quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Sumbe é Andorinhas ou Agro-Kilamba

Sumbe: Paraíso ou inferno?

Assinado por Sandra Ugrin
sandraugrin@opatifundio.com

Um paraíso natural escondido entre as mazelas africanas. Assim é o Sumbe, cidade litorânea da Província de Kwanza Sul

Entre crianças e jovens, o trabalho infantil prevalece em Sumbe

ANGOLA - As águas azuis do mar aliadas ao calçadão bem cuidado por si só já seriam suficiente para fazer do Sumbi um “Guaruja” [cidade praiana brasileira] angolano. Mas além disso no sumbe ainda existem inúmeras atrações naturais inexploradas.

O potencial turístico da região é enorme: existem rios com corredeiras para os apaixonados por rafting, canyons, cachoeiras, fontes de águas quentes e muitos vales verdes para a prática de trekking ou simplesmente para sentar e ficar apreciando o pôr-do-sol.Os ventos que sopram na praia também são fonte de inspiração para os amantes da vela, asa delta e kite surfing.

Qualquer operadora de ecoturismo ficaria encantada com o lugar. Mas o que acontece no Sumbi é o oposto. O lugar está abandonado, os morros cheios de casebres e as famílias amontoando-se nas estradas à espera que alguém pare para comprar produtos alimentícios como bananas, milho, tomate e peixe.

Eu não sei exatamente como aquelas famílias sobrevivem uma vez que não existem indústrias, plantações, comércio e muito menos turismo na região. O mais chocante pra mim e ver a quantidade de terra improdutiva ao longo de todo o trajeto. São quilômetros e quilômetros de terras abandonadas. Provavelmente seus donos estão à espera de que a especulação imobiliária avance para o interior e eles possam lucrar com a venda.

Enquanto esse dia não chega, a grande massa da população permanece sem água, sem luz, sem educação, sem saúde e sem emprego. As estradas continuam imensas, cheias de crianças perdendo a infância à beira da estrada em busca de alguma alma benevolente que pare para comprar seus produtos.

Mas a verdade seja dita, apesar de todo o sofrimento, elas ainda mantém aquele enorme sorriso angolano!

Sandra Ugrin é brasileira e trabalha em Luanda na área de marketing com inteligência de mercado. Para saber desta e de outras histórias, acesse o blog Meninas de Angola


Fonte: O Patifúndio

2 comentários:

  1. Sem dúvida que os olhos de quem sempre viu miséria a seu lado contentar-se-à com a mesma eternamente. Se cidades do litoral estão assim, como será nas Lundas, moxico, K.K. O que tanto fez o Bochechas do Higino Carneiro no KS para ser tão "aclamado"!!!! Lembrei-me agora de um feito seu "introduziu" o uso do fato na função pública!!!!

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  2. Eu concordo coma pessoa que comentou anteriormente. Nós angolanos somos tapados. Precisa que uma estranegira é que fale isso aí. É por isto que Angola nõ vai para fretnte. Od que estãm no puder não fazem nada.

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