as presidenciais em 2009.

A fonte apurou que a eleição presidencial poderá ser por via indirecta, mas deverá ser precedida por uma nova eleição geral que acabe com alguns equívocos.

O motivo é simples: Quando, em Setembro de 2008, os eleitores votaram nas legislativas, em nenhum momento lhes foi dito que, na prática, estavam também a delegar nos futuros deputados a escolha do novo PR, como acontecerá caso as indirectas passem. Com o pormenor de, nessa altura, o próprio José Eduardo dos Santos ter já criado a expectativa das presidenciais ocorrerem este ano, 2009 (um cenário cada vez mais distante), através do escrutínio popular.

Com isto, várias correntes do MPLA assumem que, ao desvirtuar a eleição de 2008, alterando as regras do jogo a meio do campeonato, o presidente eleito por via indirecta correria o risco de perder a legitimidade perante a sociedade angolana, que não tinha como não se sentir enganada e joguete de um processo não claro e previamente delineado pelo Presidente da República.


Fonte: NJ /Club-k

Mais uma premiação: "O milagre que Jesus fez"!"





Em 18 de Março de 2009, o blog "Hukalilile" recebeu a premiação "O milagre que Jesus fez"!" do blog "Portal em Cristo". Agradecemos imensamente.

Oblog "Hukalilile" recebe mais uma premiação. Desta vez do blog ""
Portal em Cristo". Agradecemos imensamente por este prêmio "O milagre que Jesus fez!"
Seguem 5 que indicamos este prêmio:
1. Questão de visão
2. Jesus é a esperança
3. Brilha em mim
4. Advir Santa Cruz
5. Sétimo Dia


REGRAS

1. Não precisa esperar o convite para participar,passou por aqui, fique a vontade, testemunhe!

2. Postar o selo da campanha ,juntamente com as regras Ou se preferir, indique este blog onde elas estão bem explicadas, para que não haja dúvidas. Não esqueça de ditar a regra mais importante "MILAGRE ATRIBUÍDO SOMENTE A JESUS".

3. Você deverá postar em seu blog, um milagre que JESUS tenha realizado em sua vida ou de outra pessoa.

4. Este milagre deverá ser atribuído a JESUS somente, não sendo permitido atribuí-lo a outros deuses.

5. Deverá escolher 5 blogueiros e convidá-los a participar.

6. Você deverá postar em seu blog o link do blog de quem te convidou . Esta próxima regra é muito importante,e eu gostaria muito que ela fosse respeitada.

7. Você deverá visitar os blogs que indicou e ler todos os testemunhos. E ainda, comentar em uma nova postagem, no seu blog, sobre o testemunho de milagre, de um de seus indicados, que mais tocou seu coração

8. Esta campanha não é só para cristão, ela é para todos, sem distinção. Pois Jesus veio para todos nós.

Nosso "MILAGRE ATRIBUÍDO SOMENTE A JESUS": Não tenho DÍVIDAS. Que benção!. Nada melhor que atender o telefone sem nenhuma preocupação. Nada de mandar dizer: "eu não estou", quando o telefone toca. Nada melhor que dormir tranquilamente! Nada melhor que andar pelas ruas sem nenhum temor de encontrar-se com uma determinada pessoa.

Selo da vida

Uma das coisas que gostava fazer, quando mais moço, era colecionar selos. Guardava todo troco que recebia na padaria e muitas vezes deixava de comprar lanches só para estar em dia com todos os lançamentos.

Hoje tirei o dia para rever alguns desses selos. Deu-me muita saudade. Saudades dos velhos e inesquecíveis tempos.

Saudades das aulas de cartesia. Todas as noites, no horário da telenovela, nós na aula da etiqueta. Nossos pais nos incentivavam a colaborarmos nas tarefas de casa, atis como arrumar o quarto, lavar louça, arrumar a mesa sem nenhuma recompensa financeira, como acontece hoje e sem nenhuma negociação.

Lembro da fala de meu pai como se fosse hoje: " nunca peça algo que você perceba não estar sobre a mesa", "nunca criticar o cardápio ou fazer comentários desagradáveis", "cuidado para não ocupar o lugar errado", "não elogiar o cardápio durante a refeição, não pedir a receita do prato que mais tenha gostado, não gesticular com talheres na mão, não colocar cotovelos à mesa, etc.

Achava mesmo chato quando tínhamos que nos levantar quando uma senhora deixasse a mesa.

Tinha mais: sempre é a pessoa inferior que é apresentada à superior; é o homem que é apresentado à mulher; o mais jovem apresentado ao mais idoso. Tínhamos o livro do ano. Todas noites alguém tinha que ler pelo menos duas páginas.

Achava tudo isso e outras coisas mais chato. Mas, hoje acho que valeu apenas ter sacrificado nossas noites. Toda planta tem a hora certa para dar seus frutos. Fomos "selados" para toda vida.

Aqui vão alguns selos que colecionei.




quarta-feira, 18 de março de 2009

Participação do Rico no BBB não correspondeu às expectativas


No Brasil, está em curso a nona edição do Big Brother Brasil (BBB-9), edição 2009, exibido pela rede Globo de televisão.

Todos anos algum “Brother” é convidado a passar alguns dias. Este ano a sorte recaiu sobre o conterrâneo Ricardo Venâncio, o Rico, que venceu a 3ª edição do BBB África. Rico ficou confinado por 60 horas. Aproveitou a oportunidade para mostrar como se dança e apresentação de comidas típicas angolanas.

No entanto, não soube responder a que grupo étnico pertencia, quando perguntado pelo apresentador, Pedro Bial. Ele é um angolano privilegiado, porque quando perguntado se teve algum familiar morto durante o confronto armado que se abateu sobre o nosso país por mais de três décadas, respondeu: "não".

Na verdade, a entrada do Rico é uma tentativa de aumentar a audiência da Globo, não no Brasil, mas em Angola, onde a briga com a sua arqui-rival Rede Record, ligada à Igreja Universal do Reino de Deus é disputada “dedo a dedo” .

No Brasil, a Rede Globo deve ter conseguido aumentar a sua audiência no dia em que o pobre Rico tomou banho nu, como nasceu. A imprensa brasileira considerou de “decepcionante” a participação dele.














O que está mesmo emocionante é a briga da Globo com a Rede Record. Isso é que é o verdadeiro “trumuno”. A Rede Record promete "cutucar o fígado [da Globo] até que caia".

A vídeo a seguir exemplifica parte da briga. Só que agora envolvendo também o jornal.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Lugar da criança é também na cozinha



A cozinha não é apenas o lugar de gente grande. É também lugar de crianças. Só é lugar delas depois da escola.

A revista Ana Maria, edição 647, 6/3/09, p. 26 apresenta os setes motivos para que a cozinha faça parte das crianças:

1 - exige raciocínio lógico;
2 - estimula a leitura;
3 - desperta a curiosidade;
4 - desenvolve responsabilidade;
5 - prepara o paladar para novos aimentos;
6 - valoriza hábitos de higiene;

7 - desenvolve criatividade.

No entanto, alguns cuidados básicos precisam ser observados: lavar as mãos, usar o avental, prender o cabelo, ter à mão o livro de receitas antes de começar, separar os ingredientes antes do preparo, lavar bem as frutas, verduras e legumes, quebrar os ovos em potinho, para ver se não estão estragados, ter sempre um adulto ao lado para usar o fogão e facas e não colocar as mãos molhadas eletrodométicos.

Blog Hukalilile ganha mais um prêmio


Em 11 de março de 2009 o blog "Hukalilile" recebeu do blog Diadema de Angola o prêmio Dardos. segundo o texto lê-se:
"Decidi atribuir ao seu blog HUKALILILE o Prémio Dardos, pelo qual se reconhecem os valores que cada blogger, emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.

Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web. Este prémio obedece a algumas regras. Para as cumprir leia o meu último post no
Diadema de Angola.". O blog "Hukalilile" agradece por esta premiação.

Regras

«Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada blogger, emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.

Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.

Este prémio obedece a algumas regras:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos.

»Assim sendo, retribuo o prémio a quem me honrou com ele e indico ainda os seguintes blogs:

E-mails em massa só ocultos



O E-mail ou correio eletrônico é uma ferramenta importante em nossos dias por permitir a troca de mensagens e arquivos, instantatâneamente, de pessoas que se encontram em diferentes lugares do mundo e de forma segura. Além disso, permite uma determinada mensagem possa ser enviada para inúmeros destinatários. E é aí que mora o perigo, caso certos cuidados não sejam tomados.

Há ladrões de e-mails de plantão que acabam dando uso incorreto dessa ferramenta. Enviam “spam”, arquivos com programas anexos, com hiperlinks que levam a aplicativos de extensão “*.exe”, principalmente. Normalmente esses e-mails têm títulos apelativos: “oferta para você”, “intimação”, “saudades de você” etc.

O maior problema disso é que superlota a caixa de entrada de mensagens. Rouba muito tempo, do pouco tempo que temos para selecionarmos “o jóio do trigo”. Verdadeira garimpagem. Por exemplo, só neste fim de semana, recebi 2.355 mensagens novas. Recebo e-mail de lojas até do Japão fazendo suas promoções. O que fazer, chorar? não. Já troquei várias vezes de e-mail, não adiantou, porque a história se repete.

A minha contribuição na diminuição desta entropia, é não enviar e-mails, em massa, de forma visível. Esconder os e-mails. Não expor e-mails dos outros. E isso é muito simples. É só inserir os e-mails no campo Bcc (Cco - com cópia oculta ou cópia carbono oculta)

sexta-feira, 13 de março de 2009

O.C.G Produções apresenta noite de premiação na Holanda

A O.C.G Produções apresenta no próximo dia 28 de março de 2009, às 23:00 h, em Dordrecht, Holanda, a noite de gala para a entrega de prémios aos "mangoles de 2008".

O evento, que consiste na entrega de troféus, contará também com a apresentação do cantor Daniel Nascimento. A Revista Kuia foi convidada para cobrir o evento.

Entre as categorias de premiação destacam-se: desporto, música, arte, trabalhos sociais para a comunidade, desempenho das associações e informação.

Mais informações podem ser obtidas através do e-mail: gikka7@hotmail.com

segunda-feira, 9 de março de 2009

Quando a substituição se torna inevitável!

Quando a substituição se torna inevitável!

Por Maurílio Luiele

«Não é uma substituição fácil, nem tão pouco uma substituição possível. É apenas uma substituição necessária» (José Eduardo dos Santos, Setembro, 1979)

Recentemente, Steve Jobs, o super-patrão da Apple, anunciou o seu afastamento temporário como CEO da empresa por razões de saúde, abrindo entre investidores e clientes apreensões quanto ao futuro deste gigante do Vale do Silício. Com Jobs no leme a Apple tornou-se numa das empresas mais inovadoras e competitivas no ramo da tecnologia surpreendendo clientes e investidores com produtos que viraram verdadeira febre, mormente no segmento da música digital e dos telefones celulares que a Apple converteu em divertidos computadores de mão.

A apreensão com a saída de campo de Steve Jobs é entendida como justifi cada por diversos analistas que argumentam que o patrão da Apple não foi capaz de preparar um substituto à altura como o fez, por exemplo, Bill Gates com relação à Microsoft. Analistas referem mesmo que Jobs não permitiu que pessoas talentosas crescessem na empresa. Com efeito, o seu estilo autocrático de gestão e a permanente ruptura com o senso comum empresarial são apontados ao mesmo tempo como chaves para o sucesso da empresa mas que, diante da sua saída, podem vir a ensombrar largamente o seu futuro. Jobs tornou-se verdadeira lenda empresarial, inspirando a Apple no seu sucesso mas, na eminência da sua saída, os analistas questionam-se até que ponto esta relação simbiótica entre executivo e empresa é efectivamente saudável. Os analistas consideram que qualidades e factores como gestão profissional, elevada facturação e nome consolidado no mercado perdem valor na avaliação dos investidores quando figuras emblemáticas nas empresas se retiram sem antes haver um processo claro e público de formação do sucessor. O Chefe vai e leva consigo o sucesso da empresa semeando por entre clientes e investidores pânico e desolação.

Sempre considerei que no mundo corporativo, aspectos como gestão autocrática, consulados longevos fossem de menosprezar desde que os lucros estivessem garantidos. De resto, abundam no mundo corporativo exemplos de empresas dirigidas com sucesso pelo mesmo executivo durante longos anos. A análise acima, em torno da saída de Jobs do comando da Apple, sustenta, todavia, o contrário, o que é compreensível já que a gestão das grandes corporações, abertas a capital cada vez mais global e com as paixões que os seus produtos, eventualmente, despertam a nível global, deixou de interessar apenas a pequenos núcleos familiares passando a despertar um generalizado (ou globalizado) interesse público.

Porém, é no mundo político, sem dúvida, onde estes aspectos se configuram acintosos já que, por política entende-se a arte e ciência de gerir o bem comum. A política lida com os assuntos de Estado, isto é, assuntos que a todos nos dizem respeito enquanto cidadãos e por isso mesmo a escolha das lideranças políticas, os modelos de liderança, a forma como os líderes políticos assumem os negócios de Estado são assuntos que se devem colocar permanentemente sob o crivo dos cidadãos.

Em Angola temos um Chefe de Estado cujo consulado apresta-se a completar trinta longos anos. Compreendemos todos as circunstâncias particulares que determinaram este longevo consulado de José Eduardo dos Santos e por isso mesmo também entendemos todos que o quadro que se vai desenhando projecta para um cenário mais próximo o momento em que se tornará inevitável a sua substituição. Os consulados longevos tendem a automatizar atitudes autocráticas de liderança incompatíveis com o processo de democratização que almejamos que vingue no nosso país.

No caso de JES são várias as manifestações deste processo de automatização autocrática. A imagem mais emblemática é talvez aquela que o Jornal de Angola traz frequentemente à estampa ilustrando as reuniões do Conselho de Ministros em que o Chefe ocupa sozinho uma extensa mesa transversal que lhe permite ver bem do alto todos os demais ministros incluindo o PREMIERE! Pretende-se criar em torno de JES uma mística e mesmo um culto de personalidade que propicia atitudes autocráticas e por isso mesmo indesejáveis em democracia.

Os enormes outdoors espalhados por Luanda fora indiciam isso mesmo. Autocracia é incompatível com democracia! Os processos de substituição de líderes que permanecem por muito tempo no poder podem acarretar alguma instabilidade, a menos que o processo se faça num quadro de completa transparência e plena democracia.

A África, infelizmente, está repleta de exemplos desta natureza. O Zimbabwe é o exemplo mais recente de quanto pode ser traumática e conturbada a sucessão de um líder que permanece indefinidamente no poder. De JES, apesar de numa ocasião se ter referido explicitamente à inevitabilidade da sua sucessão, não se vislumbram sinais insinuantes de construção estratégica desta sucessão. Muito pelo contrário, a mensagem que se procura transmitir é que se trata de uma fi gura insubstituível, o que não corresponde à verdade. Mal de nós, angolanos, se não tivéssemos entre nós mais pessoas capazes de assumir com competência o cargo de Chefe de Estado! Mal do MPLA se não fosse capaz de gerar novas lideranças! Contudo, ao repetir até à exaustão a história do «candidato natural» o MPLA recusa-se a encarar frontalmente o facto de que se aproxima o momento em que se tornará inevitável a substituição de JES. Deste modo procura-se lançar nuvens negras no inevitável processo de sucessão.

Em suma, devemos todos estar conscientes de que está mais próximo o momento em que se tornará inevitável a substituição de José Eduardo dos Santos que há cerca de trinta anos assume o cargo de Chefe de Estado de Angola. Para que a sua sucessão se faça sem sobressaltos é fundamental que ela decorra em condições de plena democracia e transparência devendo ele próprio e o MPLA desempenhar um papel relevante na sua concepção. Esperamos que num futuro mais breve ou menos breve e em quaisquer circunstâncias não precisemos de repetir as palavras lidas em 1979 por Lúcio Lara: «...que ingenuidade a nossa... » pois estamos trinta anos mais maduros.

Fonte: Semanárioo angolense, 306, p.18, 7-14 março de 2009

sexta-feira, 6 de março de 2009

Comunicação à nação do Presidente Isaías Samakuva



Prezados compatriotas:

Passaram-se já quatro meses desde que um novo governo tomou posse para dirigir a política e a economia da Nação. Passaram-se quatro meses desde que o Chefe do governo prometeu mudar o País e melhorar as condições de vida dos angolanos.

Através do voto, os angolanos escolheram aqueles a quem cabe governar, e aqueles a quem cabe fiscalizar o Governo. A nós, coube o legítimo papel de oposição republicana e fiscalizadores. Cumprindo esse papel, vamos hoje apresentar o balanço dos primeiros cento e vinte dias da governação dirigida pelo Presidente Eduardo dos Santos.

Logo após as eleições, ainda em Setembro de 2008, segundo o Novo Jornal, Angola tinha reservas no valor de $20 bilhões. Quando o governo tomou posse, em 30 de Outubro, segundo o Senhor Governador do BNA, este valor tinha baixado para $18 bilhões de dólares. Agora, quatro meses depois, ainda segundo o Novo Jornal, as nossas reservas voltaram a baixar para $15 bilhões e o Chefe do Governo não explicou aos angolanos como é que Angola está a gastar esse dinheiro.

Só sabemos que o Governo diz que os angolanos terão de apertar os cintos e que não vai poder cumprir com as promessas que fez durante a campanha eleitoral. Não se pagam mais os salários e as pensões em tempo, os preços da comida e dos medicamentos estão a subir, o valor do Kwanza no mercado está a baixar! Muitas das obras estão paradas e vários projectos de desenvolvimento foram cancelados. Quer dizer, o Governo fez o povo pagar a factura da sua campanha eleitoral, dos carros de luxo que importou para comprar consciências, e agora não cumpre as promessas que fez!

A explicação oficial que dá para tais incumprimentos é a crise financeira internacional. Não aceitemos isso, porque não é verdade. Quero explicar-vos hoje que nem tudo o que vai mal na nossa economia se deve à crise internacional.

A actual crise financeira internacional é uma crise de credibilidade no sistema financeiro que resultou na desvalorização galopante dos títulos. E a economia angolana não assenta em títulos. A crise radica na falta de liquidez dos mercados financeiros. E Angola não tem ainda mercados financeiros. Lá onde existem mercados financeiros, o sistema mostrou-se incapaz de fornecer os fundos necessários ao investimento e à produção. Mas os investimentos de Angola foram programados para serem financiados por fundos próprios, resultantes principalmente da venda do petróleo e do diamante. Mesmo os dinheiros da China podem ser considerados vendas antecipadas de petróleo. Nesse respeito, portanto, a crise nos mercados de capitais ou a recessão que as economias estruturadas enfrentam lá fora não deve servir de desculpa para os males sociais que Angola enfrenta.

Um bom gestor deve saber prever. Nós avisamos o Governo que o preço do petróleo ia baixar. O preço do petróleo já estava baixo, quando o Governo fez a programação orçamental com um preço alto. A crise lá fora já existia quando o Governo fez as suas promessas e aprovou o seu orçamento eleitoralista. Foi por isso que nós votamos contra a aprovação do orçamento. Porque sabíamos que a previsão de receitas do Governo não era realista. O Governo queria apenas programar muitos projectos ao mesmo tempo, só para ganharem nas comissões e na sobre facturação. Agora que o Governo caiu na real vem dizer-nos que é por causa da crise. Não senhor, isto é má programação!

Numa altura em que as receitas já estavam incertas, o Governo aprovou um Programa em que Angola iria gastar mais do que iria receber! Isto não é crise. Isto é má gestão! Quem espera ganhar 32 e faz encomendas de 40 não é bom gestor! Angola iria receber de impostos $32 bilhões de dólares mas decidiu gastar $40 bilhões. E isso tudo para cobrir mais cargos e regalias para o partido no poder! A diferença, ou seja, o deficit, seria coberta por empréstimos. O Governo esperava pedir emprestado $10 bilhões de dólares, sendo $6 bilhões no estrangeiro e $4 bilhões no mercado interno! Ora, numa altura em que os Bancos internacionais estão a falir e os mercados financeiros estão em crise, não será fácil Angola conseguir os seis bilhões de dólares em dinheiro fresco. Como Angola já tinha $18 bilhões guardados e esperava receber mais $32 bilhões ao longo do ano, nós não concordamos com estes empréstimos! Dissemos que seria mais prudente utilizar o dinheiro que já tínhamos nos Bancos, arrumar primeiro a casa e programar um crescimento mais lento, mas seguro. Novamente, o Governo não nos quis ouvir! O governo preferiu adoptar uma política de endividamento e de crescimento acelerado, numa altura em que a economia mundial já estava em recessão e os Bancos não tinham tanto dinheiro assim para emprestar. O Governo preferiu programar as suas despesas com base em preços altos para o petróleo e o diamante, quando estes preços, que nós não controlamos, já estavam a baixar! Foi por isso que votamos contra aquele orçamento que o Governo aprovou sozinho!

E agora, passados 120 dias, o Governo vem dizer-nos que não consegue cumprir o que prometeu aos angolanos por causa da crise internacional. Isto não é verdade! Queremos que todos os angolanos entendam, que os erros do Governo não se devem à crise internacional, mas sim à má gestão! Nós avisamos que o ano de 2009 seria um ano difícil para os angolanos, não tanto por causa da crise lá fora, mas por causa da má gestão aqui dentro. A nossa crise não é financeira. A nossa crise é social por causa das políticas sociais erradas e discriminatórias deste governo.

Angolanos,

Além da má gestão e da exclusão social, temos a corrupção! O Governo incluiu no orçamento $ 2 bilhões de dólares para despesas não identificadas mais $7 bilhões para despesas que, até hoje, não explicou! E aprovou sozinho estas despesas que certamente não irão beneficiar o povo trabalhador! Ao transformar em lei estes dispêndios, Angola violou o princípio universal da especificação dos orçamentos públicos: este princípio tem por escopo vedar as autorizações globais, ou seja, as despesas devem ser classificadas com um nível de desagregação tal que facilite a análise por parte das pessoas e a prestação de contas por parte dos governos. Ora, isto não foi feito! E não foi feito de propósito, porque a não especificação da despesa facilita o desvio dos fundos, dificulta a prestação de contas e sustenta a corrupção.

Os angolanos sabem que há esquemas na regularização da dívida interna e na sobre facturação de serviços. Há acusações de fraudes nas folhas de salários, nos subsídios, nas contribuições à Segurança Social, etc. Há muita gente na folha de salários do Governo, que não trabalha lá. Há pessoas a receber pensões como combatentes, mas nunca combateram. Há dinheiros públicos que estão a ser utilizados para comprar casas no estrangeiro e participações financeiras em empresas privadas, no País e no estrangeiro para o benefício de particulares. Há de facto despesas que são tidas como públicas, mas que efectivamente são despesas particulares. Ou seja, o Governo, enquanto órgão superior da Administração Pública, gere os recursos públicos com base num Orçamento não transparente, que abre brechas para a corrupção e a não prestação de contas!

A Global Witness, O Semanário Angolense e outros órgãos já denunciaram isso por várias vezes. Estas acusações nunca foram investigadas pelos órgãos competentes da República.

Ainda na passada semana, o Presidente da Sonangol falou à imprensa. Não disse porque é que ele, não sendo o Governador do Banco Nacional de Angola, faz a gestão das reservas do Estado e dela não presta contas ao órgão fiscalizador do Estado, a Assembleia Nacional. Não disse como é que o património público, aparentemente em nome da Sonangol, tem passado para a posse de privados da oligarquia angolana por via da Sociedade Atlântica, de empresas offshore nas Bermudas e outros paraísos fiscais, na Europa e na Ásia. Não explicou quanto dinheiro Angola já ganhou, ou perdeu, com os investimentos que a Sonangol fez no estrangeiro! Não disse nada disso. Apenas terá deixado claro, em voz alta, que apesar de Angola dizer que não tem dinheiro para pagar salários, nem para comprar comida ou medicamentos, o Governo vai continuar a utilizar o dinheiro do povo para comprar casas no estrangeiro! Será que vocês, há 120 dias atrás, votaram para Angola utilizar o vosso dinheiro para comprar prédios no estrangeiro ou para comprar educação, saúde e habitação?

O Governo fez promessas eleitorais que agora não consegue cumprir, não por causa da crise lá fora, mas por causa da má programação e da má gestão aqui dentro. Não por causa da recessão lá fora, mas por causa da corrupção aqui dentro. Por causa das prioridades erradas de um governo que protege os seus amigos, e não olha para o bem-estar de todos os angolanos. A nossa crise não é apenas financeira. A nossa crise é social, e ela existe por causa das políticas erradas de exclusão social praticadas pelo Governo!

É tempo de Angola respeitar os princípios da verdade, rigor e transparência na gestão das finanças públicas. Não basta incluir na Conta Única do Tesouro as receitas dos fundos autónomos e dos Institutos Públicos! É preciso incluir também todas as receitas da Sonangol, no País e no estrangeiro. É tempo do Governo explicar aos angolanos com transparência todos os activos que o País detém no estrangeiro, incluindo a razão porque as reservas do Estado, acumuladas durante os últimos três anos, estão a diminuir a cada dia que passa!

Prezados compatriotas:

Quando queriam o nosso voto para continuar a governar, os governantes prometeram-nos a construção de um milhão de novas casas e a criação de milhões de novos empregos. Tanto o árbitro como os jogadores prometeram aos angolanos o fim da exclusão social, a consolidação da democracia e a restauração dos valores morais. Todos eles disseram que Angola ia mudar para melhor.

Passados mais de quatro meses, constatamos o contrário! As poucas casas que são construídas com o dinheiro do povo são distribuídas àqueles que já têm casa! O desemprego aumentou! Impediram a Rádio Nacional, que é de todos, e a Televisão Pública, que é de todos, de fazer cobertura dos actos políticos dos Partidos na oposição. Ou seja, querem acabar com a democracia e instalar na prática um regime de partido único! Tudo quanto é do MPLA passa na imprensa oficial. Tudo quanto vem dos outros partidos não passa com igual destaque.

Além disso, o Governo continua a privilegiar as empresas estrangeiras que, por sua vez, discriminam os angolanos. Nas construtoras, os angolanos continuam a não passar de ajudantes, os seus direitos laborais continuam a não ser respeitados e o Governo continua a não proteger os trabalhadores angolanos contra os riscos de invalidez, velhice e acidentes de trabalho. Pelo contrário. Os estrangeiros lucram com a exploração da saúde e da vida dos angolanos e distribuem esses lucros com os seus sócios angolanos, muitos deles, certamente, membros do Governo, da Assembleia Nacional e de outras estruturas do Partido Estado.

As políticas erradas na educação e no ensino não foram corrigidas. A reforma introduzida no ensino de base não resultou num aumento significativo da oferta escolar. O mero anúncio da criação de novas universidades públicas no papel, não irá, por si só, colmatar a mediocridade da qualidade de ensino que o Estado administra, nem vai tornar a única universidade pública existente mais eficaz e competitiva. O sistema de ensino continua a não ser capaz de satisfazer as necessidades da diversificação da economia.

O estado da saúde pública é ainda mais preocupante. Apesar de terem sido aprovados mais de um bilhão de dólares para serem gastos nos cuidados da saúde do povo em 2009, o Governo não consegue controlar a raiva! Os hospitais não têm medicamentos; não têm seringas. Pedem aos familiares dos doentes internados para comprarem no mercado os medicamentos e as seringas que o Estado já comprou com o dinheiro do povo doente. E quem vende? São os mesmos responsáveis dos hospitais, ou directamente, ou através de terceiras pessoas. Em alguns casos, dizem-nos as vítimas, pedem aos familiares para irem limpar as camas dos seus doentes que estão internados! Vejam bem. O Governo usa o dinheiro do povo para comprar equipamentos médicos e medicamentos, mas não utiliza estes meios para cuidar da saúde do povo! O Governo permite que estes medicamentos e equipamentos desapareçam dos hospitais para irem abastecer as clínicas e farmácias particulares.

Prometeram-nos também programas sociais para o benefício de todos os angolanos. Já se passaram mais de quatro meses e o Chefe do Governo não foi capaz de explicar aos angolanos quais os resultados dos programas de desenvolvimento social que prometeu durante a campanha eleitoral. Não conseguiu mostrar um angolano sequer que não seja do MPLA e que tenha beneficiado desses programas! Referimo-nos ao Programa de Fomento do Desenvolvimento da Actividade Económica (FDEA), no valor de $939 milhões; ao Programa de Apoio ao Sector Privado e de Construção de Infra-estruturas económicas básicas, no valor agregado de $814 milhões, ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Agrícola Para Exportação, no valor de $341 milhões, e o Programa “Angola Jovem!” no valor de $30 milhões! Ao todo, o Orçamento reservou mais de três bilhões de dólares para estes Programas! O Chefe do Governo, que se apresentou nas eleições não como árbitro, mas como jogador, prometeu que estes programas iriam beneficiar a todos, que iria governar para todos, mas os factos indicam que está a governar só para alguns. Li num dos jornais, que um dos Bancos teria recusado o crédito a um angolano qualificado, só porque o nome dele era Payama, ou Kundi. Mas logo que o Banco recebeu um bilhetinho da Cidade Alta, o Banco concedeu o crédito!

Noutros casos, exigem mesmo o cartão do Partido Estado. Para conseguir uma junta médica, é preciso ser do MPLA. Para conseguir uma casa, uma fazenda ou a aprovação de um negócio pelo Conselho de Ministros, é preciso ser do MPLA. O povo diz isso. Mas eu vos digo que também nem todos os do MPLA conseguem. Só aqueles que estão ligados à Cidade Alta. Isto significa que, contrariamente ao que nos prometeram, o Chefe deste governo está a governar para um grupo de pessoas ainda mais pequeno do que o MPLA. Não está a governar para todos os angolanos, independentemente da sua religião ou da sua filiação política. Não foi para isso que os angolanos votaram. E não é isso que a Lei manda.

Vejam que Angola precisa de professores. Só a UNITA apresentou ao Governo mais de 9000 professores qualificados, que estão disponíveis para trabalhar. Mas o Governo não lhes coloca só porque são da UNITA! O mesmo sucede com outros compatriotas que não são do MPLA!

Durante o mês passado, fizemos uma experiência caricata. Um cidadão que é licenciado, tem sólida formação administrativa, fala bem Inglês e chegou a trabalhar como Director do meu próprio Gabinete falou com alguém do SINFO para pedir um emprego no Estado. Arranjaram-lhe o emprego sim, mas na condição de repudiar a UNITA, fazer declarações públicas contra a UNITA e assinar uma ficha de militante do MPLA. Caso contrário, o Estado não lhe dá emprego! Em breve, vocês talvez o verão na Rádio ou na TV!

Portanto, ao invés de promover a justiça social, a boa governação e a reconciliação nacional, como prometeu, o Governo fomenta as injustiças e a exclusão social. O Governo mistura negócios públicos com negócios privados e discrimina as pessoas com base na sua filiação política. Dum lado, os do MPLA, e a estes tudo se dá. Do outro lado, os outros. E a estes, nada se dá. E a maioria é que está sendo prejudicada! As condições de vida dos pobres ficam cada dia mais difíceis! Depois de 120 dias de vida do projecto para um futuro seguro, a verdade é que o futuro da maioria dos angolanos continua cada vez mais incerto e inseguro. Angola continua a ser a Angola de poucos. Os angolanos querem uma Angola para todos.

Angolanos:

As democracias constroem-se a partir de governos com responsabilidade. Isso significa responsabilidade com a palavra, cumprir o que se promete no momento da eleição, quando se estabelece o sagrado contrato entre o povo e seus governantes. O que estamos a assistir em Angola é o rasgar, do dia para a noite, em menos de 120 dias, das promessas feitas à Nação, usando-se como desculpa a crise internacional. Ou seja, uma segunda fraude eleitoral, tão grave quanto as actas fantasmas usadas no escrutínio de 5 de Setembro!

Mas houve ainda uma terceira fraude eleitoral: assim como os votos foram subvertidos, a conversão dos votos em dinheiro para o financiamento da democracia também foi subvertida! Os subsídios devidos por Lei à UNITA foram objecto de uma matemática estranha que o Governo não consegue explicar convincentemente!

Mas a democracia é forte. Tão forte que nenhuma fraude é capaz de eliminar a oposição. Por isso aqui estamos, para denunciar o que está errado e apontar os rumos que são os mais correctos para o país. Combater a corrupção e diversificar a economia para o benefício de todos, não apenas de uns poucos! Estamos aqui para instar o Governo a investir com prioridade nos angolanos que mais precisam, na sua saúde, educação, emprego e habitação. Estamos aqui para instar o Governo a redistribuir com equidade e justiça as receitas do Petróleo entre todos os angolanos, e não entre os poucos amigos do poder. Esse é o caminho para se sair da crise social que enfrentamos, o caminho da inclusão e da justiça social, o caminho para se construir uma Angola para todos.

Fonte: Gab Presidente da UNITA

terça-feira, 3 de março de 2009

Aumenta o número de acessos à Internet a partir de Angola






















O dia ainda não terminou, mas já tenho motivos para comemorar. O blog bateu todos os recordes: número de acessos, páginas consultadas e, principalmente, o retorno do número de internautas que acessam a partir de Angola. As férias acabaram.

Em primeiro lugar, hoje foi o dia que mais páginas foram consultadas, que totalizaram 432 páginas, por 157 leitores diferentes. Isso signfica que cada leitor consultou, em média, 2,75 páginas.

Nos meses de dezembro de 2008, janeiro e fevereiro de 2009 os angolanos, a apartir de Angola, acessaram pouco a internet. Cheguei a imaginar que a internet já tivesse caído em desuso. Constatei isso também noutros "blogs que falam de Angola".

Por outro lado, nesse intervalo de tempo, aumentou muito os acessos a partir de Portugal. A partir do Brasil o número é sempre crescente.

Isso sugere que, durante as férias, muitos viajaram ao interior do país, onde ainda as condições de acesso à internet são precárias, ou viajaram, principalmente, a Portugal. Na verdade, não é tão fácil acessar a Internet a partir de "Lan-houses" (cyber café) de nossas cidades. Para além do elevado preço, por hora de uso, a internet não é tão rápida; só é possível consultar os e-mails e ir para casa, ligar o gerador e assistir a "telenovela". Esse incômodo não acontece com pessoas que o fazem a partir de grandes empresas, como as petrolíferas.

Ainda, o elevado número de acessos a partir de Portugal, pode estar associado ao interesse de cidadãos portugueses pelo mercado angolano que vem se verificando nos últimos dias, como foi (ou está sendo noticiado) pela imprensa.

Enquanto isso, aproveitei a oportunidade para atualizar o blog, para prepará-lo para as eleições presidenciais que se avizinham.

Agradeço aos leitores deste blog e aos novos que se ajuntam a nós a cada dia, pela amizade, comentários e assiduidade, e aos blogs que têm encaminhado inúmeros leitores, em especial Pululu, Cubal-terra amada, O Patifúndio.com, Blogs que falam de Angola, Global Voices, Africa Minha terra, Angola-debates e idéias, Mais Angola, Amenidades da Cristandade, Seguindo adiante, Por terras de África e outros

Tribunal decide pelo retorno dos angolanos



Tribunal de Justiça do Paraná, Brasil, suspende liminar que permite permanência de grupo angolano no Brasil

Jovens cegos estudam Curitiba e não querem voltar para Angola. Ministério Público tenta recorrer da decisão.

O Tribunal de Justiça do Paraná, Brasil, suspendeu a liminar que permitia a permanência de 11 jovens angolanos cegos no Brasil. O Ministério Público tenta recorrer da decisão e já entrou com um pedido de reconsideração para que o relator não casse a liminar.

O grupo de estrangeiros cegos vivem há 8 anos em Curitiba, Brasil, Curitiba e não quer sair do país neste momento. Eles vieram para o Brasil para fugir da guerra e pretendiam retornar para Angola apenas depois de terminarem os estudos. Assim, teriam mais chances de conseguir um emprego e ajudar as famílias.

Seis deles já haviam passado no vestibular e estavam matriculados em uma faculdade particular.

A viagem de volta está marcada para a manhã de quarta-feira (4).

De acordo com o Ministério Público, a Promotoria foi alertada pelo Instituto Paranaense de Cegos que a Fundação Eduardo dos Santos (FESA), entidade responsável pelos jovens, teria comunicado em janeiro que encerraria o convênio que mantém com o Instituto e que garantia a presença dos rapazes no Paraná. Sem o convênio, grupo seria obrigado a voltar de imediato para Angola.

Além da falta de contato com as famílias, a Promotoria argumenta que, no Brasil, os angolanos já desenvolveram vínculos afetivos e, segundo a equipe do Insituto Paranaense de Curitiba, teriam "medo" de retornar para a Angola - África.

Muitos estariam apresentando problemas emocionais desde que souberam que devem voltar – de crises de choro ao desenvolvimento de teorias de conspiração persecutória, temendo punições dirigidas a si e aos familiares. A vontade de todos seria a de permanecer no Brasil.

Fonte: Globo.com

Edifícios projetados para Luanda

Enquanto, no Kunene, as pessoas morrem à fome, Luanda está apostando em concentrar todos aranha-céus na capital. Aqui vão alguns edifícios projetados (antes da presente crise do petróleo) e muitos deles já sendo executados. Os demais edifícios estão disponíveis skyscrapercity.com (http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=702740)




World Trade Center Angola




Torre Capital







Edificio Rocha Monteiro



Aflalo & Gasperini




Luanda Plaza




Projecto Imobrasil


Rua Da Missao


Edifício Metrópolis


Talatona Tower Residence


Novo estádio









Edificio Zimbo Tower



Kinaxixe hoje
*Picture courtesy of Hammelkar*


Kinaxixe depois

Leia (acesse) sempre o original
Fonte:
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=702740