"O Estado angolano deve incentivar e apoiar o surgimento de mais instituições de ensino privado"
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João Ondaka Yasunga “Kabazuka”
kabazuca07@gmail.com
Tenho uma tese que defendo com emoção incontida e veemência: o nosso país de forma particular e, África de forma geral, só conseguirá vencer o desafio do desenvolvimento, entendido este, numa definição simplista, como a satisfação plena das necessidades básicas dos cidadãos, (educação, saúde, emprego, serviços sociais, desporto, cultura, lazer, poupanças,etc) se apostar basicamente na educação, na educação massificada e de qualidade. Só com a educação e, só quando atingirmos os ratios internacionais dos países desenvolvidos como os de: engenheiro por habitante, médicos por habitante, enfermeiro por habitante, assistente social por habitante e, etc, é que estaremos a altura de aspirarmos ao desenvolvimento.
Este convencimento meu, está justificado também, pela experiência acumulada das milhares de declarações esforços feitos pelo mundo como, Declaração do direito ao desenvolvimento de 1986, programas como o NEPAD - projectos, ajudas, fundos, empréstimos que África já recebeu desde o processo de independência.
E nesta expectativa, presto especial atenção a tudo relacionado com a educação: Como se estrutura a educação nos países desenvolvidos? Qual é a sua taxa de cobertura? Que ajuda recebem os alunos durante a formação e posteriormente? Que incentivos recebe o corpo docente? Como são os estabelecimentos? Como interactua com a sociedade no plano cultural, empresarial? Enfim, tudo concernente a este sector.
A tempos atrás, localizei pela net, um estudo sobre o “negócio do ensino privado no Reino de Espanha”, um estudo desenvolvido por uma consultora, a DBK, que gostaria de partilhar com os meus compatriotas, na expectativa de que, no fundo, todos aspiramos ao mesmo fim: a erradicação da miséria no nosso país e o desenvolvimento das condições de vida e da vida dos angolanos em toda sua plenitude: económica, social, espiritual, cultural,etc.
Este estudo afirma que o sector do ensino superior privado na Espanha é mais do que lucrativo; De acordo com o estudo, as Universidades privadas, aqui inclui-se os Centros Privados adscritos as Universidades Públicas e as Escolas de Negócios, facturaram 1.270 milhões de euros em 2007, (Bilhöes na nossa linguagem).
Mas porquê que trago a tona este estudo? Por duas razões fundamentais: Uma, pela nossa persistente “mania” de pensar e assumir, que a Educação é um sector não produtivo, (catalogação perniciosa herança da economia política socialista), condicionando com isso, decisões importantes de investimento no sector; e outra, considerar a educação como um gasto, em vez de uma inversão de futuro.
De Maneira que, sem abster-se do seu papel definidor, regulador e fiscalizador do ensino no nosso país, o Estado angolano deve incentivar, apoiar mesmo se for preciso, o surgimento de mais instituiçöes de Ensino Privado que complementem o enorme esforço que deve ser feito na espanção do ensino público por todo país, como pedra basilar do desenvolvimento que se petende.
É bom recordar que, mas além do benefício que já representa a sua principal função, a de formar o homem, o ensino, não é só lucrativo em términos de benefícios na conta de resultados; É também lucrativo em términos económicos mais abrangentes: Está mais do que comprovado, que a implantação de um centro de estudos numa determinada zona, possibilita o crescimento em torno ao mesmo, de toda uma série de actividades de carácter económico, social e cultural...assim, surgem necessidades de hospedagem, necessidades de bens diversos como alimentação, vestuário, material escolar, equipamento informático,etc...actividades culturais diversas, recreativas, etc.
É portanto difícil entender, porquê que se constata um grande deficit de investimento no continente africano em particular e, de forma geral no mundo subdesenvolvido, de infra-estruturas de educação.
Todo o esforço que se fizer no campo da educação dista muito do suficiente e, basta como referência, a seguinte aproximação: Portugal, com os seus 10,5 milhões de habitantes, tem aproximadamente 30 mil ou mais médicos...Mesmo assim, ainda são conhecidas deficiências no seu sistema de saúde; Angola, com os seus aproximadamente 15 milhöes de habitantes (já é altura também de sabermos quantos somos...porque de 15 a 16, é uma margem de erro, inaceitável, de 1 milhão...população de muitos países), tem pouco mais de 5 mil médicos? Para chegar aos 30 mil em 10 anos-2018, deveríamos matricular nos próximos anos, aproximadamente 4 mil alunos em medicina...é preciso ter em conta que muitos não chegarão ao final e que são necessários aproximadamente 7 anos para formar um médico. E também enfermeiros, fisioterapeutas, pessoal auxiliar, etc.
É o que se está a fazer? Se continuarmos com o ritmo de formação atual, quando atingiremos os ratios de profissional população, próprios de países desenvolvidos? Ou alguém pensa que atingiremos o desenvolvimento, sem pessoas qualificadas para gerir e suportar aquele estado de organização sócio económica?
João Ondaka Yasunga “Kabazuka”
kabazuca07@gmail.com
Tenho uma tese que defendo com emoção incontida e veemência: o nosso país de forma particular e, África de forma geral, só conseguirá vencer o desafio do desenvolvimento, entendido este, numa definição simplista, como a satisfação plena das necessidades básicas dos cidadãos, (educação, saúde, emprego, serviços sociais, desporto, cultura, lazer, poupanças,etc) se apostar basicamente na educação, na educação massificada e de qualidade. Só com a educação e, só quando atingirmos os ratios internacionais dos países desenvolvidos como os de: engenheiro por habitante, médicos por habitante, enfermeiro por habitante, assistente social por habitante e, etc, é que estaremos a altura de aspirarmos ao desenvolvimento.
Este convencimento meu, está justificado também, pela experiência acumulada das milhares de declarações esforços feitos pelo mundo como, Declaração do direito ao desenvolvimento de 1986, programas como o NEPAD - projectos, ajudas, fundos, empréstimos que África já recebeu desde o processo de independência.
E nesta expectativa, presto especial atenção a tudo relacionado com a educação: Como se estrutura a educação nos países desenvolvidos? Qual é a sua taxa de cobertura? Que ajuda recebem os alunos durante a formação e posteriormente? Que incentivos recebe o corpo docente? Como são os estabelecimentos? Como interactua com a sociedade no plano cultural, empresarial? Enfim, tudo concernente a este sector.
A tempos atrás, localizei pela net, um estudo sobre o “negócio do ensino privado no Reino de Espanha”, um estudo desenvolvido por uma consultora, a DBK, que gostaria de partilhar com os meus compatriotas, na expectativa de que, no fundo, todos aspiramos ao mesmo fim: a erradicação da miséria no nosso país e o desenvolvimento das condições de vida e da vida dos angolanos em toda sua plenitude: económica, social, espiritual, cultural,etc.
Este estudo afirma que o sector do ensino superior privado na Espanha é mais do que lucrativo; De acordo com o estudo, as Universidades privadas, aqui inclui-se os Centros Privados adscritos as Universidades Públicas e as Escolas de Negócios, facturaram 1.270 milhões de euros em 2007, (Bilhöes na nossa linguagem).
Mas porquê que trago a tona este estudo? Por duas razões fundamentais: Uma, pela nossa persistente “mania” de pensar e assumir, que a Educação é um sector não produtivo, (catalogação perniciosa herança da economia política socialista), condicionando com isso, decisões importantes de investimento no sector; e outra, considerar a educação como um gasto, em vez de uma inversão de futuro.
De Maneira que, sem abster-se do seu papel definidor, regulador e fiscalizador do ensino no nosso país, o Estado angolano deve incentivar, apoiar mesmo se for preciso, o surgimento de mais instituiçöes de Ensino Privado que complementem o enorme esforço que deve ser feito na espanção do ensino público por todo país, como pedra basilar do desenvolvimento que se petende.
É bom recordar que, mas além do benefício que já representa a sua principal função, a de formar o homem, o ensino, não é só lucrativo em términos de benefícios na conta de resultados; É também lucrativo em términos económicos mais abrangentes: Está mais do que comprovado, que a implantação de um centro de estudos numa determinada zona, possibilita o crescimento em torno ao mesmo, de toda uma série de actividades de carácter económico, social e cultural...assim, surgem necessidades de hospedagem, necessidades de bens diversos como alimentação, vestuário, material escolar, equipamento informático,etc...actividades culturais diversas, recreativas, etc.
É portanto difícil entender, porquê que se constata um grande deficit de investimento no continente africano em particular e, de forma geral no mundo subdesenvolvido, de infra-estruturas de educação.
Todo o esforço que se fizer no campo da educação dista muito do suficiente e, basta como referência, a seguinte aproximação: Portugal, com os seus 10,5 milhões de habitantes, tem aproximadamente 30 mil ou mais médicos...Mesmo assim, ainda são conhecidas deficiências no seu sistema de saúde; Angola, com os seus aproximadamente 15 milhöes de habitantes (já é altura também de sabermos quantos somos...porque de 15 a 16, é uma margem de erro, inaceitável, de 1 milhão...população de muitos países), tem pouco mais de 5 mil médicos? Para chegar aos 30 mil em 10 anos-2018, deveríamos matricular nos próximos anos, aproximadamente 4 mil alunos em medicina...é preciso ter em conta que muitos não chegarão ao final e que são necessários aproximadamente 7 anos para formar um médico. E também enfermeiros, fisioterapeutas, pessoal auxiliar, etc.
É o que se está a fazer? Se continuarmos com o ritmo de formação atual, quando atingiremos os ratios de profissional população, próprios de países desenvolvidos? Ou alguém pensa que atingiremos o desenvolvimento, sem pessoas qualificadas para gerir e suportar aquele estado de organização sócio económica?
João Ondaka Yasunga “Kabazuka”
Foto de arquivo retirada de um blog angolano
Chegou a vez da mudança e o Kabazuka está a mostrar que está a mudar. O que as elições não são capazes de fazer?
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