Volto a falar da educação, porque está em falta. Mais especificamente da importância da educação à distância. Começo perguntando: você é favor ou contra a educação à distância?
Eu serei breve. Preciso fazer um minuto de silêncio para pedir que Deus afaste de nós o “cale-se” que nos está sendo imposto. Está muito amargo.
Falar de educação, com um olhar diferente, é interessante neste momento. Em outros campos, infelizmente, sem graça. Estão a criar factoídes para justificarem a não realização das eleições no próximo ano. Deveriam vir a público e falar que não são capazes de organizar eleições sem Jonas Savimbi por perto, mesmo com muita vigília, ou então que não querem que se realizem porque estão sentados em cadeiras adornadas com cola patex (super bonder) e pronto. Eles gastam mais energia para descobrirem os truques que lhes permitam adiar ao máximo as eleições que o contrário. Chega a ser doentia a disposição de luta para permanecerem no poder. Não duvido que, se precisar, vão ressuscitar o caso Quina.
Prezado leitor, não adianta. Sem educação à distância, nada avança. As pessoas ficam congeladas nas mesmas posições. A classe burguesa se aproveita para infundir heresias. Tem graça que um dia ela acreditou que fosse capaz de mudar o mundo, mas hoje não acredita que o país possa ser mudado por outras pessoas. Em nome do poder, ou seja, da rosa, à aristocracia burguesa envenena páginas preciosas do pensamento nacional, inocula nas pessoas seus ideais. Na verdade, a burguesia quer cristalizar-se no poder. A sociedade angolana não se desenvolverá com apenas dois objetivos, como muitos ainda creditam. Jamais. Esse discurso é mais para promover a ideologia burguesa em modelo burguês de ser. Isso é um discurso utilitário. Para catequisar. É a isso que Aristóteles chamou de "catarse".
Como funciona? Os pais sem paciência, com 8 filhos, sem escolas, sem comida, só tomam "chá com chá", sem moradia, sem hospitais, sem saneamento básico, casa com pulgas, eles, então, acumulam uma série de intenções contra o sistema. Para que a burguesia não seja incomodada, ela faz sua "catarse": oferece telenovelas para que o povão faça "higiene" ou então aparece alguém para dizer mais ou menos o seguinte: - a nossa luta era só para liberar-vos e só depois o desenvolvimento, portanto, fiquem quietos. Isso é criar um mundo ilusório.
Angola precisa de seis objetivos entre os quais se inclui o desenvolvimento. Para tanto, precisamos que marquem a data das eleições sem mais embromação, sem mais delongas, sem mais enganação, sem mais enrolação. Queremos são mudanças. Que o bastão seja passado para frente; novas idéias, novos atores, novos Lewis Hamiltons e não Niki Laudas. Isso é um discurso instrumental. Também é uma ideologia? É. Só que, felizmente, esta última liberta. Tem uma visão crítica da realidade, das coisas que acontecem. Esse é também o discurso do Pe. Antônio Vieira quando afirmou: "Quem tem seis asas e voa só com duas, sempre voa e canta. Quem tem duas asas e quer voar com seis, cansará logo e chorará".
Mas, o que é educação à distância? O primeiro exemplo de educação à distância vem do Chile, onde a invejável e competente justiça, que não tem vergonha na cara, que não usa óculos escuros que limitam o campo de visão, deu um banho nas injustiças quando detiveram a família Pinochet. Tem graça que lá prenderam a família de Pinochet que vendeu o país aos estrangeiros. Lá, como há independência de poderes e há vontade política de resolver os problemas sociais, “não há why, por que ou pour quoi”, eles se resolvem.
Todos nós almejamos melhorar a nossa atual condição social. Certo? Para atingir esse objetivo temos, essencialmente, as seguintes maneiras: ser puxa-saco de populistas, oligárquicos e demagógicos políticos e sair puxando tapetes de colegas; ser corrupto picareta com cara que ostenta todos traços da malandragem, falsidade, da mentira e aproveitar-se da ignorância popular para vender o país aos estrangeiros e ainda agir com a lei (instrumentalizada); arrumar intencionalmente um filho com um rico (opção tola); participar do Big Brother e topar tudo por dinheio, nem que seja para mostrar as poucas vergonhas, ou ir à escola, que é a opção mais inteligente, investimento que exige tempo, porém opção segura.
Normalmente, falar em escola causa desânimo. Ninguém deve desanimar. As pessoas precisam enfrentar as limitações que a própria sociedade, injustamente, impõe. Esse preparo está intimamente ligado à educação escolar e especialização constante. Infelizmente, nem todos têm tempo, dinheiro ou mesmo, quando não há vontade política, escolas. Para essa pessoa resta-lhe uma única solução: educação à distância.
Ensino à distância, de grande alcance social na formação cultural da nacionalidade, surgiu como forma de oferecer uma possibilidade para cidadãos que, quando estavam na idade própria, não tiveram oportunidades de se preparar com o mínimo oferecido pela escola regular. A capacidade de leitura, escrita e muita sensibilidade estática e criativa é o que o mundo atual exige como forma básica de integração à sociedade.
Não adianta duvidar e cruzar os braços. Com o advento da microeletrônica, estamos assistindo à terceira revolução industrial. O conhecimento do trabalho, do saber, do fazer de diversas tarefas é incorporado à máquina. Dessa forma, o trabalhador tarefeiro está desaparecendo e a para breve deixará de existir. Os postos de trabalho de alta competitividade passarão para o trabalhador com maior escolaridade. Para sobreviver nesse cenário o profissional precisa ser polivalente e em constante qualificação.
Vale salientar que a educação à distância é uma porta que se abre a qualquer momento. Dá acesso a todo indivíduo, principalmente trabalhadores jovens e adultos, sôfrego por novos conhecimentos ou que queira se aprofundar em algum campo de conhecimento.
Entre as vantagens destacam-se: a única que se adapta às necessidades de cada indivíduo, atende às necessidades específicas, permite a redução das distâncias capacitando-o para lidar com as transformações que ocorrem nos domínios econômicos, social, tecnológico etc. Ainda, como modalidade complementar da presencial, pode auxiliar na introdução de novos instrumentos tecnológicos para o acompanhamento dos alunos em sua ação prática.
A educação à distância, na perspectiva econômica, reduz os gastos médios em mais de 50% do tradicional e mediante metodologia bem definida supre e supera a educação presencial. Hoje encontramos muitas escolas virtuais, que têm na Internet seu meio básico. A cada dia surgem e com inovações tecnológicas e operacionais, como o acesso gratuito. Dessa forma, as redes ou Webs conseguiram encurtaram distâncias entre centros de reconhecido saber e do usuário.
Historicamente, a educação à distância não é nova. Platão já utilizava esse método. Quem não se lembra das epístolas de São Paulo, por exemplo? Mas dentro dos modelos ainda praticados, apenas melhorados, um dos mais antigos registros relacionados à educação do ensino à distância no mundo ocorreu em 1728, quando a Gazeta de Boston, em sua edição de 20 de março, ofereceu num dos anúncios “material para ensino e tutoria por correspondência”.
Nessa época, utilizava-se material imprenso como único material didático, com remessa através do correio para os alunos e recepção das respostas também pelo serviço postal. Desde essa época até nossos dias, as várias mídias da educação à distância incluem: rádio, televisão, tecnologias de áudio (de telefone a audioconferências, vidioconferências, correio eletônico, CD-ROM) etc. É verdade que a metodologia não é universal. Cada uma delas exige uma metodologia e uma didática adequada ou apropriada.
E o aluno aprende mesmo? O elemento básico em todo fazer educativo é o aluno e em função dele é que se estrutura todo o processo. Estudos mostram que o aluno possui grande potencial para aprender. Se consultarmos, por exemplo, Piaget, ele sustenta que aprendemos somente quando queremos e quando o que aprendemos é significativo para nós mesmos.
Vários estudos têm mostrado que os alunos aprendem mesmo. Primeiro porque esses cursos são preparados para desenvolver a curiosidade do aprendiz para que possa desenvolver o ato de aprendizagem (Paulo Freire). Além disso, por se tratar de uma atividade realizada voluntariamente e apoiada em suas experiências de vida isso lhe dá uma grande vantagem no processo de aprendizagem. O único desafio tem-se registrado em pessoas adultas, que, conforme avança a idade, têm dificuldades para adaptar-se a novas situações.
Atualmente as grandes empresas como, por exemplo, as do setor bancário, vêm optando pela educação à distância para a formação de seu pessoal. É também útil em países com elevado número de desempregados para treinar, em massa, muitas pessoas desempregadas. Podem também ser trabalhados cursos de saúde, higiene, saneamento comunitário, formação de empresas autogestionárias, ecologia, prevenção da AIDS/SIDA, tecnologias, artes etc.
Não é correto pensar que ela é sinônimo de baixa qualidade ou é oportunismo mercantista. Não. Pelo menos é isso que diz os dois trabalhos que consultei, (Clara Moreira e colaboradores. A Viabilidade do ensino médio continuado à distância do CEAD-Pólo Poty Lazzaroto,UFPR, 2001 e Adriana Zablonsky e colaboradores. Proposta metodológica do ensino da arte à distância, UFPR, 2001). Os resultados também mostram que esse sistema não cria dificuldades de integração devido à falta pessoal entre professor e aluno. A evasão que ocorre ou a facilidade e oportunidade de plágio e fraude nos trabalhos solicitados é infinitamente menor que a escola convencional.
Em países onde funciona, as pessoas não mais colocam obstáculos, como, normalmente faz a classe dominante que não faz nada em favor do povo (enquanto seus filhos estudam fora) e critica toda alternativa pedagógica de se democratizar o conhecimento oferecendo uma formação humana, organizada, planejada e concreta. Até porque esse processo se amplia dia após dia no mundo inteiro. Se ainda alguém insistir na tese segundo a qual o aluno só aprende na presença do professor, precisa então saber que a escola convencional vive uma crise de conteúdos, de competência teórica e metodológica e estrutural, que é uma crise da sociedade.
Como exemplo disso, quase que com freqüência nos deparamos com certas pessoas que, com ar de superioridade, se intitulam “Doutores”, mas quando abrem a boca, hum... você não sabe se ri ou chora. Em compensação, tenho um tio com “segundo ano colonial”, que está sempre se atualizando, chegou a fazer aquele curso “English at home”, cursos de eletrônica, e outros. Eu fujo dele. Certo dia perguntou-me: - você que estuda materiais para serem utilizados em petróleos, qual é a octanagem do petróleo brasileiro? Falando sério, passei vergonha. A última vez que conversei com ele, discutimos a teoria de relatividade de Enstein.
Um exemplo como esse, mostra que a educação à distância é qualificadora no sentido de se operacionalizar conhecimentos, pois permite que o indivíduo deles se aproprie e é equalizadora no aspecto da distribuição dos bens sociais, garantindo uma redistribuição em vista de mais igualdade.
A educação à distância é, essencialmente, política de governo, desde que não veicule propaganda ideológica, política e comercial que pode tornar os indivíduos objetos e massas. Também pode ser explorada pela iniciativa privada.
Finalmente, é fundamental que o leitor lembre de que vivemos numa era marcada pela competição e pela excelência em progressos científicos e tecnológicos que definem novas exigências de jovens que ingressarão no mercado de trabalho. Só para que o amigo leitor tenha uma idéia, o perfil para ser funcionária que serve café da escola onde trabalho é: possuir o ensino médio completo, curso básico de nutrição, cartas de condução e saber falar inglês. Agora durma com um barulho desses.
Dedicado ao Jornalista Felisberto da Graça Campos, incansável defensor dos interesses da nação angolana, por isso, condenado a oito meses de prisão. Diz o velho ditado: "Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe".
Eu serei breve. Preciso fazer um minuto de silêncio para pedir que Deus afaste de nós o “cale-se” que nos está sendo imposto. Está muito amargo.
Falar de educação, com um olhar diferente, é interessante neste momento. Em outros campos, infelizmente, sem graça. Estão a criar factoídes para justificarem a não realização das eleições no próximo ano. Deveriam vir a público e falar que não são capazes de organizar eleições sem Jonas Savimbi por perto, mesmo com muita vigília, ou então que não querem que se realizem porque estão sentados em cadeiras adornadas com cola patex (super bonder) e pronto. Eles gastam mais energia para descobrirem os truques que lhes permitam adiar ao máximo as eleições que o contrário. Chega a ser doentia a disposição de luta para permanecerem no poder. Não duvido que, se precisar, vão ressuscitar o caso Quina.
Prezado leitor, não adianta. Sem educação à distância, nada avança. As pessoas ficam congeladas nas mesmas posições. A classe burguesa se aproveita para infundir heresias. Tem graça que um dia ela acreditou que fosse capaz de mudar o mundo, mas hoje não acredita que o país possa ser mudado por outras pessoas. Em nome do poder, ou seja, da rosa, à aristocracia burguesa envenena páginas preciosas do pensamento nacional, inocula nas pessoas seus ideais. Na verdade, a burguesia quer cristalizar-se no poder. A sociedade angolana não se desenvolverá com apenas dois objetivos, como muitos ainda creditam. Jamais. Esse discurso é mais para promover a ideologia burguesa em modelo burguês de ser. Isso é um discurso utilitário. Para catequisar. É a isso que Aristóteles chamou de "catarse".
Como funciona? Os pais sem paciência, com 8 filhos, sem escolas, sem comida, só tomam "chá com chá", sem moradia, sem hospitais, sem saneamento básico, casa com pulgas, eles, então, acumulam uma série de intenções contra o sistema. Para que a burguesia não seja incomodada, ela faz sua "catarse": oferece telenovelas para que o povão faça "higiene" ou então aparece alguém para dizer mais ou menos o seguinte: - a nossa luta era só para liberar-vos e só depois o desenvolvimento, portanto, fiquem quietos. Isso é criar um mundo ilusório.
Angola precisa de seis objetivos entre os quais se inclui o desenvolvimento. Para tanto, precisamos que marquem a data das eleições sem mais embromação, sem mais delongas, sem mais enganação, sem mais enrolação. Queremos são mudanças. Que o bastão seja passado para frente; novas idéias, novos atores, novos Lewis Hamiltons e não Niki Laudas. Isso é um discurso instrumental. Também é uma ideologia? É. Só que, felizmente, esta última liberta. Tem uma visão crítica da realidade, das coisas que acontecem. Esse é também o discurso do Pe. Antônio Vieira quando afirmou: "Quem tem seis asas e voa só com duas, sempre voa e canta. Quem tem duas asas e quer voar com seis, cansará logo e chorará".
Mas, o que é educação à distância? O primeiro exemplo de educação à distância vem do Chile, onde a invejável e competente justiça, que não tem vergonha na cara, que não usa óculos escuros que limitam o campo de visão, deu um banho nas injustiças quando detiveram a família Pinochet. Tem graça que lá prenderam a família de Pinochet que vendeu o país aos estrangeiros. Lá, como há independência de poderes e há vontade política de resolver os problemas sociais, “não há why, por que ou pour quoi”, eles se resolvem.
Todos nós almejamos melhorar a nossa atual condição social. Certo? Para atingir esse objetivo temos, essencialmente, as seguintes maneiras: ser puxa-saco de populistas, oligárquicos e demagógicos políticos e sair puxando tapetes de colegas; ser corrupto picareta com cara que ostenta todos traços da malandragem, falsidade, da mentira e aproveitar-se da ignorância popular para vender o país aos estrangeiros e ainda agir com a lei (instrumentalizada); arrumar intencionalmente um filho com um rico (opção tola); participar do Big Brother e topar tudo por dinheio, nem que seja para mostrar as poucas vergonhas, ou ir à escola, que é a opção mais inteligente, investimento que exige tempo, porém opção segura.
Normalmente, falar em escola causa desânimo. Ninguém deve desanimar. As pessoas precisam enfrentar as limitações que a própria sociedade, injustamente, impõe. Esse preparo está intimamente ligado à educação escolar e especialização constante. Infelizmente, nem todos têm tempo, dinheiro ou mesmo, quando não há vontade política, escolas. Para essa pessoa resta-lhe uma única solução: educação à distância.
Ensino à distância, de grande alcance social na formação cultural da nacionalidade, surgiu como forma de oferecer uma possibilidade para cidadãos que, quando estavam na idade própria, não tiveram oportunidades de se preparar com o mínimo oferecido pela escola regular. A capacidade de leitura, escrita e muita sensibilidade estática e criativa é o que o mundo atual exige como forma básica de integração à sociedade.
Não adianta duvidar e cruzar os braços. Com o advento da microeletrônica, estamos assistindo à terceira revolução industrial. O conhecimento do trabalho, do saber, do fazer de diversas tarefas é incorporado à máquina. Dessa forma, o trabalhador tarefeiro está desaparecendo e a para breve deixará de existir. Os postos de trabalho de alta competitividade passarão para o trabalhador com maior escolaridade. Para sobreviver nesse cenário o profissional precisa ser polivalente e em constante qualificação.
Vale salientar que a educação à distância é uma porta que se abre a qualquer momento. Dá acesso a todo indivíduo, principalmente trabalhadores jovens e adultos, sôfrego por novos conhecimentos ou que queira se aprofundar em algum campo de conhecimento.
Entre as vantagens destacam-se: a única que se adapta às necessidades de cada indivíduo, atende às necessidades específicas, permite a redução das distâncias capacitando-o para lidar com as transformações que ocorrem nos domínios econômicos, social, tecnológico etc. Ainda, como modalidade complementar da presencial, pode auxiliar na introdução de novos instrumentos tecnológicos para o acompanhamento dos alunos em sua ação prática.
A educação à distância, na perspectiva econômica, reduz os gastos médios em mais de 50% do tradicional e mediante metodologia bem definida supre e supera a educação presencial. Hoje encontramos muitas escolas virtuais, que têm na Internet seu meio básico. A cada dia surgem e com inovações tecnológicas e operacionais, como o acesso gratuito. Dessa forma, as redes ou Webs conseguiram encurtaram distâncias entre centros de reconhecido saber e do usuário.
Historicamente, a educação à distância não é nova. Platão já utilizava esse método. Quem não se lembra das epístolas de São Paulo, por exemplo? Mas dentro dos modelos ainda praticados, apenas melhorados, um dos mais antigos registros relacionados à educação do ensino à distância no mundo ocorreu em 1728, quando a Gazeta de Boston, em sua edição de 20 de março, ofereceu num dos anúncios “material para ensino e tutoria por correspondência”.
Nessa época, utilizava-se material imprenso como único material didático, com remessa através do correio para os alunos e recepção das respostas também pelo serviço postal. Desde essa época até nossos dias, as várias mídias da educação à distância incluem: rádio, televisão, tecnologias de áudio (de telefone a audioconferências, vidioconferências, correio eletônico, CD-ROM) etc. É verdade que a metodologia não é universal. Cada uma delas exige uma metodologia e uma didática adequada ou apropriada.
E o aluno aprende mesmo? O elemento básico em todo fazer educativo é o aluno e em função dele é que se estrutura todo o processo. Estudos mostram que o aluno possui grande potencial para aprender. Se consultarmos, por exemplo, Piaget, ele sustenta que aprendemos somente quando queremos e quando o que aprendemos é significativo para nós mesmos.
Vários estudos têm mostrado que os alunos aprendem mesmo. Primeiro porque esses cursos são preparados para desenvolver a curiosidade do aprendiz para que possa desenvolver o ato de aprendizagem (Paulo Freire). Além disso, por se tratar de uma atividade realizada voluntariamente e apoiada em suas experiências de vida isso lhe dá uma grande vantagem no processo de aprendizagem. O único desafio tem-se registrado em pessoas adultas, que, conforme avança a idade, têm dificuldades para adaptar-se a novas situações.
Atualmente as grandes empresas como, por exemplo, as do setor bancário, vêm optando pela educação à distância para a formação de seu pessoal. É também útil em países com elevado número de desempregados para treinar, em massa, muitas pessoas desempregadas. Podem também ser trabalhados cursos de saúde, higiene, saneamento comunitário, formação de empresas autogestionárias, ecologia, prevenção da AIDS/SIDA, tecnologias, artes etc.
Não é correto pensar que ela é sinônimo de baixa qualidade ou é oportunismo mercantista. Não. Pelo menos é isso que diz os dois trabalhos que consultei, (Clara Moreira e colaboradores. A Viabilidade do ensino médio continuado à distância do CEAD-Pólo Poty Lazzaroto,UFPR, 2001 e Adriana Zablonsky e colaboradores. Proposta metodológica do ensino da arte à distância, UFPR, 2001). Os resultados também mostram que esse sistema não cria dificuldades de integração devido à falta pessoal entre professor e aluno. A evasão que ocorre ou a facilidade e oportunidade de plágio e fraude nos trabalhos solicitados é infinitamente menor que a escola convencional.
Em países onde funciona, as pessoas não mais colocam obstáculos, como, normalmente faz a classe dominante que não faz nada em favor do povo (enquanto seus filhos estudam fora) e critica toda alternativa pedagógica de se democratizar o conhecimento oferecendo uma formação humana, organizada, planejada e concreta. Até porque esse processo se amplia dia após dia no mundo inteiro. Se ainda alguém insistir na tese segundo a qual o aluno só aprende na presença do professor, precisa então saber que a escola convencional vive uma crise de conteúdos, de competência teórica e metodológica e estrutural, que é uma crise da sociedade.
Como exemplo disso, quase que com freqüência nos deparamos com certas pessoas que, com ar de superioridade, se intitulam “Doutores”, mas quando abrem a boca, hum... você não sabe se ri ou chora. Em compensação, tenho um tio com “segundo ano colonial”, que está sempre se atualizando, chegou a fazer aquele curso “English at home”, cursos de eletrônica, e outros. Eu fujo dele. Certo dia perguntou-me: - você que estuda materiais para serem utilizados em petróleos, qual é a octanagem do petróleo brasileiro? Falando sério, passei vergonha. A última vez que conversei com ele, discutimos a teoria de relatividade de Enstein.
Um exemplo como esse, mostra que a educação à distância é qualificadora no sentido de se operacionalizar conhecimentos, pois permite que o indivíduo deles se aproprie e é equalizadora no aspecto da distribuição dos bens sociais, garantindo uma redistribuição em vista de mais igualdade.
A educação à distância é, essencialmente, política de governo, desde que não veicule propaganda ideológica, política e comercial que pode tornar os indivíduos objetos e massas. Também pode ser explorada pela iniciativa privada.
Finalmente, é fundamental que o leitor lembre de que vivemos numa era marcada pela competição e pela excelência em progressos científicos e tecnológicos que definem novas exigências de jovens que ingressarão no mercado de trabalho. Só para que o amigo leitor tenha uma idéia, o perfil para ser funcionária que serve café da escola onde trabalho é: possuir o ensino médio completo, curso básico de nutrição, cartas de condução e saber falar inglês. Agora durma com um barulho desses.
Dedicado ao Jornalista Felisberto da Graça Campos, incansável defensor dos interesses da nação angolana, por isso, condenado a oito meses de prisão. Diz o velho ditado: "Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe".
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Vim conhecer o seu pedaço e convidar para vir brigar no meu pedaço, grande beijo e muito prazer, Alda Inacio
ResponderExcluirGrande artigo Kota Cangue. Obrigado!!!! Você mexeu comigo.
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