Li e gostei o artigo intitulado "Queremos fazer de Angola uma terra do sexo?" que reproduzo a seguir.
Há uma necessidade de formação de "corrente" de pessoas que comungam mesmas idéias. O texto chegou-me completamente desconfigurado. Para facilitar a leitura, dividi-o em parágrafos que, provavelmente, não seguiu a mesma divisão feita pelo autor do artigo, a quem parabenizo desde já.
Artigo de opinião assinado por
Há uma necessidade de formação de "corrente" de pessoas que comungam mesmas idéias. O texto chegou-me completamente desconfigurado. Para facilitar a leitura, dividi-o em parágrafos que, provavelmente, não seguiu a mesma divisão feita pelo autor do artigo, a quem parabenizo desde já.
Artigo de opinião assinado por
Frederico Batalha (Jurista)
Podem, por um lado, me chamar de demodè, retrógrado, quadrado, puritano, atrasado ou, por outro lado, podem me considerar anti novas tendências, opositor da evolução, adepto do conservadorismo bacoco e avesso à explicitação desenfreada da libido Prefiro arcar com todos estes apodos a permanecer silente, sereno e impávido ante à «sexualização» do meu-nosso país. Rios de tinta já verteram pelos nossos jornais, bem como muitas vozes, feitas ondas hertzianas, foram ouvidas um pouco por todo o país a propósito do assunto em reflexão.
Entretanto, é bom lembrar quais foram os factos que deram prólogo a este desfiar de palavras. É claro que foram as cenas, tristemente célebres, de pura prostituição dadas a assistir ao mundo por uma nossa concidadã no recente evento de reality show africano. Ela que, não obstante, todo o destaque «por baixo», que teve, e todo o show degradante, que deu, recebeu como prémios apologéticas e elogios arrojados e, por acréscimo, foi guindada à apresentadora de um programa televisionado. E é com este programa que ela e os mentores do mesmo pretendem fazer de Angola «a Terra do Sexo».
Felicitemos, então, esta iniciativa de tamanho brilho! Para vosso desalento não o faremos, é evidente! Convoco várias ordens de razão para sustentar esta posição de equilíbrio.
Desde logo, e para fim de conversa, não me parece que um programa com aquele formato seja corolário de uma política de Estado ou dimane de uma directriz institucional voltadas para a nacional perversão mental, por via da televisão, ainda que de privada se tratasse. Sendo assim, meus estimados, ainda vai-se a tempo de repensar o projecto, a partir do próprio título.
Outrossim, é mister a reorientação do tiro, porque as suas principais vítimas estão a ser as crianças e adolescentes, eles já de si atingidos por factores de educação deformadores. Estes petizes que, na mais tenra idade, estão a confrontar-se com experiências paranóicas sobre o que de melhor há no prazer lascivo e sobre «uma boa camada».
Insisto, isto não pode fazer e, seguramente, não faz parte do ideal de um povo, heróico e generoso, que conseguiu a sua emancipação à custa de sangue, choro e conspirações. A manter-se o actual quadro, não só perdemos com a desorientação da geração mais nova do país, por ouvir histórias como as do «capôt» e outras, que de certeza surgirão, do tipo «a minha melhor foi por cima de um muro» ou, sei lá, «pra mim aquela por baixo de uma bancada de um mercado, valeu!». Era só o que faltava! Dizia que, além desta perda irreversível, a única coisa que resultará de ganho será dar asas à imaginação de alguém vocacionada na arte de «kama sutra», sempre que emergir no seu, repito no seu «sexolândia», para difundir e infundir apelos veementes à devassidão generalizada e à promiscuidade totalizante. Será, mesmo, «uma terra como esta» que preconizamos?!
Semanario Angolense (07/06/08)
Podem, por um lado, me chamar de demodè, retrógrado, quadrado, puritano, atrasado ou, por outro lado, podem me considerar anti novas tendências, opositor da evolução, adepto do conservadorismo bacoco e avesso à explicitação desenfreada da libido Prefiro arcar com todos estes apodos a permanecer silente, sereno e impávido ante à «sexualização» do meu-nosso país. Rios de tinta já verteram pelos nossos jornais, bem como muitas vozes, feitas ondas hertzianas, foram ouvidas um pouco por todo o país a propósito do assunto em reflexão.
Entretanto, é bom lembrar quais foram os factos que deram prólogo a este desfiar de palavras. É claro que foram as cenas, tristemente célebres, de pura prostituição dadas a assistir ao mundo por uma nossa concidadã no recente evento de reality show africano. Ela que, não obstante, todo o destaque «por baixo», que teve, e todo o show degradante, que deu, recebeu como prémios apologéticas e elogios arrojados e, por acréscimo, foi guindada à apresentadora de um programa televisionado. E é com este programa que ela e os mentores do mesmo pretendem fazer de Angola «a Terra do Sexo».
Felicitemos, então, esta iniciativa de tamanho brilho! Para vosso desalento não o faremos, é evidente! Convoco várias ordens de razão para sustentar esta posição de equilíbrio.
Desde logo, e para fim de conversa, não me parece que um programa com aquele formato seja corolário de uma política de Estado ou dimane de uma directriz institucional voltadas para a nacional perversão mental, por via da televisão, ainda que de privada se tratasse. Sendo assim, meus estimados, ainda vai-se a tempo de repensar o projecto, a partir do próprio título.
Outrossim, é mister a reorientação do tiro, porque as suas principais vítimas estão a ser as crianças e adolescentes, eles já de si atingidos por factores de educação deformadores. Estes petizes que, na mais tenra idade, estão a confrontar-se com experiências paranóicas sobre o que de melhor há no prazer lascivo e sobre «uma boa camada».
Insisto, isto não pode fazer e, seguramente, não faz parte do ideal de um povo, heróico e generoso, que conseguiu a sua emancipação à custa de sangue, choro e conspirações. A manter-se o actual quadro, não só perdemos com a desorientação da geração mais nova do país, por ouvir histórias como as do «capôt» e outras, que de certeza surgirão, do tipo «a minha melhor foi por cima de um muro» ou, sei lá, «pra mim aquela por baixo de uma bancada de um mercado, valeu!». Era só o que faltava! Dizia que, além desta perda irreversível, a única coisa que resultará de ganho será dar asas à imaginação de alguém vocacionada na arte de «kama sutra», sempre que emergir no seu, repito no seu «sexolândia», para difundir e infundir apelos veementes à devassidão generalizada e à promiscuidade totalizante. Será, mesmo, «uma terra como esta» que preconizamos?!
Semanario Angolense (07/06/08)
"Sexo é perfeitamente natural, mas não naturalmente perfeito" (Título de um livro). E se o objectivo dos mentores do programa é falarem com naturalidade de algo natural, pelos relatos que oiço, não têm conseguido. Alguém já escreveu algures "que ninguém dá o que não tem", e a apresentadora do programa só pode estar a transmitir o que lhe vai na alma ou melhor no corpo...pois na cabeça desconfio que pouco exista que se aproveite. Quando o articulista diz que "as principais vítimas são as crianças"!!!! A que horas passa o programa? o que é feito dos Pais? Por outra não sei de que voz os mentores do programa estão a espera para corrigir o seu erro. "Insistir no erro é burrice".
ResponderExcluirDeixo aqui uma sugestão de leitura: "Os 11 minutos" by Paulo Coelho(acredito que crianças não visitam o Hukalilile...).
Infelizmente!Não as motivam a ler Hukalilile, nem a ler nada!
ResponderExcluirMotivam-nas a projectar a mulher Angolana, como um sex simbol que a partir dos 20 anos não presta para nada. E são verdadeiros predadores da beleza a da felicidade a que a mulher tem direito.
Artigo muito real!
Que a voz dos «iluminados» comece pelo menos a travar, denunciando e pondo no papel. aquilo que provavelmente, «VAI INCOMODAR MUITA GENTE QUE DE RACIONAL, SÓ TEM AS CALÇAS E OS SAPATOS POLIDOS QUE USAM» E podem crer, que este tema, vai ser «INCÓMODO» para muita gente e os «BASTIDORES» da promiscuidade vão ficar destapados.