quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Há Corrupção na Justiça Angolana.


Por Diogo Paixão
30/12/2008

Em Angola a Procuradoria-geral confirmou a existência de corrupção no sistema judicial do país. A procuradoria divulgou o resultado da investigação que efectuou a alegações de "encomenda de sentenças" entre juízes e advogados.

Fonte:
VOA

Principais promessas do MPLA

As últimas eleições legislativas do passado dia 5 (e 6) de setembro (2008) foram vencidas pelo MPLA (81,8%). Em seu artigo Bernardino Manje resume as principais promessas do partido (http://www.mpla10.org/) no poder desde 1975. É bom que sejam registradas e atualizadas para que em 2012 seja possível conferir as tarefas vencidas.

Para o quadriênio 2009-2012, o MPLA prometeu realizar:

1. Habitação: Construção um milhão de casas

2. Educação: "assegurar que as crianças tenham acesso ao ensino primário gratuito, obrigatório e de qualidade e o concluam, através da redução da taxa de abandono para 7 por cento, redução da taxa de reprovação para 13 por cento, aumento da taxa de aprovação para 80 por cento, assim como o incremento da taxa de aproveitamento e de conclusão para 80 por cento".

3. Educação: "criar, pelo menos, um estabelecimento de ensino superior em cada província, de modo a aumentar os efetivos estudantis em 200 por cento (dos atuais 50.000 para 150.000 estudantes)".

4. Emprego: "criar mais de um milhão de novos empregos (1,3) e investir na criação de mais centros de formação profissional, procurando descer ao nível do município, recorrendo a oficinas móveis e a cursos virados para as necessidades do meio rural". Prometeu também também baixar a taxa de desemprego para um valor inferior a 15%.

5. Saúde. "Inverter a tendência crescente de agravamento da prevalência do VIH/Sida para uma taxa inferior a 3 por cento e reduzir a tendência crescente de agravamento da taxa de incidência da tuberculose para níveis não superiores a 80 novos casos por 100 mil habitantes. A redução de 50 por cento da taxa de mortalidade em menores de cinco anos e a taxa de mortalidade infantil é outro ponto importante do programa do MPLA".

6. Saúde. "Atingir o indicador de três médicos por 10.000 habitantes. Durante os quatro anos de Governo, o MPLA compromete-se ainda a construir cerca de um milhão de habitações, das quais mais de 500 mil são erguidas nas áreas rurais. À juventude, o partido garante “mais formação, mais oportunidades e melhor integração”.

7. Cidadania. Mais água potável e energia elétrica e melhores condições de saneamento.

8. Economia. Garantir um ritmo elevado de crescimento econômico, que desenvolva o país de forma harmoniosa e faça progredir as regiões mais desfavorecidas de Angola.

9. "A inflação moderada deve estar em torno de um dígito, a taxa de câmbio estável, tendo em conta os fundamentos macroeconômicos; a taxa média anual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ser de dois dígitos; as taxas médias de crescimento real do produto não petrolífero não inferiores a 7 por cento ao ano; endividamento público (interno e externo) não superior a 50 por cento do PIB e uma taxa de desemprego ao redor dos 15 por cento".

10. Mudanças. Promete fazer uma mudança segura

Referência:

A mulher do ano de 2008


Foi considerada figura do ano em Angola, Conceição Domingos, a ex-chefe da contra inteligência que viu reduzida a sua pena de prisão na seqüência do chamado “caso Miala”. A discrição vem de um dos mais prestigiados Semanários em Luanda, “A Capital".

O Jornal se justifica na sua ultima edição o heroísmo de “São” Domingos por ter observado na cadeia, a greve de fome de cerca de 45 dias, demonstrando que em nome da justiça estava disposta a dar o que de mais valioso um ser humano tem “a vida”.

São raros casos do gênero registado em Angola. Nos finais da década 70 foram detidos vários activitas políticos por não comungarem com a então ideológica autoritária do MPLA. De entre os reclusos/detidos estava Luis do Nascimento, o actual SG da FpD. L Nascimento teria igualmente submetido a uma “excessiva” greve de fome de quase um mês para além de ter sido fortemente torturado o corpo (manchas que hoje apresenta nas costas). Conceição Domingos bate entretanto, o Record de greve de fome na Angola pós-partido único.

Fonte: Club-k

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O homem do ano de 2008

António Domingos Pitra da Costa Neto - Se o MPLA foi o grande vencedor, e José Eduardo dos Santos o seu «grande finalizador», Pitra Neto terá sido o melhor jogador em campo.

Por um lado, geriu da melhor maneira a vice-presidência. Inteligente, cordato, em nenhum momento pareceu que o poder lhe tivesse subido à cabeça.

Por outro, honrou a palavra dada, isto é, cumpriu um mandato e nada mais. Bem colocado para a eventualidade de uma transição, fez o que muito poucos no seu lugar teriam feito, isto é, acorrentarem-se à cadeira.

Por estas e por outras, Pitra Neto merece estar entre as principais figuras do ano.

Fonte: SA (27/12/2008 - 10/01/2008)

Aumento crescente de calor em Angola


Aumento do calor em Angola faz sertão começar a virar mar

Reportagem exibida no programa "Fantástico" da Rede Globo de Televisão.(28/12/2008)

Vídeo: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM941690-7823-SERTAO+ESTA+VIRANDO+MAR+EM+ANGOLA,00.html

Temperatura: 42 graus. Por isso, pintar o corpo não é mais só uma tradição entre os muimbas [mumuilas], uma das maiores tribos que vivem no deserto angolano. Agora, é necessidade. Serve também para proteger do sol.

Eles explicam que o calor aumentou nos últimos anos. Seria um reflexo das mudanças climáticas no mundo? É o que pesquisadores tentam descobrir. O certo é que a elevação do nível do mar está provocando um fenômeno em Angola. O destino da equipe do Fantástico é a Baía dos Tigres - um lugar que começou, literalmente, a desaparecer do mapa. Para chegar até lá - de carro e pelo litoral - o planejamento é minucioso. É preciso vencer a natureza: vencer a maré alta. O pescador Rogério Cunha vive em Namibe e será o guia. Pela internet, ele descobre que no dia seguinte, às 8h34, o mar irá atingir o nível mais baixo da semana.

"Nós temos que sair às 2h30 da madrugada para entrarmos na zona de risco às 5h30 e temos três horas para fazermos o percurso de risco.

São três caminhonetes com tração nas quatro rodas. Todas carregadas de combustível, alimentos, barracas e muita água. Logo no começo da viagem, a primeira parada. Esvaziamos um pouco os pneus, pra ficar mais fácil andar na areia.

Minutos depois, o imprevisto. Como estava muito murcho, o pneu de um dos carros se soltou. Tentamos ganhar tempo, acelerando. Na escuridão, não dá para ver o mar, mas ele está bem perto. São milhares de caranguejos.

Quando amanhece, a paisagem muda de cor e revela o perigo. Depois de quatro horas de viagem, chegamos ao início do ponto mais crítico. É um corredor - de um lado estão dunas bem altas e do outro, muita água do Oceano Atlântico. Só é possível passar pelo local, quando a maré está bem baixa.

De helicóptero, a imagem mostra bem que o corredor de areia quase não existe mais, espremido entre o deserto e o mar. Os angolanos dizem que o acesso por terra sempre foi difícil, mas piorou nas últimas décadas.

No trecho mais problemático, mesmo com maré baixa, a passagem é quase impossível. Nessa área de risco, onde quase ninguém vai mais, aves e golfinhos encontraram refúgio.

Desse local, dá para ver a Baía dos Tigres. Antes, o local tinha uma ligação de areia com o continente. Com a subida do mar, o caminho desapareceu e a Baía virou uma ilha: a Ilha dos Tigres.

A falta de acesso deixou a cidade abandonada. A areia invadiu galpões de pesca, casas, hospital, delegacia e igreja.

Pela primeira vez, uma equipe de televisão visita a ilha. Só três policiais ainda vivem no local. Passam 90 dias, até aparecer a rendição. Água e remédios são levados do continente de barco. O problema maior mesmo é vencer o calor, os ventos fortes e a solidão.

“A nossa vida é dar umas voltas em todo o território da baia. Se eu gosto? Sim, é o serviço“, diz Buta Costa Prata, chefe dos policiais.

Os portugueses colonizaram a terra. Os angolanos que também viviam no local deixaram a diferença que existia entre eles.

É uma longa caminhada. Quando chegamos ao cemitério dos brancos, vemos que a areia já tomou conta de quase toda parte. Em um trecho, por exemplo, ela já chegou à altura do muro. O que aparece um pouco mais aqui é só uma capela.
Do outro lado, quase engolido pela areia, está o cemitério dos negros.

“Para mim, é uma historia triste, porque todos estão no mesmo sítio e lá no fundo”, diz o policial Jorge Vasconcelos.

Os vigias temem que essa parte da história desapareça junto com a Ilha dos Tigres. No local, acreditam eles, o aquecimento global, o derretimento das geleiras e a elevação do nível do mar podem ter conseqüências imediatas.

Por isso, propõem que o lugar seja aberto à visitação, antes que seja tarde demais.

"É um lugar de lazer e um lugar bonito mesmo. É um paraíso, conforme a gente vê," declara Buta Costa Prata.

Para o biólogo Agostinho Silva, preservar a natureza é mais do que evitar o fim da história de povos e de lugares angolanos: é uma obrigação de todos. “De um modo geral, o mundo ganha, porque é uma parte do mundo que fica preservada. Claro, quando isso acontece, são os poucos os problemas no ambiente", afirma.

Imagens: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM941690-7823-SERTAO+ESTA+VIRANDO+MAR+EM+ANGOLA,00.html

Fonte: Globo.com

Governo nunca prestou contas


O Governo não tem um inventário dos bens públicos que controla. O único relatório sobre o património do Estado data do período de regime de partido único, estando por isso desfasado da realidade.

A legislatura anterior institucionalizou o Tribunal de Contas, órgão que tem competência para exigir ao Governo a apresentação de contas sobre o património do Estado, mas que tem-se revelado "aquém das expectativas", como refere Alexandre Sebastião André, ex-deputado da oposição.

O antigo parlamentar deplorou o facto do anterior mandato ter chegado ao fim sem, no entanto, terem sido atingidos os objectivos que impulsionaram a criação desta instituição. "O Tribunal de Contas foi criado para emitir pareceres com o objectivo de dar credibilidade à execução do Orçamento Geral do Estado, suporte financeiro dos programas do Governo. Mas nunca tivemos acesso a esses pareceres", lamentou.

Estas queixas não são exclusivas da oposição. Os próprios deputados da bancada parlamentar do MPLA, num encontro, questionaram o Governo sobre as razões que o levam a não inventariar o património do Estado e apresentar o relatório de contas, algo que só aconteceu no tempo do partido único.

Numa altura em que o país está numa fase de normalidade institucional, os 191 deputados do MPLA, que dominam o Parlamento, defendem que chegou a hora do Governo rever as debilidades e apostar na melhoria da administração do Estado, concordando com as críticas levantadas pelos parlamentares da oposição, numa sessão da Assembleia Nacional.

Os deputados aconselharam o Governo a criar um novo modelo de gestão concebido por uma comissão de avaliação, que contemplará normas que garantam a utilização eficaz desse património. "O inventário visa controlar os imóveis públicos e disciplinar a sua aquisição, utilização e alienação, para atender com agilidade e efectividade o interesse público", disse ao Novo Jornal um membro da bancada do MPLA, que pediu o anonimato, acrescentando que a gestão patrimonial assume "relevo extraordinário" já que é possível, por este meio, a aferição correcta dos bens públicos.

Para o efeito, o deputado defende um instrumento jurídico que discipline o regime do património estatal, tendo em vista a eficiência e o bom aproveitamento dos recursos públicos e a sua conformidade à actual organização do Estado.

Não há no seio do Governo medidas que integrem programas com vista ao melhor aproveitamento e valorização do património público, reforçando igualmente a responsabilidade pela sua gestão e preservação. Os deputados defendem, por isso, que o Governo não pode "levar muito tempo" para avançar com o processo de criação de um grupo coordenador e de gestão do património do Estado.

Para agilizar a situação, há quem defenda que este processo de levantamento do património do Estado deveria iniciar-se junto das administrações comunais e, posteriormente, chegar-se ao nível central.

O sociólogo António Mawete diz que a racionalidade de gestão patrimonial, tal como em qualquer sector financeiro, é fundamental, uma vez que "a administração do património público centra os seus objectivos na satisfação de bens orientado para os cidadãos".

A maioria dos imóveis é do Estado

A grande maioria dos imóveis existentes no país constitui propriedade estatal, ao abrigo do artigo 1.0, n.° 1 da Lei n.° 43/76, de 19 de Junho. Uma considerável parte dessa propriedade imobiliária encontra-se em acentuado estado de depreciação, não apenas por mau uso e fruição por parte dos seus inquilinos, como também pela alongada falta de manutenção e conservação pelas competentes autoridades para isso vocacionadas.

A responsabilidade da administração, gestão, manutenção e conservação dos imóveis passou a impender sobre os ombros do Governo, que não tem logrado desenvolver acções correspondentes, direccionadas para a superação dos desgastes que dia após dia vêm degradando prédios e casas. Nunca foi conhecido o valor da venda desse património imobiliário, feita com base numa directiva governamental do redimensionamento do parque imobiliário do Estado.

Fonte: Novo Jornal, 12 de Dezembro de 2008

domingo, 28 de dezembro de 2008

Os grupos étnicos de Angola


Por Gabriel Vinte e Cinco

A identidade de um povo ou de uma nação manifesta-se pela língua que fala pelos seus nomes, pelos seus usos e costumes. A língua é o suporte da cultura de um povo; é um dos troços seguros da personalidade e da identidade cultural.

O espaço geográfico que vai de Cabinda ao Cunene e do mar ao Leste é constituído por vários grupos etno-linguisticos que re-presentam a sua identidade cultural que precisa de ser conservada e preservada.

Entretanto, lamentavelmente alguns grupos, talvez, por aculturação tentam negligenciar as suas línguas e os seus nomes. Agindo assim, esses grupos negam a sua identidade, o que deve constituir uma preocupação de todos os angolanos de todos os falantes de cada província.

O país habitado por angolanos que são maioritariamente de origem bantu e portanto as suas línguas também são de origem bantu.

De acordo com a consulta por nós feita de documentos como: Atlas Missionário Português da junta de investigação do Ultramar e Centro de Estudos Históricos, Lisboa-1964, por António da Silva Rego e Eduardo dos Santos; Arqueologia Angolana, Edição Ministério da Educação, 1978, por Carlos Ervedosa; Angola, Natureza, População e Economia - Edições Progresso, Moscovo, de L.L.Fituni; A Igreja em Angola, Editorial Além-Mar, Edição Mardo 1990- de Lawrence W.Henderson; Teologia e Cultura Africana no Contexto Sócio-Politico de Angola, por Reverendo José Kipungo e de José Redinha, o país é composto palas seguintes línguas e variantes:

Bacongo: Esse grupo abrange as províncias de Cabinda, Zaire e Uíje com as seguintes variantes (ou dialectos): Cabinda, Cacongo, Chicongo, Conje, Laca, Congo, Guenze, Lombe, Paca, Pombo, sorongo, Sossos, Suco, Sundi, Uoio, Vili e Zombo, totalizando 17.

Ambundo: Bambeiro, Bangala, Bondo, Cari, Dembo, Holo, Hungo, Luanda, Luango, Minungo, Ngola ou Jinga, Ntemo, Puna, Songo, Kissama, Lubolo, Haco, Sende e Kibala, num total de 20.

Ovimbundo: Baillundo, Bieno(Vie), Caconda, Chicuma, Dombe, Ganda, Hanha, Lumbo, Quissange, Sambo, Huambo ou Wambo, Phinha ou Mussumbe, Mussele e Omomboim, Perfazendo 14.

Cokwe: Cafuia, Congo ou Dinga, Lunda, Luena, Lunda-Chinde, Lunda-Dumba, Mataba, Quete e o próprio Cokwe, 9.

Ganguela : Ambuela, Ambuela-Bumba, Bumda, Cangala, Cuamaxia, Engonjeiro, Ganguela, Gengista ou Luio, Iahuma, Lovale, Luimbe, Lutchase, Mbande, Ncoias, Ndundo, Ngonielo, Nhemba, Nhengo e Viço, 19.

Nhaneca-Humbe: Cuancua, Dongena, Gambo, Handa da Mupa, Handa do Quipungo, Hinga, Humbe, Mumuila, Quilengue-Humbe, Quilengue-Muso e Quipungo,11.

Ambó: Cafima, Cuamato, Cuanhama, Dombondola e Vale, 5.

Herero: Chavicua, Cuanhoca, Chimba, Cuvale, Dimba e Gundelengo, 6.

Cuangar: Cusso e Cuangar, 2.

Grupos não bantu

Hotentote-Bochimane (Khoisan): Bochimane, Cassequele, (Camussequele), Cazama, Hotentote e Quede, 5.

Cátua: Cuando, Cuepe e Cuissi, 3.

Perfazendo um total de 102 variantes ou dialectos no país.

Posto isso, gostaria particularizar o Kwanza-Sul que a princípio conta com apenas 9 variantes, mas com o último levantamento feito pelo Instituto Nacional de Línguas aquando do seu encontro que teve lugar na cidade do Sumbe, de 10 a 12 de Março de 2008, o quadro sofreu algumas alterações que abaixo porém referencia.

A província do Kwanza-Sul é constituída por dois grupos etno-logicos que são: Ambundo e Ovimbundo.

a) Ambundo: Kissama, Lubolo, Haco, Sende e Kibala.
b) Ovimbundo: Phinda ou Mussumbe, Omomboim, Mussele e Balundo.

Entretanto o encontro de Março introduziu as seguintes alterações:
-Descobriu mais uma variante falada por um pequeno grupo de pessoas que se encontra no centro da cidade de Porto-Amboim com o nome de Ndongo, outrossim os representantes dos municípios do Amboim, Porto-Amboim e Sumbe, defenderam-se como sendo os pertencentes ao grupo Ambundo e não Ovimbundo assim como os participantes corrigiram os termos: Omomboim, para Mbuim e Mussele para Hele.

Por isso, o grupo Ambundo foi acrescido de mais três (3) variantes tendo ficado assim:
Ambundo no K.Sul- Kissama, Lubolo, Haco, Sende, Kibala Mbuim, Phinda ou Mussende e Ndongo(8) e Ovimbundo com apenas duas variantes no Kwanza Sul, que são: Hele e Balundo.

Finalmente, o professor Doutor Watumene Kukanda director geral do instituto nacional de línguas dizia a dado momento, e eu cito: “ A variante com maior número de falante, é a variante da região”, fim da citação.

Posto isso, não encontramos em nenhum documento a suposta língua Ngoya. O termo Ngoya é altamente pejorativo: (Bárbaro, Sujo, Ignorante e Guloso).

A variante com maior número de falantes chama-se Kibala. Ela abrange os municípios de Waku-Kungo, Ebo (Hebo), e atinge uma parte da Kilenda e a parte sul do Libolo. Factos e contra factos não há argumentos.


Vida Cultural/JA

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Boas festas aos leitores do Hukalilile





O ano de 2008 foi, sem dúvidas, o ano de superar desafios. Uma das minhas grandes realizações foi o elevado número de pessoas que conheci e alguns transformaram-se e grandes amigos. A internet e este blog ajudaram-me a encontrar amigos de infância, amigos de meus pais ou avôs.

Agradeço a todos que acompanham este blog. É por causa de todos nossos amigos que dedico, em média, 15 minutos diários para melhorar algum aspecto. Gostaria muito atualizá-lo diariamente, mas últimamente levo uma vida em verdadeiro estado de "ebulição".

Para terminar, agradeço-lhe por prestigiar nosso espaço. Desejo a todos amigos um feliz natal e ano novo de muita saúde, paz, pleno de alegrias e muita prosperidade. Que o lema de todos seja, no ano novo: "desistir nunca e render-se jamais". Para tal é necessário o "compromisso e persistência". Boas festas!.

Re-edito esta mensagem para reproduzir aqui o texto publicado pelo blog "Desabafos angolanos" , de autoria desconhecida, e também reproduzido pelo blog Pululu.

Que a nossa amizade seja eterna como eternas são as obras em Angola,
Que a tua alegria aumente como aumenta a corrupção em Angola,
Que o teu amor seja visível como a poeira em Angola,
Que os teus sonhos nunca faltem como (falta) a água e a luz em Angola,
Que os teus desejos possam atingir todos os extremos, como os ricos e os pobres em Angola,
Que a tua felicidade aumente como aumentam todos os dias os gatunos de Luanda e que o teu futuro seja bonito e risonho como é o povo desta Angola amada.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Novos doutoramentos

Por Caetano Júnior

Tinha a receber uma encomenda, enviada por um amigo. Este deu-me conta do facto, ao mesmo tempo que me indicou quem a portaria, para ma fazer chegar.

Puxei do telemóvel e liguei para a portadora. Depois de me instruir em como chegar ao edifício onde trabalhava, a senhora detalhou que, assim que eu lá estivesse, pedisse “para falar com a doutora Marieth”.

A referência ao grau académico não me surpreendeu, porque não se tratava da primeira vez que me era impingida. Não é de hoje que muitos quadros se batem para que, ainda que sejam apenas licenciados, se lhes chame “doutor” ou “doutora”, como se não tivessem nome ou apelido.

Alguns fazem-no na busca do reconhecimento público, por se terem formado, e, assim, conseguir diferenciação. Outros esperam, por via do título, ser respeitados ou até temidos.

No fundo, procuram valorização.A mim, particularmente, já chamaram doutor, talvez por pessoas que se tenham visto forçadas a tratar alguém dessa maneira e estejam agora de sobreaviso, para que não se repita a cena. Declinei!

O respeito e a consideração que merecem o próximo não devem ser consequência directa de um diploma. Por outro lado, sou também avesso à ideia, porque a licenciatura ou o doutoramento são partes de um processo natural.

A escola ensina que “o homem nasce, cresce, reproduz e morre”. A formação, embora omissa, é também parte integrante deste ciclo, que nem todos conseguem completar.

Alguns não chegam sequer a nascer; outros não crescem; outros ainda não reproduzem.Logo, só a morte é certa. Assim, é possível que alguém chegue à idade adulta sem formação superior ou até média, devido a uma qualquer adversidade.

O normal mesmo é as pessoas se formarem, sem terem, depois, a tentação de fazer alarde do canudo que portam.Entre nós, a vaidade pelo doutoramento não se limita ao convite para que chamemos “doutor”.

Estende-se a jornais e revistas, onde licenciados, metidos dentro de togas ou sotainas, buscam espaços para se mostrarem à sociedade, qual cientistas a anunciar descobertas em benefício da humanidade.

É, também, ouvir, dentro de instituições, colegas que cruzam nos corredores e se saúdam,sendo “doutor” o inevitável vocativo.

Uma licenciatura ou um doutoramento dá direito a comemoração, o que não merece dúvidas. É um investimento em anos de estudo, tempo, dinheiro e não se sabe o que mais.A própria sociedade retira benefícios. Ainda assim, não deixa de ser uma realização pessoal, cuja comemoração deve engajar familiares, amigos e poucos mais.

Portanto, a sociedade não precisa de ser sobrecarregada com o conhecimento de que nasceu mais um doutor, que ainda por cima insiste em que assim seja chamado.É normal que se chame doutor a quem tenha alcançado o grau. Ao médico, toda a gente trata assim. Chega-se até mais longe.

O Dicionário Universal, por exemplo, chama doutor à “forma de tratamento social que se dá a qualquer indivíduo bacharel ou licenciado”. Acho correcto, desde que ninguém seja obrigado a isso, como acontece por cá.

Aliás, o mesmo dicionário dá também a doutor “homem com presunções de sábio”. São, se calhar, os tais!O problema, entre nós, é que se assiste a uma corrida desenfreada às universidades.

Talvez Angola ainda viva os efeitos da explosão escolar, que eclodiu há uns 15 anos. Só que no mau sentido. Muita gente está mais preocupada em ter o diploma à tiracolo e o propagandear para onde quer que vá, sem se perguntar sequer se tem mesmo a “bagagem” que o documento que o arrasta faz crer.

A expulsão de falsos licenciados de algumas instituições é prova disso.

Fonte:
JA / Angola24horas.com


Não faz muito tempo que escrevi:

"Não assuma o título de Doutor em vão"

O que as mulheres odeiam nos homens



Por Redação Yahoo! Brasil

Segundo pesquisa da revista VIP, o que as mullheres menos gostam nos parceiros é o mau hálito, disparado na frente, com 40% dos votos. Em segundo lugar, com 19%, vem o fator unha suja, que não tem desculpa que dê jeito. Veja a lista completa abaixo:

1º. Mau hálito - 40%
Importante lembrar que não se trata de de bafo de cerveja e sim daquele cheirão ruim que vem de problemas dentários ou estomacais

2º. Unha suja - 19%
Mesmo quem trabalha como mecânico costuma ter o hábito de limpar as unhas sempre que for sair com alguma data, então, melhor todos os homens se cuidarem neste quesito

3º. Pêlo saindo do nariz - 18%
Melhor dar uma conferida no espelho pra ver se você não sofre dessa repulsa feminina. Existem barbeadores especiais para tirar os indesejáveis pêlinhos que ficam pulando para fora do nariz

4º. Rodelas de suor debaixo do braço - 6%
Aquelas 'pizzas' que mancham a camisa só são aceitas se for estiver malhando há duas horas na academia. Já fora desse ambiente, a mulherada correrá de você.

5º. Pêlos em excesso no corpo - 6%
Neste quesito, basta lembrar do Tony Ramos: melhor nem comentar

6º. Muito cravo no nariz - 4%
Não tem desculpa, pois há tantos produtos para beleza masculina no mercado hoje em dia...não custa nada se cuidar certo?

7º. Monocelha - 3%
Pra quem não sabe, monocelha são aquelas sombrancelhas que parecem uma só, as famosas taturanas. Melhor depilá-las do que perder a gata só de olhar para ela.

8º. Dente amarelado - 2%
O sorriso é o cartão de visita de uma pessoa, por isso, dê uma averiguada no espelho e qualquer coisa compre alguma pasta dental que clareia os dentes, ou vá ao dentista mais próximo caso a coisa esteja muita feia

9º. Perfume demais - 2%
Não é porque você gastou caro naquele perfume importado que precisa tomar 'banho' dele. Respeitar o nariz alheio faz mais sucesso entre as mulheradas

10º. Roupa com respingo de molho empatado com calos na mão - 1%
Ok, se você está num jantar pode até ser que aconteça um acidente. Mas se você usar essa mesma camisa no dia seguinte, aí não tem desculpa! Sobre calosidades nas mãos, um creminho vai bem e não custa caro, afinal tudo vale a pena na hora de conseguir conquistar quem você está a fim!


O Jornalista e a formação superior em jornalismo



Depois que o Núcleo dos Sindicatos de Jornalistas da Rádio Nacional de Angola ter considerado que a comunicação angolana não foi isenta nas eleições legislativas, agora surge mais uma discussão: Jornalista deve ou não deve ter formação superior? A briga está começando a ficar boa.

No Brasil já ocorreu essa discussão e foi parar no Supremo Tribunal Federa (STF). Os que defendem a manutenção da exigência do diploma argumentam que a profissão é extremamente especializada e que, portanto, requer formação específica.

Na época, o STF caminhava para derrubar a obrigatoriedade de diploma superior de jornalista uma vez que o jornalismo exige "a formação cultural sólida e diversificada que não se adquire apenas com a freqüência a uma faculdade, mas pelo hábito de leitura e pelo próprio exercício da prática profissional".

O comentarista político Nêumanne foi mais além e afirmou que os cursos de jornalismo (no Brasil) não atendiam aos padrões de qualidade necessários para uma boa formação profissional. Os formados em jornalismo precisavam passar por cursos específicos nas redações dos jornais. E, por isso, não havia necessidade de se fazer reserva de mercado para diplomados"

Se o jornalismo não exige formação específica, então isso significa os profissionais de diversas áreas podem exercer a profissão de jornalista?

Essa discussão está chegando em Angola.


Ismael Mateus defende exercício do jornalismo só com curso superior

Luanda - O jornalista Ismael Mateus defendeu, ontem, a obrigatoriedade do curso superior de jornalismo a quem desejar exercer a profissão, durante um debate sobre a “Urgência na formulação e publicação da carreira do profissional na Comunicação Social”. “Qualquer um agora quer ser jornalista, até mesmo aquele que concluiu apenas a quarta classe. Quando vê que não consegue emprego vai ao Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), faz um curso básico e já é jornalista”, disse Ismael Mateus.

No debate organizado pelos finalistas do curso de Comunicação Social da Universidade Privada de Angola (UPRA), Ismael Mateus apontou os pressupostos para a profissionalização do jornalismo angolano: a habilidade especializada, base técnico-científica, formação sistemática e organização profissional, ingresso condicionado ao jornalismo através da avaliação prévia, compromisso de um código de ética e deontologia profissional e responsabilidade pessoal.

O jornalista disse que há no país um ensino superior de jornalismo, onde se assiste a uma descoordenação e ausência de qualquer controlo de qualidade. Por isso, defendeu a existência de um conselho superior técnico para a avaliação dos conteúdos programáticos e das cadeiras técnicas que são ministradas.

Na óptica de Ismael Mateus, o ensino técnico é praticamente inexistente. “O Estado decidiu envolver-se, criando o CEFOJOR que, em nosso entender, devia ser mais um centro de estágio e superação técnica do que um centro de formação”, defendeu. No que diz respeito à formação sistemática e organização profissional, Ismael Mateus defendeu uma articulação entre a formação académica e a permanente necessidade de superação. “As faculdades devem ser complementadas com os centros de superação como o CEFOJOR”, acrescentou.

A questão da carteira profissional foi, igualmente, levantada. Ismael Mateus lamentou o facto do país não conceder ainda aos jornalistas este importante documento e disse que nenhuma empresa devia admitir ou manter no seu seio jornalistas que não possuam uma carteira.

Fonte:
Jornal de Angola


O oportunista e exibido chamado Ismael Mateus

Por Filomeno Bunga

Argentina - Ismael Mateus foi director do antigo Departamento de Informação (INFO), na década dos 80 até inícios dos 90. Durante este longo período, Ismael Mateus, não tinha um canudo de jornalismo ou um outro curso superior. Não se sabia ao certo o seu nível de escolaridade: Se tinha básico ou médio completo. E naquela altura já era considerado um jornalista de nome mais sem qualifiques académicas reconhecidas.

Neste período, no (INFO) existia apenas um angolano com formação superior, o vulgo Africano Neto, que não passava de um simples editor. Portanto, em resumo Ismael Mateus, não estava qualificado academicamente para exercer tais funções acrescidas.

É uma aberração sem estômago para se suportar as palavras do Sr. Ismael Mateus, que rumou para Portugal entre 1991/1992, com uma bolsa primariamente do MPLA aonde formou-se em jornalismo, e regressa para Angola inícios de 2000. Matematicamente estaria qualificado a exercer o jornalismo apenas depois da sua formação superior.

Ismael Mateus, e como sempre, faz uma apreciação genérica e sem analisar as causas do problema a fundo. Aí ele teria que mencionar o que não ele pode fazer (rabo preso). Culpar o MPLA pela má gestão do país, que consequentemente é o principal problema do fraco jornalismo que se faz Angola.

Os jornalistas angolanos não estam expostos a pluralidade de ideias. Os jornalistas angolanos não são permitidos fazer um cruzamento de fontes com rigor. Os jornalistas angolanos são proibidos em fazer um jornalismo investigativo e com continuidade. Os jornalistas angolanos só transcrevem aqueles dados providenciados pelos governantes e sem questionar a veracidade dos factos.

Em síntese, tal como em outras áreas os jornalistas são presos de consciência. No mundo contemporâneo os jornalistas são especializados. Um historiador relata factos históricos. Um economista, transcreve as ocorrências económicas e um Financeiro, relata actualidade financeiras, um advogado criminar, resume os factos criminais e um advogado familiar só fala de assuntos familiares. Aqui se obedece a especialidade.

E para terminar, será que todos os escritores angolanos têm formação superior em Literatura contemporânea Romena para serem galardoados como escritores de prosas. Será que todos os analistas políticos angolanos têm especialidades em política, economia e engenharia social títulos que os daria a titularidade para serem analistas? Aqui no ocidente, um analista político e coisa muito seria.

Assim sendo, Ismael Mateus esta uma vez mais a ocupar posições e com títulos que academicamente não esta qualificado, porque e referenciado como analista politico e escritor.

Haver vá e deixe de oportunismo e exibição!!!!!!!!!!

Fonte:
Club-k


Orlando Castro também entrou na briga.

Por Orlando Castro

Porto - O jornalista angolano Ismael Mateus defende a obrigatoriedade do curso superior de jornalismo a quem desejar exercer a profissão. Mas será o curso condição sine qua non para se ser jornalista? Claro que não.

Há gente com o canudo que deveria ser sapateiro

“Qualquer um agora quer ser jornalista, até mesmo aquele que concluiu apenas a quarta classe. Quando vê que não consegue emprego vai ao Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), faz um curso básico e já é jornalista”, disse Ismael Mateus.

É claro que assim não se vai lá. Mas, como também sabe Ismael Mateus, há muita gente com o canudo que deveria ser sapateiro, e muitos sapateiros que até dariam bons jornalistas.

Isto porque nas Faculdades onde são dados cursos de jornalismo (alguns dos quais até misturam comunicação social com marketing e com publicidade) raramente se ensina o essencial, isto é, a pensar com a própria cabeça.

A maiorio dos diplomados em jornalismo aparece nas Redacções com uma sólida capacidade técnica de pensar como pensam os chefes, como “pensa” a verdade oficial, como “pensa” o dono da empresa.

Estas “qualidades” adquiridas nas Faculdades são vitais para conseguir um emprego, mas são supérfluas para o Jornalismo onde o essencial é dar voz a quem a não tem (coisa que raramente convém aos donos do poder, seja ele qual for), é entender que dizer o que se pensa ser a verdade é o melhor predicado dos Jornalistas.

No debate organizado pelos finalistas do curso de Comunicação Social da Universidade Privada de Angola (UPRA), Ismael Mateus disse que há no país um ensino superior de jornalismo, onde se assiste a uma descoordenação e ausência de qualquer controlo de qualidade. Por isso, defendeu a existência de um conselho superior técnico para a avaliação dos conteúdos programáticos e das cadeiras técnicas que são ministradas.

A ideia é boa. O busílis está no facto de, cada vez mais, o jornalismo ser uma mera actividade comercial, similar à venda de sabonetes, e não uma nobre participação na formação das sociedades.

Cada vez mais o jornalismo não existe para trabalhar para os milhões que têm pouco, ou nada, mas sim para trabalhar para os poucos que têm milhões e que são, reconheça-se, os que fazem com que as empresas jornalísticas se aguentem.

Ismael Mateus lamentou o facto do país não conceder ainda aos jornalistas a Carteira Profissional e disse que nenhuma empresa devia admitir ou manter no seu seio jornalistas que não possuam uma carteira.

Só é pena, como também muito bem sabe Ismael Mateus, que muitos dos que têm Carteira Profissional precisem de se descalçar para contar até 12.


Fonte: http://altohama.blogspot.com/

Guia prático para ser ditador

Guia para quem aspira ser ditador
Por Binyavanga Wainaina

Há muitos homens que fazem fortunas escrevendo péssimos manuais de auto-ajuda. Será que haverá algum manual que circula de presidente a presidente intitulado O Segredo?

O jornal britânico «The Daily Telegraph» acaba de fazer um interessante exercício que pode ser de muita utilidade para aqueles que aspiram a ser presidentes /ditadores em África. Em certo sentido esse exercício pode ser tomado como o Manual da Ditadura.

O «manual», escrito pelo jornalista Binyavanga Wainaina, é composto por 13 regras, nomeadamente:

Regra 1. Seja o homem mais rico no seu país (Daniel Arap Moi, Robert Mugabe). Se já é um ditador de segunda geração o caminho para o enriquecimento rápido e ilícito também não será difícil: chantageie o ditador que o antecedeu (Frederick Chiluba). Se o seu país é rico em petróleo (Nigéria, Chade etc. etc.), tanto melhor. Se é queniano não há problema: o Conselho Nacional para a Segurança sempre provou ser uma boa fonte de bilhões. Os contratos ligados às forças armadas são também uma fonte certa (isto é válido para todos os presidentes). Se você é sul-africano fique atento a tudo o que tenha a ver com o «Black Empowerment», o Fortalecimento dos Negros.

Regra 2. Identifique carrascos oriundos de várias partes do seu país e torne-os ricos. Não lhes dê dinheiro: coloque-os em postos a partir dos quais possam roubar sem serem importunados. Os idiotas não gostam de poupar dinheiro. Entregue dinheiro a vários grupos religiosos femininos. Esses são os grupos mais poderosos no seu país.

Regra 3. Nunca irrite os Estados Unidos da América ou a China. Faça tudo, para alegrar também a Arábia Saudita e Israel. Se for possível, torne-se mesmo muçulmano, como o Idi Amin ou Omar Bongo. Visite o líder líbio com frequência. Khadaffi gosta de líderes africanos. Não sabemos porquê. Vá orar com George Bush. Faça da top model do seu país embaixadora em França ou Itália. E certifique-se que ela usará uma mini-saia quando for entregar as cartas credenciais a Nicholas Sarkhozy.

Regra 4. Trate o seu exército muito bem. Mas não faça o mesmo com a sua polícia.

Regra 5. Permita que todas as ONG e doadores tenham acesso as populações rurais que passam fome para garantir que elas votem em si (maioria de países africanos).

Regra 6. Os países que colonizaram a África esperam muito pouco do continente. Mantenha a ilusão. Mantenha os seus cidadãos na ignorância e improdutivos.

Regra 7. Faça tudo para também ser o líder tribal do seu país (Jomo Kenyatta, Moi, Jacob Zuma). Mesmo se não fala a língua da tribo maioritária do país (Jerry Rawlings) mantenha encontros regulares com membros desse grupo étnico e diga-lhes que as outras tribos poderão matá-lo se deixar o poder (Moi). A palavra irá espalhar-se e se um dia houver uma insurreição, o seu povo defendê-lo-á com machados. Em África «tribo » significa qualquer pessoa que fale a sua língua e a quem dá dinheiro regularmente assim como postos de relevo na função pública. Seja mesmo como os colonos: divida para melhor reinar.

Regra 8. Destrua ou infiltre gente da sua confiança em todos os sindicatos ou organizações civis que aglomeram africanos com alguma formação. Mantenha sobre apertado controlo todas as organizações de agricultores, professores, grupos religiosos. É preciso controlar os católicos, já que eles também têm um ditador lá no Vaticano que, provavelmente, tem mais dinheiro do que você. Desta forma, passa a dominar bem os seus cidadãos.

Regra 9. Permita a existência de ONG que não tenham muita aceitação no terreno. Desta forma pode dizer que não teme a crítica. Garanta, porém, que o barulho feito por essas ONG não constituía nenhuma ameaça. Essas ONG têm apenas que prestar contas a doadores que vivem na Dinamarca.

Regra 10. Uma imprensa livre é importante. Mas tenha acções em todos os órgãos da comunicação social. Assim eles podem criticar tudo e todos, menos a sua figura.

Regra 11. Não envie todo o dinheiro que roubar à Suíça e também não o dê à sua esposa. Compre títulos de crédito americanos e esconda-os na biblioteca dos seus filhos. Eles nunca os utilizarão. Afinal, qual é a necessidade que eles terão de ler se o pai deles é riquíssimo? Não tenha empresas em nome da sua esposa.

Regra 12. Seja muito gentil com os outros ditadores. Um dia poderá do apoio dele para lhe darem refúgio. Assista todas as reuniões da União Africana e leve presentes para os seus amigos. Se por alguma razão se encontrar no meio de cidadãos revoltados faça tudo para que lhe tragam rapidamente uma viatura Hummer. Nos Estados Unidos essas viaturas são agora muito baratas. Poderá fugir do seu palácio numa dessas viatura e ir para a Somália onde poderá facturar cinquenta milhões de dólares por ano como um pirata do alto mar.

Fonte: Semanário angolense 13-20/12/2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O que está acontecendo com os homens?


Três notícias, nesta semana que termina, deixaram-me chocado: o abuso de quatro menores e, pior, por pessoas que deveriam promover a proteção delas.

Na Bélgica o angolano Abel de Jesus Gomes (de Jesus não deve ter nada) foi detido por manter relações sexuais com a filha desde quando ela tinha 13 anos. Segundo avançou o portal
club-k "A gota "d'agua" foi quando, pai e filha, hoje com 17 anos, foram levados de surpresa, e fazerem em separados vários testes clínicos. Como resultado destes testes a polícia detectou na mucosa bocal resíduos de saliva e espermatozóides do pai na menina".

Ainda na Bélgica, um angolano de nome António Magalhães "Toy" foi apanhado a "namorar" com a sobrinha, filha do seu irmão mais velho, Afonso Magalhães, conforme anunciou o portal
Club-k Segundo a sobrinha, há 5 anos que "namora" o tio. Esse namoro já causou três abortos.

No Uige, um avô desonrou a neta de 11 anos. O Instituto nacional da Criança também divulgou um um outro caso semelhante ocorrido no bairro do Gai, onde um padastro violou sexualmente a enteada.

Vale lembrar que, recentemente, um angolano de 61 anos de idade foi detido no Brasil acusado de prática de pedofilia.

Estatisticamente falando podemos afirmar que "a coisa está feia". A sociedade não deve se calar diante desses abusos. Os monstros devem ser punidos e precisam mofar nas cadeias, porque impedem o desenvolvimento sadio da personalidade e da sexualidade das crianças. Segundo estudos, a vergonha e culpa acompanharão as vítimas, pelo menos se não tiveram ajuda de psicólogos.

Há um tempo fizemos uma resenha intitulada
Como proteger as crianças do abuso que vale apenas ser consultada neste momento.

E se Tchizé não fosse filha do Presidente da República?


Assinado por Por Cláudia Francisco

Muitos militantes do MPLA espantaram-se ao ver o nome de Tchizé dos Santos na lista de candidatos a deputados do partido. Também fui assolada pelo espanto. Pensei logo que havia, no seio daquela formação política, outras tantas pessoas cuja militância era mais visível e o nível de intervenção pública muito mais profícuo que o da personalidade em causa. As preferências, julgava eu, recairiam para essas pessoas, quando chegasse a hora da escolha dos representantes do povo, conforme os critérios do MPLA. Mas não foi.

A opção recaiu, entre outros tantos repescados sabe-se lá como e onde, para uma jovem de quem nunca ouvi, sequer, uma declaração, por mais curta que fosse, em nome do partido. Tinha ouvido,de facto, o nome dela. Ouvi-o mais por ser filha do Presidente da República, por estar ligada ao glamour, ao jet set e, claro, pelo seu deslumbrante casamento.

Como militante do MPLA, sinceramente, não me lembro de ter ouvido falar, previamente, do desempenho ou da militância de Tchizé. Essa vertente era-me, completamente, desconhecida.

Muito antes disso, já tinha experimentado uma outra sensação de surpresa quando souben que Tchizé e o seu irmão Zedú foram bafejados – assim mesmo – pela sorte de uma qualquer fada madrinha, ao lhes ser passado para gestão, dizem, o segundo canal da Televisão Pública de Angola (TPA).

Foi mesmo assim: sem concurso público, sem nada. De dia para noite, os angolanos foram informados sobre uma negociação que transferiu, para uma empresa privada, a gestão de uma empresa pública ou, pelo menos, de parte dela.

Desta vez o meu espanto é, ainda, maior. Nas páginas do Semanário Angolense li um comunicado rubricado pela ilustre deputada. Uma raridade. Já li comunicados atribuídos à mesma pessoa na Internet.

Na imprensa, quanto mais privada, posso ter lido, até, um ou outro. Mas essa também não é, ainda, a razão do meu espanto. Fiquei boquiaberta ao ler, no texto da página 42 da edição 292 do Semanário Angolense, a palavra ética bem timbrada no comunicado de Tchizé. Li e reli o texto.

Não haviam dúvidas, a palavra aí estava: ética. Defende, a deputada, que a sua intervenção no Parlamento, a respeito da sangria de quadros que esteve à porta da Televisão Pública de Angola (TPA), foi movida por um sentido de ética e de cidadania também. Disse Tchizé dos Santos no aludido documento que apenas propôs, na sessão parlamentar em que interveio, que «o Estado defendesse os seus interesses e o dos seus cidadãos, aquando da atribuição de licenças de Comunicação Social».

Engraçado. Sobretudo porque não me lembro ter ouvido, de Tchizé, aquando da mudança relâmpago da gestão do canal 2 da TPA, uma referência por mais mínima que fosse à ética.

Nem mesmo a ouvi falar de ética a quando do surgimento, inesperado, do seu nome na lista de candidatos a deputados pelo MPLA. Concluo, portanto, que há uma condição suficientemente forte para permitir que a jovem Tchizé caminhe, ao mesmo tempo, em ambos os sentidos de uma mesma faixa de rodagem.

Ao mesmo tempo que anda em contramão em relação à ética, lá está ela a defender, ferrenhamente, o seu sentido ético. Alguém consegue compreender? Nem eu. Por isso, dizia, entendo que há uma força que permite à Tchizé fazer tudo isso e mais alguma coisa. E essa força, essa condição que a coloca, digamos, numa posição de super-poderosa é o facto de ser filha do Presidente da República.

Em países onde se respeita a ética, isso tem um nome: tráfico de influências. Mas logo me desperto e percebo que estou em Angola, onde a cartilha de ética parece bem diferente da que é usada noutras latitudes. Lembrei-me, por ocasião de tudo isso, de um artigo de Mia Couto inicialmente publicado no Semanário Savana, em Moçambique, reproduzido pelo Novo Jornal e pelo Folha 8, em Angola, e, rapidamente, difundido pelos diferentes blogues de língua portuguesa na Internet.

«E se Obama fosse africano?», questionava o texto daquele bem-sucedido escritor moçambicano, a respeito da eleição (as nossas presidenciais estarão a caminho?) do novo Presidente dos EUA. Para o caso da deputada Tchizé dos Santos eu, inspirada em Mia Couto, inverto a pergunta: e se ela não fosse filha do Presidente da República?

1 - Se Tchizé não fosse filha de quem é viveria, se calhar, na Vila da Mata ou num outro bairro suburbano qualquer, sem electricidade, nem água corrente. Teria de madrugar todos os dias para ir à escola, andar, a pé, uma longa distância até à primeira paragem de táxi. Viajaria apertada, feita lata de sardinha, numa viatura para 12 pessoas, mas lotada com 24.

Teria de enfrentar, nestas condições, um pesado congestionamento de trânsito até chegar, enfim, à escola, exausta para receber a notícia de que não haveriam aulas. Motivo: os professores estariam, então, em greve. Estudaria, assim, nestas condições, aula sim, aula não até concluir o ensino médio, no Instituto Médio de Economia de Luanda, quem sabe, cursando jornalismo.

2 – Se não fosse filha de quem é e quisesse abrir uma publicação, teria de enfrentar a burocracia no Ministério da Comunicação Social. Andaria de cima para baixo em busca de uma licença e fi caria, ali, de mão estendida a espera de publicidades que seriam facilitadas conforme a conveniência política.

E quando abrisse, finalmente, a publicação, teria de enfrentar interrogatórios na Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC). Só com muita sorte não iria para a cadeia. Mesmo assim, seria impossibilitada de efectuar a cobertura de actividades oficiais como as reuniões do Conselho de Ministros ou as deslocações de governantes ou mesmo do próprio Presidente da República.

3 – Ficaria frustrada quando o Presidente do seu próprio país se referisse a jornais, feitos na base de muito sacrifício, como meros pasquins e não entenderia a razão de tanta perseguição a jornalistas num país que se diz democrático. Não entenderia os preços absurdos praticados pelas gráficas, tão pouco a falta de incentivos a pequenos empresários da comunicação social privada que são, no entanto, grandes empregadores.

Tentaria, até, abrir uma revista do género Caras, mas as barreiras aduaneiras inviabilizariam a respectiva impressão no país, ao menos que se predispusesse a ignorar, simplesmente, a periodicidade com a qual se firmou um acordo com os leitores.

4 – Passaria por tudo isso e por muito mais, claro, se com o esforço de uma mãe quitandeira conseguisse entrar na escola, fazer o curso de jornalismo e evitar o destino triste de muitas filhas de gente anónima que não têm alternativa senão entregarem- se ao subemprego no Roque Santeiro ou, quem sabe, deixarem-se levar por uma sorte bem pior que esta. Felizmente, para ela sobretudo, Tchizé dos Santos é filha de quem é.

Tem, à partida, uma vantagem em relação aos demais cidadãos que não puderam usufruir de tudo o que ela beneficiou e beneficia pela condição social do seu pai. Mas nem isso lhe dá o direito de espezinhar do jornalista vítima de um sistema mal concebido, altamente responsável pelas debilidades apresentadas por quem não teve a oportunidade de rumar para o estrangeiro e fazer uma formação de melhor qualidade, ou do coitado do empresário da comunicação social travestido de corredor de obstáculos, na tentativa de saltar sobre todas as barreiras que lhe são impostas por um Estado que, longe de defender os interesses do povo, está mais para satisfazer os apetites de uma minoria abastada.

É isso que precisa de mudar neste país, e gostaria, enquanto angolana, de contar com a influência, «com a dedicação ao povo e à juventude» tão propaladas pela senhora deputada. Será que posso?

Por Cláudia Francisco
Fonte:
SA / Angola24horas.com

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Odebrecht desloca funcionários dispensados no Equador


São Paulo, 11 dez (Lusa) - A construtora Odebrecht vai deslocar para Angola, Líbia e Panamá alguns dos mais qualificados dos cerca de 3.700 funcionários que dispensou no Equador devido ao rompimento com as autoridades locais.

De acordo com o Estado de S. Paulo, os funcionários deslocados, entre eles 37 brasileiros, vão trabalhar em empresas da construtora brasileira mais internacionalizada nos três países citados.

Ao todo, a empresa irá pagar perto de US$ 6 milhões (R$ 19,31 milhões no câmbio atual) de indenizações para funcionários dispensados, num total de 3.763, que trabalhavam nas cinco obras da construtora em território equatoriano.

A empresa brasileira foi expulsa do Equador em setembro, pelo presidente Rafael Correa, por entregar uma obra com problemas estruturais, a hidrelétrica de San Francisco.

Ainda segundo o Estado de S. Paulo, a única obra da Odebrecht retomada foi a da hidrelétrica de Baba, onde uma empresa local recontratou 1.800 funcionários.

Em Angola, a Odebrecht está envolvida na construção de rodovias, em diversos empreendimentos imobiliários e participa também do projeto de exploração de diamantes de Catoca e na construção do primeiro shopping de Angola, em parceria com o grupo angolano HO Gestão.

A construtora anunciou recentemente a intenção de iniciar a produção de açúcar e de etanol em território angolano, em parceria com a estatal angolana Sonangol e com produtores locais.

Fonte: Lusa

Observadores da UE consideram que houve "falta de transparência" no apuramento dos resultados



Luanda, 11 Dez (Lusa) - A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE) às eleições em Angola considera que houve "falta de transparência" no apuramento dos resultados das legislativas de 05 de Setembro, segundo o relatório final divulgado hoje em Luanda.

No documento, a missão da UE critica a falta de autorização para a presença de representantes dos partidos políticos e de observadores para testemunhar a introdução dos resultados no sistema informático nacional e refere que não foi realizado um apuramento manual em separado.

"Não foram publicados os resultados desagregados por mesa de voto e, como tal, não foi possível a verificação dos resultados", segundo a missão da UE.

O relatório aponta ainda como lacuna a não utilização de cadernos eleitorais para a verificação dos eleitores no dia das eleições.

"Como tal, não houve mais salvaguarda contra os votos múltiplos do que a tinta indelével e nenhum meio para confirmar as inesperadamente elevadas taxas de participação eleitoral", frisam os observadores da UE, acrescentando que uma província apresentou uma participação eleitoral de 108 por cento.

A chefe da Missão de Observação Eleitoral da UE, Luiza Morgantini, referiu por várias vezes a importância da utilização dos cadernos eleitorais em futuras eleições para conferir maior transparência ao processo.

"A falta de cadernos eleitorais baixou o grau de segurança das eleições, por isso recomendamos que a sua utilização consistente deve ser obrigatória nas mesas de voto", disse Luiza Morgantini durante a apresentação do relatório.

A actuação dos órgãos de comunicação social do Estado também é referida no relatório, que sugere a regulamentação da lei de imprensa para tornar aplicáveis as provisões acerca de assuntos relevantes.

O documento, de 75 páginas, inclui gráficos sobre o tempo de antena atribuído aos partidos políticos e ao Governo pelos órgãos de comunicação estatais e privados e, na maioria dos quadros, o MPLA, partido vencedor, e o executivo absorveram a maior parte.

Também se verifica que na rádio Despertar, afecta à UNITA, a maior parte do tempo de antena foi atribuído a este partido.

De acordo com o documento, os partidos denunciaram várias irregularidades ocorridas durante o processo eleitoral, como a abertura de urnas, o seu transporte feito sem monitorização e o impedimento do seu acesso ao centro nacional de escrutínio.

"Quando lhes foi perguntado por que razão apresentaram tão poucas queixas, todos eles afirmaram que se sentiram obrigados a aceitar os resultados de forma a manter a estabilidade e a reconciliação, bem como neutralizar quaisquer acontecimentos idênticos às eleições de 1992", diz a missão da UE no relatório.

Neste relatório final, com críticas mais duras e directas do que a declaração preliminar divulgada alguns dias depois das legislativas de 05 de Setembro, a missão faz várias recomendações ao Governo e com prazos, para algumas melhorias nas próximas eleições.

"Esses prazos são sugeridos pela missão como forma de o Governo poder guiar-se nessa tarefa, mas não são obrigatórios e essas sugestões foram bem aceites pelo Governo", frisou.

Luiza Mogantini salientou que o mais importante destas eleições foi a forma massiva como o povo angolano participou, tendo destacado ainda os discursos dos governantes e partidos políticos a apelarem para a tranquilidade e serenidade da população durante a campanha eleitoral.

O MPLA venceu as eleições legislativas com 81,6 por cento dos votos, elegendo 191 dos 220 deputados. NME
Fonte:
Lusa/Fim

Relatório final da Missão de Observadores da União Européia (Missão de observação eleitoral) das eleições legislativas angolanas de 5 de setembro de 2008:

http://www.eueom-ao.org/PT/PDF/FR_EUEOM_ANGOLA_08_PRT.pdf

Missão Européia de observação eleitoral

http://www.eueom-ao.org/

A primeira aparição da Siamesa de Kate Hama


Será apresentado no dia 12 de Dezembro, às 18h:30, na "Casa de Angola", sita à Travessa da Fábricas das Sedas, nº 7, em Lisboa, o primeiro volume de uma trilogia do escritor angolano Kate Hama, "A Siamesa – I. A Aparição".

A obra, com a chancela da Pangeia Editora, tem prefácio de Manuel Rodrigues Vaz e a apresentação do poeta angolano Zetho da Cunha Gonçalves.Fará a apresentação o poeta angolano Zetho da Cunha Gonçalves, com a presença do autor.

Local: Casa de Angola (http://www.casadeangola.org/), Travessa da Fábrica das Sedas, 7
Dia: 12 de Dezembro; Hora: 18h30
Lisboa-Portugal

Kate Hama

De seu nome Bartolomeu Alicerces Neto Hama, nasceu aos 16 de Julho de 1963, na vila do Bailundo, província do Huambo. Fez durante 20 anos carreira militar e, terminada a guerra, em 2002, começou a fazer o que mais gosta: escrever, usando da sua capacidade de imaginação para trabalhar em ficção, criando enredos e personagens e enquadrando-os em locais com nomes e especificidades que não têm relação direta com nada existente a não ser com o trabalho direto da sua fantasia.

Leitor compulsivo, acredita, por isso, que a sua criação literária pode também servir para o deleite de outrem. Por isso, criou a trilogia A Siamesa, a sua primeira obra literária, cujo primeiro volume é agora dado à estampa, devendo os próximos sair para os escaparates das livrarias em 2009. Atualmente, continua a conciliar a escrita com os estudos.

A polícia em ação

A Polícia Nacional dá um infeliz “tratamento” ao Kudurista SEBEM, na travessa perpendicular à Av. Rainha Ginga, entre às 10h as 11h do dia 02/12/08, depois de reclamar de uma “fechada” que sua moto levou de um motorista, que supostamente era um policial.














Fonte: Club-K

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Questionamentos existenciais


O Comité especializado das Nações Unidas para os Direitos Económicos, Sociais e Culturais questiona até as garantias da independência constantes na Lei Constitucional de Angola.

Esta instância, que acaba de realizar em Genebra a sua plenária quinquenal dedicada ao exame exaustivo de cada Estado membro, formulou várias recomendações para inverter o quadro.

Este elemento e outros constam do documento definitivo que a reunião, em que participou uma delegação oficial de Angola, aprovou.

À luz do citado documento, enviado ontem ao (Jornal) Apostolado, o cerne da questão em relação a Angola versa na dependência da sua justiça, além dos aspectos ligados à ineficiência de várias entidades.

«O Comité nota com preocupação que a Lei Constitucional não garante totalmente a independência do poder judicial, que tem sido, alegadamente, submetido à frequente influência do executivo, à falta de meios financeiros adequados e a uma corrupção generalizada», afirma uma das constatações do documento.

O mesmo lamenta que «a maioria dos Angolanos não tem acesso a um sistema formal de justiça, bem como a falta de funcionários judiciais a nível municipal.»

«O mandato do Provedor de Justiça em Angola é muito limitado e esta instituição não parece ser uma instituição nacional de direitos humanos independente, em conformidade com os Princípios estabelecidos em Paris em e 1991», sustenta, ainda, o texto.

Corrupção e a impunidade

Uma conclusão insta o Estado a «garantir que os autores de ataques a defensores dos direitos humanos sejam julgados».

Neste esteira, deplorou o encerramento do Gabinete do Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) em Angola, em Maio de 2008, e recomendou «explorar as formas mais concretas nas quais a cooperação entre o ACNUDH e o Estado membro pode tomar forma.»

O Comité congratulou-se com as respostas das autoridades angolanas às suas perguntas, lamentando, no entanto, que «várias questões colocadas ficaram por responder.»

«O Comité nota com preocupação que, por parte do Estado, ainda não se adoptou medidas fortes e eficazes para combater a corrupção e a impunidade (…) Lamenta a falta de informações concretas sobre os casos de políticos, funcionários públicos, juízes e outros funcionários que tenham sido julgados e punidos por corrupção», exemplifica o documento neste sensível ponto.

Enfim, o texto do organismo da ONU exprimiu o voto de assistir a melhorias, que gostaria de confirmar em 2013, quando voltar a examinar em exaustivo a situação de Angola.

Apostolado/Angola24horas.com

O presidente Lula está rindo à toa

A pesquisa Datafolha, divulgada hoje, mostra um novo recorde de avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente brasileiro que está no seu segundo mandato, eleito pelo voto direto.

Segundo o instituto, 70% dos brasileiros consideram o governo do operário e corintiano ótimo ou bom. A marca recorde anterior era do próprio ex-sindicalista, quando, em setembro, 64% dos pesquisados disseram ter a mesma opinião. Na primeira pesquisa de avaliação do governo Lula feita pelo Datafolha, em abril de 2003, 43% haviam classificado a gestão como ótima ou boa.

A pesquisa Datafolha entrevistou 3.486 brasileiros com mais de 16 anos de todas as regiões do País. O levantamento foi feito entre os dias 25 e 28 de novembro (2008). A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.